Os apertos de mãos pode-se dizer 'de indiferença' que trocaram os presidentes Barack Obama dos EUA e Vladimir Putin da Rússia, um antes e outro depois de terem conversado "por cerca de quatro minutos", em pé, nos corredores da cúpula de Cooperação Econômica do Pacífico Asiático (CEPA) [ing. Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC)] em Lima, Peru, capturou à perfeição o ocaso melancólico da era Obama.
Qualquer flashback mesmo que superficial das sempre precárias relações entre Obama e as duas "ameaças existenciais" Rússia e China incluiria de tudo, desde Maidan patrocinado por Washington em Kiev, até o "Assad tem de sair" de Obama na Síria, com menção especial à guerra pelo preço do petróleo, sanções, o ataque contra o rublo, a demonização extremada de Putin e de tudo que tenha a ver com a Rússia, provocações no Mar do Sul da China – até a reviravolta final: a morte do tão almejado Tratado da Parceria Trans-Pacífico (PTP) [ing. Trans-Pacific Partnership (TPP)], morte que foi reconfirmada na CEPA em Lima, imediatamente depois da eleição de Donald Trump.