quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A curta guerra de Gaza-2018 expôs a fraqueza de Israel

13/11/2018, Moon of Alabama (Atualizado hoje, no final do postado)

Entreouvido na Vila Mandinga
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QUE FALTA DE SORTE! Bem quando os Bolsonaros inventam de lamber botas sionistas... o mundo é informado de que "Movimento Boicotar, Desinvestir e Sancionar  contra o autodeclarado estado de apartheid  conseguiu minar a imagem de Israel. lobby sionista está expostoO déficit no orçamento de Israel é alto demaisO ataque fracassado, a rápida retirada de Gaza e o conflito logo esgotado só confirmaram que Israel está debilitado." [do artigo abaixo]

Sim, sim, sim, claro! DEVEMOS AJUDAR Israel! Paulo Guedes deve mudar-se imediatamente para Telavive, Jerusalém, onde preferir, e lá ficar SANEANDO as contas públicas dos sionistas ATÉÉÉÉÉÉ O OSSO! Não seria maravilhoso para o OCIDENTE?!
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Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Semana passada foi decidido um cessar-fogo entre forças palestinas em Gaza e Israel:

O objetivo da mudança, em plano mediado pelo Egito e com dinheiro do Qatar, é dar o alívio de que Gaza muito precisa, restaurar a calma no lado israelense da fronteira e evitar nova guerra.


No domingo à noite forças especiais de Israel disfarçadas romperam o cessar-fogo e invadiram Gaza. Essas incursões acontecem muito frequentemente, mas em geral passam sem ser noticiadas. Os invasores usavam trajes civis e alguns usavam roupas de mulher. Chegaram em carros à casa de um comandante local das [Brigadas] Qassam, mas os guardas desconfiaram e os detiveram. Houve tiroteio e sete palestinos e um oficial israelense foram mortos. Ainda não se sabe qual a intenção do raid israelense. Um carro, que os israelenses em fuga deixaram para trás levava o que parecia ser equipamento de vigilância. As forças especiais de Israel fugiram de volta ao território de Israel.

O mais provável é que a rivalidade ativa dentro do governo de Israel esteja por trás dessa provocação:


“A percepção é de que Israel, ao permitir que combustível e dinheiro sejam entregues por mar, em Gaza, confirma a avaliação pelo Hamas, de que há uma furiosa luta entre duas alas rivais da direita, que disputam o comando do gabinete de segurança de Israel.

Domingo, mais cedo, o ministro da Educação Naftali Bennett disse que a entrega de dinheiro seria “dinheiro para proteção”. O ministro de Defesa Avigdor Lieberman acusou Bennett de ter apoiado esses pagamentos e de se ter oposto, nas últimas semanas, a ações militares mais agressivas contra o Hamas recomendadas por Lieberman. 
...
No final da noite, Netanyahu já interrompera a visita a Paris e voava de volta a Israel; efeito das hostilidades em Gaza.


Lieberman teria ordenado o ataque a Gaza, para quebrar o cessar-fogo de Netanyahu e Bennet, rival de Lieberman?





A quebra do cessar-fogo, pelo lado israelense, disparou outro round de foguetes de um lado contra o outro. Um comando da Brigada Qassam, do Hamas disparou ataque de precisão contra um ônibus que levava soldados israelenses para a fronteira. Mas, para evitar escalar o conflito, o atirador esperou que todos os soldados tivessem saído do ônibus, antes de atirar. O único ferido foi o motorista. Em seguida a força aérea de Israel destruiu a estação de TV al-Aqsa na cidade de Gaza, depois de notificar os palestinos. O ataque danificou também um prédio da universidade. Houve disparos se foguetes saídos de Gaza, e a força aérea de Israel atingiu vários prédios. 48 depois, o cessar-fogo foi restabelecido.

Durante o conflito, o lado palestino fez demonstração de uma série de novas capacidades:


· O comando palestino publicou um vídeo do ataque contra o ônibus, em que foi disparado um míssil guiado antitanque Kornet(ATGM). Desde que perdeu dúzias de tanques em ataques palestinos com esses mísseis ATGM na guerra de 2006 contra o Hezbullah, no Líbano, o exército de Israel vive estado de medo extremo desses mísseis. Se essas armas já chegaram a Gaza, apesar do cerco, haverá grave preocupação em Israel.


· Os Palestinos também dispararam mais de 460 mísseis e morteiros de artilharia, em 25 horas. E número muito superior à taxa de fogo durante a guerra de Israel contra a Faixa de Gaza em 2014. Alguns dos mísseis disparados em 2018 têm alcance maior que os modelos anteriores. Os sistemas de defesa antimísseis de Israel, chamados Cúpula de Ferro [ing. Iron Dome] dispararam cerca de 100 mísseis, mas de precisão questionável e alto preço. Cada míssil do sistema Cúpula de Ferro custa cerca de $65 mil; uma rodada de morteiros ou foguetes custa apenas algumas poucas centenas de dólares. Muitos dos foguetes palestinos acertaram os alvos nas áreas sionistas ocupadas em Ashkelon, Netivot e Sderot.


· Israel anunciou a destruição de apenas duas células de lançamento de mísseis palestinos. Tudo faz crer que os palestinos aperfeiçoaram suas capacidades para camuflagem e para disparos remotos.


· Grupos palestinos rivais em Gaza – Hamas, Jihad Islâmica e outros – operaram dessa vez sob comando único. Nenhum grupo reivindicou qualquer ataque bem-sucedido dos mísseis palestinos. No passado, cada rodada de mísseis era seguida por ‘declarações’ na mídia, com esse ou aquele grupo a reivindicar para si seus respectivos sucessos. Dessa vez, todos os grupos palestinos trabalharam a partir de uma sala de operações comum. Nenhum distribuiu ‘declarações de autoria’ ou qualquer tipo de informação que só ajudariam a inteligência israelense.

Israel praticamente suplicou pela volta do cessar-fogo. O Egito comandou as negociações:


Mais cedo, na 3ª-feira, a reunião do Gabinete de Segurança Política que decidiu por manter a escalada no sul, foi encerrada depois de sete horas. Depois de ouvir a avaliação pelosestablishments do Exército e da segurança, o Gabinete instruiu o Exército de Israel a manter a operação em Gaza como fosse necessária.

Todos os oficiais do establishment da Defesa que participavam da reunião do Gabinete – comandante do estado-maior do Exército de Israel; comandante da inteligência militar; comandante do serviço secreto interno; comandante do serviço secreto internacional (Mossad); e comandante do Conselho Nacional de Segurança – apoiaram o pedido do Egito, para um imediato cessar-fogo
...
Se intensificássemos os ataques, haveria foguetes contra Telavive,” disseram membros de alto escalão do Gabinete.


Desde 15h30 hora local, há hoje novamente silêncio e calma. Mas o quebra-pau recomeçou imediatamente no Gabinete israelense:


Nenhum dos ministros – inclusive o ministro da Defesa Avigdor Lieberman e o ministro Naftali Bennett – fez qualquer objeção a um cessar-fogo.

Depois desse relatório, o Ministério da Defesa disse que o apoio do ministro Avigdor Lieberman a um cessar-fogo seria “fake news.” A declaração oficial dizia que a posição do Ministério da Defesa era firme e não mudara. Os ministros Naftali Bennett, Ayelet Shaked e Ze'ev Elkin também disseram que não apoiaram nenhum acordo de cessar-fogo com o Hamas.


No total, foram mortas 13 pessoas em Gaza e pelo menos duas, do lado israelense. Um porta-voz do Hamas acusou Lieberman de ser responsável pela quebra do cessar-fogo e exigiu que Netanyahu o demita.

O conflito muito rápido demonstrou que:


· Israel está sob contenção. A entidade sionista não quer iniciar outra guerra contra Gaza.


· O cerco de Gaza, em que se coligaram Israel, Egito e a autoridade palestina sob Mahmoud Abbas, fracassou. O custo, em termos de imagem e reputação, de manter o cerco passou a ser alto demais, depois que Israel matou cerca de 160 palestinos durante os protestos semanais ao longo da cerca de demarcação. O país teve de deixar que óleo diesel e dinheiro do Qatar chegassem a Gaza.


· O cerco não conseguiu impedir que a Jihad Islâmica, o Hamas e outros grupos conseguissem mais mísseis e adquirissem novas capacidades para combate.


· Os palestinos em Gaza estão unidos. A resistência contra a ocupação está viva e forte.

Durante décadas, a entidade sionista conseguiu atacar países vizinhos quando bem quis. Isso mudou. Hoje Israel já não ousa pôr os pés no Líbano, por medo do revide pelo Hezbullah. O espaço aéreo do oeste da Síria está fechado para Israel, graças ao novo sistema de defesa antiaérea S-300PMU2 que a Rússia entregou ao Exército Árabe Sírio. Forças especiais israelenses fracassaram na incursão em território de Gaza, e a Cúpula de Ferro não conseguiu proteger as colônias sionistas. A resistência em Gaza adquiriu novas capacidades e surpresas esperam Israel, se tentar atacar novamente.

Os “amigos” que Israel conseguiu seduzir na liderança da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos já se provaram instáveis e de pouca serventia. O Movimento Boicotar, Desinvestir e Sancionar  contra o autodeclarado estado de apartheid  conseguiu minar a imagem de Israel. lobby sionista está expostoO déficit no orçamento de Israel é alto demais.

O ataque fracassado, a rápida retirada e o conflito logo esgotado só demonstrou que Israel está fraca e persiste a tendência ao declínio.


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ATUALIZAÇÃO 14/11, 8h horário de Brasília (10:00 UTC)


O ministro da Defesa de Israel Avigor Lieberman acaba de renunciar e quer novas eleições. Como motivos do desentendimento com Netanyahu, fala do dinheiro do Qatar que Netanyahu teria deixado que entrasse em Gaza e do cessar-fogo de ontem.

Noutra ocasião, Netanyahu planejara o rápido cessar-fogo, tentando separar a Gaza controlada pelo Hamas, e a Autoridade Palestina sob Abbas na Cisjordânia. Ontem, os sauditas deram outro pacote de dinheiro a Abbas, para contrabalançar o dinheiro que o Qatar deu ao Hamas em Gaza.

Movimentos para dividir os palestinos é item do plano (Jarred, genro de Trump) Kushner. Lieberman discorda desse plano. Faz o papel do super-obcecado direitista John Bolton nesse jogo, tirando o lugar de Netanyahu na extrema direita.

Netanyahu quer evitar qualquer antecipação nas eleições. Seu partido Likud perdeu deputados nas eleições locais, e ele teme uma campanha que discutirá Gaza e a posição ‘soft’ que Netanyahu adotou nesse recente confronto com palestinos.

Mas com precária maioria de apenas dois lugares numa coalizão instável, Netanyahu terá dificuldades para se manter no governo.

No momento em que escrevia essa atualização, Naftali Bennett, líder do partido da direita religiosa “Lar Judeu”, apresentou-se para ocupar o Ministério da Defesa. Netanyahu não vai gostar. Não quer dar a Bennet posto de tanta visibilidade. Mas Bennett renunciará e derrubará a coalizão de governo, se não ganhar o Ministério.*******

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