Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga
“Meu último argumento foi este: [Lavrov] tem razão quando diz que ‘A bandeira que é revolucionária num momento, poderá ser reacionária no momento seguinte.’ Ilich [Lênin] me respondeu que esse pensamento, sim, é correto, mas que um pensamento correto não torna correto o livro inteiro.”
(1939, “Lênin agitador”, em Lênin, Propagandista e Agitador,
Nadejda Krupskaia, artigo publicado em Propagandista e Agitador, Eroc, marxists.org, do livro N. KRUPSKAIA, "La educación comunista. Lenin y la juventud". Páginas visitadas dia 18/10/2018)
(1939, “Lênin agitador”, em Lênin, Propagandista e Agitador,
Nadejda Krupskaia, artigo publicado em Propagandista e Agitador, Eroc, marxists.org, do livro N. KRUPSKAIA, "La educación comunista. Lenin y la juventud". Páginas visitadas dia 18/10/2018)
Adiante transcrevemos e traduzimos o discurso que Steve Bannon fez ao Congresso da Refundação da Frente Nacional de Marine Le Pen, em março de 2018. É o material mais interessante q encontramos sobre esse personagem que, se for ‘marketeiro’ de Bolsonaro, terá sido porque Bolsonaro ludibriou Bannon. Não seria feito de pequena importância, mas... Quem ouvir Bannon falar dificilmente acreditará que seja ‘marketeiro’ de Bolsonaro. Ou Bolsonaro não é o que diz ser e pode ser muito pior. E esse dilema é uma das arapucas do liberalismo em tempos de Cambridge Analytica.
Mas Bannon discursa diretamente e nomeadamente contra as Killarys e Obamas, que chama repetidas vezes de “essa elite globalista”. Então, porque é espinafrado nos EUA, a mídia ‘ética’ brasileira o espinafra aqui, pode-se dizer, no automático. E se a mídia ‘ética’ de fascistização à brasileira espinafra alguém, a mídia ‘ética’ dita independente e de esquerda à brasileira... espinafra também.
Mas, se for assim, o problema real é que Bolsonaro estaria trabalhando para uma potência estrangeira, não que Bannon, Whatsapp, Analytica ou quem for estejam trabalhando para Bolsonaro. Se não entendeu, releia a partir de “Mas, se for assim, o problema real é... etc.]...”
Pelo que se pode avaliar pelo discurso que fez ao Congresso do Partido de Marine Le Pen, Bannon tem projeto para “pôr os trabalhadores no poder”. Talvez aspire a fazê-lo para garantir que nunca mais o pai dele, aos 86 anos [hoje tem 96 anos, trabalhou “toda a vida numa empresa de telefonia], perca “todas as suas economias, tudo, tudo, na crise de 2008” outra vez. OK. É pouco. Mas ele pelo menos FALA em trabalhadores.
É verdade que Mussolini também falava. OK. Mas FHC, Aluysin, Serras, Têmeres, Bolsonaros e os generais golpistas dos quais se ouve falar, esses, JAMAIS falaram em trabalhadores. Nem uma única vez, que fosse! Há provas.
Bannon anda pelo planeta dizendo exatamente isso, feito um neo-Lênin milionário e com training para palcos cenográficos midiáticos.
Bannon diz que vai pôr os trabalhadores no poder, porque é preciso trazer de volta os empregos que as Killarys e Obamas e suas guerras infindáveis ajudaram a mandar para a China.
Bannon fala diretamente contra o discurso belicista de Killary, que matava norte-americanos e prometia continuar a matar o mais possível, discurso bem exemplificado em coluna de Pepe Escobar, e hoje já completamente desmascarado como puro engodo pró ‘doadores’, dez anosdepois daquele dia, quando Killary já foi derrotada por Trump & Bannon.
Escreve Escobar: “Na campanha eleitoral de 2008 nos EUA, assisti da plateia ao discurso que Hillary fez na Conferência do AIPAC em Washington, espetáculo realmente aterrorizante. Partindo da premissa – falsa – de que o Irã atacaria Israel, disse ela: “Quero que os iranianos saibam que, se eu for presidenta, atacaremos o Irã. Nos próximos dez anos, durante os quais podem considerar a loucura de atacarem Israel, seremos capazes de contê-los totalmente.” Bannon e Trump derrotaram esse tipo de canalhismo belicista arrogante sionista. Não é pouco.
A fúria que Killary, Obama e os Democratas despertam na população trabalhadora nos EUA (entre os negros, sobretudo), aplicadamente escondida do resto da “comunidade internacional” está para ser exposta num documentário muito anunciado, Dummycrats [alguma coisa como “Idiotocratas” e trocadilho com “Democrats”, de duas famosíssimas Youtubers pró-Trump, Diamond e Silk [só em inglês]: “Estamos fazendo nosso próprio filme igualzinho ao Michael Moore”!. [Michael Moore é famoso por ser propagandista empenhado e Obamista Killarysta dedicado e, portanto, um Idiotocrata típico, o que torna o teaser ainda mais engraçado e muito mais potente como propaganda].
A lembrar também, que Killary desqualificou os trabalhadores norte-americanos eleitores de Trump, diretamente, quando disse que metade deles poderiam ser metidos numa “cesta de deploráveis” [“basket of deplorable”]. Grupos de eleitores de Trump, depois da eleição, a convidaram para os “deploraballs” da vitória [algo como “deplorabailes”, “bailes da vitória eleitoral dos deploráveis”].
Eleitor que elege em eleições limpas está sempre certo, ladies ‘n gentlemen
Nesse vídeo [em inglês] está bem exposta a ideia de que os arrogantes Democratas nos EUA foram derrotados porque se puseram a berrar que “os eleitores estão errados”.
Ora bolas! Por que os eleitores estariam errados, ao não votarem em Killary? É ‘julgamento’ muito parecido com o de Aécim, dando chilique de “ela não governará” ‘porque’ os eleitores teriam cometido a ‘loucura’ de não eleger... Aécim!
Haddad e os petistas-2018 no Brasil estão, sim, muito perto dessa atitude horrorosamente antidemocrática, de fato aristocrática, quando se empenham em desqualificar o voto dos ‘evangélicos’. Ora bolas! Enganados, engambelados e traídos pela bispaiada corrupta, que sejam, são eleitores.
E, se essa parte enorme do eleitorado foi completamente esquecida pelos agentes de democratização do estado brasileiro, e depois de quase20 anos de governos nossos, a responsabilidade é NOSSA, não deles. Aplica-se aqui a sabedoria popular potentíssima de Nelson Rodrigues:“Perdoa-me por me traíres”.
Claro que o discurso de Bannon não é discurso de esquerda. Bannon NÃO DIZ que todos os seus movimentos visam a impor interesses do capital que, agora, tem de se nacionalizar para voltar a crescer e acumular, antes de ter condições de tentar outro assalto imperialista contraoutra potência desafiante, dessa vez no oriente. De fato hoje são duas potências e, ambas, herdeiras orgulhosas de longa tradição comunista. Orgulhosas, sim. Anotem aí. Orgulhosas.
A China até já disse com todas as letras que não é imperialista, que aspira a trabalhar para construir uma “comunidade de destino comum para a humanidade” – o que é bastante comunista com características chinesas. Xi da China tem projeto para que, até 2050, a China seja “nação socialista pacífica, rica e poderosa”.
Humanidade por humanidade, Bannon também fala de “humanidade”: “(...) eu escolho ‘os deploráveis’ de boné vermelho. É a decência de vocês, as ‘ganas,’ a determinação de vocês, a simples humanidade comum de vocês.”
Mas nem interessam o que digam Xi e China, nem as humanidades, a quem queira avaliar o discurso de Bannon, porque, o problema, para Bannon, não é salvar o imperialismo chinês. Para Steve Bannon, o problema é salvar o capitalismo norte-americano, hoje totalmente capenga e precisando reerguer-se, porque capital imperial que não abre novos campos de exploração para acumulação morre.
Assim se demonstra que, a menos que partido, candidato e discurso sejam de defesa da classe trabalhadora contra a classe proprietária dos meios de produção, é tudo direita, por mais ético, ou des-ético, que seja. Aqui, a ‘ética’ não muda nada.
– Bannon é direita, posto que virou nacionalista antiglobalismo, agora que o grande capital precisa reorganizar as bases industriais nacionais nos EUA e entre os aliados dos EUA, para outra vez poder partir em guerra contra concorrente econômico supranacional, organizado, dessa vez, pela China.
– Bolsonaro é direita, de uma direita nacionalista que parece ao mesmo tempo semelhante a Bannon e em oposição a Bannon. A oposição a Bannon aparece no nacionalismo pró-Brasil, mas logo vira aliança, pelo entreguismo aos EUA; exceto pela inteligência e vasta cultura liberal ‘clássica’, Bannon é Bolsonaro; Bolsonaro é Bannon, ou podem ser.
– O PT também é direita, a tal ‘esquerda pequeno-burguesa’, que só não é direita bolsonárica porque, pelo menos, declara que não quer ser. Já é alguma coisa, mas é praticamente nada. Porque se fica sem saber QUAL direita é o PT, que insiste em se posicionar no campo da esquerda, mas não tem cultura nem pensamento de esquerda, porque expulsou do partido toda a esquerda que prestava, a mesma que o PT deixou prender e não defendeu, quando a direita prendeu José Dirceu.
Porque defender ‘minorias’ identitárias cujas identidades são construídas dentro do mundo do capital, para ‘civilizá-lo’ e ‘salvá-lo’, não para transformá-lo em ferramenta que opere a favor do trabalho, não do capital e do capitalista, é ensinar a não ver a realidade: só preto pobre é perseguido; só homossexual pobre apanha dos brucutus bolsonaros; só estrangeiros pobres são tratados como cachorros (pobres!) e expulsos como imigrantes indesejados etc. etc. etc.
Defender minorias identitárias e fazer disso meio de vida é ensinar a não ver que o problema não é “os preconceitos” contra algumas minorias identitárias (quando e se pobres.) O problema é o projeto mais ou menos bem ocultado sob tsunamis de frases feitas e ideologia conservadora, de PRESERVAR sempre pobres os pobres, que são baratinhos. Pobres sempre. Mas calmos, contidos, arrumados, limpos, héteros e potentes para gerar mais e mais proletários desempregados...
O que interessa mostrar aqui é que Steve Bannon é ‘marketeiro’ com teoria e projeto político declarados [em inglês, com tradutora ao francês (ruim)], como adiante se verá.
É de fato propagandista, embora de outra causa, como Lênin: especialista na “arte de relacionar a teoria com a realidade viva, tornando compreensível, ao mesmo tempo, a teoria e a realidade circundante” – como a mulher de Lênin, Krupskaia, em 1939, definiu o propagandista político e a propaganda política militante.
E Krupskaia não poderia ser mais explícita: “Colocar frontalmente os problemas e sugestionar o público pela fogosidade: eis o método da propaganda leninista.”
Pepe Escobar, respeitosamente com todos os envolvidos, captou cedo, já há quase dois anos, essa dinâmica leninista pragmática do pensamento de Bannon – que evidentemente não torna “correto o livro inteiro” (vide epígrafe), em “Lênin chega à Casa Branca”, 28/11/2016, orig. SputnikNews, traduzido ao português no Blog do Alok:
“Com a Revolução Cubana já feita História, o foco muda para a 'revolução' norte-americana em curso – que pode vir a ser praticamente a tal “mudança de regime especial” com que a CIA tanto sonha (para os outros!). Se Fidel foi o Príncipe e Maquiavel resumidos num só homem, na Gringolândia o roteiro pode bem ter a ver com Steve Bannon: o trabalhador branco pobre braçal ou precário [e os negros subalternizados] encontra-se com Goldman Sachs Maquiavel, para Trump, o Príncipe.”
E adiante:
“Quem queira subestimar Bannon, que subestime. Depois, não reclame.”
Diferentes dos petistas arrogantes do PT-Jurídico, do qual Haddad é hoje a derradeira estrela ainda semibrilhante, depois que Cardoso e Tarso Genro já caíram do pedestal ‘ético’ quando deixaram prender o presidente Lula, nós respeitamos o voto dos evangélicos – embora não os bispos-barões-ladrões. E respeitamos Bannon, o suficiente, pelo menos, para examinar com atenção seus discursos. Ninguém perde nada com decifrar e compreender discursos liberais democráticos.
Para começar, porque é visível que toda a mídia-empresa golpista BR teme Bannon mortalmente. E o sacode diante dos olhos dos petistas tolos como ‘agente discursante do mal’ que elegerá Bolsonaro, como elegeu Trump. E os petistas, correspondentemente se apavoram e põem-se a xingar Bannon.
Mas nem a mídia-empresa golpista nem os petistas ‘éticos’ e, de fato, nem Bolsonaro e demais golpistas meteram Bannon de carne e osso na TV, nem diante dos ‘doadores’ de campanha e dos jornalistas alugados para a campanha eleitoral, nem diante dos generais golpistas, nem diante da Opus Dei ou da Maçonaria.
Diga-se a favor de Le Pen e Salvini que, diferentes de Bolsonaro e dos ‘éticos’ petistas conservadores, Marine Le Pen pôs Bannon no palco.
E deixou-se ver deliciada, aplaudindo e rindo de pura felicidade. Até a tradutora que trabalhou no palco, ao lado de Bannon, teve orgasmos ao ouvi-lo, mesmo quando traduziu gravemente errado o que Bannon disse.
Não consigo ver uma reunião de ‘empresários’ da Fiesp, banqueiros e jornalistas analfabetos ou de generais entreguistas que ouvissem, sem mandar prender o conferencista, coisas como:
“Como se não bastasse [terem já capturado] a própria pessoa de vocês, sua capacidade intelectual, o que você produz todos os dias, seus próprios data, tudo que você produz, cada fiapo de informação, cada fiapo de dado, [os nossos adversários] construíram um sistema com o capitalismo de compadrio – empresas gigantes como Facebook, Google e Amazon – para extrair de vocês também o que é propriedade intelectual de cada um de vocês, todos os dias, de graça. Extraem informação de você, sem pagar nada.
Essa é a razão pela qual essas empresas valem centenas de bilhões de dólares: [10h59] porque os meios de produção são completamente grátis para eles. Trabalham mancomunados com os governos centrais. Operam algoritmos secretos, dos quais você não tem notícia e aos quais você não pode chegar, para controlar vocês cada vez mais. Já tiraram seus dados, sua soberania, seus talentos pessoais.” (Steve Bannon, em discurso ao Congresso da Refundação do Front National, Paris, 19/3/2018, vídeo, adiante transcrito, 10’59”)
Ou, pouco adiante, no mesmo discurso:
“Banqueiros roubam de vocês para entregar a eles mesmos. Destroem sua renda. Destruíram seu poder de compra, destruíram seus meios para ganhar dinheiro. Montaram um sistema perverso para extrair todo o valor do seu trabalho e de tudo que você ganhou, para enriquecer os próprios acionistas.”
Ok. Talvez Bannon liberal ‘clássico’, mereça ser xingado, declarado culpado de liberalismo irremissível. Mas Bannon NÃO ELEGEU a Killary idiotocrata à moda Obama, ambos matadores de negros e de árabes. Na verdade, xingou-a sem parar durante a campanha, muito e muito diretamente, como também a xingaram sem parar incontáveis pastores evangélicos respeitáveis [“Encarceramento em massa de jovens negros é culpa dos Clintons. Não esqueçam disso. Se quiserem, votem nela. Mas não esqueçam disso. E depois não reclamem.”]
É muito recomendável conhecê-lo melhor, porque Bannon realmente derrotou com propaganda e projeto político, não com marketação de imbecilizamento ‘ético’, os ‘éticos’ panacas que pensavam que o governo do Brasil estaria ‘no papo’ do Aécim, rei dos panacas, lorota na qual até a CIA havia caído. E, como Aécim, muitos petistas, principalmente os do PT-jurídico, que deixaram prender Dirceu e Lula. Panacas perigosíssimos, que também estavam certos de que o governo do Brasil estaria no papo até ‘de um poste’, se indicado por Lula.
______________________________Discurso de Steve Bannon ao Congresso da Refundação do Front National, de Marine LePen, Paris, 19 de março 2018, vídeo, 35”54’ adiante transcrito
[1”35’, Steve Bannon apresentado e acolhido com aplausos, público em pé] “Muito obrigado pela acolhida calorosa. Marine Le Pen disse essa semana que não se pode olhar para a política pelo velho espectro da esquerda e direita. Vimos na Itália, e em Washington, DC., uma perfeita representação disso. Na Itália, dois terços da população foi voto anti-establishment.
E em Washington, DC, essa semana nosso amado presidente Trump finalmente pôs porta a fora os globalistas. Já era mais do que hora!
Vocês viram na Itália, o movimento 5 estrelas e a Lega, não que concordem em tudo, não. De fato o movimento 5 estrelas é movimento de centro-esquerda. Mas uniram-se para votar contra a elite política de Roma e de Bruxelas.
Em Washington, DC, o presidente Trump expôs seu programa econômico nacionalista e foi atacado pelo Partido Republicano e seus doadores. Marine Le Pen viu claramente que não se trata de direita e esquerda. Isso é simplismo, é o modo que a mídia capitalista sempre escolheu para nos impedir de chegar ao poder.
Ela disse perfeitamente: para vocês, o Estado Nacional é obstáculo a ser superado ou, ao contrário, é uma joia a ser polida?.
Não vim para ensinar. Vim à Europa como observador e para aprender. E o que aprendi é que vocês já estão envolvidos num movimento planetário, maior que a França, que a Itália, que a Hungria, maior que isso tudo. E a história está do nosso lado.
A maré da história está a nosso favor e nos empurrará de vitória, para vitória, para vitória
Os governos centrais, os bancos centrais, as empresas centrais de tecnologia no centro do capitalismo de compadrio [ing. crony capitalism] existem para nos controlar e nos levam pelo “caminho da servidão”, de três modos diferentes: os bancos centrais estão do negócio de desestabilizar a moeda de vocês. E o capitalismo de compadrio, as potências tecnológicas estão no negócio de desestabilizar a própria pessoa [own personhood] de cada um de vocês.
Prof. Hayek [Friedrich Hayek, 1944. The Road to Serfdom, Chicago: University of Chicago Press / O caminho para a servidão (7h13)] ensinou: “o caminho da servidão vem dessas três vias”.[1]
Falemos dos bancos centrais. Converteram vocês em escravos da dívida. Quando isso tudo começou? Em 2008, certo? O que fizeram os bancos centrais, os grandes bancos, os grandes governos e todos os doadores? Na crise financeira, só cuidaram de si mesmos. Em 2008, quando os mercados quebraram, as economias afundaram, eles abriram as torneiras da liquidez nos bancos centrais [...]
Os banqueiros usaram juros negativos para emprestar o dinheiro para eles mesmos e fazer mais dinheiro. Banqueiros roubam de vocês para entregar a eles mesmos. Destroem sua renda. Destruíram seu poder de compra, destruíram seus meios para ganhar dinheiro. Montaram um sistema perverso para extrair todo o valor do seu trabalho e de tudo que você ganhou, para dar aos acionistas. E obrigam a você a sempre correr sem avançar, como um hamster na gaiola. Não para acumular dinheiro você mesmo, mas para você pagar dívidas. Na verdade, eles fazem seguros para se proteger das dívidas de vocês, para que vocês nunca saiam da dívida.
Como se não bastasse, sua própria pessoa, sua capacidade intelectual, o que você produz todos os dias, seus próprios data, tudo que você produz, cada fiapo de informação, cada fiapo de dado, construíram um sistema com o capitalismo de compadrio – empresas gigantes como Facebook, Google e Amazon – para extrair sua propriedade intelectual, todos os dias, de graça. Extraem informação de você, sem pagar nada.
Essa é a razão pela qual essas empresas valem centenas de bilhões de dólares: [10’59”] porque os meios de produção são completamente grátis para eles. Trabalham mancomunados com os governos centrais. Operam algoritmos secretos, dos quais você não tem notícia e aos quais você não pode chegar, para controlar vocês cada vez mais. Já tiraram seus dados, sua soberania, seus dons pessoais.
Na campanha de 2016, essa foi a temática central da campanha vitoriosa do presidente Trump.
Em agosto 2013 e 2014, quando eu entrei na campanha, ele havia perdido muitos pontos em todos os estados cruciais.
Não tínhamos organização, quase dinheiro nenhum, mas tínhamos o melhor candidato que os EUA jamais conseguiram. Única coisa que tínhamos de fazer era deixar Trump ser Trump [13”21’].
Não esqueçam que Trump derrotou quinze dos melhores candidatos que o establishment e o Partido Republicano algum dia conseguiram reunir [cita]. Derrotamos todos (13’31”).
Pedimos que o presidente Trump se concentrasse em três coisas: (1) ponha fim à imigração ilegal em massa e limite a imigração legal (14”14’), de modo a ajudar a devolver a soberania aos trabalhadores norte-americanos; (2) traga de volta para os EUA os empregos de manufatura que foram para a China (14”42’); (3) caia fora dessas guerras sem sentido no Iraque e no Afeganistão [tradutora ri de felicidade e o público aplaude demoradamente (15”17’)].
Lembram da noite da eleição? A mídia e os especialistas pasmos, chocados.
Onde está aqui o pessoal da mídia de oposição? (15”42’, alguém aponta, Bannon sorri e cumprimenta. Dá uns passos pelas sala, meio sorriso no rosto). Por que eles estão chocados? Por que os patrões deles os mantêm como reféns, desprezados como os trabalhadores, “os deploráveis”.
Essa gente jamais acreditou que a classe trabalhadora nos EUA pudesse algum dia votar a favor de seus próprios interesses [16”31’].
Quando cheguei à campanha, disse ao presidente Trump: “não se preocupe com os 16 pontos de diferença [contra]. Não se preocupe com a diferença de 2 dígitos, contra nós, nos estados cruciais. Não se preocupe por não termos dinheiro. Só um número conta: a pesquisa mostrou [17”16’] que 75% dos eleitores entendem que os EUA estão em declínio. E as classes trabalhadoras e classes médias nos EUA não estão preparadas para aceitar isso.
As elites norte-americanas estão pouco ligando para o declínio dos EUA [17h45”]. Porque as elites compreenderam logo que ganham tanto dinheiro quando a população morre de fome, quanto eles roubam quanto a economia vai bem. Os trabalhadores e as trabalhadoras e as classes médias nos EUA apoiarão qualquer candidato que faça EUA grandes outra vez [“Make America Great Again”, MAGA].
Daquele dia em diante, o presidente Trump passou a denunciar Hillary Clinton como a personificação daquela elite corrupta e incompetente e seu respectivo establishment [19h13] (a tradutora traduz errado. Bannon corrige). Por favor entendam bem: “elite corrupta” e “incompetente”.
Eu venho de família da classe trabalhadora. Meu pai trabalhava para uma empresa de telefones. Tem 96 anos e trabalhou a vida inteira. Toda sua poupança e todas as economias dele foram destruídas em 2008. Depois de uma vida de jogar ‘pelas regras’, meu pai foi destruído pela elite financeira que só pensou no próprio interesse delas.
Tive muita sorte na vida, porque estudei em Georgetown e Harvard [universidades], por ter trabalhado em Goldman Sachs, por ter minha própria firma que vendi à Société Génerale [20’43 vaias. Bannon sorri: “Sabia que vocês iam gostar!”] Tive a honra de estar nas diretorias que tomavam decisões. Vi todas as mais importantes elites. Toda aquela turma que vai a Davos, “Davos Men”.
Pois se me mandarem escolher entre ser governado pelas 100 primeiras pessoas que entraram aqui nesse Congresso hoje, ou ser governado pelas 100 primeiras que se inscreveram para Davos, eu escolheria os 100 que entraram aqui hoje [a tradutora pira: “Eu escolheria ser governado pelas 100 primeiras pessoas do Congresso do Front Nacional!” [aplausos, 21’26’].
E se me mandassem escolher entre ser governado pelas primeiras 100 pessoas que vestem o boné vermelho num comício de Trump, ou ser governado pelos 100 maiores acionistas de Goldman Sachs, eu escolho ‘os deploráveis’ de boné vermelho [22’18”, Marine Le Pen ri felicíssima e aplaude]. É a decência de vocês, as ‘ganas,’ a determinação de vocês, a simples humanidade comum de vocês. Essa é a razão pela qual a história está do nosso lado [22”43’]. É a razão pela qual eles têm tanto medo de vocês.
Por que chamam vocês de racistas e sexistas, xenófobos, ‘nativistas’ [a nativist (ing.); designa os que não querem receber imigrantes e só querem cidadãos que sejam cidadãos nativos, nesse caso, dos EUA (NTs)], homofóbicos e islamofóbicos e misóginos? [23’19”] Porque não sabem responder as perguntas que vocês põem diante deles.
Vocês argumentam a favor da soberania, eles chamam vocês de “nativista” . Vocês exigem liberdade, eles chamam vocês de xenófobo. Vocês defendem seu país, eles chamam vocês de racista.
Pois os dias de tantas ofensas acabaram [24”16 aplausos e vivas. Marine Le Pen [primeira fila, 5ª da direita da tela para a esquerda, aplaude freneticamente].
Cinco dias depois de eu entrar na campanha, Hillary Clinton fez um discurso contra mim. Sobre Bannon e Breibart. Chamou-me de suprematista, racista, misógino, a lista toda. Na sala de controle, assistimos ali, cercados de telas de TV, eu e os jovens da minha equipe de mídia. Era dia 18 de agosto. [25’20”] E eu disse “Se ela vai fazer essa política suja de identidades, nos chamar de racistas, xenófobos e ‘nativistas’, podem escrever: com 100% de certeza metafísica, ela vai perder [24’44”].
Agora temos as ferramentas para vencer. A tecnologia está aliada à liberdade. O caminho de vocês para a servidão foi fechado.
Pelo lado da moeda, blockchain e criptomoedas vão levar vocês à liberdade. Os bancos centrais estão em pânico absoluto [26’30”], porque sabem que vem aí uma moeda que vocês podem controlar. E aquele fiat money que mantém vocês rodando como um hamster na gaiola, tem meia-vida muito curta.
Eles também compreendem que vocês podem ligar-se uns aos outros. E que essa política pode devolver a soberania a vocês. [27’29”]. E quebrar a espinha de Google, Facebook e Amazon.
A última parte, é a batalha pela cidadania.
Quando eu estava na Bussiness School, em Harvard, nos anos 1980s [27’40”], ensinavam um mantra, que mudou completamente a finança das grandes corporações: maximizem o valor de cada acionista. Todo o resto, trabalhadores, consumidores, marketing, sociedade civil, esqueçam. Só não esqueçam que o mantra manda maximizar o valor do acionista. Assim, mudaram Wall Street [28”35’], mudaram os EUA corporativos. E de um modo muito profundo, mudaram o modo como nós todos vivemos.
Mas com Marine Le Pen e o Front National, Salvini e a Liga Norte, nossos compatriotas na Holanda e na Polônia, e nosso bem-amado presidente Donald G. Trump [29’07”] dos EUA, estamos agora no negócio de maximizar o valor da cidadania. [29’23”, aplausos; imagem de Marine Le Pen, que aplaude entusiasmada].
A mídia de oposição, a porta giratória da grande elite corporativa chamam Trump e Bannon de “suprematistas brancos”, mas o nacionalismo econômico do presidente Trump não cria diferenças entre raças, religiões, etnias, nem entre nível de escolaridade ou educação, ou entre gêneros, nem faz diferença entre preferências sexuais. O nacionalismo econômico do presidente Trump só considera e preocupa-se com uma coisa: se o cidadão é cidadão dos EUA.
(Aponta para onde antes já localizara a mídia de oposição [30’54”]) Quero que o partido da mídia de oposição responda uma pergunta: [a tradutora não compreende; Bannon a abraça e repete a pergunta] Quando, em todos os tempos, o desemprego entre os negros foi mais baixo do que hoje, nos EUA? O emprego entre os hispânicos está no ponto mais baixo, em 17 anos. O salário dos trabalhadores na construção e na agricultura está subindo pela primeira vez em uma geração.
(Aponta novamente para o “partido da mídia” [32’11”]) Mas eles defendem a elite globalista de Hillary Clinton. Aquela gente em Bruxelas, na City de Londres e em Washington, DC. [Vaias]. O pessoal do BCE, Banco Central Europeu, e de Wall Street. Todos esses cometem crimes de ódio econômico [32’42”] contra os negros e os hispânicos da classe trabalhadora. Tinha de vir alguém como Trump, que chamaram de racista todos os dias, para resolver o problema do desemprego da classe trabalhadora nos EUA.
É uma honra para mim estar aqui hoje. Vocês atravessaram luta longa e difícil. Nosso movimento popular nacionalista [Bannon diz “popular” (ing.), tradutora diz “populiste” (fr.) [33’49”] nos EUA tem apenas dez, quinze anos. Estamos aqui para aprender com vocês. Mas posso dizer-lhes uma coisa, depois de atravessar o mundo observando, no Japão, na Coreia, no Oriente Médio, de Kansas City, Arizona, ao Alabama, e agora na Europa Ocidental. A história está do nosso lado. Isso, porque os globalistas não têm resposta para a liberdade.
Deixem que chamem vocês de racistas. Deixem que chamem vocês de xenófobos. Deixem que os chamem de ‘nativistas’. Usem as ofensas como uma medalha de honra [a tradutora aqui errou gravemente]. Porque a cada dia nós nos fortalecemos e eles ficam mais fracos. Muito obrigado. Deus abençoe a América. Vive la France.********
Os governos centrais, os bancos centrais, as empresas centrais de tecnologia no centro do capitalismo de compadrio [ing. crony capitalism] existem para nos controlar e nos levam pelo “caminho da servidão”, de três modos diferentes: os bancos centrais estão do negócio de desestabilizar a moeda de vocês. E o capitalismo de compadrio, as potências tecnológicas estão no negócio de desestabilizar a própria pessoa [own personhood] de cada um de vocês.
Prof. Hayek [Friedrich Hayek, 1944. The Road to Serfdom, Chicago: University of Chicago Press / O caminho para a servidão (7h13)] ensinou: “o caminho da servidão vem dessas três vias”.[1]
Falemos dos bancos centrais. Converteram vocês em escravos da dívida. Quando isso tudo começou? Em 2008, certo? O que fizeram os bancos centrais, os grandes bancos, os grandes governos e todos os doadores? Na crise financeira, só cuidaram de si mesmos. Em 2008, quando os mercados quebraram, as economias afundaram, eles abriram as torneiras da liquidez nos bancos centrais [...]
Os banqueiros usaram juros negativos para emprestar o dinheiro para eles mesmos e fazer mais dinheiro. Banqueiros roubam de vocês para entregar a eles mesmos. Destroem sua renda. Destruíram seu poder de compra, destruíram seus meios para ganhar dinheiro. Montaram um sistema perverso para extrair todo o valor do seu trabalho e de tudo que você ganhou, para dar aos acionistas. E obrigam a você a sempre correr sem avançar, como um hamster na gaiola. Não para acumular dinheiro você mesmo, mas para você pagar dívidas. Na verdade, eles fazem seguros para se proteger das dívidas de vocês, para que vocês nunca saiam da dívida.
Como se não bastasse, sua própria pessoa, sua capacidade intelectual, o que você produz todos os dias, seus próprios data, tudo que você produz, cada fiapo de informação, cada fiapo de dado, construíram um sistema com o capitalismo de compadrio – empresas gigantes como Facebook, Google e Amazon – para extrair sua propriedade intelectual, todos os dias, de graça. Extraem informação de você, sem pagar nada.
Essa é a razão pela qual essas empresas valem centenas de bilhões de dólares: [10’59”] porque os meios de produção são completamente grátis para eles. Trabalham mancomunados com os governos centrais. Operam algoritmos secretos, dos quais você não tem notícia e aos quais você não pode chegar, para controlar vocês cada vez mais. Já tiraram seus dados, sua soberania, seus dons pessoais.
Na campanha de 2016, essa foi a temática central da campanha vitoriosa do presidente Trump.
Em agosto 2013 e 2014, quando eu entrei na campanha, ele havia perdido muitos pontos em todos os estados cruciais.
Não tínhamos organização, quase dinheiro nenhum, mas tínhamos o melhor candidato que os EUA jamais conseguiram. Única coisa que tínhamos de fazer era deixar Trump ser Trump [13”21’].
Não esqueçam que Trump derrotou quinze dos melhores candidatos que o establishment e o Partido Republicano algum dia conseguiram reunir [cita]. Derrotamos todos (13’31”).
Pedimos que o presidente Trump se concentrasse em três coisas: (1) ponha fim à imigração ilegal em massa e limite a imigração legal (14”14’), de modo a ajudar a devolver a soberania aos trabalhadores norte-americanos; (2) traga de volta para os EUA os empregos de manufatura que foram para a China (14”42’); (3) caia fora dessas guerras sem sentido no Iraque e no Afeganistão [tradutora ri de felicidade e o público aplaude demoradamente (15”17’)].
Lembram da noite da eleição? A mídia e os especialistas pasmos, chocados.
Onde está aqui o pessoal da mídia de oposição? (15”42’, alguém aponta, Bannon sorri e cumprimenta. Dá uns passos pelas sala, meio sorriso no rosto). Por que eles estão chocados? Por que os patrões deles os mantêm como reféns, desprezados como os trabalhadores, “os deploráveis”.
Essa gente jamais acreditou que a classe trabalhadora nos EUA pudesse algum dia votar a favor de seus próprios interesses [16”31’].
Quando cheguei à campanha, disse ao presidente Trump: “não se preocupe com os 16 pontos de diferença [contra]. Não se preocupe com a diferença de 2 dígitos, contra nós, nos estados cruciais. Não se preocupe por não termos dinheiro. Só um número conta: a pesquisa mostrou [17”16’] que 75% dos eleitores entendem que os EUA estão em declínio. E as classes trabalhadoras e classes médias nos EUA não estão preparadas para aceitar isso.
As elites norte-americanas estão pouco ligando para o declínio dos EUA [17h45”]. Porque as elites compreenderam logo que ganham tanto dinheiro quando a população morre de fome, quanto eles roubam quanto a economia vai bem. Os trabalhadores e as trabalhadoras e as classes médias nos EUA apoiarão qualquer candidato que faça EUA grandes outra vez [“Make America Great Again”, MAGA].
Daquele dia em diante, o presidente Trump passou a denunciar Hillary Clinton como a personificação daquela elite corrupta e incompetente e seu respectivo establishment [19h13] (a tradutora traduz errado. Bannon corrige). Por favor entendam bem: “elite corrupta” e “incompetente”.
Eu venho de família da classe trabalhadora. Meu pai trabalhava para uma empresa de telefones. Tem 96 anos e trabalhou a vida inteira. Toda sua poupança e todas as economias dele foram destruídas em 2008. Depois de uma vida de jogar ‘pelas regras’, meu pai foi destruído pela elite financeira que só pensou no próprio interesse delas.
Tive muita sorte na vida, porque estudei em Georgetown e Harvard [universidades], por ter trabalhado em Goldman Sachs, por ter minha própria firma que vendi à Société Génerale [20’43 vaias. Bannon sorri: “Sabia que vocês iam gostar!”] Tive a honra de estar nas diretorias que tomavam decisões. Vi todas as mais importantes elites. Toda aquela turma que vai a Davos, “Davos Men”.
Pois se me mandarem escolher entre ser governado pelas 100 primeiras pessoas que entraram aqui nesse Congresso hoje, ou ser governado pelas 100 primeiras que se inscreveram para Davos, eu escolheria os 100 que entraram aqui hoje [a tradutora pira: “Eu escolheria ser governado pelas 100 primeiras pessoas do Congresso do Front Nacional!” [aplausos, 21’26’].
E se me mandassem escolher entre ser governado pelas primeiras 100 pessoas que vestem o boné vermelho num comício de Trump, ou ser governado pelos 100 maiores acionistas de Goldman Sachs, eu escolho ‘os deploráveis’ de boné vermelho [22’18”, Marine Le Pen ri felicíssima e aplaude]. É a decência de vocês, as ‘ganas,’ a determinação de vocês, a simples humanidade comum de vocês. Essa é a razão pela qual a história está do nosso lado [22”43’]. É a razão pela qual eles têm tanto medo de vocês.
Por que chamam vocês de racistas e sexistas, xenófobos, ‘nativistas’ [a nativist (ing.); designa os que não querem receber imigrantes e só querem cidadãos que sejam cidadãos nativos, nesse caso, dos EUA (NTs)], homofóbicos e islamofóbicos e misóginos? [23’19”] Porque não sabem responder as perguntas que vocês põem diante deles.
Vocês argumentam a favor da soberania, eles chamam vocês de “nativista” . Vocês exigem liberdade, eles chamam vocês de xenófobo. Vocês defendem seu país, eles chamam vocês de racista.
Pois os dias de tantas ofensas acabaram [24”16 aplausos e vivas. Marine Le Pen [primeira fila, 5ª da direita da tela para a esquerda, aplaude freneticamente].
Cinco dias depois de eu entrar na campanha, Hillary Clinton fez um discurso contra mim. Sobre Bannon e Breibart. Chamou-me de suprematista, racista, misógino, a lista toda. Na sala de controle, assistimos ali, cercados de telas de TV, eu e os jovens da minha equipe de mídia. Era dia 18 de agosto. [25’20”] E eu disse “Se ela vai fazer essa política suja de identidades, nos chamar de racistas, xenófobos e ‘nativistas’, podem escrever: com 100% de certeza metafísica, ela vai perder [24’44”].
Agora temos as ferramentas para vencer. A tecnologia está aliada à liberdade. O caminho de vocês para a servidão foi fechado.
Pelo lado da moeda, blockchain e criptomoedas vão levar vocês à liberdade. Os bancos centrais estão em pânico absoluto [26’30”], porque sabem que vem aí uma moeda que vocês podem controlar. E aquele fiat money que mantém vocês rodando como um hamster na gaiola, tem meia-vida muito curta.
Eles também compreendem que vocês podem ligar-se uns aos outros. E que essa política pode devolver a soberania a vocês. [27’29”]. E quebrar a espinha de Google, Facebook e Amazon.
A última parte, é a batalha pela cidadania.
Quando eu estava na Bussiness School, em Harvard, nos anos 1980s [27’40”], ensinavam um mantra, que mudou completamente a finança das grandes corporações: maximizem o valor de cada acionista. Todo o resto, trabalhadores, consumidores, marketing, sociedade civil, esqueçam. Só não esqueçam que o mantra manda maximizar o valor do acionista. Assim, mudaram Wall Street [28”35’], mudaram os EUA corporativos. E de um modo muito profundo, mudaram o modo como nós todos vivemos.
Mas com Marine Le Pen e o Front National, Salvini e a Liga Norte, nossos compatriotas na Holanda e na Polônia, e nosso bem-amado presidente Donald G. Trump [29’07”] dos EUA, estamos agora no negócio de maximizar o valor da cidadania. [29’23”, aplausos; imagem de Marine Le Pen, que aplaude entusiasmada].
A mídia de oposição, a porta giratória da grande elite corporativa chamam Trump e Bannon de “suprematistas brancos”, mas o nacionalismo econômico do presidente Trump não cria diferenças entre raças, religiões, etnias, nem entre nível de escolaridade ou educação, ou entre gêneros, nem faz diferença entre preferências sexuais. O nacionalismo econômico do presidente Trump só considera e preocupa-se com uma coisa: se o cidadão é cidadão dos EUA.
(Aponta para onde antes já localizara a mídia de oposição [30’54”]) Quero que o partido da mídia de oposição responda uma pergunta: [a tradutora não compreende; Bannon a abraça e repete a pergunta] Quando, em todos os tempos, o desemprego entre os negros foi mais baixo do que hoje, nos EUA? O emprego entre os hispânicos está no ponto mais baixo, em 17 anos. O salário dos trabalhadores na construção e na agricultura está subindo pela primeira vez em uma geração.
(Aponta novamente para o “partido da mídia” [32’11”]) Mas eles defendem a elite globalista de Hillary Clinton. Aquela gente em Bruxelas, na City de Londres e em Washington, DC. [Vaias]. O pessoal do BCE, Banco Central Europeu, e de Wall Street. Todos esses cometem crimes de ódio econômico [32’42”] contra os negros e os hispânicos da classe trabalhadora. Tinha de vir alguém como Trump, que chamaram de racista todos os dias, para resolver o problema do desemprego da classe trabalhadora nos EUA.
É uma honra para mim estar aqui hoje. Vocês atravessaram luta longa e difícil. Nosso movimento popular nacionalista [Bannon diz “popular” (ing.), tradutora diz “populiste” (fr.) [33’49”] nos EUA tem apenas dez, quinze anos. Estamos aqui para aprender com vocês. Mas posso dizer-lhes uma coisa, depois de atravessar o mundo observando, no Japão, na Coreia, no Oriente Médio, de Kansas City, Arizona, ao Alabama, e agora na Europa Ocidental. A história está do nosso lado. Isso, porque os globalistas não têm resposta para a liberdade.
Deixem que chamem vocês de racistas. Deixem que chamem vocês de xenófobos. Deixem que os chamem de ‘nativistas’. Usem as ofensas como uma medalha de honra [a tradutora aqui errou gravemente]. Porque a cada dia nós nos fortalecemos e eles ficam mais fracos. Muito obrigado. Deus abençoe a América. Vive la France.********
[1] O objetivo de Hayek, para o colóquio de Mont-Pelérin em 1947 era: "descobrir meios para enfrentar a crise moral, intelectual e econômica da Europa do pós-guerra, construindo um projeto político-econômico para um povo livre numa grande sociedade.
Como subproduto desse projeto, defendia a ideia de desmascarar os inimigos dessa sociedade aberta e de determinar as causas da crise europeia através de uma crítica contundente ao fascismo e ao stalinismo. Embora crítico ao totalitarismo nas duas grandes expressões em que esse se apresentou na História do século XX, Hayek concentrou-se no "caminho da servidão instaurado pelo que considerou o racional construtivismo de Marx ou os dissabores do totalitarismo de uma ordem que é fruto do plano ou do desígnio de uma classe operária consciente. Hayek constrói sua crítica a Marx concentrando naquilo que seria o pecado capital da razão: uma razão onipotente oriunda da classe operária que transformaria a sociedade numa máquina racional, uma razão que é capaz de digerir a própria complexidade e que constrói pela deliberação de seus sujeitos sociais um devir socialista (Hayek, 1973 e 1988)” (GANEM, Angela. “Crítica à leitura hayekiana da História: a perspectiva da ação política de Hannah Arendt”. Nova econ. [online]. 2009, vol.19, n.2, pp.267-284. ISSN 0103-6351. http://dx.doi.org/10.1590/ S0103-63512009000200003 [NOTA PARA AJUDAR A COMPREENDER A FALA DE BANNON, ‘hayekista’ assumido].
Como subproduto desse projeto, defendia a ideia de desmascarar os inimigos dessa sociedade aberta e de determinar as causas da crise europeia através de uma crítica contundente ao fascismo e ao stalinismo. Embora crítico ao totalitarismo nas duas grandes expressões em que esse se apresentou na História do século XX, Hayek concentrou-se no "caminho da servidão instaurado pelo que considerou o racional construtivismo de Marx ou os dissabores do totalitarismo de uma ordem que é fruto do plano ou do desígnio de uma classe operária consciente. Hayek constrói sua crítica a Marx concentrando naquilo que seria o pecado capital da razão: uma razão onipotente oriunda da classe operária que transformaria a sociedade numa máquina racional, uma razão que é capaz de digerir a própria complexidade e que constrói pela deliberação de seus sujeitos sociais um devir socialista (Hayek, 1973 e 1988)” (GANEM, Angela. “Crítica à leitura hayekiana da História: a perspectiva da ação política de Hannah Arendt”. Nova econ. [online]. 2009, vol.19, n.2, pp.267-284. ISSN 0103-6351. http://dx.doi.org/10.1590/
Obrigado por trazer até nós estas informações.
ResponderExcluir