segunda-feira, 13 de agosto de 2018

A lei como arma do golpe, por Paul Craig Roberts

13/8/2018, Paul Craig Roberts (Blog)

Da série "Todos os golpes são o mesmo golpe da CIA"

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu







A 'tarefa' de Robert Mueller é investigar um "Russiagate" que todo mundo já sabe que é investigação cenográfica e simulacro concebido pelo ex-diretor da CIA John Brennan, pelo ex-diretor do FBI James Comey e pelo atual vice-procurador-geral Rod Rosenstein. Dado que "Russiagate" é pura invencionice e simulacro, Mueller jamais conseguiu produzir sequer um fiapo de prova do inexistente 'complô' Trump/Putin para hackear e-mails de Hillary e influenciar o resultado da última eleição para presidente dos EUA.


Como a 'investigação' jamais encontrou qualquer prova de que tivesse havido algum "Russiagate", Mueller concluiu que melhor faria se se afastasse de sua primeira fracassada invenção, e trouxesse à baila outra coisa, qualquer coisa contra qualquer pessoa, sabendo de antemão que a corrompida e incompetente mídia-empresa nos EUA e a opinião pública zumbificada sempre 'concluiriam' que qualquer novo 'caso' sempre teria a ver com "Russiagate".



Mueller então escolheu como novo alvo Paul Manafort, na esperança de que, forçado a lutar contra acusações falsas, Manafort aceitaria qualquer acordo e 'delataria' quaisquer mentiras sobre Trump e Putin, em troca de o caso inventado contra si ser encerrado. Mas Manafort não aceitou a negociata. O que obrigou Mueller a seguir adiante com a acusação que inventara contra ele.



A carreira de Manafort construiu-se nas campanhas políticas para o Partido Republicano. Está sendo acusado de ter comprado ingressos para partida de beisebol dos NY Yankee com dinheiro sacado de fundos com sede em paraísos fiscais e não declarados aos órgãos devidos; e de tentar obter empréstimos bancários pessoais a partir de declarações inverídicas sobre a própria situação financeira. 



No caso que os procuradores estão inventando, Manafort nem precisou ter conseguido o empréstimo pedido sobre documentação inverídica: é acusado de ter pedido o empréstimo. Duas pessoas que testemunharam contra ele foram pagas pelo serviço: nos dois casos havia acusações contra as testemunhas; nos dois casos, as acusações foram retiradas.



Mueller tem autorização legal para investigar o caso chamado "Russiagate", nem mais, nem menos. Em outras palavras, Mueller não tem qualquer autoridade para investigar ou fazer acusações que não sejam relacionadas a "Russiagate". 



Na minha avaliação, Muller só consegue prosseguir com sua 'investigação' sem que ninguém o impeça, como a lei obriga(ria) a impedir, porque o vice-procurador-geral também está envolvido no complô chamado "Russiagate" [no Brasil, "Lava-Jato"] contra o presidente Trump [no Brasil, contra o voto dos brasileiros que elegeram duas vezes o presidente Lula e duas vezes a presidenta Dilma (NTs)]. 



Mueller e Rosenstein sabem que podem contar com jornalistas prostituídos/prostituídas na mídia-empresa nos EUA, para continuarem a enganar a opinião pública e a apresentarem o julgamento de Manafort como se tivesse algo a ver com "Russiagate".



O juiz encarregado do caso já duas vezes criticou os procuradores [isso, nos EUA. No Brasil, nenhum juiz de caso algum jamais criticou procurador algum, sequer quando um procurador telefonou à PF e 'ordenou' que o presidente Lula fosse mantido preso, como se lê em O Estado de S.Paulo de ontem, 12/8/2018 (NTs)]. O juiz encarregado do caso Manafort perguntou duas vezes aos procuradores se havia qualquer prova de fraude consumada. Em outras palavras, o juiz sabe que há diferença entre fraude consumada e tentativa fracassada de cometer fraude – precisamente a diferença que os procuradores desejam que os eleitores e os jurados ignorem.



Contudo, procuradores podem enquadrar juízes sérios, exatamente como estão enquadrando o presidente eleito dos EUA e o presidente eleito da Rússia [e como, no Brasil, enquadraram presidenta eleita e reeleita e ex-presidente eleito, reeleito, a um passo de ser novamente re-reeleito, sem crime e com milhões de votos (NTs)]. Ao perceber isso, até aquele bom juiz acovardou-se e bateu em retirada.



O que o julgamento de Manafort deveria mostrar aos norte-americanos é o quanto as autoridades nomeadas nos EUA são profundamente e totalmente corrompidas. Em minha opinião não há nenhuma instituição mais corrompida que o Departamento de Justiça (sic) dos EUA. [Isso, pq PGR não conhece o STF-Br-2016-8-com-tudo! (NTs)].



O fato de "Russiagate" (e, no Brasil, "Lava-Jato à moda Moro-Gilbran-Thompson") prosseguirem na mesma trilha, a semear corrupção, perseguir inocentes e proteger corruptos, mostra o quanto o presidente Trump, eleito, é impotente. Trump não consegue dirigir sequer o próprio Departamento de Justiça – que está hoje integralmente dedicado a destruir o presidente eleito.*******

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