segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Putin e Xi no jornalismo de propaganda pró 'ocidente': Por que Xi Jinping é tratado com luvas de seda?

29/10/2016, Jeff J. Brown,* Moscow-Pequim Express (em The Saker)









Vlad, melhor você abrir o olho! Quando a propaganda ocidental lança um "-ismo" contra alguém, é que a coisa virou briga de foice no escuro. Veja só: marxismo, leninismo, maoísmo, comunismo, socialismo, extremismo e terrorismo "islâmico", só para começar. Afinal, por trás da Grande Muralha Corta-fogo Ocidental, todos esses são uma e a mesma coisa, certo?

Capa e artigo de fundo recentes da revista Economist, fez-me lembrar de o quanto é ideológica e ensandecida a propaganda que se vê no ocidente contra o presidente Vladimir Putin da Rússia. Por mais que, sim, seja também manobra de vendas para aumentar a circulação da revista, como uma espécie de bom cartoon super polêmico, para atrair atenções para a página editorial, o fato de essa caricatura demoníaca ganhar capa já mostra, só ele, o quanto a mídia-empresa ocidental mainstream é institucionalizada e programada. 

Os ocidentais amam insultar a mídia-empresa antiocidental, que seria, dizem eles, "órgãos partidários" e "porta-vozes do governo". Mas... por que viajar até tão longe? Podem ficar em casa, deixando-se enganar dia e noite pelo New York Times, pela Radio France e BBC [e pela BandNewsFM, Rádio BandNews, Rádio Jovem Pan, Rádio Estadão, Folha de S.PauloO Estado de S.Paulo e tal e tal e tal, no Brasil-2016 (ano 1º do Golpe)]. Só isso já oferece material mais do que suficiente para conhecer as operações psicológicas de guerra híbrida, saídas diretamente dos laboratórios de pesquisa pioneira de Edward Bernays no início do século, e que passam, até hoje, por jornalismo sério. Não por acaso, para mim, esses hábitos são "viver por trás da Grande Muralha Corta-fogo Ocidental". 

domingo, 30 de outubro de 2016

Por dentro do Governo Invisível: Guerra, Propaganda, Clinton & Trump, por John Pilger

27/10/2016, John Pilger, Global Research














O jornalista norte-americano Edward Bernays é frequentemente apresentado como inventou da propaganda moderna. Sobrinho de Sigmund Freud, foi Bernays quem cunhou a expressão "relações públicas", eufemismo para o jornalismo de boatos e mentiras, para burlar eleitores e consumidores.

Em 1929, Bernays persuadiu as feministas a promover o consumo de cigarros pelas mulheres, com um carro que desfilou no Desfile da Páscoa em NY, naquele ano – comportamento então considerado avançadíssimo e de igualdade entre homens e mulheres. Uma militante feminista, Ruth Booth, declarou "Mulheres! Acendam outra tocha da liberdade! Derrubem mais um tabu sexista!" A influência de Bernays foi muito além da publicidade. Seu mais retumbante sucesso de publicidade foi ter convencido os norte-americanos a mergulhar no massacre que foi a "1ª Guerra Mundial".

"Defesa ativa": a nova política de Putin

28/10/2016, Eduard Popov, Fort Russ [trad.ru.ing. J. Arnoldski]















Na sessão de ontem do Clube de Discussão Valdai, em Moscou, Vladimir Putin fez várias declarações sobre o sistema de relações internacionais. Lembrou aos ouvintes que a hegemonia norte-americana deixou um rastro de invasões militares e agressões a países soberanos – Iugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia etc. Depois, lembrou a "abertura" da Rússia, em meados dos anos 1990, que sinalizava disposição para diálogo entre iguais, mas não recebeu o que esperava. 

Mas o que foi realmente sem precedentes na história da Rússia foi o que Putin tinha em mente (ingenuamente) naquele momento: confiar nos países ocidentais, como se viu na década de governo de Yeltsin. Os EUA responderam à abertura russa com tentativas empenhadas para enfraquecer a Rússia 'por dentro' (inclusive com 'reformas' e privatizações levadas a efeito com a participação de especialistas norte-americanos) e por fora, criando em torno da Rússia uma linha perimetral de países de fronteira controlados por Washington. A Rússia foi proibida de ter interesses além das próprias fronteiras, e os interesses dos EUA avançaram sobre fronteiras russas e, até, para dentro do país. 

Rússia expõe o blefe que é o Partido da Guerra, por Pepe Escobar

27/10/2016, Pepe Escobar, Sputnik
















Não eclodirá qualquer guerra quente, depois de 8 de novembro – graças à preparação e aos movimentos inteligentes de Moscou. 

A Guerra Fria 2.0 alcançou picos de histeria jamais vistos. E nem por isso há risco de guerra quente, nem antes nem depois das eleições presidenciais de 8 de novembro nos EUA.

Da máquina Clinton (de dinheiro) – apoiada por um complexo de mídia e think-tanks neoconservadores/neoliberais conservadores – ao establishment britânico e seus troncos falantes na mídia-empresa, os autodesignados "líderes do mundo livre" anglo-norte-americano corporativos, todos já levaram a campanha de demonização da Rússia e do "Putinismo" ao ponto de incandescência.

Ainda assim, nenhuma guerra quente eclodirá nem antes nem depois das eleições presidenciais nos EUA dia 8 de novembro. Tantas e tantas camadas de medo e ranger de dentes, que, de fato, lá estão para encobrir um blefe, nada mais.

sábado, 29 de outubro de 2016

Marcelo e Eduardo no país de Moro, por Mauro Santayana

27.10.2016, Mauro Santayana





A notícia de que Marcelo Odebrecht teria, no longo processo a que está sendo submetido, protestado inocência e recusado bravamente o fechamento de um suposto acordo de delação premiada, contestando até mesmo a posição de seus advogados, além de discutir com procuradores, que finalmente teriam comemorado entusiasticamente a quebra de sua admirável resistência moral e psicológica, apenas reforça a convição - termo que está cada vez mais em voga ultimamente - de que o que ocorreu no caso de Odebrecht e de outros presos e empresas, não passa, em grande parte - para tempos "excepcionais", medidas "excepcionais" - de pressão, de extorsão e de tortura.

Para torturar uma pessoa nem sempre é preciso pendurar seu corpo no pau-de-arara, ou dar-lhe um banho de mangueira e choque elétrico, embora isso possa parecer incompreensível para boa parte dos "cidadãos de bem" desta nossa cordial civilização tropical, construída na base do massacre, do porrete, do tronco e da chibata.

Sugiro ver um filme clássico de Costa-Gravas, A Confissão, com Ives Montand e Simone Signoret - ambos comunistas, diga-se de passagem - ou ler o livro homônimo de Artur e Lise London,  L'Aveu,  sobre os processos stalinistas do final da década de 1950.

O que está ocorrendo, aqui e agora, é o seguinte:

O que você precisa saber das decisões do 6º Plenum PCC-China-2106

6ª Reunião Plenária do 18º Comitê Central do Partido Comunistas da China, Pequim (24-27/10/2016) 


29/10/2016, Xinhua, Pequim












Imagem: Governantes da China e principais dirigentes do Partido Comunista da China (PCC): Xi Jinping (C), Li Keqiang (3º dir.), Zhang Dejiang (3º esq.), Yu Zhengsheng (2º dir.), Liu Yunshan (2º esq.), Wang Qishan (1º dir.) e Zhang Gaoli (1º esq.) presentes à 6ª Reunião Plenária do 18º Comitê Central do PCC em Pequim (24-27/10/2016) (Xinhua/Li Xueren)

Os líderes do Partido Comunista da China (PCC) aprovaram dois documentos sobre disciplina do Partido, em reunião do Pleno concluída na 5ª-feira.


Nos termos de um Comunicado publicado ao final dos quatro dias de reunião, os documentos aprovados na 6ª Reunião Plenária do 18º Comitê Central do PCC em Pequim incluem:


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Como Xi Jinping pode usar seu novo poder de 'núcleo' [ing. core]' do Partido Comunista da China

28/10/2016, Wang Xiangwei,* South China Morning Post











Depois de quatro dias de reuniões secretas em Pequim, o presidente Xi Jiping foi oficialmente aprovado como 核心 [He Xin] – 'núcleo do centro do partido'.


Retratos de líderes chineses, Xi Jiping entre eles, à esquerda; e Mao Tse Tung, à direita, numa loja na Praça Tiananmen, ao mesmo tempo em que se reúne o Pleno Foto: AFP
O Pleno anual do Comitê Central do Partido Comunista, encerrado na 5ª-feira, distribuiu um comunicado de mais de 6 mil palavras, depois de quatro dias de reuniões secretas em Pequim.


Como esperado, o comunicado cuida de expor detalhadamente a necessidade de fortalecer a supervisão e a regulação do comportamento e conduta dos membros do Partido, sobretudo dos altos servidores, razão pela qual o Pleno aprovou dois documentos, como parte do continuado esforço para combater a corrupção e promover a lealdade dos membros do partido.

Mas a parte do comunicado que mais chama a atenção são, de fato, duas palavras – He Xin – "núcleo", com as quais a liderança do partido passa a formalmente reconhecer o presidente Xi Jinping (習近平) como "núcleo do centro do partido".

O retorno da crítica (recalcada) contra os rentistas: Veblen no capitalismo rentista do século 21

21/10/2016, Michael Hudson, Counterpunch










Em 2012, realizou-se em Istanbul uma conferência sobre Thorstein Veblen.[1] Lá estive, patrocinado por um sindicato socialista de trabalhadores, a Chamber of Electrical Engineers [Câmara dos Engenheiros Eletricistas]. Nos perguntaram por que não nos concentrávamos em Marx? Respondi que a causa está em que Marx morrera uma geração antes, e a principal crítica do capitalismo financista foi trabalho de Veblen. Esse livro Absentee Ownership and its Discontents: Critical Essays on the legacy of Thorstein Veblen, (do qual extraí as observações seguintes) é uma série de ensaios, inclusive meus e de outro amigo, Michael Perelman. – MH
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"Existe uma convicção cega e ingênua (...), no sentido de que, no fundo, os interesses das massas coincidem com os interesses pecuniários dos homens de negócios que vivem na esfera do mesmo conjunto de normas governamentais" (Thorstein Veblen, A Teoria da Empresa Comercial, 1904, traduzido ao port. como Teoria da Empresa Industrial)*



Simon Patten recordou em 1912 que sua geração de economistas norte-americanos – a maioria dos quais estudara na Alemanha nos anos 1870s – aprendeu que Principles of Political Economy (1848) de John Stuart Mill era o ponto mais alto que o pensamento clássico jamais atingira; e que monopólios têm de ser estatizados ou é preciso regular os preços para que reflitam reais custos de produção. Contudo, Patten acrescentou, a filosofia reformista de Mill "revelou-se não a meta, mas um entreposto de meio de caminho" em direção às reformas da Era Progressista, sobretudo ou nacionalizar integralmente a terra ou taxá-la integralmente, e ou nacionalizar os monopólios ou, no mínimo, regular os preços de modo a pô-los em linha com custos reais de produção. Mill foi "pensador que se ia tornando socialista sem ver o que a mudança realmente significava," Patten concluiu. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Barack Obama enrolado nas mentiras de Hillary, ou Hillary Clinton corrompe tudo em que toca

26/10/2016, Alex Christoforou, The Duran, Nicosia, Chipre











Hillary destruiu o Departamento de Justiça, o FBI e, agora, o Gabinete do Presidente dos EUA.

Qualquer coisa e tudo que entra em contato com o sindicato de crimes de Clinton é corroído e destruído.

A mais recente vítima de Hillary Clinton é Barack Obama. O legado dele – oito anos de guerra ininterrupta, introdução nos EUA de um sistema de saúde pública fracassado – é acrescido agora de prova de que Obama mentiu aos cidadãos norte-americanos, para se autoproteger do escândalo corrosivo, épico, dos e-mails de Hillary.

The Saker: Tudo que você precisa saber para entender a força-tarefa naval russa ao largo do litoral sírio

25/10/2016, The Saker, Unz Review e The Vineyard of the Saker











A máquina de propaganda do Império Anglo-sionista, codinome "mídia-empresa", enfrentou graves dificuldades para decidir o que devia publicar sobre a força-tarefa naval russa enviada para a Síria. 

Afinal, os norte-americanos decidiram manifestar o desprezo de sempre por qualquer coisa que sugira Rússia e descreveram essa força como se construída em torno do porta-aviões "geriátrico" Almirante Kuznetsov; os britânicos optaram por descrevê-la como uma formidável "armada" a ponto de dar cabo, para sempre, dos terroristas moderados que há na Síria.

Meu amigo Alexander Mercouris recentemente escreveu análise soberba, explicando que, na realidade, essa força-tarefa não é nem geriátrica nem formidável. Em vez de repetir tudo aqui, prefiro escrever o que entendo que possa ser uma 'atualização' daquele excelente artigo, com uns poucos detalhes acrescentados. Primeiro passo: desmontar algumas concepções básicas erradas.

Comecemos pelo porta-aviões russo.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O Fim do Brasil e o Suicídio do Estado, por Mauro Santayana

26.10.2016, Mauro Santayana






Dizem que um chefe mafioso, famoso por sua frieza e crueldade no trato com os inimigos, resolveu dar ao filho uma Lupara, uma típica cartucheira siciliana, quando este completou 15 anos de idade.

Na festa de aniversário, apareceu o filho do prefeito, que havia ganho do alcaide da pequena cidade em que viviam, ainda nos anos 1930, um belo relógio de ouro.

Passou o tempo e um dia, como nunca o visse com ela, Don Tomazzo perguntou a Peppino pela arma.

Como resposta, o rapaz enfiou, sorrindo, os dedos no bolso do colete e tirando para fora um reluzente pataca "cebola", respondeu-lhe que a havia trocado com o filho do Prefeito pelo Omega dourado.

- Ah, si? 

Gritou-lhe o pai, furioso, lascando-lhe sonora bofetada. 

- E che va fare se, al andare per la strada, passa alcuno e lo chiama di cornutto? Que sono le dua e mezza, cáspita?

Esse velho "causo" italiano nos vem à memória, em função da lastimável notícia de que a Câmara dos Deputados acaba de aprovar e enviar ao Senado a PEC 241, que limitará à inflação os gastos do Estado brasileiro nos próximos 20 anos.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Washington tenta envergonhar a Ásia por “ceder” à China, por Tony Cartalucci

24.10.2016 - Tony Cartalucci, Neo Eastern Outlook



tradução de btpsilveira




Está se tornando cada vez mais claro que a influência dos Estados Unidos – apesar do tão badalado “Pivô para a Ásia” – está em declínio através da região do Pacífico Asiático. Washington está sofrendo derrotas geopolíticas em virtualmente cada nação da região, incluindo aquelas agora lideradas por regimes que foram meticulosamente organizados, financiados e apoiados pelos EUA por décadas. Por outro lado, essa influência está diminuindo também entre aquelas nações consideradas aliadas cruciais dos Estados Unidos por longo tempo.

Aqui se pode incluir a Tailândia, no sudoeste asiático, de quem os Estados Unidos repetidamente fazem lembrar ao mundo que tem sido aliada de Washington desde a Guerra Fria e durante a Guerra do Vietnã, e alegadamente, mesmo antes disso.

China nunca permitirá que EUA desestabilizem o Mar do Sul da China

23/10/2016, de People's Daily, in Global TimesChina












China jamais permitirá que os EUA desestabilizem o Mar do Sul da China, disse o People's Daily em comentário no domingo, depois que um destroier da Marina dos EUA, armado com mísseis teleguiados, o USS Decatur, navegou pelas águas das ilhas Xisha, na 6ª-feira, sem aprovação do governo da China.

O que os EUA fizeram, movidos por sua mentalidade hegemonista, não pode ampliar a influência daquele país na região do Pacífico Asiático, diz o artigo. Esse tipo de ato cria inimizades e tem por único resultado confusões sempre maiores, o que acelerará o declínio da influência global dos norte-americanos. 

O governo chinês opõe-se resolutamente a esse comportamento de provocação e está tomando uma série de efetivas contramedidas.

Na sequência, a tradução do artigo:


"Fenômeno Putin": autópsia da mídia-empresa ocidental

24/10/2016, Ruslan Ostashko, PolitRussia (trad. ru.-ing.J. Arnoldski) em Fort Russ












Semana passada foi marcada por uma espécie de epidemia que assolou furiosamente a mídia-empresa ocidental, que se pôs a publicar artigos de crítica sobre o personagem e desenhou os cartoons mais assustadores de Vladimir Putin. Claro, é o que sempre fazem. Mas dessa vez a explosão de atividade foi coisa jamais vista!

The EconomistThe Spectator The New Yorker – e não corresponde nem ao começo da lista completa de publicações que deram capas ao presidente russo e dedicaram-lhe longos artigos. Para alguns, talvez pareça sinal de condenação global e de global isolamento da Rússia, mas não, não, não é nada disso. De fato, estamos diante de um surto que se pode apresentar com palavra simples e curta: trata-se de histeria.

A histeria surge quando a psique humana não consegue dar conta da colisão de dois ou mais desejos fortes e que se opõem à realidade circundante. Por exemplo, uma criança quer muito um brinquedo, mas os pais recusam-se a comprá-lo. Se a criança é malcriada e mimada, a reação será histérica, com berreiro de que os pais não a amam.

É mais ou menos o que está acontecendo com a mídia-empresa e a elite ocidentais. Realmente desejam que Putin desapareça. Querem, porque querem que os poderosos oligarcas russos derrubem o presidente e apaguem da história a lembrança dele.


Nas Filipinas, "EUA perderam", por Pepe Escobar

25/10/2016, Pepe Escobar, Strategic Culture Foundation













"Ilustres senhores, nessa oportunidade anuncio minha separação dos EUA tanto militar como também econômica." 

Assim o presidente das Filipinas Rodrigo "O Justiceiro" Duterte desencadeou um terremoto geopolítico que tomou toda a Eurásia e reverbera por todo o Oceano Pacífico.

E nem se fala da perfeita escolha da oportunidade; ali, nada menos que no coração do Dragão Emergente [orig. Rising Dragon].

Coroando sua visita de Estado a Pequim, Duterte então cunhou o mantra – grávido de sugestões – que continuará a reverberar por todo o sul global: "Os EUA perderam".

E como se não bastasse, anunciou que uma nova aliança – Filipinas, China e Rússia – está emergindo: "somos três, contra o mundo".

Hoje, todos odeiam os (norte)americanos

24.10.2016 - Jean Perier, New Eastern Outlook



tradução de btpsilveira




Não dá para negar que nos últimos anos o crescimento de um sentimento anti (norte)americano está em constante crescimento através do planeta. Embora as corporações de mídia ocidentais estejam tentando colocar a culpa nos jornalistas russos, eles sozinhos dificilmente seriam capazes de alcançar tal efeito.

Atualmente uma listagem típica de acusações contra os Estados Unidos inclui as invasões do Afeganistão, Iraque e Líbia, não dispensando imputar aos (norte(americanos) o apoio a terroristas, bem como a exportação de armas para países que apoiam abertamente os terroristas.

Cheia de escândalos e declarações ilusórias, a campanha presidencial dos Estados Unidos demonstra claramente que algo de fundamentalmente errado está acontecendo hodiernamente com a “democracia no estilo (norte)Americano”.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

As Convicções e o Fascismo, por Mauro Santayana

13.10.2016, Mauro Santayana


Os países, como as pessoas, precisam tomar cuidado com as suas convicções.



Convicções arraigadas, quando não nascem da informação, da razão, do conhecimento, costumam ser fruto do ódio, do preconceito e da ignorância.

Não é por acaso que entre as características do fascismo, a mais marcante está em colocar, furiosamente, a convicção acima da razão.

Foi por ter a forte convicção de que os judeus, os comunistas, os ciganos, os homossexuais, eram espécimes de diferentes raças sub-humanas, que os nazistas fizeram coisas extremamente "razoáveis", como guardar centenas, milhares de pênis e cérebros arrancados dos corpos de prisoneiros em vidros de formol, esquartejar pessoas para fazer sabão, adubar repolhos com cinzas de crematório, ou recortar e curtir pedaços de pele humana para colecionar tatuagens e fazer móveis e abajours, em um processo que começou justamente nos tribunais, com a gestação da jurisprudência racista e assassina das Leis de Nuremberg.

De tanta mentira, distorção,  hipocrisia, servidas - ou melhor, impostas, cotidianamente  - à população, nos últimos quatro anos, o Brasil tem se transformado, paulatinamente, em um país em que a realidade está sendo substituída por fantásticos  paradigmas, que são absorvidos e disseminados como as mais sagradas verdades, e adquirem rapidamente a condição de inabalável convicção na cabeça e nos corações de quem os adota, a priori, emocionalmente, sem checar, minimamente, sua veracidade ou sustentação.

Senão, vejamos:

Muitíssimas pessoas, no Brasil de hoje,  têm convicção de que o PT quebrou o país.

Assim como têm convicção de que o Governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso foi um tremendo sucesso do ponto de vista  econômico, certo?

Errado.

EUA diante da pior crise de sua história. E como o exemplo de Putin bem poderia inspirar Trump

22/10/2016, The Saker, Unz Review (de Vineyard of the Saker)













Assistir ao último debate entre os candidatos à presidência dos EUA foi experiência deprimente. Achei que Trump saiu-se bastante bem, mas não é esse o ponto aqui. O ponto é o seguinte: não importa quem vença, uma crise aguda é inevitável.

Opção #1: Hillary vence. É Obama bombada de esteroides, só que pior. Lembram-se que o próprio Obama foi Dábliu, só que pior, Dábliu foi Clinton, só que pior. Agora o ciclo se fecha: de volta a Clinton. Exceto que dessa vez temos uma mulher profundamente insegura, que falhou em absolutamente tudo que tentou fazer, e que agora já arrasta longa lista de três décadas de desastres e fracassos. Até quando nem tinha autoridade para iniciar uma guerra, ela iniciou uma (disse a Bill que passasse fogo nos sérvios). Agora, tem a autoridade. E agora ela teve de ficar lá, em pé, diante de milhões de pessoas, e ouvir Trump dizer a ela que "Putin fez melhor que a senhora em todos os passos do caminho" (viram o rosto dela congelar, ao ouvir isso?). Trump tem toda a razão: Putin fez melhor que ela e que Obama, em todos os passos. O problema é que agora, além de ter presidente com complexo de inferioridade ante Putin (Obama), Trump terá presidente com o mesmo complexo de inferioridade E com uma mórbida determinação de impor uma zona aérea de exclusão sobre as forças russas na Síria. Vendo Hillary, o feio cabelo recém-cortado e calças masculinas ridículas, pensei comigo: "aí está uma mulher que faz e fará qualquer coisa para provar que é durona como qualquer macho" –, problema, claro, é que não é. O currículo dela também a mostra fraca, covarde e com senso de total impunidade. E agora essa lunática messiânica maléfica, com fundo complexo de inferioridade, será comandanta-em-chefa?! Deus nos ajude!

Grandes armas russas a caminho da guerra

21/10/2016, Petri Krohn, Editorial, Donbass International NewsDONI












Os dois maiores navios de guerra da Marinha Russa, o cruzador de combate movido a energia nuclear Pyotr Velikiy (099) e o porta-aviões Almirante Kuznetsov (063) cruzam nesse momento o Canal da Mancha (para os franceses; para os ingleses, "English Channel") navegando rumo ao Mediterrâneo oriental. A missão deles é estabelecer uma zona naval de exclusão de 1.500km ao largo da costa síria, e repelir decisivamente qualquer grupo naval de ataque dos EUA que se oponha a essa medida.

A OTAN diz que o 'Kuznetsov' está em missão para "bombardear rebeldes em Aleppo". É só parcialmente verdade, porque o porta-aviões está, sim, em missão de combate; não num cruzeiro de verão, ou em exercício de treinamento ou só arejando a bandeira. De fato, essa é a primeira vez que qualquer porta-aviões russo ou soviético é visto em formação para combate.

A "assim chamada" China comunista 1

17/10/2016, Jeff Brown, All China Review











Apesar de, para o império ocidental, não haver democracia na China, o comunismo está funcionando muito bem nessa sociedade. O artigo discute como os avanços socioeconômicos e geopolíticos da China desde 1949 podem ser atribuídos àquela versão única de democracia que os chineses construíram.

Em meados dos anos 1930s, a China estava sendo dilacerada entre quatro forças opostas entre elas. Uma, o Exército Vermelho comunista comandado por Mao Zedong. Outra, os fascistas japoneses e seu Exército Imperial. Uma terceira, os Nacionalistas do Kuomintang, abreviado "KMT" em inglês, comandados por Chiang Kai-Shek. O quarto grupo eram todos os colonialistas ocidentais – imperialistas, é claro, que se bajulavam uns os outros com o rótulo pretensioso de "Grandes Potências".

As coisas não estavam andando conforme planejado, para o império ocidental. Apoiavam, fizesse chuva fizesse sol, Chiang Kai-Shek (que adorava ser chamado de "Generalíssimo", mas que os funcionários dos EUA chamavam, zombeteiros, pelas costas, de "Peanut") para fazer dele o futuro líder da China pós-guerra. O plano do 'ocidente' era pôr Chiang como chefe fantoche da China pós-guerra, nos moldes do ditador de Cuba, Fulgencio Batista, sempre sob a falsa bandeira de algum tipo de "democracia ocidental". E o ocidente parecia mais desesperado, a cada dia. 

Wikileaks, Mike Morell, Rússia e eu

Lá ou cá, os verdadeiros corruptos NÃO ESTÃO NAS MANCHETES...


21/10/2016, Roger Stone, Breitbart













Como homem que vive envolvido na política há mais de 40 anos, posso testemunhar que sempre algumas penas arrepiam-se e, ouso dizer, sempre se acaba por fazer alguns inimigos ao longo da estrada. Mas... e daí? Se liberais bebês-mijões e dondocas agarradas às próprias pérolas não se incomodam por você existir, é que você não faz diferença alguma, para nenhum lado.

Política não é mamão com açúcar, como diz o outro, e não sou de fugir de controvérsia ou da briga. Já fui chamado de quase todos os palavrões do catálogo, e podem-se escrever mais catálogos só com os palavrões que inventaram para me atacar.

Mas um palavrão ninguém jamais usara para me atacar, até essa semana: traidor.