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sábado, 17 de junho de 2017

Sangue nas trilhas das Novas Rotas da Seda, por Pepe Escobar

14/6/2017, Pepe Escobar, Asia Times



"E antes que alguém pergunte, sim, o título é homenagem a Dylan.
Estamos todos enredados em... sangue,* não em nostalgia" (15/6/2017, Pepe Escobar, no 
Facebook).














O imperativo cardeal da política externa da China é não interferir em outros países, enquanto faz avançar as proverbiais boas relações com atores políticos chaves – ainda que estejam engalfinhados uns contra outros0

Seja como for é de embrulhar o estômago de Pequim ter de assistir ao atual imprevisível impasse entre sauditas e qataris. Não há solução à vista, e cenários possíveis plausíveis incluem até mudança de regime e alteração geopolítica de proporções sísmicas no Sudoeste da Ásia – que visão ocidente-cêntrica chama de Oriente Médio.

E sangue nas trilhas no Sudoeste da Ásia só significa problemas ainda maiores à frente para as Novas Rotas da Sede, agora sob nova denominação de Iniciativa Cinturão e Estrada, ICE [ing. Belt and Road Initiative, BRI].

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Tudo em jogo. França prepara-se para rasgar a partitura política, por Pepe Escobar

20/4/2017, Pepe EscobarAsia Times (escrito antes da eleição)










O Declínio do Ocidente, o destino da civilização ocidental, o desmonte da União Europeia, até o futuro da própria democracia. Todos os breques acionados, no que tenha a ver com como as eleições presidenciais francesas modelarão a geopolítica de um jovem e turbulento século 21.

E tudo a um passo de se resumir ao destino de três homens e uma mulher – nenhum exatamente talhado para a ocasião, muito mais sucumbindo, todos, sob o peso dela.

A corrida pelo primeiro turno no [próximo] domingo revelou-se uma versão galesa de House of Cards, entretenimento de primeira qualidade.

À direita, sucumbido sob o peso da mais massiva impopularidade, o conquistador da Líbia, ex-presidente Nicolas Sarkozy, codinome "Sarkô Primeiro, foi eliminado logo de saída com o conservador favorito, prefeito de Bordeaux, Alain Juppé.

domingo, 26 de março de 2017

Coreia do Norte:* As opções realmente sérias sobre a mesa, por Pepe Escobar

24/3/2017, Pepe Escobar, Asia Times



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Dos "Comentários" em Moon of Alabama
[de  karlof1 | Mar 23, 2017 5:01:57 PM | 16]
"O que está acontecendo na margem oriental da Eurásia e potenciais desenvolvimentos estão resenhados nesse artigo de Pepe Escobar, 24/3, para Asia Times. Alguns outros artigos do mesmo analista unem-se todos numa análise mais ampla:

(1) Pepe Escobar, 9/3/2017, "Oh, que WikiTrump mais traiçoeiro!", 
Asia Times [port].;

(2) Pepe Escobar: 16/3/2017, "Grande Muralha de Ferro contra Nova Rota da Seda?",
 
Asia Times [port.];

(3) Pepe Escobar, 17/3/2017, "Dores do parto de um novo Oriente Médio", 
SputnikNews [port.]; 






O Congresso Nacional do Povo em Pequim deixou claro que a China no século 21 dirigida por Xi Jinping repousa, como estado, sobre os "quatro [conceitos considerados amplamente, nesse sentido] núcleos compreensivos do líder", na expressão da lei.

Os "quatro compreensivos" são construir sociedade moderadamente próspera; aprofundar a reforma econômica; avançar a governança chinesa baseada na lei; e fortalecer a autogovernança do Partido Comunista.

Nenhuma aventura/desastre de política externa conseguirá interferir nos "quatro compreensivos", os quais, extrapolados, são também conectados aos sucesso imperativo do projeto Novas Rotas da Seda (Um Cinturão, Uma Estrada), ambiciosa 'expansão' da influência da China pela Eurásia.Mas é quando surge a supremamente imprevisível Coreia do Norte. E reaparece à superfície a conhecida pergunta de Lênin: "O que fazer?"

segunda-feira, 20 de março de 2017

Pepe Escobar: Grande Muralha de Ferro contra Nova Rota da Seda?

16/3/2017, Pepe Escobar, Asia Times










Quando o zum-zum em torno do encontro Trump-Xi converter-se numa Mar-a-Lago em campo mês que vem, os dois presidentes terão de concordar integralmente em pelo menos uma questão: "o terror islâmico radical" – na terminologia trumpeana.


Donald Trump aposta suas fichas num "banimento sem banir" que – em teoria – restringiria o influxo de islamistas potencialmente radicais para o território dos EUA; seu contraparte chinês, Xi Jinping, em encontro com políticos da província Xinjiang, acontecido durante a sessão anual do Congresso Nacional do Povo em Pequim, lançou uma "Grande Muralha de Ferro", para proteger o Extremo Oeste da China.

domingo, 12 de março de 2017

Pepe Escobar: Oh, que WikiTrump mais traiçoeiro!

9/3/2017, Pepe Escobar, Asia Times











Captura de tela do filme 1984 via YouTube


A divulgação do WikiLeaks Vault 7 monstro [lit. Cofre-forte 7 (monstro) de Wikileaks (NTs)] é serviço público da mais alta relevância. Difícil encontrar alguém que não se preocupe ante a evidência de que a CIA tem um programa secreto para hacking, que toma por alvo virtualmente todo o planeta – carregado com um malware capaz de invadir a encriptação de proteção de qualquer aparelho: do iOS para Android; e do Windows para as TVs Samsung.


Numa série de tweets, Edward Snowden confirmou o programa da CIA e disse que os nomes em código nos documentos são de gente real; que só poderiam ser do conhecimento de gente interna com a mais alta autorização da segurança [ing. um "cleared insider"], que o FBI e a CIA sempre souberam dos furos digitais, mas os mantiveram abertos para espionar; e que os vazamentos ofereceram "a primeira prova pública" de que o governo dos EUA pagou secretamente para preservar os furos de segurança do software dos EUA.

Como se isso já não fosse suficientemente grave, WikiLeaks diz que "a CIA perdeu o controle da maioria das armas que criou para seu arsenal para invadir-espionar"; várias centenas de milhões de linhas de código – mais do que tudo que é usado para administrar a rede Facebook.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Carta de Teerã: Trump ‘o bazaari’, por Pepe Escobar

1/3/2017, Pepe Escobar, Asia Times













A arte de negociar, depois de praticada por 2.500 anos, leva à morada da Sabedoria. Mal pus os pés em Teerã, apareceu um diplomata com a notícia: "Trump? Não nos preocupa. Trump é bazaari". É expressão da língua persa, que designa mercador, da classe dos mercadores e, mais literalmente, trabalhador que ganha a vida no bazaar. Aplicada a Trump, implica que Teerã tem certeza que, mais dia menos dia, se alcançará uma acomodação política.

A resposta do governo do Irã à administração Trump resume-se a uma variante de Sun Tzu: silêncio, especialmente depois da Queda de Flynn, que pusera o Irã "de sobreaviso", depois de o país ter realizado um teste com míssil balístico, e promovera a ideia de uma aliança anti-Irã que reunisse Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Jordânia. Teerã diz que o teste do míssil não infringe as provisões do acordo nuclear, bem como exercícios navais do Estreito de Ormuz ao Oceano Índico, que começaram no domingo, e foram planejados com muita antecedência.

Eu estava em Teerã, um de várias centenas de convidados estrangeiros, incluindo pequeno grupo de jornalistas, convidados do Majlis (Parlamento), para uma conferência anual sobre a questão Palestina. Não surpreendentemente, não havia representantes do círculo de Trump entre os parlamentares de mais de 50 nações que assistiram à impressionante cerimônia de abertura, num salão de conferências circular, lotado, onde se viam todos os mais altos agentes do centro do poder iraniano: o Supremo Líder Aiatolá Khamenei, o presidente Hassan Rouhani e o presidente do Parlamento, Ali Larijani.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Pepe Escobar: Trump saltará para uma Rota da Seda 'à americana'?












Se o novo presidente quer mesmo guerra comercial contra a China, já começa por se dar mal desde o primeiro dia. 

A histeria reina suprema no alvorecer da era Trump, com o presidente já reformatado ao longo de todo o espectro ideológico, seja como um Mao norte-americano ou até como um Hitler norte-americano.

Afastemo-nos para longe dessa "carnificina [midiática]", para examinarmos uns poucos fatos que dizem respeito ao G2 não oficial: as relações EUA-China.

Pode-se demonstrar sem dificuldade que Pequim já acertou diretos 1-2-3, ao bloquear a possibilidade de guerra comercial iniciada pelos EUA.

Começou com a visita hoje já famosa que Jack Ma fez à Trump Tower, quando desenvolveu a ideia dele, de ajudar pequenas empresas dos EUA a vender seus produtos na China e por toda a Ásia, servindo-se da rede de Alibaba, criando assim pelo menos "1 milhão de empregos" (contas de Ma) nos EUA.

Depois foi a aula magna do presidente Xi Jinping em Davos, onde se posicionou como um Ronald Xi Reagan e vendeu sua globalização "inclusiva" aos luminares do turbocapitalismo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Teatro de sombras: O Novo Grande Jogo na Eurásia, por Pepe Escobar


10/1/2017, Pepe Escobar, Asia Times Online














Então ali, no coração de Bali, ainda fascinado depois de uma conversa séria com um dukun — mestre espiritual —, a ideia surgiu-me: aqui deve ser a nova Ialta, perfeito cenário para uma reunião Trump-Xi-Putin que fixe os parâmetros adiante para o sempre mutável Novo Grande Jogo na Eurásia.

Na cultura balinesa, sekala é o que nossos sentidos podem discernir. Niskala é o que não pode ser sentido diretamente, só pode ser "sugerido". Mas não se demarcam diferenças entre o secular e o sobrenatural. Mudanças geopolíticas massivas à frente não poderiam estar mais envoltas em niskala.

Prisioneiro da vertiginosa velocidade do aqui e agora, o Ocidente ainda tem muito a aprender de uma cultura altamente evoluída que prosperou há 5 mil anos ao longo das margens do rio Sindhu — agora, Indus — em terras que atualmente são o Paquistão, e migrou do império Majapahit em Java para Bali, no século 14, sob pressão do Islã rampante.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

China, Egito e novo alinhamento no Oriente Médio

15/12/2016, Christina Lin, Asia Times Online












Com a mídia comercial dedicada só a Síria, praticamente não houve noticiário sobre o afastamento Arábia Saudita/Egito, sob a sempre crescente influência da China como ator hoje já crucial no Oriente Médio.