segunda-feira, 30 de abril de 2018

Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica: no Líbano em 1983, hoje na Síria, por Elijah J. Magnier

28/4/2018, Elijah J. Magnier Blog [trad. ár.-francês de Daniel G., aqui retraduzida]


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Os EUA têm necessidade de um Irã forte, do qual se servem continuadamente como espantalho, para fazer medo aos países do Oriente Médio, principalmente à Arábia Saudita, aos Emirados e ao Bahrein. O objetivo é fazer medo a esses países do Golfo, para vender armas Made in USA, assim convertendo o Oriente Médio em vasto mercado para as armas norte-americanas.

Fontes diplomáticas confirmam que o Irã jamais declarou guerra à Arábia Saudita nem a qualquer outro país no Oriente Médio – única exceção é Israel. O mundo inteiro sabe que Israel teve a iniciativa dos ataques, ao assassinar físicos nucleares especialistas do programa nuclear, ao violar os espaços aéreos libanês e sírio e, bem recentemente, ao bombardear o centro de comando e controle iraniano na base T4 (utilizada no combate contra os jihadistas), ataque que resultou na morte de sete oficiais iranianos.

Por que a Europa teme as Novas Rotas da Seda, por Pepe Escobar

25/4/2018, Pepe Escobar, Asia Times



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu:

Enquanto Temer, o Usurpador, destrói o Brasil e discursa a favor de "livre comércio" [só rindo!] com a direita chilena, a China constrói pontes, estradas, portos, estaleiros, conexões high-tec e –
como no verso do grande João Cabral de Melo Neto – "tece uma manhã".
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Começou como um escândalo de pequenas proporções – considerando-se o ciclo de noticiário pós-verdade, 24 horas, sete dias por semana. Dos 28 embaixadores de países da União Europeia em Pequim, 27 – única exceção foi a Hungria – assinaram um documento interno em que criticam as Novas Rotas da Seda como ameaça não transparente ao livre comércio, que supostamente favoreceriam conglomerados chineses e a concorrência não equânime.

O documento foi vazado primeiro para o respeitado jornal do empresariado alemão Handelsblatt. Diplomatas da União Europeia em Bruxelas confirmaram para Asia Times a existência do documento. Até que o Ministério de Relações Exteriores da China acalmou a turbulência, dizendo que Bruxelas já explicara tudo.

Amizade colorida Trump-Macron vira amor-bandido, por MK Bhadrakumar

27/4/2018, MK Bhadrakumar, Oriental Review


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu:

Um fator trabalha a nosso favor, no golpe que está destruindo o Brasil:

– no Brasil, a grana-preta da bankerada anglo-sionista não conseguiu encontrar (nem construir! Em 20 anos!) candidato que prestasse.

Na França, bem ou mal, encontraram esse Macron Rotschild & Brigite-mídia.

No Brasil, a bankerada&CIA tentou inventar Aécim, o pré-eleito. Mas acabaram tendo de se conformar com Temer, cuja manutenção no poder já custou à bankerada anglo-sionista no Brasil: um Congresso, vários juízes, vários procuradores, vários TRFs e 1 STF COM TUDO inteirinhos e uma RedeBlogo, que se autodestruíram no processo de destruir Lula e a democracia liberal no Brasil.
E para quê?! Para nnnnnnnaaaada.

Porque Aécim, o mais desgraçado dos rebentos da des-elite brasileira, ele mesmo, plus um partido absolutamente USP-Opus-Dei-UDN-fascista imbecilizado, no qual FHCs, Moros, Aluisims & Serras são considerados sumidades e faróis da 'ética', da 'sociologia', da 'Teoria' do 'Direito' e do 'jornalismo' [só rindo!], todos esses, eles se autodetonaram e detonaram o Aécim, o infeliz.

Com isso a bankerada anglo-sionista & CIA ficou, no Brasil, SEM CANDIDATO, sem lei, sem mídia, sem universidade e sem terra firme.

Quer dizer: Tá mais prá nóiz aki, que na França. Talvez doa, mas... tá mais prá nóiz do que parece. [Pano rápido].
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Presidente da França Emmanuel Macron faz 'positivo' com o polegar, depois de discursar diante do Congresso (Deputados e Senadores reunidos), 4ª-feira, no Capitólio, EUA.

A visita oficial de três dias do presidente francês Emmanuel Macron aos EUA acabou por se converter em desastre para o anfitrião Donald Trump. É a primeira vez que Trump oferece jantar oficial a dignitário estrangeiro, evento de alta voltagem cerimonial. Provavelmente pretendia que o simbolismo destacasse a amizade com a França, "não só amiga, mas a mais antiga aliada dos EUA", palavras dele.

Indivíduo, estado, igreja e eleição de 2018

26/4/2018, Pedro Augusto Pinho [msg distribuída por e-mail]*







A Igreja Católica sempre teve participação ativa na política brasileira. Desde as pregações escravistas do Padre Antônio Vieira às práticas libertárias de Dom Pedro Casaldáliga, muito do que tivemos de bom e de mau na condução do Estado veio dessa influência.

No mês de abril esteve reunida em Aparecida, São Paulo, a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). E dentre os documentos emitidos está a mensagem dos bispos sobre a eleição de 2018.

Em primeiro lugar devemos louvar o compromisso com a democracia, enfatizando a importância da manifestação popular, da legitimidade que vem unicamente do voto para condução da Nação.

Nicarágua, 2017: Mais uma 'mudança de regime' à moda CIA

23/4/2018, Tortilla Con Sal, in Telesur, Venezuela


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu:
Não sei se a história acontece primeiro como tragédia, depois como farsa.
O que sei é que quando a história acontece exatamente idêntica, ao mesmo tempo, na Ucrânia, na Síria, na Líbia, na Costa do Marfim, na Venezuela, na Nicarágua, em Brasília-DF, não é tragédia nem farsa: é projeto e ação da CIA. [Pano rápido]
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O padrão é similar ao que se viu na Líbia, Síria e Venezuela [e no golpe no Brasil-2016], onde minorias políticas de extrema direita conspiraram com elites estrangeiras para derrubar governos legítimos e o status quo nacional.

Eventos na Nicarágua ao longo da semana passada seguem claramente o modelo do projeto liderado pelos EUA e conduzido pela OTAN que se viu em operação na Líbia, na Costa do Marfim e na Ucrânia, mas que, até aqui, já fracassou na Tailândia, Síria e Venezuela [no Brasil do golpe de 2016, a luta prossegue]. Num nível nacional, os protestos têm sido liderados por grupos do setor privado, que defendem seus lucros contra as políticas socialistas que defendem os trabalhadores de baixa renda e aposentados e pensionistas.

Caspian games: '-stões' da Ásia Central disputam mercado da conectividade, por Pepe Escobar

Enquanto isso o Brasil é empurrado pela CIA de volta aos anos 50s, como neoquintal


23/4/2018, Pepe Escobar, de Asia Times in The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


O Mar Cáspio é importante centro de um sistema de gasodutos e corredores comerciais da Eurásia.

O Azerbaijão realizou eleição presidencial esse mês. Previsível, o atual líder Ilham Aliyev obteve o quarto mandato consecutivo, com 86%, padrão dinastia-Kim, dos votos.


Monitores internacionais da Comissão para Instituições Democráticas e Direitos Humanos (CIDDH) [Office for Democratic Institutions and Human Rights (ODIHR)] da Organização para Segurança e Cooperação na Europa, (OSCE) [Organization for Security and Cooperation in Europe (OSCE)] denunciou "disseminado desprezo por procedimentos obrigatórios, numerosos casos de irregularidades sérias e falta de transparência"; a comissão eleitoral nacional do Azerbaijão retrucou que tais observações são "infundadas".

terça-feira, 24 de abril de 2018

O Irã retaliará. Desistam.

23/4/2018, Seyed Mohammad Marandi,* Middle East Eye



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



"A carga do homem branco"[1] – ou talvez, melhor dizendo, "o homem branco que nós carregamos" – foi, provavelmente, o jugo mais pesado de toda a história humana. Perguntado sobre o que pensava sobre a civilização ocidental, consta que Mahatma Gandhi teria respondido que "teria sido boa ideia".

Quando intelectuais ocidentais põem-se a criticar as políticas globais de seus próprios governos, a culpa é sempre descarregada sobre partidos políticos, líderes incapazes, estratégias falhadas, falta de financiamento, de armas ou de "vontade política". Mas avancemos um pouco mais, para considerar se o problema não é mais fundo, mais fundamental – ou se a construção "ocidental" do próprio conhecimento não é, ela mesma, eivada de inadequações as mais lastimáveis.

Tecnologia de mísseis russos tornou obsoleta a Marinha de US$1 tri, dos EUA, por Dmitry Orlov

21/4/2018, Dmitry Orlov, Russia Insider


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Pelos últimos 500 anos, as nações europeias – Portugal, os Países Baixos, Espanha, Grã-Bretanha, França e, por menos tempo, a Alemanha – conseguiram saquear todo o planeta, projetando o próprio poder naval sobre os mares e oceanos. Dado que grande parte da população mundial vive ao longo dos litorais, e muita gente comercia por água, navios armados que chegavam de repente, vindo ninguém sabia de onde, conseguiam pôr populações locais à mercê das próprias armas.

Brontosauro militar financeiramente cataclísmico

 As armadas podiam saquear, impor tributos, punir o desobediente, e na sequência usavam os saques e os tributos para construir mais navios para aumentar o alcance dos respectivos impérios navais. Assim foi possível que um país pequeno, com poucos recursos naturais e poucas vantagens locais nativas, além de intolerância extrema e grande quantidade de doenças contagiosas, dominasse o planeta por meio milênio.

Síria: Relatório de Situação Limpeza das áreas em torno de Damasco – Rumores 'jornalísticos' sobre ADM são preparação para novo ataque dos EUA

20/4/2018, Moon of Alabama


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu





Depois que o Exército Sírio Árabe liberou Douma, as áreas controladas pelos Takfiri próximas da capital Damasco também foram rapidamente controladas. Os militantes do grupo Jaish al-Islam em Dumayr, nordeste de Damasco, renderam-se sem resistir. Como tem sido a prática usual, osTakfiri foram transferidos para o governorado de Idlib, no noroeste, controlado pela al-Qaeda e outras forças apoiadas pelos turcos. A cidade de Dumayr controla a rodovia Damasco-Bagdá. Estão em andamento conversações de capitulação em Qalamoum Oriental.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Síria, Irã e "caos nas relações internacionais", por Pepe Escobar

19/4/2018, Pepe Escobar, Asia Times


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu





Mesmo em ambiente geopolítico de pós-verdade em torvelinho, o presidente da Rússia Vladimir Putin dizer ao seu contraparte iraniano, Hassan Rouhani, em conversa telefônica, que qualquer novo ataque ocidental contra a Síria pode "levar ao caos, nas relações internacionais" deve ser visto no mínimo pelo que é: impressionante eufemismo.


Segundo o Kremlin, Putin e Rouhani concordam em que os ataques da entidade que os mais cínicos chamam de F.U.K.U.S. [por aproximação fonética, "Fodam-se EUA"] –, F de França, UK de United Kingdom [Reino Unido] e US de EUA – causaram grave dano às chances de se alcançar qualquer solução política significativa na Síria.

Para entender o estupro do Brasil, em 2016: Estupro da Rússia, nos anos 1990s. Lars Schall entrevista F. William Engdahl (2/2)

Lars Schall (LS) entrevista F. William Engdahl (FWE), autor de Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante,* sem trad. ao português], transcrição, traduzido do inglês, de The Vineyard of the Saker, Introdução de Pepe Escobar (2/2)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


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Ver também


Para entender o estupro do Brasil, em 2016

Estupro da Rússia, nos anos 1990s 

Lars Schall (LS) entrevista F. William Engdahl (FWE), autor de Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [
Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante, sem trad. ao português], transcrição, traduzido do inglês, de The Vineyard of the Saker, Introdução de Pepe Escobar (1/2)______________________________




[continuação, a partir de 26"40']
LS: É. Vamos falar sobre isso. É o que se conhece como Terapia de Choque Jeffrey Sachs, ou Terapia de Choque de Harvard.


FWE: Bem, a Terapia de Choque Jeffrey Sachs, mas a Terapia de Harvard é... – Bem, o que aconteceu, a próxima fase dessa história incrível. É importante ter isso em mente e essa é uma das razões pelas quais escrevi o livro, por causa do que estava já claro depois do golpe de estado da CIA em 2014 na Ucrânia e todas as sanções contra a Rússia de Putin e tal.

Para entender o estupro do Brasil, em 2016: Estupro da Rússia, nos anos 1990s. Lars Schall entrevista F. William Engdahl (1/2)

Lars Schall (LS) entrevista F. William Engdahl (FWE), autor de Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante,* sem trad. ao português], transcrição, traduzido do inglês, de The Vineyard of the Saker (1/2)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

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Ver também
Para entender o estupro do Brasil, em 2016Estupro da Rússia, nos anos 1990s 
Lars Schall (LS) entrevista F. William Engdahl (FWE), autor de Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante, sem trad. ao português], transcrição, traduzido do inglês, de The Vineyard of the Saker (2/2)______________________________


Introdução
Pepe Escobar


William F. Engdahl é um dos principais analistas geopolíticos do mundo. Seus livros – de Century of War a Full Spectrum Dominance – são absolutamente essenciais para compreender como a nação autodeclarada "excepcional" criou e expandiu seus tentáculos de hegemonia global.


Boa medida para aferir a influência de Engdahl é que por mais que a turma do Departamento de Estado o desqualifique, aqueles suspeitos de sempre leem tudo que ele escreve e não conseguem encontrar argumento que prove que Engdahl errou.


Essa longa entrevista, feita pelo jornalista especializado em finanças Lars Schall é em grande parte dedicada ao Capítulo 3 – "The Rape of Rússia" [O Estupro da Rússia] – do mais recente livro de Engdahl,Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [port. Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante, sem tradução em português do Brasil (NTs)].


Aqui vocês encontrarão tudo que precisam saber sobre a gênese dos oligarcas russos nos anos 1990s; os negócios sujos da máfia de Yeltsin; tudo sobre o roubo do ouro dos soviéticos, até as operações sujíssimas do irmão mais velho de Bush-pai; a incrível história do ouro de Yamashita; a sujeira dos "cupons de privatização"; o modo como a máfia de Harvard controla a economia russa – até a luta tenaz, duríssima, que o presidente Putin iniciou e combateu ao longo dos anos 2000s para fazer da Rússia uma economia funcional, ao mesmo tempo em que a OTAN continuava a avançar na direção da Rússia.


Como Engdahl observa, se não compreendermos o que aconteceu na Rússia nos anos 1990s é absolutamente impossível contextualizar a incansável campanha de ódio que os neoconservadores e a Think-tank(e)lândia norte-americana movem contra o presidente da Rússia, 24 horas/dia, sete dias por semana.


ATENÇÃO: Em entrevista ao programa Duplo Expresso do dia 16/4/2018, Pepe Escobar comenta o mesmo livro de Engdahl, e o mesmo 3º Capítulo, para dizer o quanto é leitura importantíssima para que se compreenda... o estupro do Brasil, mais ativo a partir de 2016, mas em tudo semelhante ao que foi feito contra a Rússia. A entrevista de Pepe ao Duplo Expresso está aqui. O trecho em que Pepe Escobar fala das semelhanças entre o estupro da Rússia e o estupro do Brasil começa em 27'25" [NTs].


Assim sendo, sente-se, relaxe, curta essa corrida alucinada ladeira abaixo e conserve essa entrevista como referência essencial que você não encontrará em nenhum outro lugar.
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Estupro da Rússia, nos anos 1990s


Lars Schall: Alô, William.

F. William Engdahl: Alô, Lars. Bom estar com você outra vez.


LS: Ótimo tê-lo conosco. Para começar, permita que eu leia algo para você e nossos ouvintes, escrito pelo economista Dean Baker no início do mês.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

É pena, mas... está longe de acabar.

15/4/2018, The Saker, The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu







Comecemos por um rápido sumário dos eventos


·         Há cerca de um mês, Nikki Haley anuncia ao Conselho de Segurança da ONU (CSONU) que os EUA estão prontos para violar as regras daquele próprio Conselho de Segurança da ONU, caso aconteça um ataque químico na Síria.


·         Em seguida os russos anunciaram que têm provas de que estava em preparação, na Síria, um ataque químico de falsa bandeira [o ataque é preparado por um país, para ser atribuído falsamente a outro país].


·         Em seguida começam os boatos de que um ataque químico teria supostamente acontecido (em local cercado e, basicamente, controlado por forças do governo!).


·         A Organização para Proibição de Armas Químicas, OPAQ [ing. OPWC] envia investigadores (apesar de as potências ocidentais insistirem em altos brados que não seria necessário investigar coisa alguma).


·         Na sequência, os anglo-sionistas bombardeiam a Síria.


·         Em seguida, o CSONU recusa-se a condenar a violação de suas próprias regras e decisões.


·         Até que, finalmente, os EUA 'noticiam' um 'ataque perfeito'.

Agora, me digam: alguém sente que a história acima está concluída, que acabou?

EUA e aliados expostos à retaliação russa na Síria

14/4/2018, Global Times, Editorial, Pequim, China


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O presidente dos EUA Donald Trump anunciou na 6ª-feira que ordenara ataques contra o regime sírio, como resposta a um ataque químico no fim de semana passado. Disse que os ataques seriam coordenados com França e Reino Unido. O presidente da Síria Bashar al-Assad disse que seu país foi "invadido" por aqueles três países. A Embaixada Russa nos EUA disse em declaração que "insultar o presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível."

Em declaração espetaculosa, Trump afirmou que o governo de Bashar al-Assad usara armas químicas contra civis. Disse que "O ataque maligno e desprezível deixou pais e mães e meninos e bebês contorcendo-se de dor e sem conseguir respirar. Não são ações de homem. São crimes de um monstro." Trump também alertou que "a Rússia tem de decidir se continuará por esse caminho de trevas ou se se reunirá às nações civilizadas numa força a favor da estabilidade e da paz."

domingo, 15 de abril de 2018

Desmascarado o plano secreto dos EUA contra Damasco: Entenda a ação dos russos antes e depois do ataque de EUA e Reino Unido, por Elijah J Magnier

França prometeu mandar aviões, mas não mandou*


15/4/2018, Elijah J Magnier - Blog [aqui retraduzido do inglês]


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Donald Trump desceu da árvore na qual subira há alguns dias, quando mobilizara imensa força militar e poder de fogo similar à "Operação Tempestade no Deserto" (embora sem coturnos em solo). O "Plano A" previa ataque avassalador contra a Síria para destruir o exército, o palácio presidencial, as bases de comando e controle, as forças de elite, depósitos militares estratégicos de armas e munições, radar, sistemas de defesa e instituições da liderança política.

Antes do triplo ataque à Síria por EUA, Reino Unido e França, houve contatos intensos promovidos pelos russos e pessoalmente pelo próprio presidente Putin – às 4h da madrugada – para reduzir o ataque e conseguir que passássemos todos para um "Plano B" mais suave e menos avassalador.

A Rússia, nos contatos com vários chefes de Estado, rejeitou absolutamente qualquer ataque que incapacitasse o Exército Sírio, e instruiu a liderança em Damasco no sentido de que, doravante, passava a ser essencial obrigar o Ocidente a pensar muito bem antes de tentar alterar radicalmente o equilíbrio de poder no Levante.

Mas qual a razão real por trás do ataque EUA-Reino Unido-França? O que teria a ver com "ataque químico" em Duma? A Organização para a Proibição de Armas Químicas já estava em Damasco, e seus especialistas estiveram em Duma no sábado para inspecionar o local onde teria havido um ataque com armas químicas. Por que os EUA não podiam esperar pelos resultados?

Quem ganhou? Síria atacada por F.O.D.A.M-SE-E.U.A.

14/4/2018, Moon of Alabama


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Noite passada, França, Reino Unido e os EUA lançaram ataque ilegal contra a Síria e bombardearam vários pontos civis e militares dentro do país. A 'justificativa' para o ataque é que seria vingança ou punição por um suposto 'ataque químico' que teria acontecido uma semana antes.

O 'incidente químico' dia 7 de abril em Douma foi concebido para reverter a decisão publicamente anunciada de Trump, de ordenar a saída dos militares dos EUA, da Síria. 

Os 'rebeldes' salafistas empregados da Arábia Saudita trouxeram cadáveres, provavelmente recolhidos em algum outro morticínio próximo, e os empilharam num apartamento em Douma, para encenar um 'evento' e filmar vídeos falsos de um 'ataque químico' o qual, também falsamente, foi atribuído ao governo sírio.

Trump fingiu acreditar nos vídeos e pôs-se a tuitar ameaças contra Síria e Rússia. A Rússia ameaçou responder com força equivalente, no caso de os EUA atingirem soldados ou interesses russos na Síria.

Que preço a humanidade pagará pelo colapso do Império EUA-anglo-sionista?

13/4/2018, The Saker, Unz Review e The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

"Estou cercado, eles estão aí fora, não quero que me prendam e me exibam, ordene o ataque, ou eles vão rir de mim e desse uniforme. Quero morrer com dignidade e levar todos esses infelizes comigo. Por favor. É meu último desejo, ataquem logo, eles vão me matar. É o fim, Comandante. Obrigado. Diga à minha família e ao meu país que os amo. Conte que fui valente e lutei até não mais poder. Por favor, cuidem da minha família, vinguem minha morte, adeus Comandante, diga à minha família que amo todos."
[assina] Alexander Prokhorenko


"Isto é para os nossos rapazes"
Roman Filipov



Estamos vivendo hoje os dias mais perigosos em toda a história humana. Acham que é exagero? Pensem.

Estamos a poucos passos de um Armageddon nuclear

A primeira coisa a compreender é que nada disso, repito, nada disso tem algo a ver com Síria ou armas químicas, nem em in Salsbury, Nem em Douma. Esse tipo de nonsense é "prolefeed mental"[1] para os mentalmente incapazes, politicamente cegos ou de modo geral drones ideológicos que, do Maine, ao Golfo de Tonkin, ao ataque do Gladio da OTAN na estação de trens de Bolonha, até o melhor e maior de todos os ataques encenados – o 11/9, claro – simplesmente acreditarão em qualquer coisa que o lado "deles" (como supõem que seja) lhes conte. A verdade é que os anglo-sionistas são os maiores proliferadores de armas químicas de toda a história (como são também os maiores matadores de árabes e muçulmanos!). As lágrimas de crocodilo portanto não passam disso – lágrimas de crocodilo, por mais que a máquina de propaganda diga que não.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Síria, abril, 2018 - As superpotências caminham à beira do abismo, por Elijah J Magnier

10/4/2018, Elijah J Magnier Blog, Damasco, Síria


Traduzido pelo Coletivo Viva Vudu




Pela primeira vez desde que assumiu o governo, o presidente dos EUA Donald Trump lançou ameaça clara em direção ao presidente russo Vladimir Putin. Disse que ele "pagará caro"A ameaça tem a ver com a 'notícia' de que o exército sírio teria lançado um ataque químico contra a cidade de Duma, a leste de Ghouta, última fortaleza dos 'agentes locais' da Arábia Saudita, próxima de Damasco.

Trump talvez esteja pensando em bombardear as posições do Exército Árabe Sírio distribuídas por toda a geografia da Síria ou, quem sabe até o palácio presidencial Al-Muhajereen em Damasco – claro, sem necessariamente dizer quando e onde atacará.

Por outro lado, a Rússia diz que não aceitará imóvel e responderá a qualquer ameaça contra seus próprios soldados. De fato, há oficiais russos em todas as unidades sírias em campo e nos quartéis de comando e controle no Levante, coordenando e participando de ataques contra terroristas desde setembro de 2015. Assim sendo, é quase certo que qualquer ataque ao Exército Sírio resultará em baixas de combatentes russos.

Ato de guerra desse tipo pode, sim, gerar resposta do presidente Putin, que com certeza não quererá parecer fraco diante dos políticos russos, militares russos e do próprio povo russo. A Rússia acaba de voltar à arena internacional, não só como potência nuclear, mas também como país que quer construir novo equilíbrio mundial e pôr fim à dominação unilateral que Washington exerce desde o fim da perestroika em 1991.

Mas como os EUA podem beneficiar-se de alguma ação militar na Síria?