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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Analisando o colapso contínuo dos EUA, com Dmitry Orlov

11.01.2019 - The Saker, Dmitry Orlov - The Vineyard of the Saker, The Unz Review


Tradução: btpsilveira




A palavra ‘catástrofe’ tem muitos conceitos, mas em sua significação original, em grego, a palavra queria dizer “queda súbita” (katastrophé em grego, ‘queda, reviravolta’ de kata-cair, para baixo + strophé[radical strophein]-‘transformar, virar’). Da mesma forma, para a palavra ‘superpotência’ também há várias definições possíveis. A minha preferida é esta: “‘superpotência’ é o termo usado para descrever um Estado em posição dominante, caracterizado por sua grande capacidade de influenciar ou projetar poder em escala global. Consegue isso através da combinação de força econômica, militar e cultural, poder de convencimento (soft power) e diplomacia. Tradicionalmente, as superpotências predominam entre as grandes potências.” Outra: “uma nação extremamente poderosa, em particular capaz de influenciar eventos internacionais e os atos e políticas de nações menos poderosas” e ainda “um corpo governamental internacional capaz de impor sua vontade mesmo a Estados também poderosos”.
Tenho mencionado em muitos de meus artigos o visível declínio dos Estados Unidos e seu Império, assim não vou repetir aqui nada além disso: a “capacidade de influenciar e impor sua vontade” provavelmente é o melhor critério para medir o tamanho da queda dos Estados Unidos desde que Trump chegou ao poder (o processo já tinha se iniciado com Dubya e Obama, mas com certeza foi acelerado pelo Donald). Porém quero usar uma metáfora para revisitar o conceito de ‘catástrofe’ (Dubya é uma maneira de certa forma sarcástica de se referir a George W. Bush e diferenciá-lo de George H. W. Bush, seu pai. Ambos foram presidentes dos EUA. ‘Dubya’, tem a ver com a pronúncia da letra W – NT).

domingo, 6 de janeiro de 2019

De 2018 a 2019 – pesquisa rápida de algumas tendências, por The Saker

03.01.2019 - The Saker - The Vineyard of the Saker

Traduzido por btpsilveira

(análise escrita originalmente para o site Unz Review)




O ano de 2018 entrará para a história como o de uma reviravolta na evolução do ambiente geoestratégico de nosso planeta. Existiram várias razões para isso e não conseguirei enumerá-las todas. Mas colocarei aqui algumas que considero as mais importantes:

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Rússia implantará uma ZAE (Zona Aérea de Exclusão) "não oficial" na Síria

24/9/2018, The Saker, The Vineyard of the Saker

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Hoje, o ministro da Defesa da Rússia Sergey Shoigu anunciou medidas que foram muito além do que eu esperava.  Especificamente, Shoigu anunciou que


1. Nas próximas duas semanas, a Rússia entregará aos sírios os sistemas S-300s de defesa aérea (com alcance de 250 km).

2. A Rússia entregará sistemas automatizados avançados de gestão das defesas aéreas, que ampliarão *dramaticamente* as capacidades de defesa dos sírios e impedirão futuros incidentes de “fogo amigo”.

3. A Rússia usará suas capacidades de guerra eletrônica para impedir a navegação por satélite, quaisquer sistemas de radar embarcado e as comunicações de aviões que ataquem alvos em território sírio no espaço aéreo sobre as águas do Mediterrâneo próximas à Síria.

É solução muito flexível e elegante, pelas seguintes razões:

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Rússia culpa Israel pela derrubada de seu avião EW (ATUALIZADO 2 xs)

18/9/2018, The Saker, The Vineyard of the saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Basicamente: quatro aviões de Israel foram mandados em missão de bombardeio contra alvos próximos de instalações dos russos em Khmeimim e Tartus (só até aí, já é ato de simultaneamente estupidez e temeridade). Os israelenses *deliberadamente* não avisaram os russos até o último minuto antes do ataque, de modo que os russos não tiveram tempo de alertar a tripulação do avião Il-20 armado com equipamento eletrônico, que fazia a aproximação para um pouso, para que se afastasse da área. Quando o S-200 sírio disparou seus mísseis para interceptar os mísseis de Israel, os F-16 usaram o Il-20, que tem figura muito maior no radar, para se esconderem. Os mísseis sírios atingiram o avião russo, o que resultou em 15 mortos e um avião destruído.

Típica ‘esperteza’ de israelenses.

O Ministério da Defesa da Rússia culpou os israelenses por todo o incidente e declarou o ataque “vil e covarde” [ing. dastardly], as ações dos israelenses, “hostis”, e disse que a Rússia “reserva-se o direito” de responder com “contra-ações adequadas”.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

The Saker: Réplica para a questão crucial levantada por Paul Craig Roberts

07.09.2018, The Saker, The Vineyard of The Saker, The Unz Review


Tradução por btpsilveira






Em um artigo recente, Paul Craig Roberts coloca uma questão bastante importante dirigida diretamente a mim. Cito a seguir uma parte relevante desse artigo (mas por favor, esteja certo de ler o artigo completo onde Paul Craig Roberts coloca a questão e porque ele o faz – leia a tradução do artigo de Paul Craig Roberts nos blogs “mberublue – pensar sem enlouquecer” ou no “Blog do Alok” – NT):
Andrei Martyanov, cujo livro analisei recentemente em meu site, há pouco defendeu Putin, assim como The Saker e eu fizemos no passado, das acusações de que Putin é muito passivo face a essas agressões ocidentais. https://russia-insider.com/en/russia-playing-long-game-no-room-instant-gratification-strategies-super-patriots/ri24561 Como já defendi as mesmas opiniões, só posso aplaudir Martyanov e The Saker. Onde diferimos nas opiniões é no reconhecimento de que aceitar indefinidamente insultos e provocações encoraja seu crescimento até chegar uma hora em que não restará alternativa a não ser rendição ou guerra. Assim, aqui estão as questões para Martyanov, The Saker, Putin e o governo russo: Até quando vocês acham que oferecer a outra face funcionará? Vocês vão oferecer a outra face até permitir que seu oponente neutralize a vantagem que vocês tem agora em um confronto? Oferecerão vocês a outra face até perder o apoio de sua população patriótica pela falha em defender a honra do país? Até que vocês sejam eventualmente forçados à guerra ou à submissão? Ou até que isso resulte em uma guerra nuclear?

Acredito que tanto The Saker quanto Martyanov considerarão meu questionamento válido.
Em primeiro lugar quero afirmar que a questão é perfeitamente válida, até mesmo crucial, e que é um questionamento com o qual tenho batalhado já por anos e que ainda me deixa acordado à noite. Penso que esta matéria deveria ser ainda mais esmiuçada, especialmente por quem se preocupa com a paz no mundo e se opõe ao imperialismo em todas as suas formas. Por isso, sou grato a Paul Craig Roberts por levantar o item mais uma vez.

domingo, 2 de setembro de 2018

EUA já marcaram a próxima agressão à Síria?

31/8/2018, The Saker, Unz Review


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Do que nos agrada, queremos mais / Bis repetita placent.
Horácio, Arte Poética

Bomb, Bomb, Bomb, Bomb, Bomb Iran!
John McCain

O Presidente Putin, Rússia e Irã são responsáveis por apoiar o animal Assad. Grande prêmio...
Donald Trump

E difícil dialogar com gente que confunde Áustria e Austrália. 
Vladimir Putin





Parece que o círculo se completa e voltamos ao início: os anglossionistas estão outra vez, ao que parece, preparando-se para usar os mesmos White Helmets (que também atendem por "terroristas do bem") para executar outro ataque químico sob falsa bandeira na Síria, para outra vez culpar as forças do governo. Os russos estão outra vez avisando o mundo sobre o que está para acontecer e, exatamente como da outra vez, (quase) ninguém deu atenção. 

E há até notícias de que os EUA estão, outra vez, considerando impor uma zona aérea de exclusão (totalmente ilegal) sobre a Síria (há tempos não ouvia essa, desde a campanha eleitoral de Hillary). E, precisamente como da primeira vez, parece que o objetivo dos EUA é salvar os "terroristas do bem", ameaçados por mais uma grande vitória do governo sírio.

Parece que minha predição de que cada "click" nos põe um passo mais perto do "bang!" está infortunadamente se confirmando. E, embora o Império pareça estar desistindo da noção de reconquistar a Síria em grande escala, os neoconservadores estão claramente promovendo uma ação que pode vir a ser ataque em grande escala de mísseis contra a Síria.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

The Saker: O que os anglo-sionistas podem fazer contra o Irã

3/8/2018, The Saker, Unz Review The Vineyard of the Saker



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Nos últimos dias, a Internet só fala de um boato – sinceramente: dos mais idiotas –, sobre os EUA terem pedido ajuda da Austrália para prepararem um ataque ao Irã. Desnecessário dizer, as 'notícias' não explicam quais capacidades teria a Austrália, que faltariam aos EUA, mas... Mesmo assim, a 'notícia' foi repetida em tantos lugares (vejam aquiaqui aqui), que é impossível ignorá-la. Numa dessas matérias, Eric Margolis descreveu as características que poderia ter o tal ataque. Cito-o na íntegra:


Esboço de um possível ataque dos anglo-sionistas contra o Irã 

EUA e Israel certamente evitarão massiva campanha em solo, excessivamente cara, contra o Irã, que é país vasto e montanhoso e que sobreviveu à guerra que fez um milhão de mortos, durante oito anos, com o Iraque, iniciada em 1980. Essa guerra assassina terrível foi instigada por EUA, Grã-Bretanha, Kuwait e Arábia Saudita para derrubar o então novo governo islâmico popular do Irã.
O Pentágono planejou guerra aérea de alta intensidade contra o Irã, à qual Israel e os sauditas podem muito bem se integrar. O plano fala de mais de 2.300 ataques aéreos contra alvos iranianos estratégicos: pistas de pouco e bases navais, depósitos de armas e de petróleo, óleo e derivados, nodos de telecomunicação, radar, fábricas, quartéis e outras instalações militares, portos, represas e usinas, aeroportos, bases de mísseis e unidades dos Guardas Revolucionários.
As defesas aéreas do Irã vão de frágeis a inexistentes. Décadas de embargos militares e comerciais impostos pelos EUA contra o Irã deixaram o país tão decrépito e frágil quanto era o Iraque quando os EUA invadiram o país, em 2003. Os tanques e canhões moda anos 70s, estão detonados e não atiram direito; os velhos mísseis AA britânicos e soviéticos são praticamente imprestáveis, e os antigos jatos MiG e chineses estão bons para o museu, sobretudo os antiquados F-14 Tomcasts fabricados nos EUA, cópias chinesas dos obsoletos MiG-21, e um punhado de praticamente imprestáveis Phantoms F-4 da guerra do Vietnã.
Os comandos de combate aéreo não são melhores que isso. Tudo que há no Irã, em matéria de produto eletrônico, será fritado ou explodido logo nas primeiras horas de um ataque pelos EUA. A pequena Marinha do Irã será afundada na abertura dos ataques. A indústria do petróleo pode ser destruída ou parcialmente preservada, dependendo dos planos dos EUA para o pós-guerra.
O único modo pelo qual Teerã pode responder depende de ataques isolados de pequenos grupos contra instalações dos EUA no Oriente Médio, sem valor decisivo; e pode, claro, bloquear o Estreito de Ormuz pelo qual transitam 2/3 de todas as exportações de petróleo do Oriente Médio. A Marinha dos EUA, que tem base próxima, no Bahrain, pratica há décadas para enfrentar essa ameaça.


Há muito material interessante nesse trecho, e acho que vale a pena analisá-lo segmento por segmento.

domingo, 29 de julho de 2018

Cúpula Putin-Trump, Helsinki: a ação está na reação

26/7/2018, The Saker, Unz Review The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Agora que já passou pouco mais de uma semana desde o muito aguardado encontro de cúpula Putin-Trump em Helsinki, tive tempo para ler muitas das reações e comentários que o encontro gerou. Estou chegando à conclusão paradoxal de que aquele encontro foi ao mesmo tempo um não evento e um momento histórico de vastíssima importância. Examinemos o evento propriamente dito; depois, as consequências.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Perdendo a Supremacia Militar: Miopia do Planejamento Estratégico dos EUA

5/7/2018, Resenha. The Saker, in Unz Review e The Vineyard of the Saker



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


MARTYANOV, Andrei. Losing Military Supremacy: The Myopia of American Strategic Planning, [Perdendo a Supremacia Militar: a Miopia do Planejamento Estratégico nos EUA].



O fato de os EUA enfrentarem profunda crise, possivelmente a pior de sua história, já é aceito pela maioria dos observadores, exceto talvez os mais iludidos. Muitos norte-americanos sabem, sim, disso. De fato, se há alguma coisa com a qual concordam os que apoiaram Trump e os que o odeiam apaixonadamente, será que a eleição dele é prova clara de crise profunda (eu acrescentaria que a eleição de Obama, antes, também teve, como uma das principais causas, a mesmíssima crise sistêmica). 

Quando falam dessa crise, muita gente mencionará a desindustrialização, a queda na renda real, a falta de empregos bem remunerados, de serviços de saúde, o aumento no número de crimes, a imigração, a poluição, a educação e muitos outros fatores que contribuem. Mas de todos os aspectos do "sonho americano", o que resiste há mais tempo é o mito que reza que os militares norte-americanos seriam "a melhor força de combate de toda a história".

terça-feira, 3 de julho de 2018

Não há 5ª coluna no Kremlin?! Examine melhor.

29/6/2018, The Saker, Unz Review The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Depois de Medvedev ter sido renomeado para o mesmo posto e com ele todo seu governo, apenas levemente recauchutado, a opinião pública na Rússia e em todo o mundo dividiu-se sobre se aí haveria bom sinal de continuidade e unidade na liderança russa, ou se seria confirmação de que, sim, haveria uma 5ª coluna dentro do Kremlin que, ao mesmo tempo em que impõe ao povo russo políticas neoliberais e pró-ocidente, trabalha contra o presidente Putin. Hoje quero dar uma olhada rápida no que está acontecendo, porque creio que a política exterior russa continua controlada predominantemente pelo que chamo de "Eurasianos Soberanistas", e porque, para detectar as atividades dos "Integracionistas Atlanticistas", é preciso examinar o que está acontecendo dentro da Rússia.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

The Saker: União Europeia pode ser parceira da Rússia?

15/6/2018, The Saker, Unz Reviewin The Vineyard of the Saker



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




A renomeação para os mesmos cargos (embora um pouco modificada) do "bloco econômico" do governo Medvedev gerou muitas explicações, umas melhores que outras. Hoje quero examinar uma hipótese específica que se pode resumir nos seguintes termos: Putin decidiu contra o expurgo de um "bloco econômico" (impopular) ativo dentro do governo russo, porque queria apresentar à União Europeia (UE) "caras conhecidas" e parceiros nos quais os políticos da UE pudessem confiar. Nesse momento, ante o comportamento insano de Trump, que acintosamente afasta praticamente todos os líderes europeus, é a hora perfeita para acrescentar um empurrão russo ao "tranco" dos EUA, e ajudar a trazer a UE para mais perto da Rússia. Ao renomear "liberais" russos (eufemismo para designar os russos aderidos a OMC-Banco Mundial-FMI e assemelhados), Putin dá à Rússia ares capazes de atrair, na medida do possível, a UE.

domingo, 10 de junho de 2018

E Putin? Pronto para 'se livrar' do Irã? Será?

7/6/2018, The Saker, Unz ReviewThe Vineyard of the Saker



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O tópico das ações russas na Síria continua a fascinar e a gerar muita polêmica. Faz sentido – a questão é extraordinariamente importante em muitos níveis, inclusive no nível pragmático e no nível moral, e hoje quero concentrar-me estritamente no nível pragmático, deixando de lado, por enquanto, considerações morais/éticas/espirituais. Além disso, assumirei, para facilitar o argumento, que o Kremlin age em uníssono, que não há Integracionistas Atlanticistas no governo russo, nem 5ª coluna no Kremlin nem lobby sionista a exercer grande influência na Rússia. Futuramente enfrentarei essas questões, porque não tenho nenhuma dúvida de que o tempo e o desenrolar dos eventos comprovarão o quanto essas reservas são na realidade politicamente motivadas

Mas para o objetivo dessa análise, podemos assumir que vai tudo bem no Kremlin e assumir que a Rússia é plenamente soberana e protege sem limitações os próprios interesses nacionais.

Tudo isso posto, o que sabemos sobre o que está acontecendo na Síria?

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Das ambiguidades da política russa

17/5/2018, The Saker, in Unz Review e The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Introdução: o mundo não é Hollywood


"Talvez não seja o melhor momento para um expurgo no Kremlin, que tirasse de lá os representantes dos interesses do big business russo..." [Do artigo adiante]

– DOS TRADUTORES: Esse argumento parece repetir, quase simultaneamente, o que diz Ciro Gomes (para quem uma aliança com a Fiesp seria uma necessária "aliança com o 'produtivismo'"). Mangabeira Unger pensa e fala na mesma direção [que a esquerda não tem projeto para a produção; por exemplo, em entrevista à revista online Les Crises, Paris, (ing., legendas em fr., já traduzida ao português, no Blog do Alok)] .

Não dizemos que seja bom ou mau que eles digam, ou o que estão dizendo. Só dizemos que Lula também entendeu que tivesse de fazer essa aliança, motivo pelo qual fez a "Carta aos brasileiros". 

Se Lula e Putin tiveram de fazer essa aliança (ou creram que teriam de fazer) e foram depois reeleitos, não faz sentido – a não ser um reles sentido eleitoreiro pré-eleitoral tosco – 'declarar' que Ciro seria 'traidor', 'porque' diz a mesma coisa. E tudo isso até aqui, dito, data venia, com todo o respeito: para ver se melhoramos o nosso candidato, nossa candidatura, nosso programa e nosso argumento... (NTs)].
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As semanas recentes assistiram a grande número de eventos realmente tectônicos, que tiveram lugar simultaneamente nos EUA, na Rússia, em Israel, na Síria, no Irã e na União Europeia (UE). Acho que também é razoável dizer que a maioria dos que se opunham ao Império Anglo-sionista experimentaram emoções que foram do leve desapontamento à mais total decepção. Com certeza não ouvi ninguém comemorando, e, se houve comemorações, foram minoritárias (pouco caracteristicamente, por exemplo, Mikhail Khazin). Essas reações são normais, todos criamos expectativas que podem ser frustradas adiante, como quase sempre acontece. Mesmo assim, ainda que as notícias sejam claramente más, sempre é bom manter em mente algumas coisas.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Amaldiçoados fazedores de guerras

4/5/2018, The Saker, The Vineyard of the Saker e em Unz Review 


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu






Entre os ataques dos EUA à Síria em abril e os recentes desenvolvimentos na Península Coreana, estamos de algum modo sendo entorpecidos pela a ladainha da busca, pelo Império, de uma nova guerra a ser iniciada. Os sempre prestimosos israelenses, na pessoa do inefável Bibi Netanyahu, então, lá estão batendo tambores para, bem, se não conseguirem uma guerra, contam com conseguir, pelo menos, algum tipo de ataque sob bandeira falsa, ou outro pretexto para que os EUA ataquem o Irã. E há também o Donbass, hemorragia sem fim (sobre o qual não falarei hoje). Assim sendo, vejamos em que pé estamos, e tentemos sondar as possibilidades sobre para onde estamos indo. Honestamente, tentar adivinhar o que passa pela cabeça desses psicopatas promotores obsessivos de guerras é tarefa que se aproxima, por definição, de um exercício de futilidade. 

Mas dado que se veem sinais não desprezíveis de que há pelo menos umas poucas pessoas racionais ainda ativas na Casa Branca e/ou no Pentágono dos EUA (como se viu pelos quase completamente "fingidos" ataques à Síria, mês passado), pode-se pressupor (ter esperança) de que ainda haja algum grau residual de sanidade. 

No mínimo, os próprios norte-americanos em uniforme têm de se fazer a eles mesmos uma pergunta muito básica, fundamental:

segunda-feira, 16 de abril de 2018

É pena, mas... está longe de acabar.

15/4/2018, The Saker, The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu







Comecemos por um rápido sumário dos eventos


·         Há cerca de um mês, Nikki Haley anuncia ao Conselho de Segurança da ONU (CSONU) que os EUA estão prontos para violar as regras daquele próprio Conselho de Segurança da ONU, caso aconteça um ataque químico na Síria.


·         Em seguida os russos anunciaram que têm provas de que estava em preparação, na Síria, um ataque químico de falsa bandeira [o ataque é preparado por um país, para ser atribuído falsamente a outro país].


·         Em seguida começam os boatos de que um ataque químico teria supostamente acontecido (em local cercado e, basicamente, controlado por forças do governo!).


·         A Organização para Proibição de Armas Químicas, OPAQ [ing. OPWC] envia investigadores (apesar de as potências ocidentais insistirem em altos brados que não seria necessário investigar coisa alguma).


·         Na sequência, os anglo-sionistas bombardeiam a Síria.


·         Em seguida, o CSONU recusa-se a condenar a violação de suas próprias regras e decisões.


·         Até que, finalmente, os EUA 'noticiam' um 'ataque perfeito'.

Agora, me digam: alguém sente que a história acima está concluída, que acabou?

domingo, 15 de abril de 2018

Que preço a humanidade pagará pelo colapso do Império EUA-anglo-sionista?

13/4/2018, The Saker, Unz Review e The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

"Estou cercado, eles estão aí fora, não quero que me prendam e me exibam, ordene o ataque, ou eles vão rir de mim e desse uniforme. Quero morrer com dignidade e levar todos esses infelizes comigo. Por favor. É meu último desejo, ataquem logo, eles vão me matar. É o fim, Comandante. Obrigado. Diga à minha família e ao meu país que os amo. Conte que fui valente e lutei até não mais poder. Por favor, cuidem da minha família, vinguem minha morte, adeus Comandante, diga à minha família que amo todos."
[assina] Alexander Prokhorenko


"Isto é para os nossos rapazes"
Roman Filipov



Estamos vivendo hoje os dias mais perigosos em toda a história humana. Acham que é exagero? Pensem.

Estamos a poucos passos de um Armageddon nuclear

A primeira coisa a compreender é que nada disso, repito, nada disso tem algo a ver com Síria ou armas químicas, nem em in Salsbury, Nem em Douma. Esse tipo de nonsense é "prolefeed mental"[1] para os mentalmente incapazes, politicamente cegos ou de modo geral drones ideológicos que, do Maine, ao Golfo de Tonkin, ao ataque do Gladio da OTAN na estação de trens de Bolonha, até o melhor e maior de todos os ataques encenados – o 11/9, claro – simplesmente acreditarão em qualquer coisa que o lado "deles" (como supõem que seja) lhes conte. A verdade é que os anglo-sionistas são os maiores proliferadores de armas químicas de toda a história (como são também os maiores matadores de árabes e muçulmanos!). As lágrimas de crocodilo portanto não passam disso – lágrimas de crocodilo, por mais que a máquina de propaganda diga que não.