Semana excelente para a sociedade russa, com muitas vitórias gigantescas, algumas inesperadas.
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu
Na 4ª-feira, o presidente Putin assinou uma lei federal que proíbe o Banco Central da Rússia de alterar as taxas de seguros de veículos durante o primeiro ano depois de contratados os seguros, noticiou o portal oficial russo de informação sobre leis.
Mas a essência dessa notícia nada tem a ver com seguros. A notícia é que Vladimir Putin realmente ocupou o Banco Central da Rússia. É evento que merece reflexão mais detida.
Agora, afinal, é bom que todos entendam, em perfeita clareza, quem realmente controla o Banco Central da Rússia: o presidente da Rússia.
Se você ouvir alguém dizer que a Rússia estaria sendo "ocupada" por artes de seu banco central e propostas de "nacionalização" do Banco da Rússia, passe-lhe o link para esse postado.
Dia 24 de junto, o evento mais importante para a Rússia nada tinha a ver com resultados do referendo sobre Brexit.
O pacote de leis antiteterrorismo foi redigido por grupo de políticos coordenado pela presidenta da Comissão da Duma para Questões de Segurança, Irina Yarovaya. A lei inclui as seguintes medidas:
1. prisão perpétua para agentes de terrorismo internacional;
2. até 15 anos de prisão para quem financiar grupos terroristas;
3. penas de 8 a 15 anos para quem colaborar para atividades extremistas não conectadas com ataques terroristas consumados;
4. ter conhecimento de atividades terroristas e não reportar às autoridades pode custar multa de até 100 mil rublos (cerca de $1.530) ou até um ano de cadeia;
5. redução da maioridade penal nos crimes de ataques terroristas e tomada de reféns, dos atuais 16 anos, para 14 anos;
6. nova pena, antes inexistente, para divulgação pública de práticas terroristas ou de justificativas para crimes de terrorismo, inclusive pela internet, com multas que variam de 300 mil a 1 milhão de rublos ($4.600 – $15.400) ou prisão de cinco a sete anos. "Justificativas públicas" para crimes de terrorismo são definidas como "declarações públicas no sentido de afirmar que a ideologia e as práticas do terrorismo seriam corretas e dignas de serem apoiadas e seguidas."
7. A lei inclui disposições importantes contra as seitas. Assim, a lei ganha um conjunto de meios judiciais para enfrentar cultos tóxicos, de muito prestígio no ocidente, como a 'cientologia' e as Testemunhas de Jeová. Um grupo especial de itens definem o que se considera "atividade missionária" e proíbem tentativas de manter essas atividades por associações religiosas cujos objetivos agridem o disposto na lei. Segundo a [Agência] Tass: "São proibidas as atividades religiosas que induzam ao suicídio, que criem impedimentos à educação obrigatória das crianças e que visem a persuadir os indivíduos a recusar-se a cumprir qualquer de seus deveres cívicos obrigatórios." Cruzemos os dedos, mas, sim, parece que, nos termos dessa lei, os hassidins e a organização de judeus terroristas paramilitares Habad talvez sejam banidas do território da Rússia, se a lei for aprovada.
A lei permitirá que tribunais russos processem e julguem recrutadores e patrocinadores de terroristas.
Na forma em que está hoje o projeto de lei, todas as empresas de comunicação, inclusive provedores de internet, ficarão obrigados a conservar por três anos (1 ano para serviços de mensagem e redes sociais) em seus servidores a informação sobre tráfego de dados.
- Parlamento russo adota pacote de leis antiterroristas
- Lei antiterrorismo, de Yarovaya, aprovada com algumas emendas
- Corte do distrito de Orel proíbe cultos e atividades da seita Testemunhas de Jeová (http://newsorel.ru/fn_180273.html)
A Rússia tem longa história de luta contra as Testemunhas de Jeová. Em 2004, a Suprema Corte Russa proibiu que a seita se organizasse. No mesmo ano, uma corte em Moscou dissolveu e baniu do país um grupo de Testemunhas de Jeová acusado de recrutar crianças, forçar os crentes a abandonar a família, incitar o suicídio e proibir os crentes de aceitar assistência médica. O grupo Testemunhas de Jeová processou a Rússia, acusando o país de infringir leis de direitos humanos, na Corte Europeia de Direitos Humanos [ing. European Court of Human Rights-ECtHR] e venceu.
A nova legislação antiterrorismo deu prioridade a leis domésticas sobre normas internacionais, graças a uma emenda à Constituição.
Tanto os serviços de manutenção da ordem como a própria sociedade russa precisavam desesperadamente dessa lei. Todos já vimos que não faltam 'agentes' a clamar por mais e mais ataques terroristas contra a Rússia, por mais e mais 'revoluções', por mais e mais golpes sangrentos; são jornalistas conhecidos, políticos, atores, escritores, tanto nos veículos das mídias impressas, como nos rádios, na mídia televisiva e na internet. Na maioria dos casos de nada adiantava recorrer à lei que havia, porque, na verdade, não havia lei nem base legal a partir da qual os russos pudessem defender-se.
Outra situação anômala e ultrajante é a dos muitos blogueiros russos que apoiam o presidente Putin e escrevem em apoio aos interesses da Rússia... mas são obrigados a esconder-se, tantas são as ameaças. É situação absolutamente ultrajante.
Repetindo: antes da nova lei não havia base legal a partir da qual agir contra os donos das contas de internet que existem para ameaçar. Hoje, os russos já começam a ter meios para se autoproteger.
A nova lei antiterroristas é hoje essencialmente a mais poderosa lei antineoconservadores e antineoliberais com que a Rússia jamais pôde contar.
A reação da oposição "não sistêmica" financiada por Washington àquela lei foi histérica, no verdadeiro sentido médico do termo. Terei de escrever outro postado, à parte, dedicado só ao que está acontecendo nesse preciso momento. Oh, berros, gritaria, insultos...
É vitória gigantesca para todos os bons seres humanos, sobre Washington e Londres, mas ainda não é vitória contra Telavive. É enorme vitória para os apoiadores do presidente Putin. É vitória imensa para o direito de todos vivermos em ordem e segurança nos termos da lei russa. Para os neoconservadores e agentes da CIA, é como 1937.
Infelizmente, não se trata de expurgar os agentes do Mossad. Eles podem viver na Rússia, ter cidadania e trabalhar livremente contra a Rússia. Infelizmente, o exército de Israel, assassinos treinados pelo Tzahal [acrônimo, em hebraico, de Forças de Defesa de Israel, transliterado (NTs)] podem mudar-se para a Rússia e viver e esperar que um comando comece a atirar contra multidões, como fizeram em Kiev. E fazer como fizeram na Ucrânia, onde culparam o governo de Yanukovych pelos assassinatos. Na Rússia, tentarão culpar o governo da Rússia. Já escrevi sobre homens do Tzahal israelense queimando russos em Odessa.
Esperemos que, mais dia menos dia, a gente pega eles.
Atividades de alguns diplomatas na Rússia têm provocado na população ultraje muito justificado. Armazena-se na Internet coleção gigante de atividades nada diplomáticas, muito bem documentadas, do embaixador dos EUA e subordinados pagando gente e organizações para ações contra o governo russo. Por causa da imunidade diplomática, nada se podia fazer contra diplomatas dos EUA, até a semana passada, quando o Congresso dos EUA, em sua sabedoria eterna e furioso ódio contra a Rússia, decidiu restringir severamente os movimentos dos diplomatas russos!
As autoridades russas então, depois de rápida oração para agradecer aos céus pelo presente, aplicaram as mesmas restrições também aos diplomatas dos EUA. Palpite meu: ele não viajarão para Yekaterinburg com malas cheias de dinheiro nem pagarão pela campanha de reeleição do prefeito Mr. Roisman. Também não conseguirão financiar um grupo de agentes da CIA também conhecido como Partido Comunista da Rússia.
Ao mesmo tempo em que (1) o ocidente perde a capacidade para se manter coeso e enfrenta o colapso de suas economias financialistas, países com economias reais, como Rússia e China caminham na direção de mais e mais coesão e unidade.
Dia 24 de junho, o presidente russo Vladimir Putin chegou a Pequim em visita oficial, vindo de Tashkent, capital do Uzbequistão, onde participou da reunião de cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, OCX [ing. Shanghai Cooperation Organization (SCO)]. Naquela importante reunião, o presidente do Cazaquistão falou a favor da admissão de Índia, Paquistão e Irã, na OCX. Ficou decidido que Índia e Paquistão serão admitidos à OCX na reunião de cúpula da organização em Tashkent.
Segundo a [agência] TASS, no sábado, Putin deverá manter conversações importantes com os líderes chineses, quando tratarão de amplo espectro de questões bilaterais e internacionais, incluindo a situação na Síria, no Afeganistão e na Península Coreana.
Autoridades russas tomaram outra importante medida. Dia 22/6, requereram oficialmente que EUA e OTAN ofereçam garantia formais, pela qual se declarem e responsabilizem-se, em termos legais, pela declaração de que o sistema europeu de antimísseis não está dirigido contra a Rússia.
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia exigiu garantias legais de que o escudo de mísseis dos EUA não está dirigido contra a Rússia.
Claro que ninguém espera que a OTAN responda. Nesse caso, por que os russos fizeram essa exigência?
No mesmo dia, o primeiro-ministro Medvedev assinou lei que permite utilizar mísseis balísticos continentais para neutralizar os mísseis norte-americanos, derrubando-os.
A lei enfatiza que "a destruição de armas e equipamento militar é medida excepcional e aplica-se a armas e equipamento militar que não sejam recicláveis caso a operação seja financeiramente inviável; e a armas e equipamento militar que, por sua condição técnica, não possam ser transferidos para serem descartados".
"A utilização de mísseis balísticos intercontinentais tecnicamente disponíveis para uso funcional pode ser feita pelo método de lançamento desses mísseis", – estipula o decreto do governo russo.
Hehe…
Antes, na visita à Grécia, o presidente Putin dera o que chamou de "último aviso". A exigência de que lhe deem garantias que tenham validade legal não é, de modo algum, ameaça. Todos compreendem que essa garantia jamais lhe será dada nem pelos EUA nem pela OTAN. Mas agora não poderão mentir e dizer que aqueles sistemas antimísseis não estão apontados diretamente para a Rússia.
Assim sendo, se numa bela noite de sábado, a base de lançamento dos mísseis balísticos na Romênia voar pelos ares, nada será além de utilização de rotina de um míssil balístico intercontinental.
A Rússia testa com sucesso o mais novo sistema Buk-M3 de mísseis de defesa aérea, segundo o fabricante.
O fabricante do sistema de defesa aérea da Rússia, Almaz-Antey, realizou com sucessos os testes do mais novo sistema de mísseis de defesa aérea Buk-M3. Os testes foram feitos no Kapustin Yar, perto de Astracan, no sul da Rússia.
Por suas características técnicas, o novo míssil é superior aos modelos anteriores e hoje não tem análogos no mundo, entre os sistemas de mísseis antiaéreos de sua classe. "O novo míssil é significativamente menos pesado. Com isso, aumenta 1 ½ vez a capacidade do veículo para transportar munição. O novo sistema de mísseis é transportado em contêineres e lançado dali mesmo" – disse Almaz-Antey.
O sistema Buk-M3 é superior ao sistema S-300 de mísseis antiaéreos em várias características, incluía a probabilidade de atingir o alvo com sucesso. O sistema Buk-M3 tem alcance de 70km (43,5 milhas), o que significa 25km (15,5 milhas) a mais, em comparação com versões anteriores do sistema Buk de mísseis antiaéreos. O Buk-M3 tem máxima altitude de tiro de 35km (21,7 milhas).
Dia 14/6, em exercícios na região de Nizhny Novgorod, soldados russos praticam a tática de " carrossel de fogo" – usando lança-chamas pesados "Pinocchio" (Buratino) e MLRS "Grad" contra postos de comando e bunkers de um inimigo imaginário.
No total, participaram do treinamento 2 mil soldados, 500 unidades de armas e equipamento militar. Usaram-se drones para coordenação de fogo.
Pesados lança-chamas "Pinocchio" (Buratino) mostraram excelentes resultados na libertação da Síria, da ocupação pelo ISIS Daesh
Imagens raríssimas de um tanque subaquático, em manobras de treinamento no rio Volga, perto de Volgogrado (Stalingrado).
Muito obrigado por sua atenção.
Feliz Brexit.
Scott******
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