sábado, 29 de setembro de 2018

Putin teve de morder a língua e corrigir-se

24/9/2018, John Helmer, Dances with bears, Moscou

Nota do blog: O presente artigo não reflete a opinião do Blog. Achamos importante publicá-lo para informar outras opiniões de parcela da opinião pública na Russia. O Blog acha imprudente e prematuro afirmar que Putin tenha perdido a confiança de seus militares, entre outras afirmações contidas no artigo. É fato que o episódio foi bastante traumático dentro da Russia e muitas opiniões foram expressas de forma intempestiva. 


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Semana passada o presidente Vladimir Putin disparou a mais grave crise de sua presidência, quando o Ministério da Defesa e o alto comando do Estado-maior (Stavka) declararam que a explicação de Putin para a derrubada do Ilyushin-20, avião de reconhecimento eletrônico por jatos de combate de Israel, é falsa e, pior – é capitular diante de Israel.


Fontes em Moscou relatam que perda igualmente flagrante de confiança dos militares no comandante-em-chefe jamais tinha sido vista em público desde que o presidente Boris Yeltsin cancelou ordens para que a Rússia garantisse ajuda militar aos sérvios então sob bombardeio pela OTAN, entre março e junho de 1999, e demitiu o primeiro-ministro Yevgeny Primakov por exigência dos EUA.

Duas palavras-chaves para o EUA-imperialismo: ‘Justificativa’ e ‘Plausibilidade’, por Federico Pieraccini

17/7/2018, Federico Pieraccini, Strategic Culture Foundation

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Nos habituamos em anos recentes a que intervenções humanitárias sejam justificadas pelo pressuposto de que os EUA e o Ocidente estariam de algum modo intervindo militarmente a favor ou na defesa de civis inocentes ameaçados por ditadores brutais. Essa justificativa para intervenção armada é o fator chave ou a causa direta da expansão do EUA-imperialismo. A mídia comercial usada como instrumento de guerra – com mentiras, histórias artisticamente forjadas [‘fake news’], omissões propositais e desinformação atentamente orientada – muito ajudou o EUA-imperialismo a justificar intervenções armadas em todo o mundo.

Elites ocidentais contra ‘o populismo’: Medo de que a democracia melhore, por Finian Cunningham

11/7/2018, Finian Cunningham, Strategic Culture Foundation

“(...) e, por último [o populismo russo] tem um elemento messiânico-nacionalista, que recebeu da direita eslavófila e a ela o assimila, através do qual a percepção do enorme atraso do país, tão dolorosamente sentida pelos intelectuais russos, transforma-se num sentimento compensatório de superioridade, totalmente irreal, mas nem por isso menos poderoso e eficaz como estímulo para a ação”.Lênin, apud Dicionário de Política, Bobbio e Mateucci, p. 679, verbete “Populismo”.*
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Nova palavra muito temida acaba de entrar no papagueado oficial da mídia-empresa ocidental: “populismo”. Partidos políticos e governos a serem declarados ilegítimos e sendo possível, derrubados, são sempre ditos “populistas” desde os primeiros ataques. Há sempre uma vaga implicação – um ‘subentendido’ nunca exposto e nunca desmentido pelos ‘especialistas’ – de que partidos declarados “populistas” sejam necessariamente contaminados pela praga da xenofobia, do racismo, do nacionalismo, em alguns casos até do fascismo.

Mas quem, aqui, seleciona o vocabulário e todas as ‘avaliações’ e ‘críticas’? Sempre os políticos e partidos políticos do establishment que contam com a vantagem da mídia-empresa para repetir incansavelmente seus falares e sua terminologia.

EUA: A armadilha ‘jornalística’ falhou. Rosenstein nem renunciou nem foi demitido

26/9/2018, Moon of Alabama

Taí! Para isso servem ‘judiciário’ nomeado, juízes e juízas venais e/ou corruptos(as) e/ou sinceramente golpistas, mídia-empresas privadas idem e o chamado ‘jornalismo comercial independente’ corrupto, no que tenha a ver com eleições... [só rindo J J J!Mas a notícia ajuda a ver que NENHUM GOLPE ‘jurídico’ jamais aconteceu/acontece/acontecerá sem a colaboração da ‘mídia’. ______________________________

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


6ª-feira passada o New York Times  publicou matéria que ecoava negativamente sobre a lealdade do vice-advogado geral Rod Rosenstein ao presidente Trump. Rosenstein, dizia o NYT, teria sugerido que Trump fosse grampeado, e em seguida deposto, usando-se a 25ª Emenda. Outros veículos desmentiram e o próprio Rosenstein negou tudo.

A matéria era uma armadilha para levar Trump a, num impulso incontrolado, demitir o n.2 do Departamento de Justiça, repetição doMassacre do Sábado à Noite, de Nixon. E os Democratas se beneficiariam de uma 'Surpresa de Outubro' para as eleições de meio de mandato, dia 6/11. Uma campanha ‘jornalística’, para explorar o escândalo e roubar votos, já estava bem preparada, à espera.

Presidente Hassan Rouhani, do Irã, Discurso à 73ª Assembleia da ONU

26/9/2018, Discurso à 73ª Assembleia da ONU, New York (Presidência do Irãtradução não oficial, para simples leitura)

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



“Sanções unilaterais ilegais são uma modalidade de terrorismo econômico.
São agressão ao ‘Direito ao Desenvolvimento’. Ponham fim a essas sanções. Ponham fim ao extremismo.”
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Em nome de Deus Generoso e Misericordioso. 


Louvado seja Deus, Senhor do universo. Paz e bênçãos ao Mensageiro de Deus e sua Família e Companheiros.



Senhora presidenta,



Colho a oportunidade para felicitá-la por sua eleição à presidência dessa 73ª sessão da Assembleia Geral da ONU.



Reunimo-nos aqui hoje, enquanto o mundo sofre pela temeridade, pela imprudência e pela desatenção de alguns estados, contra os valores e as instituições internacionais. A mensagem de nossa presença aqui é que a preservação de interesses e da segurança no mundo, pela maneira menos custosa, só é possível mediante a cooperação e a coordenação entre países. Contudo, infelizmente, estamos assistindo a governos e governantes no mundo que supõem que cuidariam melhor dos próprios interesses – ou pelo menos, que no curto prazo contariam com o apoio popular, seduzindo os sentimentos das populações –, com fomentar o nacionalismo e o racismo extremistas; reforçando tendências xenofóbicas; mobilizando disposições nazistas; atropelando regras globais; e minando instituições internacionais. Inclusive em movimentos anormais e grotescos, como ‘convocar’ uma reunião de alto nível do Conselho de Segurança.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Rússia implantará uma ZAE (Zona Aérea de Exclusão) "não oficial" na Síria

24/9/2018, The Saker, The Vineyard of the Saker

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Hoje, o ministro da Defesa da Rússia Sergey Shoigu anunciou medidas que foram muito além do que eu esperava.  Especificamente, Shoigu anunciou que


1. Nas próximas duas semanas, a Rússia entregará aos sírios os sistemas S-300s de defesa aérea (com alcance de 250 km).

2. A Rússia entregará sistemas automatizados avançados de gestão das defesas aéreas, que ampliarão *dramaticamente* as capacidades de defesa dos sírios e impedirão futuros incidentes de “fogo amigo”.

3. A Rússia usará suas capacidades de guerra eletrônica para impedir a navegação por satélite, quaisquer sistemas de radar embarcado e as comunicações de aviões que ataquem alvos em território sírio no espaço aéreo sobre as águas do Mediterrâneo próximas à Síria.

É solução muito flexível e elegante, pelas seguintes razões:

Nova Cortina de Ferro: “A ameaça russa”, por Manlio Dinucci

17/9/2018, Manlio Dinucci (it.) Il Manifesto (ing. Global Research, Canadá)

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




A Letônia [ing. Latvia. Ver Países Bálticos (NTs)] está atualmente construindo uma cerca de arame e aço, de 90 km de comprimento e 2,5 m de altura, ao longo da fronteira com a Rússia. Estará concluída antes do fim do ano, e em 2019 será prolongada por mais de 190 km da fronteira, com custo previsto de 17 milhões de euros.


Cerca semelhante está sendo construída pela Lituânia ao longo de sua fronteira com o território russo de Kaliningrado.

Rússia super reforça defesas aéreas da Síria – para esfriar as “cabeças-quentes”

24/9/2018, Moon of Alabama

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



O ministro da Defesa da Rússia anunciou hoje algumas das medidas a serem tomadas na Síria em resposta à destruição do avião russo de vigilância eletrônica e tripulação de 15 soldados. Ontem, o Ministério da Defesa da Rússia responsabilizou Israel pelo incidente.

Pouco depois do incidente, observamos cá no blog:

Por pedido pessoal de Netanyahu, a Rússia suspendeu a entrega de mísseis de defesa russos S-300s de longo alcance aos militares sírios. A possibilidade de errarem o alvo seria menor. Consequência, um 747 iraniano foi destruído e 15 soldados russos foram mortos. Netanyahu pode esquecer: acabaram-se os ‘favores’ de Moscou.
Ontem, acrescentamos:

O incidente terá consequências em vários níveis. Para começar – o espaço aéreo ao longo da costa da Síria estará, doravante, fechado para voos israelenses.

Rogue Central Banks (Bancos Centrais Desonestos) ameaçam todos nós

13/9/2018, Ellen BrownThruthdig (COM ATUALIZAÇÃO, DOS TRADUTORES, para o Brasil-2018)

Ler também
-> 
Geopolítica do sistema de Banco Central, 17/3/2016, Valérie Bugault, Katehon
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Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Excluindo-se instituições como Blackrock e Vanguard, que são constituídas de vários investidores, o maior ator individual nos mercados globais de ações são hoje, provavelmente, os próprios bancos centrais. Entre 30 e 40 bancos centrais estão investidos no mercado de ações, seja diretamente seja mediante seus veículos de investimento (fundos nacionais soberanos). Segundo David Haggith em Zero Hedge:

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Por que o plano do Ocidente não funcionou? Economia da Rússia não está “em frangalhos”

23/9/2018, Eric Zuesse, Strategic Culture Foundation

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Apesar das sanções econômicas de Barack Obama contra a Rússia, e da redução nos preços do petróleo que o rei Saud acertou com o secretário de Estado de Obama John Kerry dia 11/9/2014, os danos econômicos que EUA e sauditas miraram e dispararam contra um específico gigante de petróleo e gás, a Rússia, já aparecerem em vários lugares muito mais graves que na Rússia – pelo menos, até agora.

domingo, 23 de setembro de 2018

Ocidente contra o resto, ou ocidente contra ele mesmo? Por Pepe Escobar

18/9/2018, Pepe Escobar, de Paris, especial para Consortium News

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Qual a história mais abrangente? Ocidente contra o resto, ou ocidente contra ele mesmo?

O Quarteto Iliberal [ing. Illiberal] – Xi, Putin, Rouhani e Erdogan – está na linha de tiro das mais arrogantes homilias sobre “valores ocidentais”.

iliberalismo[1] [ing. Illiberalism] é arrogantemente e provocativamente desqualificado no ocidente, repetidamente, como uma Invasão dos Tártaros 2.0.* Mas mais perto de casa, o mesmo iliberalismo é responsável pela Guerra civil social nos EUA, com a América de Trump já esquecida há muito, do que tratava o Iluminismo Europeu.

A visão ocidental é um turbilhão de pseudofilosofia pendurada em Hegel, Toynbee, Spengler e em obscuras referências bíblicas, que não para de alertar para um ataque de asiáticos contra a mission civilisatrice “iluminada” do ocidente.

O turbilhão engole qualquer pensamento crítico que avalie o Confucionismo de Xi, o Eurasianismo de Putin, a realpolitik de Rouhani e o Islã Xiita “não ocidentoxicado” [ing. non-Westoxified], além dos anseios de Erdogan que arde por liderar a Fraternidade Muçulmana global.

Em vez de pensamento, o ocidente nos dá as mais ridículas “análises” de como a OTAN deveria ser elogiada por ter impedido que a Líbia se tornasse uma Síria – o que, sim, a OTAN realmente fez.

sábado, 22 de setembro de 2018

Putin-Erdogan firmaram um bom acordo sobre Idlib, por Elijah J. Magnier



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Muito ceticismo cerca o destino da cidade de Idlib depois do acordo firmado entre os dois presidentes, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, que levou à suspensão da operação militar longamente esperada contra os jihadistas e seus aliados. Só uns poucos detalhes do acordo foram revelados, mas o suficiente para lançar dúvidas sobre se é plenamente válido e sustentável. Mesmo assim, há otimismo generalizado no lado russo, iraniano e turco – e os jihadistas em Idlib e arredores já não veem uma confrontação como inevitável. A diferença chave agora, depois do acordo Putin-Erdogan, é que a Turquia não mais estará presente para defender jihadistas, nem Erdogan agitará o caldeirão europeu, com ameaças de um “êxodo de milhões” (para o velho continente), alavanca para impedir a batalha de Idlib.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O ataque ao IL-20 russo, por Andrei Martyanov



19/9/2018, Andrei Martyanov, Unz Review


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Já (re)começou. A Rússia deve atacar Israel, não “obliterar[1] Israel”, Putin é “mole”, o mundo está por um fio, sionistas controlam o Kremlin, a Rússia mostrou a outra face. E por aí vai e vai e vai. O coro dos nobres guerreiros contra o demônio sionista é mais e mais estridente a cada dia. 

Por trás dessa histeria, a tragédia do avião IL-20 da Forças Aeroespaciais Russas [ru. VKS] de algum modo deu publicidade de modo amplo e crucialmente decisivo a notícias que estavam sendo completamente ignoradas. E não surpreende que tenham sido ignoradas por todos os tipos de ‘especialistas’ em estratégia, política e estrategistas de poltrona (entre os quais me incluo). 

As notícias até aqui ignoradas são bastante simples. O tenente-general Alexander Ionov, ex-vice comandante do Estado-maior da Força Aérea Russa de 1991 até 2001, disse ao jornal russo popular Zvezda que é absolutamente garantido que as forças da Defesa Aérea Síria não receberam equipamentos e códigos IFF compatíveis.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Rússia, EUA, Israel, Irã e Síria: luta sem trégua para iniciar ou evitar mais uma guerra, por Elijah J. Magnier


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



O Sistema de defesa síria derrubou, por engano, um avião de vigilância Ilyushin IL-20M 90924 russo, na Síria com 15 homens a bordo, na noite de 2ª-feira, um dia depois de um F-16 de Israel ter destruído um avião militar de carga do Irã na pista do aeroporto de Damasco, matando o copiloto. Ao mesmo tempo em que o avião russo era derrubado, quatro F-16 de Israel atacaram alvos militares sírios e iranianos ao norte da cidade de Latakia. O sistema sírio de defesa respondeu aos mísseis de ataque e atingiu o avião russo que se preparava para pousar, sobre o aeroporto militar de Hamymeen. Aconteceu apenas quarto horas depois de os presidentes Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan assinarem compromisso para interromper a batalha de Idlib e diluir o risco de acampamentos e aeroportos militares sírios serem destruídos.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Rússia culpa Israel pela derrubada de seu avião EW (ATUALIZADO 2 xs)

18/9/2018, The Saker, The Vineyard of the saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Basicamente: quatro aviões de Israel foram mandados em missão de bombardeio contra alvos próximos de instalações dos russos em Khmeimim e Tartus (só até aí, já é ato de simultaneamente estupidez e temeridade). Os israelenses *deliberadamente* não avisaram os russos até o último minuto antes do ataque, de modo que os russos não tiveram tempo de alertar a tripulação do avião Il-20 armado com equipamento eletrônico, que fazia a aproximação para um pouso, para que se afastasse da área. Quando o S-200 sírio disparou seus mísseis para interceptar os mísseis de Israel, os F-16 usaram o Il-20, que tem figura muito maior no radar, para se esconderem. Os mísseis sírios atingiram o avião russo, o que resultou em 15 mortos e um avião destruído.

Típica ‘esperteza’ de israelenses.

O Ministério da Defesa da Rússia culpou os israelenses por todo o incidente e declarou o ataque “vil e covarde” [ing. dastardly], as ações dos israelenses, “hostis”, e disse que a Rússia “reserva-se o direito” de responder com “contra-ações adequadas”.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Libertação de Idlib: Turquia atravanca o meio do campo, Rússia desacelera, por Elijah J Magnier



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



A Turquia está deslocando mais reforços, soldados, unidades de combate e tranques para Idlib, no norte da Síria e em torno da cidade, para um específico objetivo: interromper o ataque à cidade pelas forças sírias e aliados apoiados pela Rússia. Ancara está, isso sim, aproveitando-se de a Rússia ter desacelerado a própria estratégia para libertar a cidade dos jihadistas (incluindo al-Qaeda), dada a ameaça de os EUA bombardearem o Exército Sírio e forças que defendem o governo, sob o pretexto de que estariam "usando armas químicas". A tal "arma química" já se tornou parte da batalha por Idlib, usada como ferramenta para fazer guerra à Síria, precisamente quando a guerra chega ao fim.

Ordem russa versus caos ocidental

15/9/2018, Rostislav Ishchenko, Stalker Zone (orig. ru. trad. Ollie Richardson & Angelina Siard ao ing., versão aqui retraduzida)

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Dia 14 de setembro, a Corte de Apelações da Inglaterra e Gales decidiu atender à apelação da Ucrânia e reenviar para reexame o caso dos $3 bilhões que [Viktor] Yanukovych conseguiu receber do empréstimo de $15 bilhões que recebera da Rússia, em 2013.

A Ucrânia reconhece a dívida, mas espera que uma decisão final siga o exemplo do que resolveu a Corte Arbitral de Estocolmo sobre o que a empresa "Naftogaz" [empresa nacional de petróleo da Ucrânia] devia à "Gazprom" [empresa nacional de petróleo da Rússia]. Kiev entende que se se subtrair sua dívida das contas [apresentadas à Rússia – Ed.] por ter "roubado a Crimeia" e pela ajuda da Rússia ao Donbass, ainda assim Moscou continuaria a dever à Ucrânia, e soma ainda maior.

Noam Chomsky: "Uma nação pacífica foi transformada em nação de odiadores": Fora Bolsonaro e seu cálice envenenado

Apud "Noam Chomsky e sua esperança dissidente", entrevista a Chris Hedges, Truthdig (ing.), traduzido em Outras Palavras, 20/6/2014, excerto


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O crescimento da indústria de “relações públicas”, iniciada pelo presidente Wilson, que criou o Comitê de Informação Pública [“Creel Committee”][4], para instilar sentimentos pró-guerra na população, inaugurou uma era não só de guerra permanente, mas também de propaganda permanente. O consumo foi instilado também, com compulsão incontrolável. O culto do indivíduo e do individualismo tornou-se regra. E opiniões e atitudes passaram a ser talhadas e modeladas pelos centros de poder, como o são hoje.

“Uma nação pacífica foi transformada em nação de odiadores, fanáticos por guerras” – diz Chomsky. – 

“Essa experiência levou a elite no poder a descobrir que, mediante propaganda efetiva, poderiam, como Walter Lippmann escreveu, usar “uma nova arte na democracia, e fabricar o consenso.”

Mensagens precisas, em momento muito grave

5/9/2018, Al-Binaa, orig. ár. trad. ao francês para Réseau International, de Rania Tahar (versão aqui retraduzida)

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Num momento de atrito, quando as negociações e as mensagens de força confundem-se, o jogo internacional e regional "à beira do abismo" parece chegar ao apogeu. Quando a aliança conduzida pela Rússia e composta principalmente de Irã, China e outros aliados, com a Síria à frente, tenta consolidar suas conquistas e continuar a avançar sem entrar em confronto direto com os EUA, Washington parece incapaz de tolerar ou de aceitar os progressos que conferem àquela aliança a superioridade na Ásia e põem Israel e a Arábia Saudita em situação delicada.

Provado: EUA Protegem Al-Qaeda na Síria

14/9/2018, Eric Zuesse, para The Saker Blog


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Dos comentários:
B.F.        14/9/2018             9h03 EST/EDT
"Fazer guerra usando locais como 'representantes/agentes procuradores' nada tem de novidade. O "ISIS na Síria" foi criado pelos EUA e aliados para derrubar o presidente Assad e criar um Califato que depois seria usado contra o sul da Rússia. Não aconteceu bem assim. Hoje, EUA não podem permitir que Idlib caia, porque perderiam o último pretexto para permanecer na Síria. E têm de ficar lá, por razões geopolíticas e para usar aqueles postos para um possível ataque ao Irã.

Eric Zuesse levantou possibilidade interessante, de que o presidente Assad poderia desistir de Idlib. É a primeira vez que ouço falar desse tipo de manobra. 
Teoricamente, tudo é possível. E é verdade que Assad não se sentirá confortável com uma fortaleza do ISIS ali, no seu próprio.

Putin e Erdogan reúnem-se outra vez, agora em Sochi, dia 17 de setembro. Veremos o que resolvem. Seja como for, não vejo Putin e Assad cedendo Idlib tão facilmente, por causa de 'planos' de EUA e Turquia."
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Há provas abundantes de que o governo dos EUA protege Al-Qaeda na Síria. Nesse momento, EUA estão protegendo o principal centro da Al-Qaeda em todo o mundo – a província de Idlib na Síria. Essa proteção não é fenômeno isolado: é item de um quadro maior.