Mostrando postagens com marcador Federico Pieraccini. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Federico Pieraccini. Mostrar todas as postagens

domingo, 27 de janeiro de 2019

Rússia, China, Índia e Irã: Quadrado mágico que está mudando o mundo

25/1/2019, Federico Pieraccini, Strategic Culture Foundation

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga


Com o fim do momento unipolar, quando Washington dominou as relações internacionais, os países eurasianos mais ricos e mais fortes começam a se auto-organizar em estruturas de aliança e acordos, que visam a facilitar o comércio, o desenvolvimento e a cooperação.


No auge do momento unipolar dos EUA, Bill Clinton liderava um país que estava em plena recuperação econômica, e os estrategistas do Pentágono traçavam planos para modelar o mundo à sua própria imagem e semelhança. O objetivo não declarado sempre foi a mudança de regime em todos os países com sistemas políticos não aprovados, o que promoveria a proliferação de “democracia” à moda EUA por todos os quadrantes do mundo. Claro que países da Eurásia como Rússia, Índia, China e Irã apareciam no topo da lista, ao lado de países do Oriente Médio e Norte da África.

O bombardeio e a destruição da Iugoslávia foi o passo final no assalto contra a Federação Russa, depois da dissolução do Pacto de Varsóvia. Yeltsin representou os meios pelos quais a alta finança ocidental decidiu roubar toda a riqueza da Rússia, privatizando empresas e saqueando recursos estratégicos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Debate de vida ou morte: John Mearsheimer[1] & Stephen Cohen,[2] contra o establishment neonconservador neoliberal delirante pirado

10/10/2018, Federico PIERACCINI, Strategic Culture Foundation

“Quanto mais a informação prestável alastra-se e alcança mais e mais pessoas, mais o mundo compreenderá o desastre que são as ações do establishment euro-norte-americano em todo o mundo” [o golpe de 2016 no Brasil é uma dessas ações desastrosas (NTs)].
______________________________
Entreouvido na Vila Mandinga:
“Equilibradores externos” É A PUTA QUE OS PARIU.

_______________________________


Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga





Dia 20 de setembro, em New York City, o website Intelligence Squared organizou um debate vitalmente importante para ajudar a compreender muito do que hoje estamos vendo acontecer na cena global.

O debate travou-se em torno de três questões principais. (1) Sobre o papel da OTAN (“A OTAN já não serve à finalidade para a qual foi criada”); (2) sobre a Rússia (“A ameaça russa está super inflada”); e (3) (“É hora de adotar linha dura contra o Irã”).

Para discutir essas importantes questões, lá estava uma seleção de convidados especiais: Derek Chollet, vice-presidente executivo do German Marshall Fund of the United States e ex-secretário-assistente da Defesa dos EUA; Stephen F. Cohen, professor emérito de História e Estudos Russos da New York University; Reuel Marc Gerecht, pesquisador-sênior da Fundação para Defesa das Democracias e ex-analista da CIA; John J. Mearsheimer, cientista-político e professor na University of Chicago; e Kori Schake, vice-diretora geral do International Institute for Strategic Studies.

sábado, 29 de setembro de 2018

Duas palavras-chaves para o EUA-imperialismo: ‘Justificativa’ e ‘Plausibilidade’, por Federico Pieraccini

17/7/2018, Federico Pieraccini, Strategic Culture Foundation

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Nos habituamos em anos recentes a que intervenções humanitárias sejam justificadas pelo pressuposto de que os EUA e o Ocidente estariam de algum modo intervindo militarmente a favor ou na defesa de civis inocentes ameaçados por ditadores brutais. Essa justificativa para intervenção armada é o fator chave ou a causa direta da expansão do EUA-imperialismo. A mídia comercial usada como instrumento de guerra – com mentiras, histórias artisticamente forjadas [‘fake news’], omissões propositais e desinformação atentamente orientada – muito ajudou o EUA-imperialismo a justificar intervenções armadas em todo o mundo.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Um império em derrocada: A estratégia militar da Rússia e da China para conter os EUA

25.09.2017, Federico Pieraccini -  Strategic Culture Foundation



tradução de btpsilveira






Ao prestar atenção na paisagem política global do último mês, sobressaem duas tendências. O obsceno poder econômico e militar à disposição dos Estados Unidos está em declínio, enquanto ocorre uma aceleração na criação de uma série de infraestruturas em um mundo multipolar, com mecanismos e procedimentos para conter e limitar os efeitos negativos do declínio (norte)americano neste momento de queda. Esta série de três artigos deverá focar em primeiro lugar no aspecto militar dessas mudanças em andamento, depois nos aspectos econômicos e finalmente, como e porque pequenos países estão transitando do campo unipolar para o terreno multipolar do planeta.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Como evitar uma guerra nuclear: Porque a estratégia de Kim Jong-un faz sentido, por Federico Pieraccini

11.08.2017, Federico Pieraccini - Strategic Culture



Para observadores dos dois recentes testes de mísseis intercontinentais pela Coreia do Norte, fica a impressão de que Pyongyang deseja aumentar ainda mais as tensões na região. Porém, uma análise mais cuidadosa mostra que a República Popular Democrática da Coreia (nome correto do país) está dando curso a uma estratégia que pode vir a ter sucesso para evitar uma desastrosa guerra na península.


tradução de btpsilveira






Nas últimas quatro semanas a Coreia do Norte aparentemente já conseguiu completar a segunda fase de sua estratégia contra a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos. O programa nuclear norte coreano parece ter alcançado uma fase importante, com dois testes levados a efeito no início e no final de julho. Ambos os mísseis aparentam ser capazes de atingir o território (norte)americano, embora ainda haja dúvidas da capacidade de Pyongyang para miniaturizar uma bomba nuclear a ser montada em seu míssil balístico intercontinental (ICBM). Portanto, a forma tomada pelo programa nuclear do país assegura uma estratégia de contenção importante contra o Japão e a Coreia do Sul e até, em alguns aspectos, contra os Estados Unidos, o qual permanece como a principal razão do desenvolvimento de ICBMs pela Coreia do Norte. Há exemplos repetidos na história recente que demonstram a insensatez de confiar no ocidente (o destino de Kaddafi ainda está fresco em nossas memórias), e sugere ao invés disso a sabedoria da construção de um arsenal que represente um alto nível dissuasivo contra a belicosidade daquele país. Não é nenhum mistério que de 2009 até agora, a capacidade nuclear da Coreia do Norte cresceu na proporção direta ao nível de desconfiança exibido por Pyongyang em relação ao ocidente.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

A influência dos EUA no Oriente Médio está sendo enfraquecida pela Arábia Saudita

29.06.2017, Federico Pieraccini - Strategic Culture.org


tradução de btpsilveira


Como se previa, as tensões entre membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCF) estão corroendo aos poucos a unidade entre os aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.




Em uma série de eventos quase sem precedentes entre os aliados regionais de Washington, a crise entre Arábia Saudita e Qatar parece pior a cada dia. A ansiosamente esperada lista de exigências apresentadas por Riad a Doha, aparenta ser intencionalmente inexequível, pois exige que o Qatar se confesse culpado dos crimes alegados pela Arábia Saudita, ou que enfrente as consequências, ainda desconhecidas até este momento.

domingo, 12 de março de 2017

O grande triângulo estratégico que está modificando o mundo

11.03.2017, Federico Pieraccini - Strategic Culture



tradução: btpsilveira



Importantes mudanças mundiais estão acontecendo dentro do grande triângulo estratégico em curso entre Rússia China e Irã, enquanto o resto do mundo continua perdendo tempo tentando decifrar ou assimilar a nova presidência Trump.


Distante do atual caos nos Estados Unidos, grandes acontecimentos estão acontecendo a pleno vapor, com Irã, Rússia e China coordenados em uma série de movimentos significativos para o futuro do continente eurasiano. Com uma população total de mais de cinco bilhões de almas, que constituem cerca de dois terços da população do planeta, o futuro da humanidade passa obrigatoriamente através dessa área imensa. Apontando para uma mudança de grande magnitude na ordem mundial que se baseia atualmente na Europa e nos Estados Unidos, em direção a mundo multipolar monitorado pela China, Irã e Rússia, os estados eurasianos estão se preparando para um papel de liderança no desenvolvimento desse enorme continente. Como parte dos desafios que deverão enfrentar os líderes desses países multipolares, os eventos prejudiciais que se originam na ordem mundial Euro/Atlântica construída depois da Segunda Grande Guerra mundial terão que ser encarados.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Neocons ou isolacionistas? E daí? O futuro tem a ver com Rússia, Irã e China

28.02.2017, Federico Pieraccini, Strategic Culture




tradução de btpsilveira





Digamos que está surgindo um cenário mais favorável, pois já se pode afirmar que o mundo não terá que encarar nuvens em forma de cogumelos. Com a derrota de Hillary Clinton, evitamos um engajamento nuclear que certamente surgiria de um conflito direto com a Rússia na Síria e uma escalação da luta na Ucrânia. Infelizmente as boas notícias acabam aqui. Nada de bom pode ser previsto após o caos que surgiu na sequência da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Há dez anos persiste uma crise econômica que não parece ter solução à vista. Ignorada e subestimada pela elite, essa crise se tornou o motor da insatisfação com os políticos que disparou o voto de protesto nos Estados Unidos e na Europa. O resultado positivo disso, uma aparente ruptura com o passado, degenerou em um período de caos e desordem aparentes, causado principalmente pelos conflitos entre os líderes das classes dirigentes.