13/6/2018, George Galloway, RT
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu
Pouco resta a dizer sobre os eventos em Singapura. Farpas e vitupérios afinal chegaram ao fim depois de 65 anos de guerra, durante os quais morreram milhões numa península coreana dividida onde foi montado e desmantelado um aríete nuclear.
O mundo foi levado à beira de nova guerra, e puxado outra vez para trás.
Que Donald J Trump sairá com um Prêmio Nobel já é coisa garantida, por mais surpreendente que a frase pareça, mas vai-se garantindo também seu segundo mandato, mais provável a cada dia, por ainda mais inacreditável que pareça essa segunda frase.
Com a economia dos EUA melhorando, os 'parceiros' de Trump no G7 caprichando nos insultos e o imbróglio coreano fermentando na massa trumpeana – temperado pela dupla China e Rússia, alvo eterno de vitupérios, muito mais interessante é dar uma espiada nas ruínas fumegantes da oposição doméstica ao presidente Trump.
Pode-se aferir a extensão do triunfo do presidente Trump não só pelas dimensões do sorriso no rosto dele, mas também pelas caras compridíssimas dos inimigos dele. Os vitupérios e indignação supostos liberais por um lado, e o ruído do desabamento das expectativas de gordos lucros, acrescido ao barulhão que fazem ao ruir as ânsias por mais e mais poder duro, são cacofonia das mais terríveis. Pois, de minha parte, gostei muito. Pessoalmente, digo, porque, se há gente que desprezo mais do que desprezo o próprio Trump, são os azedados inimigos de Trump.
Assim como aconteceu quando outro presidente Republicano Richard M Nixon, "abriu" para a China em 1972 – pondo fim a um quarto de século de não relações, a confusa e desentendida oposição nos EUA parece hoje feita de dois conjuntos aparentemente contraditórios de interesses. Mas nos dois casos (e em muitos mais casos), são de fato dois lados da mesma moeda.
Democratas liberais queriam (além de posição de linha super dura contra Moscou), que EUA declarassem guerra à China, além de dobrar o fracassado investimento em segurança em Taiwan.
Liberais surtaram à simples visão do presidente dos EUA, de conversa com homens vestidos em túnicas à Mao Tse Tung, naquele momento, tanto quanto hoje. É premiar "ditaduras", gritaram, naquele tempo, como hoje. E quanto aos "direitos humanos", esbravejaram diante de Nixon, então, como de Trump, hoje.
Mas o outro lado da moeda sempre foi a moeda verdadeira. O complexo militar industrial dos EUA – contra o qual outro presidente Republicano, Eisenhower, alertara o mundo – não foi só estado-de-bem-estarismo só para o capitalismo: foi maná para os capitalistas. Um Eldorado aparentemente sem fim, alimentado pela sempre presente "ameaça" de guerra contra os gêmeos da Ameaça Vermelha no Oriente – como Eisenhower bem que avisou.
Zero guerra, zero lucros – a equação até que é bem simples. No caso de Trump, a mesma dicotomia dispara xingamentos em stereo.
Os liberais brancos luminosos brilhantes aderidos em torno de Hillary Clinton, o establishment das grandes universidades ["a Ivy League"] responsável por muitas das piores guerras dos EUA, a elite das costas leste e oeste, não admitem que Trump tenha autoridade nem para amarrar os próprios sapatos... Imagine se poderia construir e concluir o acordo diplomático do século! O ódio visceral que a vulgaridade de Trump lhes inspira cegou-os completamente; estão cegos de preconceito e ira. Que os doces e suaves Democratas que precederam Trump tenham bombardeado e matado e pegado pela buceta [ing. Grab (...) by the pussy] a torto e a direito, com toda a empáfia dos Curtis LeMay somados aos Harvey Weinstein, não é grave. A elite os ama. Assassinatos e perversões, mas com toda a elegância: é o modo democrata de ser.
O touro de Trump na loja de porcelana não quebra suficiente porcelana para o gosto dos liberais: eis o resumo e a história inteira.
Assim, a ideia de Trump de trazer a Rússia de volta ao G7 tem de ser enterrada sob uma montanha de pouco caso e falsas acusações. Não se permitirá que prospere o seu processo de paz na Coreia. Afinal, se a resolução pacífica de disputas internacionais, mediante diplomacia, não com guerras, vier a se converter em normalidade, que lugar restará para que os Clintons e assemelhados "venham, vejam e matem"?!
Para os inimigos de Trump no estado mais profundo, a paz é a pior das ameaças. Afinal, se alguém pode fazer paz com a Coreia, o que o impedirá de fazer paz com a Rússia? Talvez até... com o Irã?! Se volta à moda a fala de Winston S Churchill, verdadeiro líder de guerra, para quem "papo-papo é melhor que mata-mata" [ing."Jaw-jaw is better than war-war"], que futuro terão as indústrias de trilhões de dólares que dependem da guerra e de que haja perpétua ameaça de mais e mais guerras? Que futuro terão os incontáveis impérios segurocráticos dentro do estado, se os diplomatas voltarem a ter função?
E assim Trump – que por dois anos vagou pelo vale da morte, apanhado numa pinça entre os gorros-bucetas [ing. pussy hats] e os gigolôs da máquina de guerra – saltou por cima dos canhões. Se Singapura realmente enrolou os inimigos de Trump? Acho que sim. Pelo menos, espero – e melhor se todos vocês também esperarem – que sim.*******
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