Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu
Valha o que valer, aí vai a parte da 'pauta' que o Clube de Bilderberg, que se reúne a partir de hoje, esse ano em Turim, Itália, deseja que você acredite que ele está(ria) discutindo. [A notícia da reunião vem de Pepe Escobar, pelo Facebook. Comentários, em itálicos, são do Gato Filósofo, GF].
[COMENTÁRIO GF] Sinceridade? Essa pauta parece pauta da editoria de internacional d'O Estado de S.Paulo ou da 'sociologia' da USP-UDN, sô! Quem mais, além da editoria de internacional d'OESP e da 'sociologia' da USP-UDN (além de CIA e MI6 em Bilderberg, claro!), ainda temeria o "populismo" declarado uma das faces mais tenebrosas do povo demoníaco em ação?!
"A 66ª Reunião de Bilderberg deve acontecer entre os dias 7-10/6/2018 em Turim, Itália. Até o momento, 131 participantes, de 23 países, já confirmaram presença. Como sempre, um grupo diversificado (sic) de líderes políticos e especialistas da indústria, finança, academia e mídia foram convidados. A lista dos participantes está disponível em www.bilderbergmeetings.org.
[COMENTÁRIO GF]: Na tal lista vê-se que Kissinger e o general Petraeus já confirmaram que lá estarão. Kissinger representa seu próprio escritório de advocacia, claro, e lá estará de pleno direito (vai sempre). Petraeus, já perdoado e reabilitado[1] é hoje empregado do KKR Global Institute, o mesmo fundo de investimentos que "em 2012, ao anunciar a contratação de Henrique Meirelles como conselheiro sênior" apontou o hoje diz-que-candidato a presidente do Brasil como "parceiro tremendamente valioso para a empresa. Um executivo do fundo, Alex Navab, disse que o KKR confiava nos "conselhos e percepções de Meirelles no mundo da governança, finanças e investimentos"(Valor, 10/8/2017).
Assim sendo, o general Petraeus, em 2018, é o mais parecido com o que se pode ver como representante dos interesses da CIA e do governo golpista do Brasil, presente oficialmente em Turim, para o encontro Bilderberg-2018.A 'pauta' que Bilderberg, que se reúne a partir de hoje em Turim, Itália, deseja que você acredite que lá esta(ria) em discussão em 2018 "inclui" (significa que há mais, portanto, no campo do sabido não dito) os seguintes tópicos:
1. Populismo na Europa
2. O desafio da desigualdade
3. O futuro do trabalho
4. Inteligência artificial
5. EUA antes das eleições de meio de mandato
6. Livre comércio
7. Liderança dos EUA no mundo
8. Rússia
10. Arábia Saudita e Irã
11. Mundo da "pós-verdade"
12. Eventos em andamento.
[COMENTÁRIO GF] Dado que essa é apenas uma pauta "incluída" em pauta maior não noticiada, claro que há mais pauta. Mas não se fala da continuação a qual, se não é Rússia e Irã e Arábia Saudita, já 'pautados' na parte divulgável, será necessariamente China e talvez até, por que não, Brasil e Índia.
A China, que não é nem EUA nem Europa (quer dizer, nem CIA nem MI6), esteve presente em lugar de honra em Bilderberg 2017. Sumiu em 2018. O Brasil não é nem EUA nem Europa, mas está sob golpe da CIA desde 2016 e está na lista de compra de supermercado de todos os reunidos em Bilderberg 2018. E a Índia também é problema não dito. Ganhou de presente dos EUA um "Comando do Pacífico Asiático", mas, com comando de presente e tudo, a Índia continua sem dar bola para sanções dos EUA, e mantém-se parceira comercial ativíssima de Irã e Venezuela, atropelando sanções.
Todos os presentes à reunião de Bilderberg 2018 têm interesses investidos no golpe em curso no Brasil. TODOS.
Israel não aparece como 'tema', nem como 'eventos em andamento', porque, como se sabe, Israel, potência ocupante de terra palestina, não é tema nem evento: para CIA e MI6, organizadores de Bilderberg, Israel é projeto].
"Fundada em 1954, a Bilderberg Meeting é uma conferência anual que visa a promover o diálogo entre Europa e América do Norte. Todos os anos, entre 120 e 140 líderes políticos e especialistas em indústria, finança, academia e a mídia (sic) são convidados a participar da conferência. Cerca de 2/3 dos participantes vêm da Europa; aproximadamente ¼ são políticos ou membros de governos, e os demais vêm de outros campos.
A conferência é um fórum para discussão informal sobre grandes questões que o mundo enfrenta (sic). As reuniões acontecem sob a "Regra de Chatham House", pela qual os participantes são livres para usar informação que recebam, mas comprometem-se a não revelar nem a identidade nem a afiliação de quem fale, nem de qualquer outro participante.
Graças à natureza privada (Hellloou!) da reunião, os participantes não são limitados pelas convenções dos respectivos cargos (públicos? Privados? Como assim?!), nem por posições assumidas previamente. Assim, todos podem ouvir, refletir e coletar insights. Não há resultado esperado, não há tempo delimitado para qualquer intervenção e não se emitem relatórios por escrito. Além disso, não há propostas de resoluções, nem votações, nem se estabelecem normas internas [ing. policy statements]" [da página internet do 'grupo', aqui traduzida].
[COMENTÁRIO GF] As condições são as de sempre, quando os reunidos não temem que haja povo ouvindo pelos cantos. É conferência de quem ainda insiste em fazer-crer que não teria de dar NENHUMA satisfação ao mundo real. PORÉÉÉM, reúne-se secretamente para discutir a parte do mundo real que, até junho de 2018, continue a resistir contra as decisões de Bilderberg de junho de 2017.
A parte divulgada da pauta de Bilderberg 2017 foi a seguinte:
1. Governo Trump: relatório de andamento
2. Relações Transatlânticas: opções e cenários
3. A Aliança de Defesa Transatlântica [conhecida como "OTAN"]: "bullets, bytes and bucks" [dito "item de agenda que recebeu o título mais ridículo da história de Bilderberg". Naquele momento, a OTAN começava a lutar para aumentar a própria dotação em termos de "balas, bytes e grana", alegadamente para enfrentar a Rússia, mas, naquele momento, também para enfrentar o primeiro presidente Donald Trump.[2] Uma sessão de debates com o mesmo título "o mais ridículo (...)" foi presidida por Jens Stoltenberg, desde 2014 secretário-geral da OTAN.
4. Rumos da União Europeia
5. É possível tornar mais lenta a globalização?
6. Empregos, renda e expectativas não realizadas
7. Guerra contra a informação (sic) [ing. The war on information]
8. Por que cresce o populismo?
9. Rússia na ordem internacional
10.Oriente Próximo
11. Proliferação Nuclear
12. China ["A China será discutida numa reunião da qual participarão o embaixador da China nos EUA, o secretário de comércio dos EUA, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, dois senadores dos EUA, o governador da Virginia, dois ex-diretores da CIA – e quase incontáveis investidores-monstro norte-americanos, incluindo diretores de empresas de serviços financeiros Carlyle Group e KKR. [É a mesma KKR que, em 2012 contratara Meirelles como 'conselheiro" e em 2018, exibirá em Bilderberg o general Petraeus na diretoria.] Ah, e o patrão de Google" (The Guardian, 1/6/2017).]
13. Eventos em andamento.
[COMENTÁRIO GF]: De interessante a anotar, para analisar depois, que:
(i) o "populismo" passou de 8º lugar, em 2017, e do estado de pergunta, para 1º lugar, circunscrito à Europa, mas afirmado, sem perguntas retóricas, logo no ano seguinte;
(ii) todas as entradas de pauta em 2018 tornaram-se 'vagas': por exemplo, de "Rússia na ordem internacional", em 2017, para "Rússia", assim, no ar, em 2018. Da China de corpo presente, em 2017,[3] para "faz-de-conta que a China não existe", em 2018.
Nem é preciso comentar dois itens da agenda de 2018, que, em 2017, é núncaras que teriam status de item de pauta de Bilderberg:
(iii) a tal "Computação quântica", WTF; e
(iv) o mundo da rementira, que Bilderberg tenta tolamente (re)pautar como "mundo da pós-verdade".
Interessante anotar também que:
(v) em 2017, o Oriente era dito Próximo; em 2018, o item de pauta se chama "Arábia Saudita e Irã". Quando, em Bilderberg, desde 1954, Arábia Saudita e Irã foram um só item de pauta?!
EM TEMPO: Até o fechamento dessa edição, o mundo real não confirmara presença oficial em Bilderberg 2018. Lá não aparecerão oficialmente nem a moeda nem o correspondente lastro-ouro nem chineses nem russos. Lá só aparecerá oficialmente o EUA-dólar, cuja substituição por yuan, rials, rublos et allii, estranhamente, não está pautada para Bilderberg 2018, nem como perguntinha retórica nem, que fosse, como alguma vaga ideia. Bilderberg 2018 já é gato escondido cô rabo de fora. Segue a luta.
(i) o "populismo" passou de 8º lugar, em 2017, e do estado de pergunta, para 1º lugar, circunscrito à Europa, mas afirmado, sem perguntas retóricas, logo no ano seguinte;
(ii) todas as entradas de pauta em 2018 tornaram-se 'vagas': por exemplo, de "Rússia na ordem internacional", em 2017, para "Rússia", assim, no ar, em 2018. Da China de corpo presente, em 2017,[3] para "faz-de-conta que a China não existe", em 2018.
Nem é preciso comentar dois itens da agenda de 2018, que, em 2017, é núncaras que teriam status de item de pauta de Bilderberg:
(iii) a tal "Computação quântica", WTF; e
(iv) o mundo da rementira, que Bilderberg tenta tolamente (re)pautar como "mundo da pós-verdade".
Interessante anotar também que:
(v) em 2017, o Oriente era dito Próximo; em 2018, o item de pauta se chama "Arábia Saudita e Irã". Quando, em Bilderberg, desde 1954, Arábia Saudita e Irã foram um só item de pauta?!
EM TEMPO: Até o fechamento dessa edição, o mundo real não confirmara presença oficial em Bilderberg 2018. Lá não aparecerão oficialmente nem a moeda nem o correspondente lastro-ouro nem chineses nem russos. Lá só aparecerá oficialmente o EUA-dólar, cuja substituição por yuan, rials, rublos et allii, estranhamente, não está pautada para Bilderberg 2018, nem como perguntinha retórica nem, que fosse, como alguma vaga ideia. Bilderberg 2018 já é gato escondido cô rabo de fora. Segue a luta.
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