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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Goering Ficaria Orgulhoso, por Mauro Santayana

Continuam Os Violentos Ataques Da 'Empiricus' A Lula Nos Meios "Empresariais"



5/8/2017, Mauro Santayana (blog)






Um dos fenômenos mais impactantes do processo histórico vivido pelo país neste momento é a extensão, profundidade e complexidade alcançadas pelo amplo esquema de contrainformação fascista montado nos últimos anos.


Voltado para atingir não apenas o público geral, mas também segmentos específicos da opinião pública, como a juventude, as igrejas (católicas e evangélicas) os ruralistas e os empresários urbanos, ele tem operado, desde 2013, praticamente sem contestação.

Na ausência de planejamento tático, estratégia, determinação ou articulação, a esquerda, que poderia servir de alternativa a esse discurso, reage, junto com o campo nacionalista e democrático, de uma forma tão lamentável e errática, que as derrotas vão se sucedendo, umas sobre as outras, com grande rapidez e facilidade, como ocorreu com o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016.

Não há no Brasil uma frente pela democracia. 

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Golpe: trama para instabilizar Rousseff, Lula e o Brasil

25/3/2016, Shobhan Saxena,* The WiredÍndia












Partidos neoliberais, a mídia-empresa, um Judiciário reacionário, lobbyists da indústria do petróleo, a elite branca e grupos de direita, com generosa ajuda do exterior, reuniram-se em gangue para fazer desandar o governo do Brasil. E tudo isso para faz crer que se tratasse de levante popular contra regime corrupto.

São Paulo: em novembro de 2009, The Economist pôs o Brasil na capa da edição do mês. Brasil Takes Off [Brasil decola], lia-se lá, sobre uma foto da estátua icônica do Cristo Redentor pairando sobre águas azuis como um foguete interestelar. Prevendo que "o Brasil tem tudo para se tornar a quinta maior economia do mundo, superando Grã-Bretanha e França", a revista dizia que a maior economia da América do Sul, deveria "ganhar mais velocidade nos próximos anos, quando as reservas de petróleo de águas profundas chegassem ao mercado, e com os países da Ásia ainda carentes dos alimentos e dos minerais nobres da farta e pródiga terra do Brasil."

Em 2009, quando o mundo enfrentava ainda uma crise financeira catastrófica, The Economist via o Brasil como a maior esperança do capitalismo global.

Naquele momento, a revista britânica não era a única apaixonada pelo Brasil. Sob a liderança do presidente Lula da Silva, o país testemunhava prosperidade e mudança social sem precedentes. A própria ascensão pessoal de Lula, de engraxate de rua e mecânico de motores a presidente do maior país da América Latina, era matéria de que se fazem os mitos históricos. Lula foi objeto de vários livros, sempre sucessos de venda. Na cúpula do G-20 em Londres, em abril de 2009, o presidente Barack Obama dos EUA disse dele que era "o político mais popular do planeta". E com os dois maiores espetáculos esportivos do planeta – a Copa do Mundo da FIFA (2014) e os Jogos Olímpicos (2016) – marcados para acontecer no país, o Brasil, perenemente estigmatizado como "o país do futuro", finalmente parecia ter chegado ao centro do palco global.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Moro encalacrado: ou transforma Lula em Deus ou incendeia o país, por Jeferson Miola

03.07.2017, Jeferson Miola - Facebook






Diante do processo judicial aberto a partir do infame power point do procurador [e vendedor de palestras e sermões] Deltan Dallagnol, a defesa do Lula fez um exercício sui generis da labuta advocatícia: além de provar a inocência, provou também a ausência de culpa do ex-presidente.

Quase uma centena de testemunhas do processo desconheceu qualquer relação do Lula com o apartamento triplex. A única exceção ficou por conta do empreiteiro dono da OAS Léo Pinheiro, presidiário que, atendendo exigência da Operação, forjou acusações contra Lula – a jóia da coroa da força-tarefa da Lava Jato – na expectativa de trocar vilania por redução da longa pena de prisão que terá de cumprir pelos crimes de corrupção que cometeu.

A defesa do Lula fez as diligências que Deltan Dallagnoll e seus colegas, cegos e possuídos pela caçada obsessiva ao Lula, não se deram ao trabalho de fazer. Os advogados demonstraram não só que o ex-presidente nunca teve nenhum vínculo formal ou informal com o imóvel como, ainda, que a Caixa Econômica Federal é a verdadeira detentora de direitos sobre o apartamento em questão.

Este processo contra o Lula é uma fraude jurídica de péssima qualidade, que foi montado com o exclusivo objetivo de condená-lo, para implodir sua candidatura presidencial.

Se condenar Lula sem provas e sem fundamentos legais, apenas baseado nas ridículas alegações e na obsessão condenatória do “palestrante” Dallagnoll, Moro pagará um altíssimo preço.

Decorridos mais de três anos de perseguição implacável a Lula, a força-tarefa da Lava Jato não conseguiu encontrar absolutamente nenhuma prova para sua condenação, pelo simples motivo de que não existe prova; porque não existe ilegalidade na conduta do ex-presidente. 

Inicialmente, eles optaram pela tese do “domínio do fato”, a mesma teoria que Moro, na época em que atuou como juiz auxiliar da juíza do STF Rosa Weber no julgamento do chamado “mensalão”, fabricou para condenar sem provas o ex-ministro José Dirceu. O emprego inadequado desta teoria no caso foi vigorosamente combatido e invalidado pelo seu autor, o jurista alemão Claus Roxin.

Apelaram, então, para a exótica tese que o “palestrante” Dallagnol aprendeu nos EUA, a “teoria da abdução das provas”, ensinada pelo seu orientador em Harvard, Scott Brewer, que sublima as chamadas “provas indiciárias”, que tem muito de indícios e convicções, porém zero de provas.

Na falta de causa concreta para condenar Lula, só resta a Moro apelar à metafísica. Caso contrário, o plano original da Lava Jato será falho e todo o trabalho de destruição do país enquanto Nação e de entrega da soberania do Brasil terá sido em vão. 

Sérgio Moro é apenas um juiz que busca uma justificativa formal para condenar Lula. Na falta de qualquer base material ou jurídica concreta, Moro terá de apelar para a “teoria do criacionismo” para acusar Lula de ter sido o criador de um país moderno; de um país de igualdade, de democracia, de igualdade, de pluralidade, de oportunidades para todos, de direitos; um país, enfim, altivo, desenvolvido, avançado; mundialmente reconhecido e reverenciado. 

Moro está encalacrado: ou condena Lula, convertendo-o numa espécie de Deus criador do Brasil moderno, ou incendeia o país. 

Lula é o fator essencial de desestabilização dos planos da burguesia para a continuidade do golpe. Lula é o grande dilema que a classe dominante enfrenta. Ele compromete a continuidade do golpe no próximo período e as escolhas que a elite fará.

O arranjo da classe dominante por cima, para manter esta indecência desta cleptocracia – governo de ladrões, em grego – liderada por Temer e sua quadrilha, encontra em Lula uma série ameaça.

Não estava nos cálculos da classe dominante tamanha dificuldade para o aniquilamento do Lula na Lava Jato. O impasse enfrentado pelo juiz Sérgio Moro é o impasse que enfrenta o pacto golpista de dominação burguesa contra a maioria do povo brasileiro.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Anatomia do golpe: as pegadas americanas, por Tereza Cruvinel

03.07.2017, Tereza Cruvinel - Conversa Afiada







O golpe em curso no Brasil é sofisticada operação político-financeira-jurídico-midiática, tipo guerra híbrida. E será muito difícil deslindá-la", diz o jornalista Pepe Escobar. E mais difícil fica na medida em que surgem contradições entre seus próprios artífices. A enxurrada de conversas que Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e um dos operadores do Petrolão, teve e gravou com cardeais do PMDB, induz à ilusória percepção de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi apenas um golpe tupuniquim, armado pela elite política carcomida para deter a Lava Jato e lograr a impunidade. O procedimento “legal” que garantiu a troca de Dilma por Temer, para que ela faça o que está fazendo, foi peça de operação maior e mais poderosa desencadeada ainda em 2013 para atender a interesses internos e internacionais. E nela ficaram pegadas da ação norte-americana.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Lei do Retorno: Capital, razão e o Brasil de hoje, por Fernando Horta

05/06/2017, Fernando Horta - Jornal GGN








Todos conhecemos a chamada “Lei do Retorno”. Aquele que diz que tudo o que você faz para o universo você recebe de volta. Para os místicos é um princípio universal imutável. A Física tem algumas interessantes teorias sobre conservação de energia, sobre o par ação-reação e mesmo nas teorias do caos, entropia e etc. No fundo parece que o ditado “místico”-religioso encontra algum fulcro na ciência moderna que respalda sua validade.

Pois é exatamente este princípio que explica a postura da mídia oligárquica brasileira em sua guinada para derrubar Temer. No último mês, muitos têm estranhado a postura da mídia (em especial da Globo) que “esqueceu-se” de Lula e ataca Aécio e Temer. A razão é bastante simples, conhecida desde o século XIX, aliás.

O capital é pragmático, busca os maiores ganhos possíveis com o menor risco. Assim as teorias estruturais explicavam o capitalismo. A que melhor explica, até hoje faz um sucesso grande no mundo: o materialismo histórico, que alguns, com certa dose de erro, chamam de “marxismo”. Segundo esta teoria, a ação dos detentores do capital poderia ser igualada a uma regra fundante do capitalismo: obter sempre e cada vez mais lucro. Na prática, o século XX costuma ser explicado desta forma. Guerras, fome, violência, propaganda, política, informação e tudo o que você vier a pensar é visto como um meio para que o capital possa receber cada vez mais pelos seus “investimentos”.

No Brasil não é diferente. Trata-se sempre de ganhar mais. A qualquer custo.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

João Pedro Stedile convoca o povo para NÃO sair das ruas


Belo Horizonte, Entrevista, 18 de Maio de 2017 às 14:51, Brasil de Fato


Ver também
"Donos do golpe iniciam a demissão de Michel Temer",
Rui Costa Pimenta, 
GGN, 18/5/2017 









João Pedro Stedile, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Frente Brasil Popular, analisa em entrevista o cenário político brasileiro, o papel da Globo, as divisões no campo golpista e fala sobre a necessidade de construção de um governo de transição e da construção de um projeto popular para o Brasil.

Brasil de Fato - Qual o interesse da Globo em divulgar esses áudios e por que eles insistem em eleições indiretas?

João Pedro Stedile - A Rede Globo se transformou no principal partido da burguesia brasileira. Ela cuida dos interesses do capital, utilizando sua força de manipulação da opinião pública e articulando os setores ideológicos da burguesia, que inclui o poder judiciário, alguns procuradores, a imprensa em geral, etc. Eles sabem que o Brasil (e o mundo) vive uma grave crise econômica, social e ambiental, causada pelo modus operandi do capitalismo. E isso aqui no Brasil se transformou numa crise política, porque a burguesia precisava ter hegemonia no Congresso e no governo federal para poder aplicar um plano de jogar todo peso da saída da crise sobre a classe trabalhadora. Portanto, a Globo é a mentora e gestora do golpe.

Porém, a saída Temer, depois do impeachment da Dilma, foi um tiro no pé, já que a sua turma - como revelou o próprio Eduardo Cunha - era um bando de lúmpens, oportunistas e corruptos, que não estavam preocupados com um projeto burguês de país, mas apenas com seus bolsos.

A Operação Carne Fraca foi um tiro no pé, que ajudou a desacreditar essa turma do PMDB, pois vários deles estavam envolvidos e provocaram um setor da burguesia agroexportadora. Agora, eles precisam construir uma alternativa ao Temer. A forma como ele vai sair se decidirá nas próximas horas e dias, se por renúncia, se cassam no TSE ou mesmo aceleram o pedido de impeachment no Congresso. E nas próximas semanas se decidirá quem colocar no lugar.

Muitos fatores incidirão e o resultado não será algum plano maquiavélico de algum setor, mesmo da Globo, mas será resultado da luta de classes real, de como as classes se comportarão nas próximas horas, dias e semanas.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

A Justiça assume o poder, sem voto nem povo, por Rodrigo Vianna

12.04.2017, Rodrigo Vianna - Revista Fórum



O sistema político implodiu. A República de 1988 chegou ao fim, mesmo que ainda tenha forças para se arrastar moribunda pelo chão.






O Poder Judiciário e o Ministério Público, numa aliança prolongada com a Globo e a mídia comercial, assumem o poder. Reparem: são 3 poderes que não se submetem à chancela do voto. MPF, STF e Globo. E se retroalimentam, absorvendo a legitimidade que tiraram do sistema político.

A cobertura da Globo sobre a lista de Facchin/Janot segue a lógica esperada: 10 minutos de bombardeio intenso contra Lula, e uma cobertura muito mais diluída quando os alvos são tucanos. Mas a novidade é essa: rompeu-se a blindagem tucana.

O PSDB deveria anotar essa data: 12 de abril de 2017. Desde hoje, o partido perdeu a utilidade como contraponto ao PT. Serra, Aécio, Alckmin e FHC (ah, o aluno de Florestan Fernandes não conhece a História brasileira?) cumpriram o destino de Lacerda: usaram o moralismo e a histeria das classes médias para tramar o golpe contra Dilma. E no fim acabaram tragados pela onda que ajudaram a fomentar.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Reforma trabalhista, modernização catastrófica e a miséria da República brasileira, por Giovanni Alves

27.03.2017 - Giovanni Alves, Blog da Boitempo






A partir do golpe civil-militar de abril de 1964, o Brasil aprofundou sua integração subalterna à ordem capitalista mundial. O preço da integração dependente à lógica do movimento de acumulação do capital mundial foi a desintegração das condições materiais para a realização das promessas civilizatórias do salariato capaz de combater a profunda desigualdade social que historicamente caracterizou o capitalismo brasileiro. Pelo contrário, o novo regime autocrático-burguês reforçou as características oligárquico-conservadoras do capitalismo brasileiro, ao mesmo tempo que propiciou uma “modernização” identificada como sendo a integração subalterna ao núcleo orgânico do capitalismo mundial liderado pelos Estados Unidos da América e a conservação da estrutura de desigualdade social e concentração de renda. O golpe civil-militar de 1964 foi a travessia do Rubicão da história brasileira, promovendo uma inflexão histórica que demarcaria a civilização (e a barbárie) brasileira das próximas décadas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Eugênio Aragão: Caiu o véu da mentira. Não há mais como negar: o golpe foi comprado.

27.02.2017, Eugênio Aragão, Brasil 247



É assim que se despedaça e trucida a democracia: dando o poder a quem perdeu as eleições, garantindo aos derrotados uma fatia gigantesca do governo usurpado e até a nomeação de um dos seus para o STF, para assegurar vida mansa a quem tem dívidas com a justiça. A piscadela de Alexandre de Moraes a Edison Lobão, na CCJ, diz tudo.

Assistiremos a tudo isso sem nenhum sentimento de pudor?




Temer e a pouca vergonha de nossos tempos

Por Eugênio Aragão

As frações de informação tornadas públicas na entrevista do advogado José Yunes, insistentemente apresentado pelos esbulhadores do Palácio do Planalto como desconhecido de Michel Temer, embrulham o estômago, causam ânsia de vômito em qualquer pessoa normal, medianamente decente.

Conclui-se que Temer e sua cambada prepararam a traição à Presidenta Dilma Vana Rousseff bem antes das eleições de 2014. A aliança entre o hoje sedizente presidente e o correntista suíço Eduardo Cunha existia já em maio daquele ano, quando o primeiro recebeu no Palácio do Jaburu, na companhia cúmplice de Eliseu Padilha, o Sr. Marcelo Odebrecht, para solicitar-lhe a módica quantia de 10 milhões de reais. Não para financiar as eleições presidenciais, mas, ao menos em parte, para garantir o voto de 140 parlamentares, que dariam a Eduardo Cunha a presidência da Câmara dos Deputados, passo imprescindível na rota da conspiração para derrubar Dilma.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Má notícia para os BRICS: Feroz arrocho neoconservador no Brasil

15/12/2016, Andrew KorybkoKatehon, Moscou










Michel Temer e sua gangue de usurpadores tentam meter goela abaixo do Parlamento uma lei sem precedentes do mundo, depois de um bem-sucedido 'golpe parlamentar' contra Dilma Rousseff. Essas medidas reacionárias visam a congelar por 20 anos o gasto federal, que só poderá aumentar o equivalente à inflação do ano anterior. Apoiadores da 'ideia' dizem que seria medida necessária, que deveria já estar implantada, para sanar o déficit do Brasil em conta corrente. Os opositores repetem que a nova norma paralisará o desenvolvimento social e engessará a economia. É a questão mais controversa hoje no Brasil, e o Partido dos Trabalhadores, principal partido da oposição, exige que se faça um referendum pelo qual o povo decida. A coalizão hoje no governo quer evitar a todo custo a democracia direta e quer que todas as decisões sejam levadas ao Parlamento, onde certamente tudo q o governo usurpador golpista encaminhe será aprovado com mínimas correções.