Enquanto a imaginação do leitor se introduz no vasto território virtual indicado pelo título, nas primeiras semanas de 2017, aproximadamente 3.000 blindados e 4.000 soldados norte-americanos, transportados até Zagan, em terras polonesas, foram colocados em regime de prontidão junto às fronteiras da Polônia e dos países bálticos – Lituânia, Estônia e Letônia – com a Rússia, enquanto outra divisão se deslocou à Romênia, vizinha da Ucrânia.
Iniciada antes do Natal de 2016, com o descarregamento de aparatoso arsenal no porto alemão de Bremerhaven e seu translado para 900 trens, que somaram 10 quilômetros de extensão, nas palavras do brigadeiro Timothy Ray, chefe do comando militar norte-americano na Europa (Eucom), a operação "Atlantic Resolve" (“Determinação Atlântica”) tem por objetivo “repelir agressões russas, reafirmar a integridade territorial dos países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO, no acrônimo inglês)”, e – pasme-se - “estabilizar a paz na Europa”.
Ao ler a declaração beligerante do militar norte-americano, a primeira indagação do leitor desavisado é: por acaso perdi essa notícia? Quê país europeu foi ameaçado, bombardeado ou invadido pelas tropas de Wladimir Wladimirowitsch Putin?
Resposta correta: nenhum.