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quarta-feira, 7 de março de 2018

Marco histórico: Rússia derruba resolução dos EUA sobre guerra ao Iêmen, por MK Bhadrakumar

5/3/2018, MK Bhadrakumar, Asia Times

Rússia indicou claramente que EUA e seus aliados ocidentais já não podem dominar todo o sistema internacional. E que a Rússia passa a se opor ativamente, por questão de princípios, à hegemonia dos EUA

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu:

Nikki Halley, a harpia sionista, embaixadora dos EUA à ONU, perguntou ao assessor:
"Que diabos significa "princípios"?! [pano rápido] (Dos "Comentários", 
Marko, in Russia Insider)



O veto dos russos no Conselho de Segurança da ONU nessa 2ª-feira, para bloquear o avanço de uma resolução apoiada pelos EUA que visava a condenar o Irã por supostas violações das sanções internacionais (com os EUA tentando, por essa via, agravar o conflito no Iêmen) foi marco histórico.

É a primeira vez que a Rússia derruba movimento liderado pelos EUA no Conselho de Segurança relacionado a conflito regional no qual os russos não estivessem diretamente envolvidos. Moscou não bloqueou os movimentos ocidentais contra o Iraque em 2003 ou contra a Líbia em 2011, apesar de, nos dois casos, haver interesses russos envolvidos. Moscou tampouco impediu que o governo do Kosovo fosse admitido à ONU como estado soberano, controlado pelo ocidente, em 2008, e engoliu a pílula, por mais amarga que tenha sido em todos os sentidos.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

'Sanções econômicas' são crimes de guerra

22/1/2018, Patrick Cockburn, Counterpunch


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Os primeiros patéticos pedaços de barcos pesqueiros norte-coreanos naufragados conhecidos como "navios fantasmas" que já apareceram esse ano foram dar às costas do norte do Japão. São os restos destroçados de frágeis barcos de madeira com motores pouco confiáveis, nos quais pescadores da República Popular Democrática da Coreia do Norte, RPDC ('Coreia do Norte') têm de avançar para mar alto em pleno inverno, numa busca desesperada de peixe para comer.


Frequentemente só restam fundos destroçados de barcos lançados à praia. Mas em alguns casos os japoneses encontram corpos de marinheiros mortos de fome e sede à deriva pelo Mar do Japão. Ocasionalmente, encontra-se algum pescador sobrevivente o suficiente para contar que o motor falhou, ou o combustível acabou, ou foram vítimas de qualquer outra fatalidade.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Embaixador da Síria na ONU Bachar al-Jaafari: "O direito dos sírios não é negociável"

"e não será objeto de renúncia"


27/7/2017, Dr. Bachar al-JaafariMondialisation.ca(vídeo, em ár. e legendas em ing., Alikhbaria.Sy); transcrição e trad.ao fr. Mouna Alno-Nakhal)

Texto integral da intervenção do Embaixador da Síria Dr. Bachar al-Jaafari, no Conselho de Segurança da ONU, dia 25/7/2017













Senhoras e Senhores,

A delegação de meu país reafirma a posição de princípio inalterada da República Árabe Síria quanto ao apoio ao direito do povo palestino a autodeterminação e ao estabelecimento de um Estado independente em toda a extensão de seu território nacional, com Jerusalém como capital; e a garantia do direito de os refugiados voltarem ao lar, nos termos da Resolução 194/1948.

É direito não submetido a negociação ou a renúncia, e é direito imprescritível, apesar da colonização ou da barbárie dirigida contra o povo palestino sem defesas.

domingo, 9 de julho de 2017

Manlio Dinucci: Luzes e sombras do Tratado da ONU sobre as armas nucleares

08.07.2017, Manlio Dinucci, Il ManifestoComunidad Saker Latinoamérica



Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos







O Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, adotada maioritariamente pelas Nações Unidas, em 7 de Julho, constitui um marco na tomada de consciência de que uma guerra nuclear teria consequências catastróficas para toda a Humanidade.
Com base em tal consciência, os 122 estados que votaram comprometem-se a não fabricar ou possuir armas nucleares, a não usá-las ou ameaçar usá-las, a não transferi-las, nem recebê-las, direta ou indiretamente. Este é o ponto fundamental do Tratado, que visa criar “um instrumento juridicamente vinculativo para a proibição de armas nucleares, levando à sua eliminação total.”

domingo, 26 de março de 2017

Israel e a falência moral das Nações Unidas




Enquanto as Nações Unidas hesitam, covardemente submissas a Estados Unidos e Israel, o Estado judeu continua com a prática de atividades criminosas contra a Palestina.





24.03.2017 - Lawrence Davidson, "Information Clearing House"



tradução de btpsilveira





Em 15 de março de 2017 a Comissão Econômica e Social para a Ásia ocidental (ESCWA na sigla em inglês – NT) das Nações Unidas, publicou um relatório  sobre o comportamento e as políticas de Israel relacionadas à Palestina. Usando como parâmetro Lei Internacional o relatório chega à “conclusão definitiva de que o Estado de Israel é culpado de praticar o Apartheid.”O termo “apartheid” usado no relatório não tem um sentido meramente “pejorativo”. Foi usado para descrever a realidade de um comportamento, escorado em fatos e evidências que fazem aceitável o significado legal do termo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Barack esbofeteia Bibi

27/12/2016, Patrick Buchanan, Buchanan.org











Será que o organizador comunitário formado na Faculdade de Direito de Harvard acaba de aplicar uma espécie de resposta sua, pessoal, ao grupo especial de combate do Exército de Israel?Há quem diga que sim: ao se abster de votar naquela resolução do Conselho de Segurança que declara ilegais e inválidos as colônias (ilegais e inválidas) de israelenses em territórios palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Leste, o que enfureceu Bibi, que declarou que o president Obama "não cuidou de proteger Israel do ataque daquela gangue da ONU e compactuou com ela."

O pessoal de Obama, Bibi acusou, "iniciou essa resolução, defendeu-a sempre, coordenou a redação e mandou que fosse aprovada."

Ben Rhodes, auxiliar da Casa Branca, disse que as acusações não passam de "falsidades".

Seja como for, temos um líder israelense espinafrando nada menos que um presidente dos EUA, denunciando-o com traidor e homem que ataca pelas costas; e a Casa Branca chama Bibi de mentiroso.

Não é questão que se possa descartar como sem importância.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O Fantoche Obama Versus o Eestadista Putin

tradução mberublue, publicada originalmente no Blog Btpsilveira

Se você fracassou, a não ser com muita dificuldade dará ouvidos ao próprio fracasso. E mesmo que o faça, você deverá desenvolver uma consciência dolorosa da própria decepção. Então, você ficará enojado consigo mesmo.


Mais de 4700 palavras perfeitamente ajustadas à narrativa que a mídia comprada pretende impingir público. Na realidade, a mídia tem falhado com seus leitores por incontáveis vezes e mesmo quando a falha é revelada, com a decepção decorrente, não há qualquer retratação. Contra qualquer lógica, esse homem teima. Sério, olhar focado, declarações pretensamente equilibradas como alguém que tem sobre os ombros compromissos incompreensíveis – e que estaria acostumado com o fardo. Evidentemente, um grande número de pessoas acredita no que ele faz .
Este homem não estaria naquele palco mentindo descaradamente para todos nós se os Estados Unidos não fossem uma nação doente com seu corporativismo. Os sintomas da doença são avançados e visíveis, as corporações dominam qualquer aspecto da sociedade desde o nascedouro, com o governo não passando de uma ferramenta nas mãos corporativistas, que o usam para consolidar seu atual e futuro poder. Um Estado Corporativista, um Estado Corporativo com um legislativo dirigido para elaboração de leis corporativistas que desaguam em uma economia corporativa, a qual entrega empregos corporativos, também conhecidos como McEmpregos (McJobs no original – NT), educação corporativa, saúde e cidadania corporativas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Kerry 'entregou' a posição dos EUA (à mercê dos russos) na Síria

Rússia está outra vez em guerra
30/9/2015, Oleg Nemen, Fort Russ (trad. Kristina Rus)

Rússia está outra vez em guerra. Grande guerra, provavelmente longa. Nenhum resultado é certo, tudo é difícil de prever. Mas a Rússia não teve escolha. Na verdade, um pouco mais e seria tarde. Em todos os casos teríamos de lutar, mas lutaríamos de posição ainda mais difícil.

Só não entendo é o clima de felicidade universal na Rússia! Como se fosse feriado?!

Que os EUA tiveram de reconhecer a derrota de sua política para o Oriente Médio e aceitar o plano russo é, claro, ótima notícia. Realmente mudou a posição internacional da Rússia.

Mas o próprio fato de a Rússia ter de assumir a responsabilidade pela confusão criada e alimentada por Washington no Oriente Médio nada tem de estimulante.

A Rússia não teve escolha. Esse passo é arriscado e perigoso.

Supor que a Rússia agora resolverá todos os problemas, exatamente onde EUA e UE quebraram as pernas, é ingenuidade. Essa é guerra longa, caríssima e muito dura. E não se travará só na Síria, claro. (...)



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


O Império dos EUA está mesmo com os dias contados.
O que foi dito pela TV ao vivo, na ONU, com a declaração "conjunta" feita por Lavrov, e com Kerry falando na 'conclusão', são dessas coisas "de que a história é feita". E entre o que foi dito depois, com portas fechadas, e o que foi dito publicamente, há oceanos de distância.


Há algumas frases chaves que foram usadas e que são a maior indicação desse golfo de distância, à parte qualquer avaliação objetiva da situação, que também se faz necessária. Mas quanto mais objetiva a avaliação, mais se vê e revê que os EUA estão em posição muito fraca. 

A decisão de divulgar aquela declaração conjunta e em linguagem de colaboração explica-se, em parte, pela necessidade de não assustar os norte-americanos – ou de provocar um 'sobressalto' no mercado de ações, dadas as relações entre a situação objetiva e os bônus do Tesouro e outros papéis que os chineses acumulam. O maior detentor externo de papéis da dívida dos EUA é, como se sabe, a China (cerca de $1,2 trilhões em notas, contas e bônus, segundo o Tesouro dos EUA). Os chineses e a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) estão sem dúvida envolvidos nesse conflito.


Mas – o mais importante – essa decisão de fazer crer em consenso e colaboração tem a ver com oferecer aos EUA possibilidade de sair com alguma elegância, o que é estrategicamente importante para a Rússia, sim, mas, também, reflete o modo russo de fazer política exterior: as coisas são sempre feitas de modo a não provocar, muito menos encorajar, menos ainda encurralar e nunca absolutamente para frustrar os adversários.


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Orwell na ONU: Para Obama, só há "democracia" em país que apoia a política dos EUA




Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu






Em seu discurso Orwelliano de 28/9/2015 na ONU, o presidente Obama disse que, se houvesse democracia na Síria, nunca teria havido revolta contra Assad. Por "revolta contra Assad", Obama entende: o ISIL. Onde há democracia, disse ele, não há violência ou revolução. Foi a mais violenta, embora velada, ameaça, feita dentro da ONU, de que os EUA continuarão a promover revoluções, golpes e violência contra qualquer país que não seja... "democracia". 

Nessa ameaça, afinal nem tão velada assim, Obama redefiniu o vocabulário da política internacional. 

"Democracia" existe onde a CIA derrube Mossadegh, no Irã, para lá instalar o Xá. "Democracia" há onde os EUA patrocinem os Talebã, contra a Rússia, para derrubar o governo secular do Afeganistão. "Democracia" há na Ucrânia do golpe para pôr no poder "Yats" e Poroshenko. "Democracia" é os EUA instalando Pinochet no governo do Chile. Democráticos, só "os nossos felás-da-puta", como disse Lyndon Johnson referindo-se aos ditadores que a política externa dos EUA instalou no poder na América Latina.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Pepe Escobar: Xeque-mate!


A mensagem do presidente russo Vladimir Putin à Assembleia Geral da ONU foi clara; ou estados soberanos unem-se numa coalizão ampla contra todas as formas de terror, e respeita-se a soberania dos estados como determina a Carta da ONU – ou será o caos. 


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Essa Assembleia Geral da ONU revelou que a perpétua novilíngua do governo Obama já virou faca sem fio. Assistir lado a lado os discursos de Putin e de Obama é experiência quase fisicamente dolorosa. Putin falou e agiu como estadista global sério que se dá ao respeito. Obama, como amador com medo de ser reprovado em teste para o cinema.

Os pontos-chaves para discussão do discurso de Putin foram todos perfeitamente acessíveis ao público do Sul Global – sua audiência principal, muito mais que o público do ocidente industrializado.

1) Exportar revoluções 'coloridas' – ou monocromáticas –, nunca mais.

2) A alternativa ao primado do Estado é o caos. Implica que o sistema Assad na Síria pode até ser imensamente problemático, mas é o único jogo que há na cidade. A alternativa é o barbarismo dos ISIS/ISIL/Daesh. Não há "oposição moderada" – nem tampouco há ou algum dia houve alguma "Líbia-libertada-pela-OTAN".

3) Só a ONU – com falhas e máculas que tenha – é instituição garantidora de alguma paz e segurança em nosso ambiente realpolitik geopolítico imperfeito.

domingo, 27 de setembro de 2015

Putin e Xi: Quebrando tuuuuuudo em New York

25/9/2015, Pepe Escobar, Asia Times
 


 
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


O papa Francisco pode ser o rock star. Mas mais uma vez o verdadeiro coração da ação só tem a ver, tudo, com Rússia e China — as tais principais "ameaças" ao Excepcionalistão, segundo o Pentágono.

Onde se mete o Anjo da História, de Benjamin, quando se precisa dele? Com certeza, está agora com os olhos postos na terra dos livres e lar dos valentes. Francisco pode ter posto a casa abaixo em DC, mas é Xi quem realmente está quebrando tuuuuuudo na Costa Oeste, enquanto Putin prepara-se para ser coroado novo Rei de New York. Quem imaginaria que o Novo Grande Jogo na Eurásia pudesse ser assim tão divertido?

E entra Frank Underwood

Já antes de Putin falar do negócio geopolítico de nova ordem mundial a sério na ONU, Xi Jinping da China falou do negócio do Vale do Silício com, ora... Com toda a elite do Vale do Silício. Vê-se na foto deliciosamente descontruída pelo South China Morning Post.