“Em 2011, a Polícia norte-americana usou gás lacrimogênio e outras armas químicas contra manifestantes do movimento Occupy. O gás lacrimogênio é arma química proibida para uso em combate contra soldados inimigos, pela Convenção para Armas Químicas. Mas está liberado para uso, nos EUA [e no Brasil], como arma contra o próprio povo.”
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EUA e coalizão usaram munição de fósforo branco, FB [ing. white phosphorus (WP)] em ataques aéreos na província síria de Deir Ez-Zor dia 13 de outubro. O ataque resultou em muitos civis mortos. Mês passado, munição de fósforo branco também foi disparada por dois F-15s da Força Aérea dos EUA [ing. USAF) que atacavam a cidade de Hajin, Deir-ez-Zor. O governo sírio repetidas vezes denunciou os EUA e coalizão, que argumentam que têm de dar combate ao ISIS, para justificar ações militares; mas negam que tenham usado projéteis de fósforo branco.
O fósforo branco não está na lista de armas químicas proibidas pela Convenção para Armas Químicas, mas é arma incendiária e, como tal é proibida contra não combatentes.
O Protocolo III (ing.) da Convenção para Determinadas Armas Convencionais [ing. Convention on Certain Conventional Weapons “proíbe o uso das chamadas armas incendiárias contra civis (já proibidas pelas Convenções de Genebra) ou em áreas civis”. Em contato com o ar, a substância entra em ignição, produzindo densa fumaça branca. O calor pode chegar a 800-900°C. Não pode ser combatido com água. A substância química provoca ferimentos graves em órgãos internos, se absorvida pela pele, ingerida ou inalada. Em contato com a pele, partículas incandescentes de fósforo branco produzem queimaduras térmicas e químicas.
Os EUA não usaram fósforo branco só na Síria. Usaram munição de fósforo branco para canhões também no Iraque durante o assalto a Fallujah em 2004. Os EUA já admitiram o fato. E também há relatos na mídia de emprego de fósforo branco como munição em Mosul, Iraque, e em Raqqa, Síria. Ano passado, o Washington Post publicou fotos de US Marines equipados com projéteis de fósforo branco para uso na batalha de Raqqa. A fonte ofereceu fotos semelhantes que mostram munição de fósforo branco com unidades do exército dos EUA nos arredores de Mosul, Iraque.
O Observatório de Direitos Humanos alertou para os riscos de se usar armas de fósforo branco em áreas urbanas. Segundo Steve Goose, diretor de armas do Observatório de Direitos Humanos, “Não importa a quantidade de fósforo branco empregada, o risco é altíssimo de haver dano terrível e duradouro se esse tipo de arma for usado em áreas densamente povoadas, como Raqqa e Mosul e qualquer outra área onde haja concentração de população civil.”
Em 2015, os EUA usaram urânio baixo-enriquecido [ing. depleted uranium (DU)] na Síria. O urânio baixo enriquecido não é banido por nenhum tratado internacional, mas o uso como arma agride a Lei Humanitária Internacional [ing. International Humanitarian Law (IHW)].Artigo 36 [ing.] do Protocolo Adicional I às Convenções de Genebra exigem comprovação de que “nenhuma nova arma, recurso, meio ou método de guerra contraria as regras existentes na lei internacional”. Diz que “Princípios gerais das leis de guerra/IHL proíbem armas, recursos, meios ou métodos de guerra que causem ferimento supérfluo ou sofrimento desnecessário e tenham efeitos indiscriminados ou casem dano extenso, duradouro e severo ao meio ambiente natural.” Em 2012, a Assembleia Geral da ONU encaminhou resolução de apoio à limitação ao uso de Urânio baixo-enriquecido. O movimento teve apoio de 155 estados, com 27 abstenções e quatro – entre os quais os EUA – votos contra.
Os militares norte-americanos usaram bombas de fragmentação [ing. cluster bombs] contra civis no Iêmen. Os EUA não estão entre os 102 estados signatários da Convenção para Bombas de Fragmentação de 2008 [ing. 2008 Convention on Cluster Munitions], que proíbe armas que explodem no ar, dispersando muitas ‘sub-bombas’ ou submunição sobre vasta área. Muitas dessas ‘sub-bombas’ não explodem no primeiro impacto e permanecem ativas durante anos, no solo, como minas. O Pentágono recusa-se a desistir das bombas de fragmentação, e comandantes norte-americanos em campo são autorizados a usá-las conforme sua avaliação direta, caso a caso.
Os EUA continuam a manter programas de armas biológicas, e operam mais de 20 laboratórios em todo o mundo, em flagrante violação daConvenção da ONU para Armas Biológicas [ing. UN Biological Weapons Convention. Editorial do periódico Science publicado dia 4/10, assinado por grupo internacional de pesquisadores, denuncia que a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada da Defesa dos EUA (APPADE-EUA) [ing. US Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) pode estar desenvolvendo insetos, como veículos para dispersão de “uma nova classe de arma biológica”.
Em 2011, a Polícia norte-americana usou gás lacrimogênio e outras armas químicas contra manifestantes do movimento Occupy. O gás lacrimogênio é arma química proibida para uso em combate contra soldados inimigos, pela Convenção para Armas Químicas. Mas está liberada para uso, nos EUA [e no Brasil], contra o próprio povo.
Não há qualquer justificativa para usar fósforo branco, agora que o ISIS está derrotado e reduzido a número ínfimo de combatentes. Mas Washington usou. Outra vez.
Os EUA violaram a lei internacional, depois de haver imposto sanções unilaterais contra a Rússia, sem qualquer prova que provasse acusações inventadas. Devem ser lembrados de que, muito diferente do que fez a Rússia, até hoje os EUA ainda não cumpriram o dever de destruir o próprio estoque de armas químicas.
O emprego de substâncias venenosas para ferir civis é assunto grave, do qual deveria ter tratado a 73º sessão da Assembleia Geral da ONU [New York, 25/9 a 1º/10/2018]. A evidência de que os EUA não cumprem as normas consensuadas pela comunidade internacional para o uso de armas químicas de destruição em massa é o problema mais grave, hoje, na agenda da segurança internacional.*******
E desde qdo judeus cumprem alguma coisa no mundo dos vivos??? O Bigodinho acertou no alvo, e muito bem!!!! , mas errou na dose e ainda não soube como fazer a coisa. Enfim pagou o preço da burrice!!!!! Qq boicote bem feito a i$$$raHell com certeza a coisa tomaria outro rumo.
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