quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Trump: Afeganistão em Primeiro Lugar, por Tony Cartalucci

26/8/2017, Tony Cartalucci, New Eastern Outlook










Para os que sabem de onde flui o poder real no establishment político dos EUA, a continuação da guerra de 16 anos jamais interrompida dos EUA contra o Afeganistão absolutamente não foi surpresa.

Mas com certeza surpreendeu os eleitores que acreditaram que o presidente Donald Trump representaria o desejo dos norte-americanos de sair das múltiplas guerras à distância e envolvimentos escusos, e poria "EUA em Primeiro Lugar", o anúncio que Trump fez, de que nada disso acontecerá, mas, isso sim, as guerras serão expandidas.

Seja como for, talvez seja a primeira de uma longa série de lições muito duras que o povo dos EUA terá de aprender: não importa quem os cidadãos elejam em Washington, as agendas que o eleito terá de cumprir já lhe chegam prontas, vindas de outro lugar, e são impostas aos eleitos.

As revoluções camponesas de 1917













Em 1917, os camponeses eram fator decisivo no jogo político. Definiam respostas dos políticos aos desafios nacionais; produziam, controlavam e decidiam sobre os suprimentos de alimento; os soldados eram camponeses armados e uniformizados, fazendo e acontecendo no mundo do poder político; e, porque eram a maioria dos moradores das cidades russas, também tiveram papeis chaves nos levantes urbanos.

Apesar disso, quando se fala de revoluções camponesas, em geral falamos de batalhas rurais em disputa pelo uso e pela propriedade da terra. E, embora mais de 80% da população da Rússia vivesse em áreas não urbanas em 1917, os especialistas quase sempre marginalizam a experiência dos camponeses da Revolução Russa e sua participação nela, preferindo concentrar as atenções nos trabalhadores urbanos e na intelligentsia.

Presidente Bashar al-Assad da Síria, Discurso ao Corpo Diplomático, Damasco

20/8/2017, Vídeo (ár. com legendas em ing.) Tradução ao francês Sayed Hasan Blog



"E se o povo árabe sírio e com ele as Forças Armadas estão hoje reescrevendo uma nova história para a Síria e a região em geral, também haverá muitos volumes a escrever sobre nossos amigos. Sobre o Irã e o Imã Khamenei. Sobre a Rússia e o presidente Putin. Sobre o Hezbollah e Said Hassan Nasrallah. [Aplausos] Os muitos livros que se escreverão darão testemunho de seus princípios, de sua ética, de suas muitas virtudes, para que as futuras gerações também aprendam com eles" (...) 

Quanto a nós, temos de nos mover politicamente, economicamente e culturalmente na direção do Oriente."
(Presidente Bashar al-Assad, 20/8/2017)











Senhoras e senhores, diplomatas e funcionários do Ministério de Relações Exteriores,

É um prazer reunir-me com você, no dia em que abrem seu Congresso, que oferece importante ocasião para partilhar pontos de vista e experiências, discutir futuras políticas de Estado e propor ideias novas que ajudem esse Ministério a cumprir cada vez mais efetivamente seus deveres.

Essa reunião é importante por causa da aceleração da dinâmica dos eventos no mundo e na região, especialmente na Síria, e porque os meios de comunicação modernos ou tradicionais não substituem essas reuniões presenciais, cujo objetivo é configurar visões unificadas e formular nossas posições. É reunião particularmente importante, dada a complexidade da atual situação na Síria.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Pentágono & Propaganda para Milenistas*

22/8/2017, Christian Sorensen,** Newsbud












A Lei de Autorização da Defesa Nacional [ing. National Defense Authorization Act] de 2013 modificou a Lei Smith-Mundt e para todos os efeitos matou qualquer impedimento que houvesse contra o uso de propaganda contra públicos norte-americanos. Desde então o Pentágono tem-se movimentado sem freios para ocupar corações e mentes nos EUA, aplicando esforços extras para atingir diretamente a população milenista. O programa Late Night with Seth Meyers é apenas um exemplo, dentre muitos que indicam claramente o quanto o Pentágono refinou o velho jogo.

O Pentágono escalou no seu jogo de propaganda na era da Internet. Tocar as mentes milenistas exige mais que spots vulgares de publicidades e slogans rimados. Exige celebridade, humor e lisonja. Seth Meyers, mestre de cerimônia de Late Night, lá está, feliz por poder colaborar.

O que é "Antifa"? Dez anos de repórter entre eles e os policiais

25/8/2017, Ramin Mazaheri,* The Vineyard of the Saker








"A questão contudo, além de qualquer dúvida ou discussão de números, é que o maior número de fascistas estão na força policial. Por exemplo,mais da metade do total de policiais franceses votaram esse ano em candidatos da extrema direita. E o mesmo aconteceu também em 2015, para que ninguém pense que lá houvesse anti-Macronistas ilustrados."




Tem sido engraçado ouvir jornalistas norte-americanos que pronunciam erradamente a palavra "Antifa"[1]: "É 'An-tííí-fa, não é?"[2] 

Bom, em vários sentidos é sorte deles, porque os "Anti-Fascistas" são tão queridos da mídia quanto dos fascistas e também da Polícia. Sei do que falo, porque desde 2010 trabalho como repórter dentro das trincheiras das manifestações na França, com Antifas de um lado, polícia antitumulto do outro, e a mídia-empresa dos EUA no meio.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Coreia, Afeganistão e a arapuca da Guerra Sem Fim, por Pepe Escobar

23/8/2017, Pepe Escobar, Asia Times









Há mais paralelos que o olho não alcança, entre uma guerra dos anos 50s que nunca foi encerrada no nordeste da Ásia e outra guerra que já dura 16 anos, no ponto em que se cruzam a Ásia Central e o Sul da Ásia. Comecemos pela República Popular Democrática da Coreia ("Coreia do Norte").

Mais uma vez, EUA e Coreia do Sul insistem em seus "Jogos Vorazes" [ing. Hunger Games]. Não precisava ser assim.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia Sergey Lavrov explicou como acontece:


"Rússia e China juntas desenvolveram um plano que propõe um 'duplo resfriamento': Kim Jong-un congela seus testes nucleares e para de disparar mísseis balísticos dos mais diferentes tipos; e EUA e Coreia do Sul congelam as grandes manobras na região, que estão sendo usadas como pretexto para os testes do Norte."


Pode-se chamar de diplomacia com consistência. Não há prova conclusiva de que a parceria estratégica Rússia-China tenha feito chegar esse plano diretamente ao governo do presidente Donald Trump dos EUA. Mas, se chegou lá, a proposta foi derrubada. Os proverbiais "especialistas militares" fizeram lobby forte contra ela, insistindo em que haveria vantagens indevidas para Pyongyang. Pior, o Conselheiro de Segurança Nacional H R McMaster é ativíssimo lobbyista a favor de guerra preventiva – como se fosse algum tipo de "resolução" séria de conflito.

Contagem regressiva para guerra contra a Venezuela - 2º passo: Trump impõe novas sanções

 25/8/2017, Moon of Alabama













A oposição treinada e paga pelos EUA tentou criar caos violento nas ruas, mas fracassou, sem conseguir arrastar o povo. O único apoio com que essa oposição conta dentro do país vem da burguesia rica das grandes cidades, que despreza o programa de justiça social do governo. Operários e camponeses estão melhor hoje, sob as políticas social-democratas de, primeiro, Hugo Chávez, e agora, de Nicolas Maduro. A tentativa de golpe como primeiro passo para os EUA tomarem conta da Venezuela fracassou.

Mês passado, uma Assembleia Constituinte foi eleita e está pronta para defender o Estado. A oposição boicotou a eleição dos constituintes, mas agora reclama que não tem representantes. Uma das primeiras medidas da assembleia foi demitir a Procuradora-geral e renegada Luisa Ortega Diaz. A Procuradora-geral condenou o governo por resistir às tentativas de golpe. Agora, a Procurad0ra-geral renegada fugiu do país com o marido. O Miami Herald admite que a ex-procuradora-geral da Venezuela está na folha de salários dos EUA:

Países europeus assinaram sete pactos e tratados de não agressão com a Alemanha nazista

24/8/2017, Adam Garrie, The Duran



O período entre as duas guerras mundiais não foi tempo de democracias versus ditaduras. Foi tempo de Europa oriental e Europa central – ambas de ultradireita e fascistas –, contra uma União Soviética isolada.













O período entre as duas guerras mundiais na Europa não foi tempo de democracias florescentes brotadas das cinzas da 1ª Grande Guerra, mas, isso sim, os países centrais eram marcadas ditaduras de extrema direita.

Listo aqui alguns exemplos:

HUNGRIA: Nos anos entre as duas grandes guerras, a Hungria teve governo ultrarreacionário, com destaque para o primeiro-ministro Gyula Gömbös. 

LETÔNIA: O ditador da Letônia Kārlis Ulmanis governou com mão de extrema direita férrea durante os anos entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial. 

LITUÂNIA: Antanas Smetona, líder lituano entre as guerras ajudou a empurrar o país sempre mais na direção de uma direita protofascista. 

ESTÔNIA: Konstantin Päts era um pouco menos violento, mas era ditador fortemente nacionalista, que matou a democracia em seu país.

TCHECOSLOVÁQUIA: Edvard Beneš foi o político tcheco mais influente entre as duas guerras mundiais, e embora menos radical que muitos de seus vizinhos, também deixou legado ambíguo de governo fortemente autoritário. 

E houve também a Polônia, país que, sob o governo militar de Józef Piłsudski, foi o primeiro país europeu que assinou um acordo de não agressão com a Alemanha de Adolf Hitler, quatro anos antes de Hitler unificar Alemanha e Áustria, a Anschluss(12/3/1938).

Netanyahu busca ajuda de Putin na Síria: Israel não está preparada para outra guerra

25/8/2017, Elijah J. Magnier (@ejmalrai), @AlraiMediaGroup, Blog










O primeiro-ministro Benyamin Netanyahu de Israel viajou até o resort russo de Sochi, para se encontrar com o presidente Vladimir Putin da Rússia, considerado o "senhor da casa" na Síria, numa tentativa já fracassada de extorquir do Kremlin o que não conseguiu de Washington, sobre as fronteiras de Israel e Síria.

Como todas as guerras sempre ensinaram, o vencedor impõe condições ao vencido: o primeiro-ministro de Israel apostou seu dinheiro num cavalo pangaré perdedor ao supor – como muitos líderes em todo o mundo – que Bashar al-Assad cairia em 2012, poucos meses após o início da guerra imposta à Síria. Netanyahu não tinha qualquer dúvida de que o "eixo da Resistência" (Irã – Síria – Hezbollah) seria derrotado, e que Damasco cairia sob o controle de extremistas Takfiri. De fato, se Israel não tem qualquer aliança com jihadistas sunitas, é só porque os sunitas tinham declarado guerra sectária contra todos os xiitas em geral e o Hezbollah em particular e, assim sendo, a linha vital de suprimentos entre Teerã-Damasco-Beirute logo estaria – felizmente para Israel – interrompida.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Moon of Alabama: Uma Junta Militar governa os Estados Unidos

Apontamentos sobre a Junta, um corredor de passagem desnecessário, e manobras russas...



24.08.2017, Moon of Alabama


tradução de btpsilveira






Conforme uma teoria política dos anos 50, A estrutura do poder na sociedade dos Estados Unidos é construída principalmente em cima de três grupos de elite: pessoas com altas patentes militares, os executivos das grandes corporações e a direção geral da política. (Como “direção geral da política”, entenda-se a burocracia, assim como a CIA e seus capachos dentro do Congresso).

Percebi, no dia da eleição, que apenas os militares apoiavam o Presidente que não era Hillary. O canto do triângulo onde estavam as corporações e seus executivos pressionavam por Hillary e continuaram a pressionar mesmo depois de Trump ser eleito. (A tal do “conluio com a Rússia” morreu de morte súbita apenas recentemente). Escrevi:

Além dos três generais no gabinete de Trump, os militares exigirão também a parte do leão.

Não deu outra. Neste instante, uma Junta Militar governa os Estados Unidos

Putin consegue um xeque-mate geopolítico na Síria

Libertação de Deir ez-Zor está próxima














O Estado Islâmico no Iraque e na Síria (ing. ISIS) agoniza, isolado e caçado pelo Exército Árabe Sírio e aliados, que esperam dar por encerrada a história dessa organização terrorista, afinal, na cidade síria de Deir ez-Zor. Com essa vitória já muito próxima, Putin terá afinal construído um xeque-mate geopolítico, e acertado golpe esmagador nos esquemas da Nova Ordem Mundial no Oriente Médio.

Triângulo Rússia-Turquia-Irã ganha tração, por MK Bhadrakumar

22/8/2017, MK Bhadrakumar, Indian Punchline














A geopolítica do Oriente Médio assiste a uma mudança tectônica, com a emergência de um eixo turco-iraniano que até recentemente pareceria inacreditável. A visita de três dias que fez semana passada à Turquia o comandante do Estado-maior do Irã general Mohammad Hossein Bagheri foi a primeira nas relações Irã-Turquia desde a Revolução Iraniana em 1979. Durante a visita de Bagheri, os dois países assinaram um acordo militar, dia 17 de agosto. O presidente Recep Erdogan da Turquia revelou na 2ª-feira que discutiu com Bagheri a possibilidade de ações conjuntas turco-iranianas contra militantes curdos.

"Ação conjunta contra grupos terroristas que se tenham tornado uma ameaça sempre é item de agenda. A questão foi discutida entre os dois chefes militares, e eu discuti (com Bagheri) mais amplamente o modo como se deve fazer isso" – disse Erdogan. Turquia e Irã têm forte convergência no serviço de impedir a emergência de uma entidade curda independente na região no Iraque ou na Síria. Os dois países estão em luta contra grupos curdos separatistas ativos dentro das respectivas fronteiras.

O que torna urgente para os dois países a necessidade de cooperar é a suspeita, que acomete turcos e iranianos de que EUA e Israel estão, provavelmente, escalando seu antigo projeto para estabelecer um Curdistão independente na região, com agenda ulterior para criar com vistas ao longo prazo, uma situação que promova seus interesses no mapa regional.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Afeganistão maduro para mais guerra à distância?

22/8/2017, MK Bhdrakumar, Indian Punchline


"... e a "Operação Proteção das Papoulas Forever" continua... forever22/8/2017, Pepe Escobar (com Scott Rickard), Facebook.












No passado a Rússia já sugeriu que os EUA patrocinam clandestinamente o Estado Islâmico no Afeganistão. Na 5ª-feira, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia subiu o tom, e disse que "combatentes estrangeiros" que foram transferidos em "helicópteros desconhecidos" cometeram um massacre de xiitas Hazara na província Sar-e-Pol, no norte do Afeganistão. A porta-voz disse:

Não se pode confiar nos EUA Caso XXXIV: EUA traem a China no acordo das sanções

22/8/2017, Moon of Alabama










Durante o processo para novas sanções da ONU contra a Coreia do Norte, o governo Trump ameaçou aplicar sanções à China, se não se comprometesse a aumentar a pressão contra a Coreia do Norte. Medidas comerciais contra a China foram contidas enquanto prosseguiam as discussões sobre a Resolução:

Os Talibãs se renderam e os EUA não aceitaram. Agora eles estão de volta

22.08.2017, Ryan Grim - Information Clearing House



tradução de btpsilveira







Por acaso você sabia que o Talibã tentou se render pouco antes da invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos?

No Afeganistão, por séculos, quando uma força rival conquista o poder, os derrotados baixam suas armas e se integram à estrutura do poder – claro que com muito menos poder, ou nenhum. É como quando você lida com um vizinho chato ao lado do qual continuará a viver. Não se trata de um jogo de futebol, quando no final da partida cada time vai para a cidade onde está sediado. Para os (norte)americanos, é compreensivelmente difícil de entender, porque os EUA não lutam uma guerra prolongada no próprio território desde a guerra civil.

A lei corrompida, por Chris Hedges

21/8/2017, Chris Hedges, Truthdig












ISLE AU HAUT, Maine – Tomo café da manhã numa mesa de carvalho esculpida, que pertenceu a Harlan Fiske Stone, juiz da Suprema Corte dos EUA de 1925 a 1946 e Juiz Presidente durante os últimos cinco daqueles anos. Stone e sua família passavam os verões nessa ilha remota e ventosa, a dez quilômetros da costa do Maine.

Stone, Republicano e amigo próximo de Calvin Coolidge e Herbert Hoover, corporificou uma era perdida da política dos EUA. O seu conservadorismo, fundado na crença de que a lei é feita para proteger os pobres contra os ataques dos poderosos, em nada se assemelha ao daqueles autoproclamados "constitucionalistas estritos" na Federalist Society, que acumularam tremendo poder no judiciário. Uma Federalist Society, por ordens do presidente Trump, está encarregada de aprovar os 108 candidatos à suprema magistratura do país a serem indicados pelo atual governo. O juiz recentemente nomeado por Trump, Neil Gorsuch, é membro da Federalist Society, como também o são os juízes Clarence Thomas, John Roberts e Samuel Alito.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

"Adultos" versus "Ideólogos"? Narrativa 'da mídia' sobre a Casa Branca pode estar toda errada

19/8/2017, Moon of Alabama (Com atualização, abaixo)











Os Democratas e a 'mídia' amam os generais do Pentágono na Casa Branca. São os "adultos":

Sen. Sheldon Whitehouse (Democrata de Rhode Island) elogiou Donald Trump por ter escolhido o novo Conselheiro de Segurança Nacional –, chamando o respeitado militar de "adulto provado e certificado".


De acordo com a narrativa dominante, os "adultos" opor-se-iam aos "ideólogos" que cercam o principal assessor de Trump, Steve Bannon. E Bannon é contagioso, segundo Jeet Heer, uma vez que está convertendo Trump num ideólogo etnonacionalista. Uma recente entrevista curta com Bannon desqualifica essa narrativa.

Quem é mentalmente são e quem é maluco, digamos, sobre a Coreia do Norte?

O "adulto" general McMaster, Conselheiro de Segurança Nacional de Trump, não está entre os sãos. Diz que não há como impedir a Coreia de fazer alguma coisa realmente insana.

Elites divorciadas da realidade: Mais um "Mas e se..?" de The Economist



"Descobri the Economist no final dos anos 80s, na época de Reagan. Era muito boa. O declínio começou em 1995 (...). Em 2002, já não era nem sombra do que fora. Parei de ler definitivamente em 03, 04 e nunca mais li The Economist. Pelo visto, piorou ainda mais".
(Abelard Lindsey, em Comentários)










As elites globalistas ocidentais até hoje não engoliram a vitória de Trump ou o Brexit. Estão padecendo, obrigadas a lidar com os próprios fracassos ideológicos, e quando a realidade atreve-se a não satisfazer os delírios daquelas elites, elas vão para a internet & e inventam um mundo paralelo, onde suas previsões 'de especialistas' sempre se confirmam e os seus fracassos não podem ser questionados. [No caso do Brasil-2017-E-Golpe, as elites globalistas vão muito mais frequentemente para os principais veículos das mais tradicionais grandes empresas de mídia e 'kumunicação', chamada aqui 'imprensa' falada, escrita e televisionada (NTs)]

O portal "Mas... e se?" de The Economist, câmara de eco neoliberal de pensamento desejante-delirante [ing. wishful thinking] é exatamente isso.

Na peça mais recente ali publicada, atribuem-se poderes mágicos ao novo herói das elites, Emmanuel Macron, que tão impressionantemente derrotou em maio o mal encarnado em Marine Le Pen. Para The Economist (1)Macron é praticamente um neo-Jesus. Correspondentemente, o rapaz é apresentado andando sobre as águas, na capa da edição desse mês.