16/7/2018, Justin Raimondo, Antiwar.com
Traduzido (e comentado) pelo Coletivo Vila Vudu
Se ainda houvesse qualquer dúvida de que a boataria chamada "Russia-gate" [lá; cá no Brasil-do-golpe, a boataria chama-se "Lava-Jato"] é esquema inventado pelo Partido da Guerra [lá; aqui é inventado pela tucanaria e paulistada do PMDB kurruptos plus STF-com-tudo] para tentar salvar sua fracassada política exterior [lá; aqui é para salvar o autocu deles mesmos] e depor presidente democraticamente eleito [nos EUA, Trump; no Brasil, o presidente Lula], nesse caso a acusação formal feita por Robert Mueller [lá; e pelos Moros-Dalanhóis-STF-4 & STF-com-tudo, cá] de 12 supostos agentes do serviço secreto russo (GRU), acusados de "interferir" nas eleições de 2016 [lá; aqui todo mundo é formalmente acusado de corrupção, exceto os mais conhecidos, identificados, fotografados e premiados pela Globo corruptos do Brasil,], resolve a questão de uma vez por todas.
Querem que todos acreditemos que foi simples coincidência a acusação ter sido divulgada exatamente na véspera de Trump encontrar-se com o presidente da Rússia Vladimir Putin em Helsinki?
Acusação de 12 indivíduos que jamais contestarão as acusações, e que não terá de ser provada acima de qualquer dúvida razoável em tribunal legal – é distribuída para quem? Não para algum júri competente, mas para os jornais e televisões. Só propaganda. Pura propaganda para sabotar o encontro entre Trump e Putin – uma iniciativa Helsinki de paz –, antes mesmo de a reunião acontecer!
É o atrevimento do movimento, que beira a traição, que lhe tira toda a eficácia. O povo norte-americano não é estúpido: na limitada medida em que alguém dá atenção a esse ridículo novelão cômico, logo se percebem, sem dificuldade, os motivos e o significado das acusações de Mueller [lá; no Brasil do golpe são as acusações dos juízes Moros, procuradores, STF-4, Carmitas e a gangue toda].
As acusações soam como filme ruim de suposto suspense: aplicam-nos dose narcótica de supostas transcrições "ao vivo" de Boris & Natashaem ação, no momento em que drenavam o sistema de e-mails do Comitê Nacional Democrata e, ao mesmo tempo, toda nossa paciência. Esse material, talvez fornecido pela Agência de Segurança Nacional não traz rigorosamente nenhuma prova de coisa alguma, nem qualquer detalhe que ligue a Rússia ou os indivíduos cujos nomes são citados às ações 'narradas' nas transcrições. Todos temos de acreditar na palavra de Mueller [lá; aqui, temos de acreditar na palavra de Cunhas, Maruns, Padilhas, Temers e, até, na palavra da mulher-de-Moro!].
Mueller [Moro] conta com que nenhum daqueles acusados jamais mostrará a cara em tribunal nos EUA [aqui, como o presidente Lula certamente iria ao próprio julgamento, ele foi logo encarcerado preventivamente]. Se aparecerem, seguindo o exemplo dos representantes daInternet Research Agency – empresa acusada de agenciar anúncios em Facebook, a favor da Rússia –, Mueller terá de providenciar alguma prova real da culpa do acusado [lá; no Brasil não é necessário, porque para isso serve o STF-com-tudo: pessoal ali condena "porque literatura me permite", "em consideração à colegialidade" seja isso que diabo for]. Nesse caso, a acusação cai por terra, porque a suposta prova (?! Já inventaram até "suposta prova"?!] é protegida por sigilo.
Em tom de ameaça, a acusação 'sugere' que cidadãos norte-americanos cujos nomes não são citados, teriam colaborado com os supostos agentes russos. Um deles já foi identificado como Roger Stone; e com certeza outros já estão na lista de perseguidos pelo gabinete do procurador especial. Quem pensou que a inquisição antirrussos dar-se-ia por satisfeita com mini peixes grandes, tipo Mike Flynn e Paul Manafort, e os bagrinhos que conseguiram encurralar, logo perceberá que errou feio. A pescaria mal começou.
Todo esse affair sórdido visa a distrair a atenção, afastando-a das ambiciosas iniciativas de política externa do presidente Trump, o movimento diplomático das duas campanhas na direção de nossos velhos inimigos dos idos da guerra fria. Esses esforços manifestam o significado amplo e profundo da política exterior de "América em primeiro lugar" do presidente: Trump trabalha para livrar os EUA das velhas estruturas da guerra fria. Em lugar delas, quer construir uma nova dita ordem internacional, que não será 'fiscalizada' por nenhuma "superpotência", mas se autorregulará, como a ordem do mercado que gerou prosperidade sem paralelo nos EUA e no mundo.
Esse o grande quadro. Focando as especificidades, o que provavelmente resultará do encontro de Helsinki é o seguinte:
– Um acordo para pôr fim ao conflito na Síria, como prelúdio para a retirada dos EUA.
– Um acordo para renovar e revitalizar o Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty (INF Treaty) [Tratado das Forças Nucleares de Médio Alcance], de 1987, que corre o risco de ser anulado, e o início de novos esforços para limitar as armas nucleares.
– Um reconhecimento da necessidade de se normalizarem as relações russo-norte-americanas no interesse da paz mundial.
Acredito que esforços para rastrear e capturar armas atômicas 'do mal', restos talvez do momento imediatamente posterior ao colapso da União Soviética, podem também aparecer na agenda.
A lamentável – de fato, deprimente – reação dos Democratas ao encontro de Helsinki resumiu-se a uma campanha... para tentar cancelar o encontro! Sim. A esse ponto chegam a miopia e o pânico a que estão reduzidos os doidos do Estado Profundo: quem está preocupado com paz mundial?! Que importa que estejamos todos sobre o fio da navalha, com os nossos mísseis nucleares mirados contra as cidades deles, e os deles, contra as nossas. Qualquer mínima anomalia pode disparar um ataque atômico – o fim do mundo, a extinção da vida humana e provavelmente de todas as formas de vida, e pode não demorar.
Mas... e a quem estaria preocupado com a sobrevivência da espécie humana, quando se trata de castigar o planeta 'porque' Hillary Clinton não conseguiu alcançar o lugar que lhe cabe(ria) realmente, de pleno direito, na história. Sinceramente: ante um problema dessa magnitude [aqui, o problema 'dessa magnitude' é o ex-Aécim, nascido para ser presidente da República e que, i-na-cre-di-ta-vel-men-te, inadmissivelmente, perdeu a eleição para a presidenta Dilma e, então, de raiva, convocou seu amigo juiz do STF e juntos desencadearam o golpe que desgraçaria o Brasil, mas, sim, manteria Aécim & familiares fora da cadeia], quem esta(ria) preocupado com espécie humana?!
O povo dos EUA não culpa a Rússia pelos seus problemas. Não querem guerra contra o Kremlin, não estão preocupados com a Ucrânia, e a questão das sanções permanece completamente ausente da pauta da mesa de jantar dos norte-americanos comuns. Por isso esse Russia-gatee a propaganda de guerra que flui dos think-tanks liberais e neoconservadores têm efeito tão insignificante na opinião pública – em contraste marcado com a absoluta dominância desses temas no discursos das elites dentro da bolha que é o Departamento de Estado.
Esse mais recente esforço para desmoralizar o projeto de paz do presidente Trump e sabotar uma reunião de Trump com um líder estrangeiro faz ver as linhas da batalha que se trava nos EUA.
De um lado está o Estado Profundo – com suas lideranças globalistas autorreferentes e autointeressadas, tão investidas na própria política exterior imperial intervencionista que a crítica que lhes faz o presidente Trump (limitada, embora surpreendentemente radical) já pesa como ameaça mortal contra o poder do tal Estado Profundo.
De outro lado, está Trump, o outsider, que tantas vezes tem de trabalhar contra e por fora do próprio governo, para conseguir fazer avançar as políticas que ele privilegia, em nome das quais foi eleito.
Mas não se trata de Trump, sua personalidade ou suas outras políticas. Trata-se de um bando de burocratas não eleitos, que querem ter poder de voto incontrastável acima de quem ocupa o Salão Oval, eleito. É simples assim. Sei que estou com Trump, nessa. E você? Sabe com quem está?*******
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