9/4/2018, Andrew KORYBKO, Oriental Review
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu
Entreouvido na Vila Vudu:
Já não há como fugir dos fatos: a bankerada fará de tudo pra conseguir uma grande guerra, num ponto o mais distante possível do planeta Elizabeth Arden onde mora a bankerada. Por um lado é bom sinal, porque onde e quando e quanto mais a bankerada alucina, melhor para nós. Por outro lado é brabo, porque a guerra é contra nós. A boa notícia é que quando você ñ tem pra onde fugir, você tem de ir para cima.
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Já não há como fugir dos fatos: a bankerada fará de tudo pra conseguir uma grande guerra, num ponto o mais distante possível do planeta Elizabeth Arden onde mora a bankerada. Por um lado é bom sinal, porque onde e quando e quanto mais a bankerada alucina, melhor para nós. Por outro lado é brabo, porque a guerra é contra nós. A boa notícia é que quando você ñ tem pra onde fugir, você tem de ir para cima.
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A França declarou que está enviando tropas para o norte da Síria, em apoio aos curdos.
O presidente Macron anunciou a decisão essa decisão sem precedentes, depois de reunião com líderes curdos na capital francesa, semana passada, movimento que foi sumariamente denunciado por Ancara como "ultrapassar a linha" e significar que há um país europeu que apoia abertamente o terrorismo, numa ação que a Turquia, ironicamente, considera como "invasão" da Síria.
Conflitos intra-OTAN estão próximos do ponto de ebulição, com EUA, Grécia e agora a França, todos se alinhando contra os interesses nacionais da Turquia, em resposta a Ancara que, depois da tentativa de golpe para depor Erdogan, está abraçando a multipolaridade. A pressão sobre o presidente Erdogan é tremenda, para que ou volte atrás no seu movimento de pivô, hoje em curso, ou enfrente as perigosas consequências.
O líder turco recusou-se a retroceder e agora está tendo de se haver com a possibilidade real desse apoio conjunto de forças dos EUA e França ao que, para Erdogan, são terroristas curdos; a ação de França e EUA só fará intensificar o desejo – e a necessidade estratégica – de a Turquia caminhar cada vez mais decididamente na direção do oriente.
E não só isso, porque a Turquia pode responder com força assimétrica ao deslocamento inamistoso dos militares franceses, servindo das forças pro-Ancara que já estão em campo no norte da Síria.
A mídia turca vazou a localização mais provável de cada um dos pontos onde forças francesas serão supostamente alocadas, exatamente como vazou, no verão passado, a localização das forças norte-americanas. É movimento que pode ser lido como ameaça tácita de que soldados de EUA e França podem ser tomados como alvos de grupos armados simpáticos à Turquia na incipiente "Guerra Civil em Rojava" que se desdobra no norte da Síria.
Os planos da França de ajudar os EUA nesse campo de combate e possivelmente até os substituir até certo ponto, se Trump leva adiante a ideia de se retirar de lá "muito em breve", quase inevitavelmente levará Paris a entrar de corpo inteiro num segundo atoleiro como do Mali. De diferente, dessa vez, que estarão lutando contra rebeldes reais, numa guerra que já é uma "guerra civil dentro de outra guerra civil", com lados quase incontáveis, e na qual os europeus não lutarão contra terroristas.
O ritmo rápido dos desenvolvimentos estão mostrando que o velho modelo de colonialismo já não funciona em sociedades pós-coloniais, nas quais os ex-colonizadores tentam explorar grupos minoritários contra a maioria.
O povo do nordeste da Síria não admitirá que seu, de fato, ex-colonizador volte para lá e use curdos pró-ocidente como ferramenta de ocasião para suprimir a maioria árabe. Além do mais, a Turquia está cooperando com a Rússia no processo de paz de Astana e muito provavelmente firmará um 'compromisso' para, no mínimo nominalmente, devolver à autoridade do governo sírio os territórios que grupos rebeldes aliados dos turcos ainda controlam. Muito provavelmente, sim, mas depois de garantir cobertura para seus interesses geopolíticos, na próxima "revisão constitucional" determinada pelo Conselho de Segurança da ONU e que, provavelmente, implantará certo grau de "descentralização".
A França porém não tem qualquer intenção de fazer o mesmo em relação aos seus próprios 'representantes' locais e a Rússia. Por isso a França é ameaça muito mais grave contra a soberania da Síria, do que, nesse momento, a Turquia.*****
* Referência à "Operação Serval", invasão do Mali por tropas francesas, com apoio dos EUA, no início de 2013 [NTs].
Um comentário:
Os ocidentais não conseguem mais sair o atoleiro que se meteram má Síria.Espero que a Turquia de o troco.
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