Tradução: btpsilveira
A palavra ‘catástrofe’ tem muitos conceitos, mas em sua significação original, em grego, a palavra queria dizer “queda súbita” (katastrophé em grego, ‘queda, reviravolta’ de kata-cair, para baixo + strophé[radical strophein]-‘transformar, virar’). Da mesma forma, para a palavra ‘superpotência’ também há várias definições possíveis. A minha preferida é esta: “‘superpotência’ é o termo usado para descrever um Estado em posição dominante, caracterizado por sua grande capacidade de influenciar ou projetar poder em escala global. Consegue isso através da combinação de força econômica, militar e cultural, poder de convencimento (soft power) e diplomacia. Tradicionalmente, as superpotências predominam entre as grandes potências.” Outra: “uma nação extremamente poderosa, em particular capaz de influenciar eventos internacionais e os atos e políticas de nações menos poderosas” e ainda “um corpo governamental internacional capaz de impor sua vontade mesmo a Estados também poderosos”.
Tenho mencionado em muitos de meus artigos o visível declínio dos Estados Unidos e seu Império, assim não vou repetir aqui nada além disso: a “capacidade de influenciar e impor sua vontade” provavelmente é o melhor critério para medir o tamanho da queda dos Estados Unidos desde que Trump chegou ao poder (o processo já tinha se iniciado com Dubya e Obama, mas com certeza foi acelerado pelo Donald). Porém quero usar uma metáfora para revisitar o conceito de ‘catástrofe’ (Dubya é uma maneira de certa forma sarcástica de se referir a George W. Bush e diferenciá-lo de George H. W. Bush, seu pai. Ambos foram presidentes dos EUA. ‘Dubya’, tem a ver com a pronúncia da letra W – NT).