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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Primeiros tiros numa guerra civil saudita

7/11/2017, Alexander Mercouris, The Duran


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O expurgo em andamento na Arábia Saudita pela primeira vez levanta uma questão jamais levantada desde o golpe de 1964, no qual o príncipe Faisal bin Abdul-Aziz derrubou o irmão, rei Saud, e tornou-se ele mesmo rei da Arábia Saudita no lugar de Saud: o quão estável é o Reino Saudita?


A resposta curta é que ninguém sabe. Mas a situação hoje parece muito mais séria do que era em 1964.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Europa resiste às novas sanções dos EUA contra a Rússia, por Alexander Mercouris

24/7/2017, Alexander Mercouris, The Duran




Nota da União Europeia (UE) registrada pelo Financial Times fala de ação retaliatória contra os EUA se os EUA usarem as sanções para obstruir acordos de energia UE-Rússia, e apresenta planos para proteger as empresas europeias envolvidas naqueles acordos.

















Na discussão mais extensa do novo pacote de sanções contra a Rússia, que a Câmara de Representantes dos EUA deve aprovar amanhã, comentei que a UE se enfureceria ao receber o pacote de sanções dos EUA como fato consumado, sem qualquer consulta prévia, pacote que a UE sem dúvida veria o movimento como, no mínimo, a tentativa, por alguns grupos nos EUA, para forçar a UE a comprar o caro gás natural liquefeito dos EUA, em vez de comprar o gás barato do gasoduto russo.

Lá eu também disse que, dado que quase com certeza absoluta já é tarde demais para impedir que o novo pacote de sanções seja convertido em lei, a UE provavelmente responderia com ameaça de retaliação, no caso de os EUA tentarem multar empresas europeias que participem dos projetos de gasodutos russos, e tentaria negociar com o governo Trump algum acordo para proteger empresas europeias que participem desses projetos de serem multadas pelos EUA.

Segundo artigo publicado no Financial Times essa é a abordagem, exatamente, que a UE está adotando:

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Grandes avanços do Exército Árabe Sírio transformam a guerra na Síria

21/6/2017, Alexander Mercouris, The Duran











Um furacão de avanços do Exército Árabe Sírio desorientou completamente o ISIS e posicionou os sírios para recuperarem toda a Síria central e de leste, do Mediterrâneo até a fronteira do Iraque.

Embora a mídia-empresa ocidental nada noticie, as últimas semanas marcaram total transformação na guerra na Síria.

Até a libertação do leste de Aleppo em dezembro, a guerra síria estava sendo combatida principalmente no oeste da Síria, numa estreita faixa do litoral sírio mediterrâneo, guerra de atrito entre o Exército Sírio e vários turcos apoiados por grupos Jihadistas, todos, de fato, comandados pela Al-Qaeda.

A pressão intensa dessa guerra obrigou o Exército Sírio a deixar quase todas as regiões do leste da Síria, para proteger os principais centros populacionais do país e de poder ao longo da costa. O vácuo resultante no leste da Síria foi preenchido inicialmente por grupos Jihadistas, mas depois pelo ISIS, cujos terroristas ganharam em 2015 o importante controle dessa área, exceto a cidade isolada de Deir Ezzor.

A derrota da Al-Qaeda em dezembro em Aleppo, e o fracasso de sua ofensiva da província de Idlib para a província de Hama em abril, deixaram o governo sírio no controle de todas as grandes cidades sírias – Damascos, Aleppo, Hama e Homs –, com a província de Latakia e respectiva capital já então firmemente sob controle das forças oficiais. Embora ainda haja presença de Al-Qaeda em algumas áreas do país próximas de Damasco, e permaneça no controle da província de Idlib, são áreas para as quais Rússia e Turquia já construíram acordos em dezembro, suplementados por outros acordos firmados por Rússia, Irã e Turquia em maio, que implantaram as chamadas "áreas de desconflitação" nesses territórios.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Raid em Raqqa: Inteligência russa pode ter fontes dentro do ISIS

17/6/2017, Alexander Mercouris, The Duran














Presidente Putin da Rússia recebeu relatório do ministro da Defesa Shoigu ontem, durante reunião do Conselho de Segurança da Rússia, sobre informações segundo as quais um ataque aéreo russo pode ter matado o líder Abu Bakr Al-Baghdadi, do ISIS.


O relatório da reunião no website do Kremlin é extremamente cuidadoso e não repete aquelas informações nem menciona o nome de Al-Baghdadi.

O ministro da Defesa Sergei Shoigu atualizou os participantes da reunião sobre o ataque das Forças Aeroespaciais Russas próximo de Raqqa na Síria, no qual foram mortos muitos terroristas, entre os quais, possivelmente líderes do ISIS.

Os russos também distribuíram fotos dos prédios em Raqqa onde aconteceu a reunião de líderes do ISIS da qual se supõe que Al-Baghdadi tenha participado. Na imagem, veem-se fotos dos prédios, antes e depois do ataque aéreo.

domingo, 16 de abril de 2017

China e Coreia do Norte: Cálculo errado de Trump pode desencadear a guerra. Veja porquê

15.04.2017, Alexander Mercouris, The Duran



O presidente pensa que pode blefar com os chineses e que um ataque contra a Coreia do Norte terá consequências limitadas. Está errado nas duas conclusões.



Tradução btpsilveira





Enquanto a marinha dos Estados Unidos se aproxima da península coreana, a Coreia do Norte (CN) ameaça contra-atacar as bases dos EUA e contra a Coreia do Sul (CS) e a China alerta para a possibilidade de guerra, a pergunta ainda sem resposta é: existe realmente uma estratégia por trás desses movimentos?

Dificilmente pode ser encarado como uma novidade ver um porta-aviões dos Estados Unidos nas proximidades da Península Coreana, e quando os EUA ameaçam tomar medidas unilaterais contra a CN estão apenas repetindo ameaças já feitas antes por várias vezes. É de conhecimento geral que as administrações de Clinton, George W. Bush e Obama consideraram seriamente bombardeios preventivos contra a CN, sendo certo que a administração Clinton chegou bem perto de realizar a façanha. Todas as três administrações, porém, desistiram da medida ao avaliar que a consequência poderia ser uma guerra que devastaria a Península Coreana.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Irã versus EUA: Irã vence

18/1/2016, Alexander Mercouris, Rússia Insider e The Vineyard of the Saker

ATUALIZAÇÃO (19/1/2016, Moon of Alabama):

Ainda antes de os prisioneiros dos EUA serem libertados pelo Irã como parte do acordo nuclear, Hillary Clinton irresponsavelmente se pôs a clamar por novas sanções contra o Irã. 
Não chega a surpreender, porque todos sabem que o dinheiro que ela queima em sua campanha de egomaníaca para ser presidenta vem diretamente de israelenses de extrema direita, da claque "Israel Acima de Tudo" como Haim Saban. (...) A fala da Clinton certamente acrescentou cheque de sete dígitos ao fundo de campanha dela. 
Que Clinton é corrupta até a última fibra não é novidade. Mas não havia razão alguma para o governo Obama fazer o que está fazendo. 
É escandalosa manifestação de arrogância; é escarnecer da decência.
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Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


O fim das sanções é vitória inequívoca do Irã, selando sua posição nuclear e deixando intacta a capacidade nuclear do país.

Aquelas sanções não poderiam sequer ter sido algum dia impostas, para começar.


Como escrevi em abril do ano passado, em artigo para Sputnik, tudo indica que o Irã, sim, teve um dia um programa para armas nucleares. Mas o programa não foi concebido como ameaça aos EUA ou a Israel nem, desnecessário dizer, à União Europeia.



O governo iraniano sabe perfeitamente que programa de armas nucleares previstas contra aqueles países é muito mais provocação direta para um ataque ao Irã, do que meio para prevenir ataques, e que o Irã não sobreviveria a tal ataque.



De fato, o programa nuclear do Irã foi concebido para deter ataque do principal rival regional do Irã – o Iraque de Saddam Hussein –, que se sabe que teve programa de armas nucleares na década que antecedeu à Guerra do Golfo de 1991.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Presidente Vladimir Putin: Discurso [crucialmente importante] à Assembleia da Federação Russa


Você não leu sobre isso na mídia-empresa ocidental. Mas, sim, o presidente Vladimir Putin da Rússia demarcou nova rota econômica para seu país, com ênfase na tecnologia e na agricultura. 


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Dia 3/12/2015, o presidente Putin fez seu Discurso Anual sobre o Estado da Federação Russa, em sessão conjunta das duas casas do Parlamento russo.


E, como agora já virou rotina com tudo que Putin diz, a mídia-empresa ocidental não noticiou. Mais ainda nesse caso, porque o discurso foi focado em questões domésticas. Embora qualquer cócega na opinião pública norte-americana sobre qualquer tema vire imediatamente 'notícia' global, o que a Rússia pensa dela mesma nesse momento crucial é como se não tivesse qualquer importância 'jornalística'.


Esse é erro grave da mídia-empresa ocidental. Como logo todos verão claramente, o Discurso de Putin sobre o Estado da Federação Russa ao final de 2015 delineia rota clara e ambiciosa para o futuro da Rússia. Se seus objetivos forem alcançados não há dúvida de que o movimento terá vasto impacto sobre a situação internacional.


Sobre política externa, Putin focou exclusivamente a campanha na Síria.


Houve comentários sobre a total ausência no discurso de qualquer referência à Ucrânia. Alguns parecem ver essa ausência como sinal de que a Rússia já não teria qualquer interesse na Ucrânia.


Nada mais errado. Dado que o discurso não era sobre política exterior, não havia por que falar do conflito ucraniano. A única questão de política externa de que o discurso tratou foi o conflito sírio, porque, depois do deslocamento de força militar russa para a Síria, o conflito é agora questão doméstica russa.

sábado, 7 de novembro de 2015

Como a Rússia está salvando a Síria

07/11/2015, Alexander Mercouris, Rússia Insider

A condução da campanha militar mostra que foi cuidadosamente dosada para levar ao objetivo político da Rússia, de um estado sírio unido e secular.



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




A campanha militar russa na Síria já está em andamento há várias semanas. É boa oportunidade para um exame geral. Não houve qualquer acréscimo às forças que a Rússia deslocou para a Síria desde o início da campanha. Não houve mais ataques com mísseis cruzadores, do Mar Cáspio, contra posições de terroristas na Síria.

Os russos declararam publicamente que não têm planos para aumentar suas forças. Disseram que não haverá operações em solo. Não há planos para ataques com o bombardeiro TU22 de longo alcance, que viria da Rússia. Os russos dizem que a força atual é adequada para alcançar seus objetivos.


Com isso, têm-se uma chave importante de quais sejam esses objetivos.


Os russos também têm dito que não tiveram qualquer discussão com os iraquianos sobre estacionar força aérea russa no Iraque ou sobre atacar o Estado Islâmico naquele país. Assim se vê que os objetivos que os russos definiram para eles mesmos só têm a ver com a Síria.


Os russos forneceram relatos detalhados dos alvos que estavam sendo atingidos. Não há motivo que leve a desconfiar da veracidade daqueles relatos.


Os relatos mostram que o alvo primário dos russos é a infraestrutura que os terroristas construíram para dar apoio ao seu esforço de guerra: centros de comando, depósitos de armas, centros de treinamento e instalações de comunicações, além de oleodutos, oficinas e fábricas.


Os russos, quando a oportunidade surgiu, destruíram comboios de veículos dos terroristas (relato confiável informa sobre a destruição, por esse método, de um comboio de 16 veículos pertencentes ao Estado Islâmico); e relatam regularmente a destruição de grandes itens de equipamento militar pertencentes aos terroristas, como tanques e peças de artilharia. Mas esses alvos parecem ser secundários.


Há também alguns relatos de a Força Aérea Russa dando apoio direto a tropas sírias engajadas em operações ofensivas, embora no momento a extensão desse apoio pareça ser limitada.


Que conclusões podem ser extraídas disso tudo?