segunda-feira, 11 de abril de 2016

O que pensa a China sobre os Panama Papers

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


Porque opinionismo tosco do Grupo GAFE plus Ban (Globo-Abr-FSP-Estadão plus Bandeirantes) esse, com certeza TOTAL, só interessa ao Grupo GAFE plus Ban (Globo-Abr-FSP-Estadão plus Bandeirantes) e NÃO INTERESSA ao Brasil (NTs).
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Forças poderosas por trás dos Panama Papers 
5/4/2016, Global Times, Pequim (editorial)
http://www.globaltimes.cn/content/977162.shtml

(Dica de Pepe Escobar, em "Hybrid War, From Palmyra to Panama", SputnikNews, 7/4/2016, em trad.)



Vazamento gigante de documentos confidenciais que pertenceriam a Mossack Fonseca, empresa de advogados com sede no Panamá e acusados de operar como facilitadores para lavar dinheiro suspeito dos seus clientes, chocou a opinião pública internacional. Mais de 11 milhões de documentos foram passados, por fonte anônima, ao jornal alemão Sueddeutsche Zeitung. Segundo o noticiário, esses documentos teriam sido investigados por cerca de 300 jornalistas globais durante um ano.

A mídia-empresa ocidental rapidamente selecionou a informação com maior potencial para mobilizar atenções, e líderes de países não ocidentais foram examinados. A maioria dos veículos abriram manchetes com acusações de que um amigo íntimo do presidente russo Vladimir Putin teria 'lavado' cerca de $1 bilhão. A isso a mídia-empresa ocidental chamou, sem qualquer atenção à transparência, de "Lavagem de dinheiro de Putin". 

Algumas figuras políticas ocidentais de destaque, por exemplo o primeiro-ministro da Islândia, viram seus nomes publicados como proprietários de contas em paraísos fiscais. Mas são acusações de somenos, se comparadas ao suposto escândalo contra Putin.

Em anos recentes, documentos expostos por Wikileaks, Edward Snowden e, dessa vez, os chamados Panama Papers, todos, ganharam as manchetes no planeta. Dentre todos esses, os vazamentos de Snowden parecem ser os mais confiáveis, dado que foram expostos por alguém que se assume como 'sentinela' defensor de interesses públicos. No caso dos vazamentos pelo website Wikileaks, o movimento tem pelo menos uma figura central. Mas, no caso daqueles vazamentos recentes, ninguém aparece como responsável ou, sequer, como coordenador. Mesmo assim, os documentos parecem claramente ter alvos políticos básicos, o que nos obriga a refletir.

A mídia-empresa ocidental sempre assume o controle sobre a interpretação, em todos os casos de vazamento de documentos desse tipo; e Washington demonstrou capacidade especial para influenciar as empresas de mídia. Sempre é possível minimizar qualquer informação negativa para os EUA. E qualquer informação contra líderes não ocidentais, como Putin, sempre ganha repercussão extra. 

Em tempos de Internet, a desinformação não cria grandes riscos para as elites ocidentais influentes. No longo prazo, também a internet se converterá em novo veículo pelo qual nações ideologicamente aliadas ao ocidente poderão atacar elites políticas e organizações chaves não ocidentais.

A desinformação distribuída online possibilita que o ocidente mobilize ataques diretamente orientados contra a opinião pública, sempre que o ocidente "escavar" materiais do que venha a ser 'noticiado' como informação confidencial. 

Por mais que haja interesses diferentes, todos os países ocidentais são aliados íntimos no plano ideológico. Essa aliança talvez seja a base para o próprio conceito de "ocidente". A opinião pública em diferentes países ocidentais é impressionantemente uniforme.

É temerário afirmar que a informação vazada seja informação falsa. Pode-se prever, isso sim, que tais vazamentos não sobreviveriam se criassem dificuldades para o ocidente. Mas o ocidente sempre gostará muito de ver os oponentes atacados por tais 'vazamentos'. 

Já há quem se pergunte por que tantas figuras públicas importantes entregariam seus segredos, todas elas, à mesma empresa de advogados. Mas essa é questão de somenos. O povo comum não tem força suficiente para lutar contra o poder que se oculta por trás desses vazamentos e é capaz de reunir tal quantidade descomunal de documentos.*****

Um comentário:

maria disse...

Agora é moda as coisas acontecerem, e ninguém as detonou, obra de deus quem sabe! E um deus surpreendentemente seletivo, aparece quem está sendo demonizado a favor dos interesses do império, e mais alguns gatos pingados para dizer que a coisa é séria. Aqui, na Lava Jato é igualzinho: ninguém sabe, ninguém viu quem detonou mas a coisa no tamanho certo, no dia certo e certo contra quem aparece num ato seletivo de deus. De duas, uma: ou as pessoas são muito religiosas ou gostam de ser enganadas, o que resulta igual.