25/1/2019, Federico Pieraccini, Strategic Culture Foundation
Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga
Com o fim do momento unipolar, quando Washington dominou as relações internacionais, os países eurasianos mais ricos e mais fortes começam a se auto-organizar em estruturas de aliança e acordos, que visam a facilitar o comércio, o desenvolvimento e a cooperação.
No auge do momento unipolar dos EUA, Bill Clinton liderava um país que estava em plena recuperação econômica, e os estrategistas do Pentágono traçavam planos para modelar o mundo à sua própria imagem e semelhança. O objetivo não declarado sempre foi a mudança de regime em todos os países com sistemas políticos não aprovados, o que promoveria a proliferação de “democracia” à moda EUA por todos os quadrantes do mundo. Claro que países da Eurásia como Rússia, Índia, China e Irã apareciam no topo da lista, ao lado de países do Oriente Médio e Norte da África.
O bombardeio e a destruição da Iugoslávia foi o passo final no assalto contra a Federação Russa, depois da dissolução do Pacto de Varsóvia. Yeltsin representou os meios pelos quais a alta finança ocidental decidiu roubar toda a riqueza da Rússia, privatizando empresas e saqueando recursos estratégicos.