sábado, 31 de março de 2018

EUA aceitarão a derrota ou desafiarão o Urso Russo e o Dragão Chinês? Parte 1: RELATÓRIO DE SITUAÇÃO, Síria

28/3/2018, Elijah Magnier Blog, Damasco, Síria


Parte 2: Rússia & o Oriente Médio (ing. e Blog do Alok)
Parte 3: China & a Visão Global (
ing. e Blog do Alok)


Traduzido Pelo Coletivo Vila Vudu






Depois da libertação de Ghouta leste, com os jihadistas já saídos também de Idlib, ao norte, que estava sob controle da al-Qaeda e dos turcos, a cidade de Duma está agora em negociações com o lado russo, para encontrar uma saída para os militantes do "Exército do Islã" (Jaish al-Islam). Esses militantes combateram contra muitos jihadistas e rebeldes e portanto acabaram sem amigos na arena síria. Mesmo assim essa negociação já não passa hoje de detalhe tático, porque a capital, Damasco, está segura e não mais exposta ao bombardeio diário, como foi o caso antes da libertação de Ghouta.

E agora? Acontece o quê?

EUA aceitarão a derrota ou desafiarão o Urso Russo e o Dragão Chinês? PARTE 2: Rússia & o Oriente Médio

28/3/2018, Elijah Magnier Blog, Damasco, Síria



Parte 1: RELATÓRIO DE SITUAÇÃO, Síria (ing. e Blog do Alok

Parte 3: China & a Visão Global (ing.e Blog do Alok)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Em marrom: campos de gás em propspecção

Em azul: área marítima em disputa

Com o fim da batalha de al-Ghouta e a derrota dos jihadistas, Moscou alcança seus objetivos no Levante.

Apesar dos EUA, da União Europeia e da mídia mainstream em conjura para atacá-lo e demonizar suas políticas, o presidente Vladimir Putin da Rússia pode agora dizer "veni, vidi, vici".

Os EUA estimaram que a Rússia, em 2020, estaria já forte demais, militarmente e economicamente, para ser isolada ou enfraquecida. Essa é a razão pela qual Washington tenta hoje de todos os modos cercar a Rússia e "cortar-lhe as pernas", muito antes daquele prazo e fechar os oceanos aos russos e a seu aliado chinês.

O último ataque dos EUA, embora escondidos por baixo das saias da União Europeia, para atrair a Ucrânia para a órbita dos europeus e deter o fluxo de gás russo para a Europa – recurso vital para a economia russa –, aconteceu em 2014; com isso o urso russo acordou e, acordado, decidiu agir e reagir à altura.

EUA aceitarão a derrota ou desafiarão o Urso Russo e o Dragão Chinês? Parte 3: China & a Visão Global

28/3/2018, Elijah Magnier Blog, Damasco, Síria


Parte 1: RELATÓRIO DE SITUAÇÃO, Síria (ing. e Blog do Alok)
Parte 2: Rússia & o Oriente Médio (
ing. e Blog do Alok)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




A Rússia apresentou a China à Síria durante a guerra, quando a Marinha chinesa chegou ao Mediterrâneo e foi até o litoral de Tartus e Lattakia, enviando uma mensagem aos EUA e aliados, de que estava acabada a dominação monolítica dos EUA sobre o mundo.

Há milhares de jihadistas chineses que lutaram com ISIS e al-Qaeda, e Pequim preocupava-se, interessada em assegurar que não saíssem vivos da Síria. Assim se estabeleceu a cooperação entre os serviços de inteligência sírio e chinês. Damasco era banco de dados inigualável, com rica informação sobre combatentes de várias nacionalidades, aos quais muitos países do mundo gostariam de ter acesso, dado que mais de 80 nacionalidades foram postos dentro da Síria, sempre como parte do esforço para derrubar o regime e implantar um Estado Islâmico.

Mas Washington ainda protege a própria posição, recusando-se a entregar a coroa da dominação mundial que lhe pertenceu por mais de uma década; hoje se apronta para lutar contra "o eixo que se opõe aos EUA" usando outros meios fora da Síria. O establishment dos EUA e aliados está expulsando diplomatas russos e impondo sanções à China e ao Irã. Impossível não ver o quanto a derrota na Síria é dolorida para os EUA.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Pepe Escobar: Era Putin-Xi superará a (des)ordem liberal ocidental?

26/3/2018, Pepe Escobar, in The Vineyard of the Saker  (de Asia Times)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




A emenda à Constituição chinesa, que passa a permitir mandatos subsequentes ao presidente Xi Jinping – de modo a que fique no poder por tempo suficiente para promover o "rejuvenescimento nacional" –, combinada às eleições na Rússia que confirmaram Vladimir Putin na presidência, garantiu consistência e continuidade à parceria estratégica Rússia-China até bem entrada a próxima década.

Com isso se facilitam a interação entre a Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE) e a União Econômica Eurasiana (UEE); a coordenação política dentro da Organização de Cooperação de Xangai, nos BRICS e no G-20; e o movimento em geral rumo à integração da Eurásia.

O fortalecimento do que se deve ver como a era Putin-Xi só pode estar levando pânico aos liberais ocidentais.

terça-feira, 27 de março de 2018

"Destino manifesto": Democracia como dissonância cognitiva*


Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance
14/3/2018, F.W. Engdahl (em Greanville Post)





Caros leitores, 

É com muito prazer que informo que meu novo livro acaba de ser publicado e está à venda em Amazon. 

Para minha alegria, apenas em uns poucos dias, o livro já está chegando aos primeiros lugares entre os mais vendidos em algumas categorias.

Nesse livro – Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance – exponho e comento o papel clandestino de ONGs mantidas por Washington para, sob uma fachada de democracia, avançar sobre e derrubar governos que não mostrem interesse por implantar a agenda de Washington. 

Ao longo dos últimos mais de 30 anos, agências de inteligência em Washington desenvolveram e refinaram técnicas para destruir praticamente qualquer governo que faça séria oposição às políticas dos EUA, servindo-se para tanto de Organizações Não Governamentais do tipo de NEDOpen Society FoundationsFreedom HouseAlbert Einstein Institution

O colapso da União Soviética e os devastadores 'anos Iéltsin', na década de 1990s, a guerra para destruir a Iugoslávia e o atentado fracassado na Praça Tiananmen na China em 1989 foram eventos, todos esses, orquestrados e comandados pela CIA e pelo Departamento de Estado dos EUA. Quem se interessar pelo cenário profundo de recentes eventos no mundo – 'primavera árabe', guerra na Síria, golpe norte-americano na Ucrânia [e golpe contra o governo eleito da presidenta Rousseff no Brasil], encontrará informação bastante útil nesse livro. 

Hoje partilho com vocês o Prefácio e um sumário detalhado, para que todos saibam o que há no livro. Tenho certeza de que ninguém não perderá tempo nem dinheiro, se ler meu livro. 




Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


Prefácio"Destino manifesto": Democracia como dissonância cognitiva
F.W. Engdahl, 2018, mine.Books, Wiesbaden, Alemanha (ing.)


Destruir nações, em nome da democracia

George Orwell (foto de Eric Blair) na BBC. Anarco-sindicalista desencantado, com simpatias trotskistas, em 1948 Orwell interpretou erradamente a URSS como a mais alta forma de totalitarismo. Não se pode saber se teria sido engolido também pela fraude de nossos dias, perpetrada pela maquinaria ocidental para desinformar.


Em 1945, o escritor e crítico da sociedade britânica George Orwell escreveu um livro intitulado 1984 sobre uma sociedade totalitária fictícia. O livro, um dos maiores sucessos editoriais da história, narra tempos pós guerra atômica, quando o mundo está dividido entre três estados. Um deles, Oceania, cuja capital é Londres, é governado por um Partido Socialista Inglês que tem controle total sobre todos os cidadãos, especialmente sobre a mente de cada um/uma. O programa central de controle sobre as mentes usado para manter os cidadãos em estado de abjeta obediência e servidão mentais é chamado, no livro de "duplipensar" [ing. doublethink]

'Caso Skripal' chega ao tribunal - Novas incertezas para os governos britânico e russo

23/3/2018, John Helmer, Dances with Bears, Moscou


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu:
"Não é possível que tudo seja tão exatamente igualmente ilegal, na Rússia e no Brasil, mas nos dois casos
com os mesmos ares de tão exatamente a mesma diz-que legalidade.
Até a 'discussão' INACREDITÁVEL sobre 'admissibilidade' de habeas corpus'?!

Isso se chama lawfare [guerra ilegal, envolta em todos os tititis e capinhas e latins da legalidade, para praticar crimes que, porque praticados nos/pelos tribunais legais, são , imediatamente diz-que-legalizados.
E a mídia-empresa, na sequência, naturaliza todos esses simulacros de legalidade.

Lawfare 
é arma da guerra híbrida.
Está em curso, por ação da CIA, em todo o mundo, contra Rússia e China e Brasil. HÁ PROVAS!"

A boa notícia é que bastam 1 ou 2 juízes q não sejam PERFEITAMENTE CANALHAS OU ACANALHADOS, para meter uma cunha na engrenagem diz-que-legal e iniciar o looooooooooongo caminho de volta à legalidade democrática legítima. Movimento desse tipo pode ter acontecido (temos de esperar pelos movimentos futuros, p/ter certeza) no STF, no julgamento LEGAL que garantiu a liberdade LEGAL, de Lula, pelo menos, por mais alguns dias. Segue a luta.

(TODO ESSE ENTREOUVIDO de hoje, aprendemos NO SENSACIONAL "DUPLO EXPRESSO", de 23/3/2018,  com nosso grande advogado, Dr. Rubens)   




O juiz britânico da British High Court [Alta Corte de Justiça na Inglaterra e Wales (Enciclopédia Britânica, ing.)] David Williams recebeu as alegações entregues à corte pelo governo britânico, sobre o que teria acontecido a Sergei Skripal e Yulia Skripal quando foram encontrados com sintomas de envenenamento em Salisbury, dia 4 de março. Depois de três dias de depoimentos com portas fechadas essa semana em Londres, ontem o juiz emitiu decisão para publicação.

sábado, 24 de março de 2018

Mês verdadeiramente histórico para o futuro do planeta

23/3/2018, The Saker, The Vineyard of the Saker (e Unz Review)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu






Março 2018 está destinado a ser mês verdadeiramente histórico.

1º de março, Vladimir Putin faz seu discurso histórico à Assembleia da Federação Russa.


8 de março, autoridades britânicas acusam a Rússia de ter empregado gás tóxico de efeito neurológico, em atentado fracassado para assassinar Sergei Skripal.


13 de março, o Comandante do Estado-maior da Rússia, general Valery Gerasimov alerta que "em caso de haver qualquer ameaça à vida dos nossos militares, a Força Armada Russa tomará medidas retaliatórias imediatas contra os mísseis e os veículos que os transportem". No mesmo dia o Comandante do Estado-maior das Forças Armadas e vice-ministro da Defesa general de exército Valery Gerasimov conversa por telefone com o general do Marine Corps Joseph Dunford, Comandante do Estado-maior dos EUA.


15 de março, o major-general Igor Konashenkov diz que o ministro da Defesa do Reino Unido não passa de "grosseirão pedante" e "intelectualmente impotente".


18 de marçoPutin conquista vitória avassaladora nas eleições presidenciais. No mesmo dia, o general Votel, comandante do CENTCOM declara em depoimento à Comissão das Forças Armadas do Congresso que diferenças com a Rússia devem ser discutidas "pelos canais políticos e diplomáticos". Quando perguntando se seria correto afirmar que "com a ajuda da Rússia e do Irã, Assad venceu a Guerra Civil na Síria", o general Votel respondeu "Acho que não está certo. É afirmativa forte demais. Entendo que eles lhe facultaram os meios para... para alcançar posição predominante nesse momento".

19 de março, o Conselho de Relações Exteriores da União Europeia emite declaração pela qual apoia integralmente o Reino Unido.

21 de marçoo Ministério de Relações Exteriores da Rússia convoca todos os embaixadores, para atualizá-los sobre o caso Skripal. A linguagem que o representante russo usa nesse briefing é possivelmente a mais violenta que qualquer autoridade russa (inclusive as autoridades soviéticas) jamais usou contra o ocidente desde a 2ª Guerra Mundial. Os representantes da França, Suécia e EUA presentes levantam-se e declaram sua "solidariedade" ao Reino Unido.

22 de março, o Comandante do Estado-maior das Forças Armadas e vice-ministro da Defesa general de exército Valery Gerasimov tem outra conversa telefônica com o general do Marine Corps Joseph Dunford, comandante do Estado-maior dos EUA. No mesmo dia, o general Gerasimov também falou por telefone com o comandante das forças dos EUA na Europa e comandante Supremo Aliado na Europa, general Curtis Scaparrotti.

Tudo isso posto, o que está realmente acontecendo aqui? Certamente ninguém acredita, a sério, que alguma autoridade britânica realmente pense que os russos tivessem qualquer motivo para tentar matar Skripal ou, dito de outro modo: todos sabem que, se os russos tivessem algum motivo, de modo algum teriam agido de modo tão estúpido. E a Síria, afinal de contas? O que se passa na Síria? Os EUA levarão a cabo o ataque a bomba, sob bandeira falsa, que planejaram?

quinta-feira, 22 de março de 2018

Fantasma de Gaddafi assombra o morto-vivo Rei Sarkô, por Pepe Escobar

22/3/2018, Pepe Escobar, Asia Times


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




A guerra da OTAN contra a Líbia, em 2011 foi vendida unanimemente em todo o Ocidente como operação humanitária inadiável contra o proverbial ditador do mal de sempre (Hillary Clinton: "Viemos, vimos, ele morreu".). Rússia e China manifestaram-se firmemente contra a invasão.


Agora, em virada histórica surpreendente, o fantasma do Coronel Muammar Gaddafi parece ter voltado para assombrar o ex-presidente Nicolas Sarkozy da França, autonomeado superstar espetacular da tal R2P ("responsabilidade de proteger"). "bomba Coronel Sarkô" explodiu na 4ª-feira à noite: o ex-presidente havia sido indiciado e estava sob investigação formal por corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha e apropriação fraudulenta de fundos do Estado líbio.

terça-feira, 20 de março de 2018

Os russos deixamos de respeitar o 'ocidente', por Margarita Simonyan

19/3/2018, Margarita Simonyan, RIA, Rússia
(Tradução do russo ao inglês, de Scott, in The Vineyard of the Saker, aqui retraduzido)



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Essencialmente, o 'ocidente' deveria estar horrorizado, não porque 76% dos russos votaram em Putin, mas porque essas eleições demonstraram que 95% da população russa apoia ideias conservadoras-patrióticas, comunistas e nacionalistas. Significa que ideias liberais lutam para sobreviver só entre míseros 5% da população.

Culpa totalmente de vocês, amigos 'ocidentais'. Vocês nos empurraram para o modo "russos nunca nos rendemos".

Quantas e quantas vezes já disse a vocês que procurassem especialistas normais, para aconselhá-los sobre a Rússia. Demitam essa legião de parasitas.

Com suas sanções & antolhos, a humilhação impiedosa a que submeteram os atletas russos (inclusive para-atletas), com os “skripals” e acintoso descaso pelos mais básicos valores da civilização, como a presunção de inocência, que os 'ocidentais' manobraram de modo hipócrita, combinada à imposição de ideias supostas muito liberais em seus países, à convulsiva histeria de massa, que faz qualquer pessoa saudável respirar aliviada por viver na Rússia, não em Hollywood, onde prospera aquela sempre mesma desgraça pós-eleitoral, nos EUA, na Alemanha, na zona do Brexit; com ataques a jornalistas de RT, considerados imperdoáveis porque sabem extrair e extraem todas as vantagens da liberdade de expressão e ensinam ao mundo 'livre' como se usa a liberdade de expressão a favor da civilização, não contra ela, a ponto de que, afinal, se pode ver que o 'ocidente' nunca cogitou usar para o bem a liberdade de expressão. Que a liberdade de expressão foi inventada como objeto de decoração, como um esfregão de cristal, que brilha ao longe, mas não serve para limpar os estábulos 'ocidentais', com toda a injustiça e a crueldade que desgraça o 'ocidente', a hipocrisia inquisitorial e as mentiras. Vocês, o 'ocidente', nos forçaram a não mais os respeitar. Nem vocês, nem seus chamados "valores".

Já não queremos viver como vocês vivem. Durante 50 anos, secretamente e abertamente, desejamos viver como vocês. Agora, não mais.

"Nenhum paciente exibiu sintomas de envenenamento por veneno de efeito neurológico em Salisbury"

19/3/2018, Moon of Alabama


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Houve alguns interessantes desenvolvimentos no caso de suposto envenenamento do agente duplo britânico-russo Sergej Skripal e sua filha.

As posições do governo britânico sobre o 'evento' vão-se tornando mais precárias a cada instante, conforme começam a ser manifestadas mais e mais dúvidas, e mais e mais inconsistências no que disseram as autoridades britânicas. E desaba o apoio internacional à 'versão May' dos fatos.

Dia 4 de março os Skripals desmaiaram num banco público em Salisbury, Inglaterra, depois de visitarem um pub e um restaurante. Foram levados ao hospital local. Um policial local teria sido provavelmente afetado também. (Ao final, há uma relação de postados sobre o assunto, com muitos detalhes.) Uma semana depois, dia 12 de março, o governo britânico disse que um veneno de ação neurológica teria sido a causa do 'incidente' e acusou a Rússia de ter sido responsável pelo envenenamento:

segunda-feira, 19 de março de 2018

Rússia, não responda aos insultos de propaganda do 'ocidente', por Peter Koenig

17/3/2018, Peter Koenig,* The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu (1):

"Conselho que o PT deve considerar no Brasil, país que também está sob ataque da mesma guerra híbrida, que só pode estar vindo do mesmo inimigo de todos os BRICS, lá contra a Rússia, aqui contra nós, né-não?!"

Entreouvido na Vila Vudu (2):
"Engraçado é haver tantos 'analistas' que creem piamente
que derrotariam os BRCs, em encarnação Putin da Rússia, Xi da China e Lula do Brasil. Segue a luta. Volto quando parar de rir."
[Comentário, em Facebook]. 


A onda de insultos que o 'ocidente' dirige à Rússia nos últimos dias, desde o suposto ataque que teria sido cometido com um produto químico de ação neurológica que viria da era soviética, "Novichok" (cujo inventor, por falar disso, vive hoje nos EUA), contra um agente duplo, Sergei Skripal, e sua filha, Yulia, foi simplesmente horrenda. 

Especialmente no Reino Unido. A começar pela primeira-ministra May, que logo no primeiro instante acusou a Rússia de estar usando armas químicas em território britânico – e sem apresentar prova alguma de coisa alguma. Estranhamente, ninguém sabe onde estão Skripal e a filha, em que hospital estão sendo tratados, não há nem indício de qualquer tipo de análise de qualquer veneno, as vítimas não podem ser vistas, não se encontrou qualquer vestígio da substância que teria sido usada. A primeira pergunta que se tem de fazer é "Existem Sergei e Yulia?"

Rádio Gorilla avisa que bater no próprio peito e fazer-se de grande pode ser ruim, se você é Sergei Skripal; mas nem tão ruim, se você é Theresa May

15/3/2018, John Helmer, Dances with Bears, Moscou


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu





Imagine uma investigação de tentativa de assassinato a tiros sem pistola, bala, análise balística, impressões digitais, vestígios de pólvora na mão, testemunha, atirador, intenção, motivo. Não conseguiu imaginar? Pois nem você, nem o ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian.


Na 4ª-feira Le Drian anunciou a "total confiança da França nas investigações que nossos parceiros britânicos estão conduzindo" sobre o incidente do dia 4/3/2018 que envolveu veneno de efeito neurológico e Sergei e Yulia Skripal e um policial local em Salisbury.

sábado, 17 de março de 2018

Governos decretaram a 'verdade' sobre Skripal. Não se admitem vozes dissidentes

16/3/2017, Moon of Alabama


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O incidente "Skripal" é hoje, por deliberação ou por acaso, parte de campanha muito maior sobre a dominação 'ocidental' sobre 'o leste'. A Rússia, que pôs fim ao momento unilateral  da primazia unilateral dos EUA, é hoje o principal alvo. A situação é extremamente perigosa, porque qualquer escalada, no Oriente Médio, na Ucrânia ou onde for, pode levar a uma guerra entre potências nucleares.

A 'verdade' que o governo decretou sobre o caso Skripal tem muitas discrepâncias. A conexão do caso com os russos é muito mais fraca do que as 'notícias' fazem crer. Mas não se admitem dúvidas nem qualquer dissidência.

A resposta política em torno do incidente que envolveu o agente duplo britânico-russo Sergej Skripal e sua filha começou devagar. No domingo, 4 de março, Skripal e a filha foram encontrados inconscientes num banco de rua em Salisbury, Inglaterra. A polícia e os serviços locais de emergência assumiram o atendimento.

Só dia 8 de março o caso começou a gerar ondas maiores. A BBC noticiou:

Mas... O que quer Muhammad bin Salman?

16/3/2018, As'ad AbuKhalil, The Angry Arab News Service


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



O 'ocidente' e Israel investiram tanto, tanto, em Muhammad bin Salman, que, se ele cai, caem com ele muitas das políticas e das guerras 'ocidentais' – pelo menos em parte. 

Claro, nada ou ninguém é mais oportunista que governos 'ocidentais' e Israel: assim como os EUA rapidamente abandonaram Muhammad bin Nayif, servo fiel deles por muitas décadas, assim também abandonarão rapidamente MbS, se cair. A história de que pôs a própria mãe em prisão domiciliar está em todas as bocas. Mostra que o homem está disposto a violar não só o pensamento e as políticas e orientações do governo saudita, mas até as tradições e normas sociais mais comuns na sociedade árabe.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Passarão as nuvens da guerra? Ou eclodirá a tempestade?

3/3/2018, Alastair Crooke, Sic Semper Tyrannis, in Conflicts Forum


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu





O ódio compulsivo contra o presidente Putin nos círculos das elites ocidentais já superou tudo que se viu durante a Guerra Fria. Os Estados ocidentais têm insuflado a hostilidade em quase todas as esferas: Na Síria, na Ucrânia, em todo o Oriente Médio, na Eurásia, e agora esse ódio já penetrou o Conselho de Segurança da ONU, tornando-o irrecuperavelmente polarizado – e paralisado. Essa hostilidade também já extravasou para os aliados da Rússia, contaminando-os. E alimenta – quase inevitavelmente – novas sanções contra a Rússia (e seus amigos e aliados) sob o guarda-chuva onde cabe tudo e mais alguma coisa da Lei para Enfrentar Adversários dos EUA mediante Sanções [ing. Countering America's Adversaries Through Sanctions Act]. Mas a verdadeira questão é: essa histeria coletiva levará à guerra?

Ed Curtis nos faz lembrar da escalada quase parabólica do antagonismo em semanas recentes: