domingo, 18 de novembro de 2018

Xi, na Cúpula da APEC, e a economia mais aberta

18/11/2018, Xinhua, Pequim (Li Xia, Ed.)


Só para lembrar: 

O golpe no Brasil-2018 só é compreensível se se mantém em mente, como substrato, a importância, para os EUA, de destruírem totalmente o Brasil soberano e implantarem-se diretamente aqui – no território geopolítico decisivo na disputa pelo Atlântico Sul. 

Porque no mundo desenvolvido, inclusivo e de paz, que China e Rússia estão construindo, 
já não há lugar para os EUA-de-hoje [pano rápido].
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Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Pequim. Uma proposta de cinco pontos, apresentada pelo presidente Xi Jinping da China, injetará potência no desenvolvimento regional da região do Pacífico Asiático, e criará melhor futuro para que se construa economia mundial aberta – dizem os analistas.

A proposta do presidente Xi foi apresentada ontem, em discurso histórico à reunião de cúpula dos executivos da Cooperação Econômica do Pacífico Asiático [ing. Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC), em Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné.


Mapeando um futuro comum, apesar de o mundo atravessar uma “era dos rompimentos e separação”, o presidente da China propôs que os países mantenham-se focados em abertura; desenvolvimento; inclusão social; inovação e abordagem legal legítima, por regras.

“A proposta é consistente com uma série de medidas com vistas a abertura substancial expostas no Fórum Boao para a Ásia, em abril desse ano, e com a visão de que todos trabalhem para construir economia inovadora, inclusiva e aberta já proposta na primeira feira chinesa de exportação-importação, realizada em Xangai esse mês, dando conta do firme compromisso da China com a abertura e a cooperação” – disse Chen Fengying, pesquisador associado no China Institutes of Contemporary International Relations.

“A fala de Xi sinaliza que a conectividade e o livre comércio devem ser fortalecidos, contra os desafios do protecionismo comercial” – disse Wang Yusheng, ex-presidente da APEC.

“O objetivo básico da APEC é promover o livre comércio e facilitar a recuperação econômica mundial” – disse Wang.

Para o presidente Xi, “Cada era tem seus específicos problemas. Recorrer a práticas antiquadas como protecionismo e unilateralismo não resolverá problema algum. Só a abertura e a cooperação podem gerar mais oportunidades e criar mais amplo espaço para o desenvolvimento.”

Nessa direção, o presidente chinês propôs um sistema comercial multilateral centrado na OMC, para abrir mais amplamente a globalização econômica, tornando-a mais inclusiva, equilibrada e benéfica para todos, e de modo a ampliar interesses convergentes e partilhar oportunidades mediante abertura e cooperação sempre maiores.

Xi também propôs foco no desenvolvimento, de modo a viabilizar benefícios maiores e mais inovação que permitam que se criem novas fontes de crescimento e inclusão.

Liu Chenyang, presidente do Centro de Estudos para a APEC da Universidade de Nankai, disse que o Pacífico Asiático desempenha hoje papel decisivo na economia mundial, especialmente na condução rumo ao crescimento.

“A mais importante contribuição da APEC é profundar a integração econômica e manter o ritmo e o momento do grupo” – disse Liu.

Xi destacou a importância da abordagem focada na legalidade e em regras claras; em promover a reforma do sistema global de governanança baseado em consultas amplas e colaboração assegurada, para que se alcance benefícios partilhados.

“Não se podem ignorar as regras que governam as relações internacionais; todas as obrigações e responsabilidades devem ser cumpridas e respeitadas no processo de aprimorar a governança global” – disse Wang, ex-presidente da APEC.

Xi manifestou confiança na economia da China, relembrando as conquistas dos 40 anos de reforma e abertura; acrescentou que a China assumirá abordagem mais responsável, mais aberta e mais inclusiva, e se esforçará para que o país alcance crescimento de melhor qualidade.

“A fala do presidente Xi demonstra que a China está decidida a elevar a nível superior o papel que lhe cabe na promoção ativa do livre comércio na região do Pacífico Asiático, e compromete-se a trabalhar com todos os países para que, juntos, construam economia mais aberta” – disse Wang.*******

3 comentários:

Willian S. Bernardes disse...

Não se podem ignorar as regras que governam as relações internacionais; todas as obrigações e responsabilidades devem ser cumpridas e respeitadas no processo de aprimorar a governança global”

Ok,ok,ok. Primeiramente não sou a favor dos EUA, para mim CIA, NSA e Pentágono são assassinos frios. Mas vamos ao objetivo desse comentário. Porque a China esta construindo ilhas militares no mar do sul da China como se fosse dela toda a região? Não vejo nenhum dos escritores que o Alok traduz em seu blog falar sobre isso. Alguém pode me dizer algo sobre isso? Obrigado Alok.

Anônimo disse...

O poderio militar chinês tem muito mais um caráter defensivo do que expansionista. Vale lembrar que a China foi uma potência econômica durante muito tempo, mas não uma potência militar. Os chineses foram subjugados pelos ingleses durante as guerras do ópio e temem ser subjugados agora pelos EUA. Os chineses querem sim ser uma grande potência, mas não pretendem ser uma nação imperialista como a Inglaterra do passado.

Unknown disse...

Concordo com Anônimo!!Willian S. Bernardes, não sei se tem tanta relevância textos sobre o poderio militar da China e a militarização o mar ao sul, mas tenho certeza que é estratégico; não vejo a China como uma Nação belicosa, acho sim que cabe o ditado: prevenção e água benta...