quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A estratégia para a “mudança de Regime” dos EUA contra a Venezuela e como responder

24.01.2019 - Moon of Alabama


Tradução btpsilveira


Os Estados Unidos reconheceram ontem (23/01) um “líder da oposição” de extrema direita da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente do país. Outros países sul americanos de extrema direita se juntaram ao movimento. Cuba, Bolívia e México o rejeitaram. Rússia, China, Irã e Turquia continuam a apoiar o governo de presidente eleito, Nicolás Maduro, pronunciando-se contra a tentativa de golpe. A União Europeia não tem uma posição uníssona, com a França neo liberal sendo favorável ao pré golpe e a Espanha colocando-se contra.
A Venezuela deve se preparar para um conflito de anos e ao mesmo tempo fazer todo o possível para que esse tempo não se estenda mais que o necessário.

Netanyahu engana israelenses na “Operação Escudo do Norte” de túneis transfronteiras: Em preparação uma guerra contra o Líbano? Por Elijah J. Magnier

1/2/2019, Elijah J. Magnier Blog



Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga


Oficiais israelenses sob bandeiras do Hezbollah, a poucos metros das fronteiras libanesas

Há muita conversa no Levante, na Síria e no Líbano, sobre Israel – mais precisamente o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu – estar considerando seriamente uma batalha em grande escala, transfronteiras, que poderia escalar ao nível de guerra, para assegurar a sua reeleição. Não obstante ter anunciado um “tremendo sucesso na “Operação Escudo do Norte, OEN [ing. “Operation Northern Shield”, ONS] lançada em dezembro passado, Netanyahu está mandando o exército israelense procurar mais túneis, longe dos faróis da mídia. 

O anúncio prematuro pelo primeiro-ministro do sucesso da OEN mostra que Netanyahu tornou-se refém do próprio otimismo, que ele muito apreciaria poder investir na próxima eleição, talvez reeleição. Netanyahu conseguiu criar pânico grave entre a população israelense que vive nas fronteiras com o Líbano e também em territórios mais interiores, ao confirmar que o Hezbollah possui mísseis de precisão capazes de alcançar qualquer alvo que escolham.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Campanha de bombas de Netanyahu pode levar à guerra: Síria e Hezbollah estão com o dedo no gatilho, por Elijah J. Magnier




Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Israel atacou a Síria muitas vezes ao longo dos últimos sete anos de guerra imposta à Síria. Transgrediu limites, invadiu linhas vermelhas e quebrou tabus, sempre para provocar o “Eixo da Resistência” dentro da Síria, mas jamais se atreveu a enfurecer o Hezbollah no Líbano. Seja como for, os recentes ataques de Israel ultrapassam, aos olhos da Síria e aliados, todos os limites toleráveis. Assim, o presidente Assad preparou-se para uma batalha contra Israel entre as guerras, sabendo que essa batalha poderia durar semanas. Mas o presidente da Síria não estará sozinho: Assad e o secretário-geral do Hezbollah Said Hassan Nasrallah estarão à frente de qualquer futura batalha contra qualquer agressão dos israelenses, se e quando a decisão de combater for tomada.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Rússia, China, Índia e Irã: Quadrado mágico que está mudando o mundo

25/1/2019, Federico Pieraccini, Strategic Culture Foundation

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga


Com o fim do momento unipolar, quando Washington dominou as relações internacionais, os países eurasianos mais ricos e mais fortes começam a se auto-organizar em estruturas de aliança e acordos, que visam a facilitar o comércio, o desenvolvimento e a cooperação.


No auge do momento unipolar dos EUA, Bill Clinton liderava um país que estava em plena recuperação econômica, e os estrategistas do Pentágono traçavam planos para modelar o mundo à sua própria imagem e semelhança. O objetivo não declarado sempre foi a mudança de regime em todos os países com sistemas políticos não aprovados, o que promoveria a proliferação de “democracia” à moda EUA por todos os quadrantes do mundo. Claro que países da Eurásia como Rússia, Índia, China e Irã apareciam no topo da lista, ao lado de países do Oriente Médio e Norte da África.

O bombardeio e a destruição da Iugoslávia foi o passo final no assalto contra a Federação Russa, depois da dissolução do Pacto de Varsóvia. Yeltsin representou os meios pelos quais a alta finança ocidental decidiu roubar toda a riqueza da Rússia, privatizando empresas e saqueando recursos estratégicos.

sábado, 26 de janeiro de 2019

“O que a Venezuela aprendeu, o povo não esquecerá”

17/1/2019, Antonio Gonzalez Plessmann*, de Caracas (entrevista a Cira Pascual Marquina, Venezuelananalysis)


Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Venezuelananalysis: A chegada de Hugo Chávez ao poder foi acompanhada de uma enorme onda de participação popular. Por exemplo, o povo venezuelano mobilizou-se e participou da Assembleia Constituinte em 1999 (com sessões retransmitidas pela televisão nacional); envolveu-se com as campanhas de alfabetização, os Comitês de Terra Urbana e os Conselhos Comunitários. Com efeito, as pessoas tornaram-se sujeitos ativos de mudança. Hoje, pelo contrário, há uma lógica muito mais “de cima para baixo”, como se vê em projetos não participativos como a Gran Mision Vivienda Venezuela e uma Assembleia Constituinte fechada ao público. Pode explicar esta trajetória histórica?

Antonio Gonzalez Plessmann: Desde 1999, o protagonismo popular – juntamente com uma distribuição mais igualitária da riqueza e uma maior autonomia em relação aos poderes hegemônicos do mundo – foi um pilar do processo político. Os pobres subiram ao palco como agentes políticos. Era a essência da Revolução, sua vitalidade!

Venezuela, 2019: Abordagem Adaptativa Indireta para ‘mudança de regime’

24/1/2019, Andrew Korybko, Eurasia Future

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga


Ver também
26/3/2016, "Guerras Híbridas". Abordagem adaptativa pós-tudo para 'mudança de regime',
Andrew Korybko, Oriental Review, traduzido, no Blog do Alok
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A Venezuela está envolvida numa Guerra Híbrida clássica, e analisar a abordagem adaptativa indireta para ‘mudança de regime’ que está sendo aplicada ali pode ser instrutivo para compreender processos similares em outros pontos.

A Guerra Híbrida contra a Venezuela está chegando ao clímax, depois de provocação planejada e coordenada, dos norte-americanos e de seus aliados no “Grupo de Lima”, para reconhecer Juan Guaidó como “presidente interino” do país, depois de ele mesmo ter-se apresentado como tal no dia em que a República Bolivariana comemorava a derrubada de um ditador, em 1958. O simbolismo foi pensado como ‘mensagem’ ao povo da Venezuela, de que Maduro será seu próximo governante a ser derrubado; e para sinalizar para a comunidade internacional que “o povo” estaria em levante contra o regime. Nada disso acontece por acaso, mas é a culminação de uma estratégia dos EUA para mudança de regime, atentamente calibrada ao longo dos anos que se seguiram desde a publicação, em 2015, de meu livro Hybrid Wars: The Indirect Adaptive Approach To Regime Change.

O que adiante se lê é um sumário simplificado do que os EUA fizeram para pôr por um fio a República Bolivariana:

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Tianxia: “Todos sob um mesmo céu” (pela paz)*: China desafia o sistema da Vestfália, por Pepe Escobar

10/1/2019, Pepe Escobar, Asia Times

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga


Um leão chinês guarda a entrada da Cidade Proibida, Pequim.
Tradições intelectuais e culturais diferem enormemente entre as duas superpotências mundiais. Foto: iStock

Subnarrativa incorporada na narrativa da “agressão chinesa” hoje dominante nos EUA, cinófobos pretendem que a China seria ameaça não só ao modo de vida norte-americano, mas seria também ameaça existencial à república norte-americana.

Vale registrar, claro, que o modo de vida norte-americano há muito tempo deixou de ser modelo invejado ou a ser copiado em todo o Sul Global, e que os EUA andam e falam cada vez mais como uma oligarquia.

Por baixo dessa diferença há uma fissura gigantesca entre as duas grandes potências, como alguns autores e políticos têm tentado explicar.

O presidente Xi Jinping, no discurso da semana passada deixa claro que Pequim trabalha para modificar as regras do atual sistema de Vestfália, de modo a que passe a refletir o poder geopolítico e econômico que a China reconquistou.

Mas não se trata de “derrubar” o sistema estabelecido pelo Tratado de Vestfália em 1648. Com blocos comerciais ainda governando o novo jogo geoeconômico, estados-nação devem ainda continuar como a espinha dorsal do sistema internacional.

‘Efeito Gadkari’ e as promissoras relações Irã-Índia, por MK Bhadrakumar

12/1/2019, MK Bhadrakumar, Tehran Times


Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga

“Primeiras manifestações definitivas do ‘Efeito Gadkari’ (...) surgiram em dezembro, quando a discussão intensa, discreta, entre Nova Delhi e Teerã, coordenada pelo ministro Gadkari, indiano, resultou no acordo para um novo mecanismo de pagamento que dispensa o uso do dólar norte-americano nas transações econômicas entre Índia e Irã.”



Se o “Efeito Newton” da Física tiver equivalente na diplomacia internacional, pode-se descrever o que está acontecendo nas relações Índia-Irã como o “Efeito Gadkari”. Como no caso dos anéis concêntricos chamados “Anéis de Newton” em homenagem ao cientista inglês do século 18 Isaac Newton, o ministro do governo da Índia Nitin Gadkari – que é, de longe, o parceiro do primeiro-ministro Narendra Modi de melhor desempenho até agora – criou uma série de anéis concêntricos alternados centrados no ponto de contato entre as economias da Índia e do Irã.

‘O anéis de Gadkari’ em torno do Porto de Chabahar na província remota do Sistão-Baloquistão no sudeste do Irã estão transformando sensacionalmente as relações Índia-Irã.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

‘Ameaça estratégica’ contra Israel - Progressistas já não temem defender os palestinos

22/1/2019, Moon of Alabama

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Há duas semanas, o lobby sionista puniu a ativista de direitos civis Angela Davis, por apoiar o movimento contra Israel Boicotar-Desinvestir-Sancionar (BDS). Por pressão do lobby, o Instituto Birmingham de Direitos Civis no Alabama cancelou a cerimônia anual de gala, na qual Davis receberia um prestigioso prêmio por serviços a favor dos direitos civis. O cancelamento gerou forte contrarreação. A prefeitura de Birmingham aprovou por unanimidade uma resolução de reconhecimento ao trabalho de toda a vida de Angela Davis. O presidente, o vice-presidente e o secretário do Instituto foram obrigados a deixar os cargos.

Depois do escândalo, abriram-se as portas do inferno. No domingo, o New York Times publicou coluna em que criticava a política de Apartheid da entidade sionista no Oriente Médio.

Jornada histórica pela Crimeia, por Pepe Escobar

15/12/2019, Pepe Escobar, Asia Times


Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga


Porto de Kerch, Mar de Azoz, controlado pelos russos, Asia Times.

Aqui estamos nas ruínas de Panticapaeum, capital do Reino de Bósforo, fundado em meados do século 6º antes de Cristo nas duas margens do Estreito de Kerch.

Começamos a caminhada pela colina de Mithridates, no coração do Kerch moderno, onde foi morto o ‘terrível’ rei Mithridates de Pontus (134-64 AC). O geógrafo grego Estrabão (63 AC-23 DC) disse que o Panticapaeum foi o país-mãe de “todas as cidades milesianas [de Mileto] do Bósforo”. Foi uma grande cidade, com um estaleiro e um conveniente porto.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Israel perdeu muito na Guerra contra a Síria: Só 5% do arsenal de Irã e Hezbollah foi destruído na Síria, por Elijah J. Magnier

16/1/2019, Elijah J Magnier, no Blog (de Beirute, Líbano)

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Fontes na inteligência dizem que “Israel sonha com que a Síria volte ao que era antes de 2011, quando os líderes sírios eram menos poderosos e experientes do que são hoje, passados sete anos de guerra. Os sírios hoje já receberam equipamento avançado, principalmente para defesa aérea, que lhe veio da Rússia, e de fornecedor e fabricantes de mísseis iranianos sofisticados. E já há na Síria a ativa presença de conselheiros e instrutores iranianos e do Hezbollah, que trabalham na preparação de novos quadros”.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Analisando o colapso contínuo dos EUA, com Dmitry Orlov

11.01.2019 - The Saker, Dmitry Orlov - The Vineyard of the Saker, The Unz Review


Tradução: btpsilveira




A palavra ‘catástrofe’ tem muitos conceitos, mas em sua significação original, em grego, a palavra queria dizer “queda súbita” (katastrophé em grego, ‘queda, reviravolta’ de kata-cair, para baixo + strophé[radical strophein]-‘transformar, virar’). Da mesma forma, para a palavra ‘superpotência’ também há várias definições possíveis. A minha preferida é esta: “‘superpotência’ é o termo usado para descrever um Estado em posição dominante, caracterizado por sua grande capacidade de influenciar ou projetar poder em escala global. Consegue isso através da combinação de força econômica, militar e cultural, poder de convencimento (soft power) e diplomacia. Tradicionalmente, as superpotências predominam entre as grandes potências.” Outra: “uma nação extremamente poderosa, em particular capaz de influenciar eventos internacionais e os atos e políticas de nações menos poderosas” e ainda “um corpo governamental internacional capaz de impor sua vontade mesmo a Estados também poderosos”.
Tenho mencionado em muitos de meus artigos o visível declínio dos Estados Unidos e seu Império, assim não vou repetir aqui nada além disso: a “capacidade de influenciar e impor sua vontade” provavelmente é o melhor critério para medir o tamanho da queda dos Estados Unidos desde que Trump chegou ao poder (o processo já tinha se iniciado com Dubya e Obama, mas com certeza foi acelerado pelo Donald). Porém quero usar uma metáfora para revisitar o conceito de ‘catástrofe’ (Dubya é uma maneira de certa forma sarcástica de se referir a George W. Bush e diferenciá-lo de George H. W. Bush, seu pai. Ambos foram presidentes dos EUA. ‘Dubya’, tem a ver com a pronúncia da letra W – NT).

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Maduro, até o fim. Por Leandro Fortes

11.01.2019 - Leandro Fortes, Facebook




Eu juro que queria ter essas certezas absolutas que leio em toda parte sobre a tal ditadura de Nicolás Maduro, mas não tenho. E por uma razão bem simples: são todas enviesadas, tanto pela direita que o odeia como pela esquerda que o inveja.

O fato é que Maduro, apesar de ser atacado pelos Estados Unidos sem intermediários, está de pé. A Venezuela não se dobrou, nem mesmo fustigada por uma crise econômica devastadora, com as consequências sociais que todos testemunhamos.

O Brasil, pelas mãos de um juiz de primeira instância apoiado por uma multidão de analfabetos políticos, não só sucumbiu ao um golpe parlamentar como, de quebra, elegeu uma besta quadrada cercada de lunáticos e fanáticos religiosos.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Amadores - a desordem mental no comando do país, por Leandro Fortes

08.01.2019 - Leandro Fortes, Facebook




Para vocês que acham que essa ciranda de idiotas e malucos faz parte de uma estratégia genial do Bozo para lançar uma cortina de fumaça sobre as ações de destruição do patrimônio público e dos direitos do cidadão, tenho uma má notícia: não há estratégia nenhuma.

Bozo & Kids são bestas quadradas, assim como essas cavalgaduras seladas na Esplanada do Ministério.

Não se atrapalham nem se confundem. São frutos da mesma desordem mental que bolou essa internação de Fabrício Queiroz, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Golpista John Bolton humilhado outra vez. Turquia rejeita suposto novo ‘plano’ dos EUA para a Síria

8/1/2019, Moon of Alabama

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



No domingo, o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA John Bolton tentou impor algumas condições para a retirada dos soldados dos EUA, da Síria:


Bolton, em viagem a Israel e Turquia, disse que destacaria, em conversas com autoridades turcas, inclusive com o presidente Tayyip Erdogan, que as forças curdas têm de ser protegidas.
...
Consultado sobre se a retirada dos norte-americanos não aconteceria até que a Turquia assegurasse proteção aos curdos, Bolton respondeu: “Basicamente, é isso.”
...
“Não acreditamos que os turcos empreendam qualquer tipo de ação militar que não seja, pelo menos minimamente, coordenada e aprovada pelos EUA”, disse Bolton. “Assim sendo, os turcos não ameaçam nossos soldados, mas também cumprem o que o presidente [Trump] exigiu, que as forças da oposição síria que lutaram conosco não sejam ameaçadas.”


A Turquia não gostou. Os curdos do YPG, que os EUA usam como bucha de canhão para combater o ‘Estado Islâmico’, são a mesma organização PKK, que opera como grupo terrorista na Turquia. A Turquia não pode admitir que esse grupo permaneça junto às fronteiras turcas como força militar organizada.

domingo, 6 de janeiro de 2019

O neoliberalismo é a nova face do fascismo - A linguagem da educação neoliberal

25/12/2018, Henry Giroux – Mitja Sardoč, Counterpunch

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga

“Vou contar um segredo para vocês:
administrar o governo federal é como administrar a sua casa.”
Henrique Meirelles
(“Um Banqueiro em Campanha”, 
Isto É Dinheiro, 12/2/2016)[NTs].
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“O neoliberalismo autodefiniu-se como uma modalidade de ‘senso comum’ e funciona como modalidade de pedagogia ‘pública’ que produz um modelo pelo qual os neoliberais tentam estruturar não só os mercados, mas toda a vida social. Nesse sentido, funcionou e continua a funcionar, e não só pela educação pública e universitária, para produzir e distribuir valores ‘de mercado’, identidades ‘de mercado’ e modos de associação e agenciamento ‘de mercado’, mas, também mediante aparelhos e plataformas culturais mais amplas, para privatizar, desregular, economicizar e submeter todas as instituições e relações que regem a vida diária, aos interesses da privatização, da eficiência, da desregulação e da conversão de tudo e todos ao estado de mercadoria.” [...]

“Sob modos neoliberais de governança, em seja qual for a instituição, todas as relações sociais são reduzidas a um ato de comércio” [...] (Henry Giroux, adiante).
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Aqui, Henry Giroux é entrevistado por Mitja Sardoč, professor do Instituto de Pesquisas de Educação, na Faculdade de Ciências Sociais, na Universidade de Ljubljana, Eslovênia.

De 2018 a 2019 – pesquisa rápida de algumas tendências, por The Saker

03.01.2019 - The Saker - The Vineyard of the Saker

Traduzido por btpsilveira

(análise escrita originalmente para o site Unz Review)




O ano de 2018 entrará para a história como o de uma reviravolta na evolução do ambiente geoestratégico de nosso planeta. Existiram várias razões para isso e não conseguirei enumerá-las todas. Mas colocarei aqui algumas que considero as mais importantes:

sábado, 5 de janeiro de 2019

Trump cede à pressão doméstica e adia retirada dos EUA da Síria, enquanto uma tempestade se forma no Levante, por Elijah J. Magnier



O Levante está voltando ao centro da política no Oriente Médio, em posição de mais prestígio do que jamais antes desde 2011 

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga




Em resposta à pressão doméstica, Trump concordou com adiar o prazo para retirar milhares de soldados dos EUA, da província de al-Hasaka, nordeste da Síria, depois de ter anunciado a retirada, inicialmente anunciada para 30 dias, até abril desse ano. Jornalistas belicistas e falcões de think-tanks no establishment norte-americano pressionaram Trump com argumentos implausíveis, para que mantivesse a presença militar dos EUA na Síria. Os ataques contra Trump foram quase todos construídos a partir do pretexto de proteger aliados dos EUA, os curdos, que correriam risco de serem exterminados pelos turcos. Outros analistas chegaram a repetir o mantra norte-americano absurdo segundo o qual “ISIS tem entre 20 mil e 30 mil militantes na Síria e Iraque” para justificar a continuada ocupação do nordeste da Síria. Como se não bastassem esses argumentos, houve também quem dissesse que Trump estaria entregando o norte da Síria a espantalhos iranianos e russos; ou que estaria facilitando a “conexão Irã-Bagdá-Damasco-Beirute”. Trump permanece determinado a tirar suas tropas, por mais que seus aliados Israel, França e Reino Unido supliquem que os EUA permaneçam no Levante.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Vladimir Putin, Conferência de Imprensa anual “Não vemos qualquer sinal de os soldados dos EUA estarem saindo da Síria”

20/12/2018, Kremlin, Eventos, notícias da Presidência, Rússia
Vídeo (excerto, transcrição, tradução e legendas (ing.) de Sayed Hasan para Unz Review, aqui retraduzidas) 

Da série: “Quando quiser compreender, pergunte a Putin!”

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



[...] Rachel Marsden: Presidente Putin, Rachel Marsden, de Chicago Tribune Publishing no exterior, EUA.

Ontem, o presidente Donald Trump anunciou a retirada dos soldados dos EUA, da Síria. Anunciou também que, na avaliação dele, os EUA derrotaram o ISIS na Síria; deixou isso bem claro.

O que o senhor tem a dizer sobre esse anúncio, sobre a retirada dos soldados dos EUA, da Síria, e também sobre o que disse o presidente Trump quanto a os EUA terem derrotado o ISIS?

Síria - ‘País do Ano’, 2018

31/12/2018, Moon of Alabama

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



George Galloway acertou:

George Galloway @georgegalloway - 11:46 utc - 31 Dec 2018 A derrota dos exércitos imperialistas e seus assessores degoladores, na sopa de letras do extremismo islamista, infligida a eles pelo Exército Árabe Sírio e aliados foi o evento mais significativo do ano, desde a derrota dos EUA no Vietnã. É evento que mudará o mundo.