14/2/2019, Vladislav Surkov, orig. em russo; com trad. ao ing. de Dmitry Orlov no Blog Vineyard of the Saker, aqui retraduzida ao português, com Introdução[1] do tradutor russo
Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga
“Apenas parece que teríamos escolha.” São palavras surpreendentes pela profundidade do significado e pela audácia. Foram pronunciadas há uma década e meia, estão hoje esquecidas e já ninguém as cita. Mas sabe-se, pelas leis da psicologia, que o esquecido nos afeta muito mais do que o sempre lembrado. E essas palavras, extraídas para bem longe do contexto no qual foram enunciadas pela primeira vez, resultam no primeiro axioma do novo Estado russo sobre o qual foram construídas todas as teorias e práticas da política contemporânea.
A ilusão de escolher é a mais importante das ilusões, o truque central do modo de viver ocidental em geral e da democracia ocidental em particular, que já há muito tempo aderiu mais intimamente às ideias de P.T. Barnum que às de Clístenes. Rejeitar essa ilusão em favor do realismo da predestinação levou nossa sociedade, primeiro, a refletir sobre sua própria versão especial soberana de desenvolvimento democrático, e em seguida perdeu completamente qualquer interesse em discutir o assunto de o que deveria ser a democracia e, até, se deveria existir, mesmo que só em princípio.
Isso abriu caminhos rumo ao livre desenvolvimento do Estado, dirigido não por quimeras importadas, mas pela lógica dos processos históricos, por aquela explícita “arte do possível”. A impossível, não natural e contra-histórica desintegração da Rússia foi, embora tardiamente, definitivamente contida. Tendo colapsado, do nível da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS, para o nível da Federação Russa, a Rússia deteve o colapso, iniciou a recuperação e retomou a própria condição natural, única possível: a condição de grande e crescente comunidade de nações que agrega terras. A história mundial não designou papel humilde ao nosso país, e não admite que deixemos o palco mundial ou que fiquemos calados na comunidade de nações; não nos promete descanso e predetermina o caráter difícil de nossa governança.
E assim continua o Estado russo, agora como novo tipo de Estado que jamais antes existiu por aqui. Tomou forma principalmente em meados dos anos 2000s, e até aqui foi pouco estudado, mas hoje já exibe o caráter de estado único e a própria viabilidade. Os testes de estresse pelos quais passou e pelos quais passa hoje mostram que esse item específico, que chegou organicamente a ser modelo de funcionamento político, oferece meios efetivos de sobrevivência e ascensão da nação russa, não só para anos futuros mas para décadas e, mais provavelmente, para todo o próximo século.
Nessa via, a história russa já conheceu até agora quatro principais modelos de governança, que podem ser provisoriamente identificadas pelos nomes dos respectivos criadores: a governança de Ivã 3º (o Grande Principado/o Reino de Moscou e da nação pan-russa [ing. All Rus], séculos XV-XVII); a governança de Pedro O Grande (Império Russo, séculos XVIII-XIX); a governança de Lênin (URSS, século XX); e a governança de Putin (Federação Russa, século XXI). Criadas por um povo que sempre foi, na expressão de Lev Gumilev, possuído por “força de vontade de longo prazo”, essas máquinas políticas de grande escala se auto-repararam elas mesmas, adaptando-se às circunstâncias ao longo do caminho e contribuíram para a incansável ascensão do Mundo Russo.
A máquina política de larga escala de Putin só agora está revivendo e aprontando-se para trabalho longo, difícil e interessante. Que ela se engaje a plena força ainda é evento que se verá adiante, e daqui a muitos anos a Rússia ainda estará sob governança de Putin, assim como a França contemporânea ainda se autodeclara “Quinta República de de Gaulle”, a Turquia (embora hoje governada por anti-Kemalistas) ainda confia na ideologia das “Seis Flechas” de Atatürk; e os EUA ainda se valem das imagens e valores de seus semilegendários “pais fundadores”.
Falta ainda compreensão mais abrangente e descrição do sistema de Putin de governança e de todo o complexo de ideias e dimensões do putinismo como a ideologia do futuro – especificamente do futuro, porque o Putin dos dias presentes mal pode ser considerado putinista, assim como, por exemplo, Karl Marx não foi marxista, e não se pode garantir que aceitasse ser marxista, se soubesse a que corresponde tal coisa. Mas precisamos dessa explicação para todos que não são Putin – mas gostariam de ser como ele –, e para ter a possibilidade de, nos tempos vindouros, aplicar seus métodos e abordagens.
Essa descrição não deve vir na forma de duelo de propagandas – os nossos versus os deles –, mas numa linguagem que se deixe ver como moderadamente herética pelos dois campos, de russos e anti-russos, em que se divide o funcionalismo. Essa linguagem deve ser aceitável para público suficientemente amplo, exatamente o que falta, porque o sistema político que opera na Rússia é feito não só para atender futuras necessidades domésticas, mas também para garantir significativo potencial como artigo de exportação. Já existe essa demanda, bem como para alguns componentes específicos da governança de Putin – a experiência está sendo estudada e parcialmente adotada, e tem sido imitada por grupos governantes e por grupos de oposição em muitos países.
Políticos estrangeiros acusam a Rússia de interferir em eleições e referenda por todo o planeta. Mas na realidade a situação é ainda mais séria que isso: a Rússia interfere nos miolos pensantes deles, e eles não sabem o que fazer da própria consciência transformada.
Depois dos desastrosos anos 1990s, depois que a Rússia afastou-se de todas as ideologias emprestadas, começou a gerar ideias próprias e começou a contra-atacar o Ocidente. A partir daí, especialistas europeus e norte-americanos passaram a errar cada vez mais frequentemente nas predições. São surpreendidos e passam vergonha, ante as preferências paranormais dos eleitorados. Em confusão, já soaram um alarme contra a volta do populismo. Chamem como queiram, se não acharem definições melhores.
Mas é fácil compreender o interesse de estrangeiros pelo algoritmo político russo: são terras onde não há profetas, e a Rússia, sim, há muito tempo, profetizou que aconteceria a eles tudo que está acontecendo.
Quando todos ainda viviam apaixonados pela globalização e faziam muito barulho sobre um mundo plano sem fronteiras, Moscou rapidamente cuidou de lembrar que interesses nacionais e soberania nacional são importantes. Naquele momento, muitos nos acusaram de manter “ligação ingênua” com essas velharias, que, supostamente, teriam caído de moda há muito tempo. Falaram incansavelmente de nos ensinar que seria futilidade agarrar-se a valores do século XIX, que melhor faríamos se pisássemos valentemente no século XXI, onde supostamente já não haveria nem nações soberanas nem estados-nação. Pois aí está o século XXI, cada vez mais exatamente o que os russos dissemos que seria [Brexit britânico, #AmericaGrandeOutra vez, fechamento da Europa contra imigrantes – apenas uns poucos primeiros itens numa longa lista de manifestações simples de desglobalização, ressoberanização e nacionalismo.
Quando por todos os cantos ouvia-se alguém a elogiar a Internet como sacrossanto espaço inviolável de liberdade sem limites, onde todos poderiam ser cada um o que fosse e todos seriam iguais, foi da Rússia, especificamente, que veio a pergunta que devolveria à razão a humanidade Internetizada: “Mas quem somos nós na Grande Rede Mundial? Aranhas ou moscas?” E hoje todos, inclusive as burocracias mais ardentemente amantes da liberdade, só fazem tentar desvencilhar-se da Rede e acusam Facebook de acolher intrusos estrangeiros. O ex-livre espaço virtual, anunciado como protótipo do paraíso terrestre que se avizinhava, foi ocupado e cercado por cibercriminosos e ciberpolícia, ciberexércitos e ciberespiões, ciberterroristas e cibermoralistas.
Enquanto ninguém contestara a hegemonia do “hegemon”, o grande sonho norte-americano de dominação esteve próximo de se realizar, e muitos deliraram, alucinando com o fim da história e o comentário final de que “o povo está silencioso”. Nesse silêncio ecoou o discurso de Putin em Munique.[2] Naquele momento, soou como se a Rússia dissentisse; hoje se vê que tudo naquele discurso nos parece autoevidente: ninguém está satisfeito com os EUA, incluídos os próprios norte-americanos.
O termo cunhado na política turca e pouco conhecido, derin devlet, foi popularizado pelas mídias de massa norte-americanas. Traduzido ao inglês como “estado profundo”, foi dali recolhido pelas mídias de massa russas.
“Estado profundo” designa organização feroz, construída em rede, absolutamente não democrática, de estruturas real e efetivamente autoritárias ocultadas por trás de instituições de fachada democrática. Esse mecanismo, que na prática exerce sua autoridade mediante atos de violência, suborno e manipulação, e mantém-se escondido bem no fundo, abaixo da superfície de uma sociedade civil hipócrita e movida a ideias fixas simplórias, que o Estado Profundo manipula mediante suborno ou com repressão de todos que o denunciem.
Tendo descoberto que havia entre eles um desagradável “estado profundo”, nem se pode dizer que os norte-americanos tenham sido realmente colhidos de surpresa, porque há muito tempo suspeitavam que existisse. Se há uma “rede profunda” e uma “rede obscura”, por que não um “estado profundo” ou até um “estado obscuro”? Das profundas e da escuridão desse poder não ostentado e não propagandeado sobem flutuando miragens fulgurantes de democracia feita sob medida para consumo das massas que carregam todas aquele traço da ilusão de escolher, o sentimento de liberdade, delírios de superioridade e por aí segue.
Desconfiança e inveja – que servem à democracia como fontes priorizadas de energia social – levam inevitavelmente a críticas cada vez mais furiosas e nível sempre crescente de ansiedade. Odiadores, trolls e robôs enfurecidos que se uniram à desconfiança e à inveja formaram uma maioria estridente que deslocou a maioria antes dominante, aquela respeitável classe média que, antigamente, era uma vez, falava em tom muito diferente.
Ninguém mais acredita nas boas intenções dos políticos eleitos. São invejados e definidos unanimemente como corruptos, espertalhões ou canalhas simples. Seriados de alta popularidade em cenários ‘políticos’, como “The Boss” e “House of Cards,” pintam cenas de imundície correspondente, do dia-a-dia do establishment.
Canalha algum pode ter liberdade para avançar muito, pela simples razão de ser canalha. Mas quando, digamos, todos à volta são canalhas, fica-se obrigado a usar uns canalhas para conter outros canalhas. Assim como se usa uma cunha para dividir uma cunha, assim também se desentoca um canalha usando outro canalha… Há conjunto variado de canalhas a serem escolhidos. E regras feitas para confundir e aturdir sempre mais, tornam o resultado das disputas entre canalhas algo como um empate perpétuo.
Assim é que surge um sistema benéfico de pesos e contrapesos – um equilíbrio dinâmico da vilania, uma avareza estabilizada, a harmonia de todas as fraudes. Mas se alguém esquece que é apenas um jogo e põe-se a agir desarmoniosamente, o sempre vigilante estado profundo acorre rapidamente, e uma mão invisível empurra o apóstata para a lama mais profunda.
Nada há de especialmente assustador nessa imagem da democracia ocidental aqui proposta. Basta que cada um mude um pouquinho a própria perspectiva, e some tudo que pareça assustador. Mas resta um sentimento amargo, e o cidadão ocidental começa a dar tratos à bola à procura de outros modelos e de outros modos de ser. E... vê a Rússia.
Nosso sistema, como em geral tudo mais que seja nosso, não é mais engraçadinho, mas é mais honesto. E embora a expressão “mais honesto” não seja sinônimo de “melhor” para todos, a honestidade tem seus encantos.
Nosso estado não é dividido em profundo e superficial; é construído como um todo, com todas as partes e manifestações visíveis do lado de fora. As construções mais brutais desse marco autoritário são exibidas como parte da fachada, sem serem disfarçadas atrás de enfeites de arquitetura. Nem a burocracia, mesmo quando faz alguma coisa bem suja, esforça-se muito para encobrir as próprias pegadas, como que assumindo que “todos, de qualquer jeito, entendem tudo”.
A enorme tensão interna gerada pela necessidade de controlar grandes e heterogêneas áreas geográficas, e dada a participação constante na parte mais densa da luta geopolítica, fizeram das funções militares e de polícia as mais importantes e decisivas dentro do governo. Fiéis à tradição, não são ocultadas, mas, bem ao contrário, são ostentadas.
A Rússia jamais foi governada por empresários e comerciantes, que veem os militares como gente de status inferior (praticamente jamais; aconteceu durante alguns meses em 1917 e uns poucos anos na década dos 1990s). Nem por liberais (parceiros de viagem dos empresários e comerciantes), cujos saberes e ensinamentos baseiam-se em negar tudo que possa ser considerado, por pouco que seja, político. Assim sendo, não havia ninguém de plantão que pudesse cobrir a verdade com ilusões, empurrando para o fundo e encobrindo o mais possível a principal prerrogativa de qualquer governo: operar como arma de defesa e de ataque.
Na Rússia não há estado profundo – tudo é exposto bem à vista – mas há uma nação profunda.
Na superfície brilhante reluz a elite a qual, século após século (verdade seja dita) envolveu o povo em suas variadas empreitadas – conferências de partido, guerras, eleições, experimentos econômicos. A nação profunda participa dessas empreitadas, mas mantém-se de algum modo distanciada, e não aparece na superfície, porque vive a própria vida completamente diferente, lá no fundo, mergulhada nas próprias profundezas. Duas vidas da mesma nação, uma na superfície a outra abissal, volta e meia correm em direções opostas, às vezes na mesma direção, mas de modo algum, nunca, se misturam.
A nação profunda é sempre cautelosa, inalcançável para pesquisas sociológicas, agitação, ameaças ou qualquer outro tipo de influência direta. A compreensão do que é essa nação profunda, do que pensa e do que quer frequentemente eclode repentinamente e tarde demais, e nunca para os que poderiam tomar qualquer providência.
Raro o sociólogo que se aventure a definir se a nação profunda é equivalente à população ou a parte dela, ou, nesse caso, a qual parte equivale. Em épocas diferentes, entendeu-se que fosse o campesinato, o proletariado, os não membros do partido, os hipsters, os funcionários do governo. Muita gente procurou pela nação profunda e tentou seduzi-la. Foi chamada agente da vontade de Deus, ou exatamente o contrário disso. Vez ou outra ficou decidido que não passa de ficção e não existe na realidade, e lançaram-se reformas galopantes sem olhar para ela, mas logo bateram de cara na nação profunda e tiveram de conceder que “alguma coisa realmente existe”. Mais de uma vez ela recuou sob o peso de conquistadores domésticos ou estrangeiros, mas sempre voltou.
Com sua massa gigantesca, a nação profunda cria uma força insuperável de gravitação cultural que une a nação e arrasta e espeta no solo (na terra natal) a elite, quando, periodicamente, a elite tenta pôr-se acima dela com alguma moda cosmopolita.
A nacionalidade, signifique lá o que significar, é precursora do estado. Predetermina sua forma, restringe as fantasias de teóricos e obriga os práticos a praticar certos atos. Tem poderosa energia para atrair para si, e todas as trajetórias políticas, sem exceção, levam de volta para a nacionalidade. Na Rússia, pode-se partir de qualquer posição – conservadorismo, socialismo, liberalismo – mas sempre se acabará com aproximadamente a mesma coisa. Quer dizer: com a coisa que realmente existe.
A habilidade para ouvir e compreender a nação, para ver tudo através dela, através de toda a profundidade da nação, e para agir de acordo com o que vê – eis a preciosa e mais importante virtude do governo de Putin. É adequado para as necessidades do povo, segue a mesma rota que o povo, e isso significa que não está sujeito às sobrecargas destrutivas das contracorrentes da história. É o que o torna efetivo e duradouro.
Nesse novo sistema, todas as instituições são subordinadas à tarefa principal: comunicação baseada na confiança e interação entre o chefe de Estado e os cidadãos. Os vários ramos do governo se unem na pessoa do presidente e são considerados valiosos, não em e por eles mesmos, mas só na medida em que garantem uma conexão com o presidente. À parte e agindo em torno de estruturas formais e grupos de elite, operam métodos informais de comunicação.
Quando a estupidez, o atraso ou a corrupção gera interferências nas linhas de comunicação com o povo, logo se tomam medidas enérgicas para recompor a audibilidade.
As instituições políticas de vários níveis que a Rússia colheu do Ocidente são vistas às vezes como parcialmente ritualísticas e estabelecidas só para ‘parecer com todo mundo’, de modo a que as peculiaridades de nossa cultura política não chamem excessiva atenção de nossos vizinhos (para nem incomodá-los nem assustá-los). São como roupa de domingo, que se veste para fazer visitas. E em casa nos vestimos normalmente.
Essencialmente, a sociedade russa só confia no chefe de Estado. Tenha isso a ver ou não com o orgulho de povo que jamais foi conquistado, ou com o direito de ter acesso garantido à verdade, ou seja por que motivo for, é difícil saber, mas é fato. E não é fato recente. Novidade é que o governo não ignora esse traço e o leva em consideração e o usa como ponto de partida em todos os seus empreendimentos.
Seria supersimplificar reduzir esse tema à frequentemente citada “fé no czar bom”. A nação profunda não é absolutamente, de modo algum, ingênua; e definitivamente não acha que coração mole seria traça desejável num czar. Mais próximo da verdade é que pensamos de um bom líder o mesmo que Einstein pensava de Deus: engenhoso, mas nunca mal-intencionado.
O modelo contemporâneo do Estado russo começa pela confiança e depende da confiança. Essa é a principal diferença em relação ao modelo ocidental, que cultiva a desconfiança e a crítica, fontes do poder no ocidente.
Nosso novo Estado russo terá história longa e gloriosa nesse novo século XXI. Não cederá. Agirá com autonomia, e alcançará e lá permanecerá, os mais altos pódios da primeira liga da luta geopolítica. Mais cedo ou mais tarde, todos terão de se entender com o novo Estado russo – inclusive os que hoje exigem que a Rússia “mude de comportamento”. Porque parece que eles têm, mas na verdade não têm, escolha.*******
[1] Nota do tradutor Dmitry Orlov, do Blog Club Orlov: Interrompemos nossa programação regular, para trazer essa tradução de artigo muito importante que descreve a natureza da moderna governança russa. O autor é um dos conselheiros mais próximos de Putin, expert político de considerável estatura. O artigo foi ridicularizado (embora praticamente sem ‘pegada’ efetiva) na mídia-empresa ocidental (bem como na mídia-empresa liberal russa aspirante a ser ocidental), mas sem citar a autoria. Ontem, traduzi o artigo que aqui redistribuo aos leitores de inglês. Não há dúvidas de que o autor tocou um nervo exposto, ao demolir o sistema da democracia ocidental de “controles e canalhas” e a respectiva fantasia de que haveria escolhas, e o tal "estado profundo" que nunca dorme, eternamente vigilante.
[2] Ver “Putin bem que avisou (há dez anos)”, 9/6/2018, Finian Cunningham, Sputnik, traduzido no Blog do Alok [NTs].
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