terça-feira, 27 de novembro de 2018

Erdogan, MBS, liderança do Islã e o preço do silêncio, por Pepe Escobar


21/11/2018, Pepe Escobar, Asia Times

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Os elos que ligam a Casa de Saud e o massacre de Khashoggi estão sendo explorados ao máximo pelo presidente turco, para seu máximo benefício, em plena discussão sobre a liderança do mundo Islâmico e sobre como a crise pode afetar a estratégia dos EUA e dos sauditas para o Oriente Médio.

Chegou como recado claro, explícito, que ecoou por toda a Eurásia: os presidentes Erdogan e Putin, numa sala lotado em Istanbul na 2ª-feira, cercados de notáveis, celebrando o término da construção dos 930 km da parte submarina do gasoduto Ramo Turco [ing. Turk Stream], por baixo do Mar Negro.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Hezbollah no Líbano: fim da hegemonia dos EUA, por Elijah J. Magnier


21/11/2018, Elijah J. Magnier, Blog

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



A política do establishment dos EUA para o Líbano é evidentemente mutante e instável, com um presidente que não tem nenhum conhecimento abrangente sobre o Oriente Médio nem, e sobretudo, sobre o papel do Hezbollah na região. Parece que o presidente Donald Trump está querendo reduzir o apoio militar ao Exército Libanês e impor novas sanções ao Líbano, sem perceber que, assim, estará fortalecendo o Eixo da Resistência e empurrando o país dos cedros para os braços de Rússia e Irã.

Ao tempo em que EUA impõem novas sanções contra o Hezbollah ao longo dos últimos dois meses, os parceiros europeus dos norte-americanos reuniram-se várias vezes, sigilosamente, com líderes do Hezbollah durante as visitas de delegações oficiais dos EUA a Beirute.

Os EUA estão gradualmente perdendo a hegemonia que tiveram no Oriente Médio.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

“Argumento pelo silêncio”: carta aberta de um juiz federal à juíza substituta de Moro no caso Lula, por João Batista de Castro Júnior

22.11.2018 - João Batista de Castro Júnior*, DCM





Antes da Lei 11.719/2008, que introduziu alteração no Código de Processo Penal, o réu era citado ordinariamente para ser interrogado por um magistrado acompanhado de um escrivão que digitava todas as frases começando sempre com “que”. Não raro um lapso condenatório do juiz e/ou do digitador escapava: “que, mesmo sendo verdade, insiste em dizer que não é verdade” etc.

Ainda nessa época, todo cuidado era pouco por parte do acusado, pois a recepção judiciária ainda estava presa a intenso formalismo, quase que se assemelhando àquele antigo exemplo encontrável em Gaio (jurista romano que morreu em 180 da era cristã), nas suas famosas Institutas, de um indivíduo “agindo por causa de videiras cortadas”, o qual, ao dizer, perante o juiz, a palavra vites em vez de arbor, terminou por perder a ação, uma vez que a Lei de XII Tábuas falava de árvores cortadas em geral.

A Lei 11.719/2008 surgiu, então, para ser e reafirmar-se ser um marco miliário da teoria do processo penal: o interrogatório é primacialmente meio de defesa do réu e, secundariamente, meio de prova.

De Riace, Calábria, ao Rio de Janeiro: a trilha do fascismo legalizado

8/11/2018, Serge Quadruppani, Lundi Matin

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga

“A obsessão de meter Berlusconi na cadeia, a luta anticorrupção, a invocação eterna de legalidade, legalidade, legalidade, acompanharam sempre a empreitada de demolição sistemática dos direitos sociais conquistados especialmente nas lutas dos anos 60 e 70. Ah, sim, é verdade: aquelas lutas não respeitaram muito a supracitada legalidade, legalidade, legalidade.”



Se o reformismo social-democrata tivesse ainda qualquer mínimo futuro, o “modelo Riace” teria sido promovido pela “esquerda” por toda a Europa, especialmente no Sul da Europa. 

Para quem ainda não saiba, Riace é uma vila na Calábria, onde, por módicos 35 euros por dia, pagos pelo Estado, por migrante, e usados em vários locais para criar campos e alojamentos infames, o prefeito e a associação criada em Riace fizeram renascer uma cidade abandonada, renovando as moradias, e criaram um moinho, ateliês-cooperativas onde se fazem objetos de artesanato em vidro, papel, bordados... O afluxo da nova população fez surgir uma creche, uma escola, ambulatórios médicos, um restaurante, uma bolsa de empregos, bares reabriram, e a população antiga e a nova misturaram-se, claro que não sem atritos, mas na maior parte do tempo com prazer evidente. Perseguido por delitos relacionados a alguma desatenção com procedimentos burocráticos e em nenhum caso por qualquer tipo de enriquecimento pessoal ilícito, Mimì [Domenico] Lucano, o prefeito, está agora proibido de viver na própria vila.

domingo, 18 de novembro de 2018

Xi, na Cúpula da APEC, e a economia mais aberta

18/11/2018, Xinhua, Pequim (Li Xia, Ed.)


Só para lembrar: 

O golpe no Brasil-2018 só é compreensível se se mantém em mente, como substrato, a importância, para os EUA, de destruírem totalmente o Brasil soberano e implantarem-se diretamente aqui – no território geopolítico decisivo na disputa pelo Atlântico Sul. 

Porque no mundo desenvolvido, inclusivo e de paz, que China e Rússia estão construindo, 
já não há lugar para os EUA-de-hoje [pano rápido].
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Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Pequim. Uma proposta de cinco pontos, apresentada pelo presidente Xi Jinping da China, injetará potência no desenvolvimento regional da região do Pacífico Asiático, e criará melhor futuro para que se construa economia mundial aberta – dizem os analistas.

A proposta do presidente Xi foi apresentada ontem, em discurso histórico à reunião de cúpula dos executivos da Cooperação Econômica do Pacífico Asiático [ing. Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC), em Port Moresby, capital da Papua Nova Guiné.

Síria - Relatório de Situação: Exército Árabe Sírio vence a batalha por Al-Safa. Mais tropas movimentam-se rumo a Idlib

17/11/2018, Moon of Alabama

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Informação correta e atualizada. Fala de realidade que parece distante, mas é dolorosamente muito próxima de nós, agora que o Brasil, desgraçadamente, entrou na área de mira dos EUA. É informação útil, também, para que não esqueçamos completamente o que é informação bem construída, para informar, não para ludibriar, fazer-não-ver e desinformar.
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Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga


Hoje, o Exército Árabe Sírio pôs fim à batalha por al-Safa. Al-Safa é região inóspita que cerca um antigo vulcão a sudeste de Sweida, onde em julho o ISIS fez dúzias de reféns. Os último que permaneciam presos foram libertados por um comando de forças especiais do Exército Árabe Sírio, há dez dias.



Já sem reféns naquele setor, os sírios puderam afinal usar armamento pesado contra o ISIS que se mantinha escondido em cavernas na região. Sob cobertura de artilharia pesada, os soldados sírios conseguiram bom progresso (vídeo). Foram então três dias de chuvas muito fortes, inesperadas. Os combatentes do ISIS afogaram-se nas cavernas e em várias de suas posições de combate. O comandante do ISIS na área, um checheno, foi morto. Os combatentes do ISIS que sobraram fugiram para a região de al-Tanf atualmente sob controle dos EUA, e para o deserto na área leste de Homs. O Exército Árabe Sírio controla agora completamente a área de al-Safa.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O desastre do projeto Netanyahu para o Oriente Médio, por Alastair Crooke

5/11/2018, Alastair Crooke, Strategic Culture Foundation / Zerohedge / Conflicts Forum


Entreouvido na Vila Mandinga:

Muito do que aqui se lê ajuda a compreender o neossurto de interesse obsessivo de Israel & EUA pela América Latina. 

Desde Bush havia quem ensinasse no Brasil que 
“melhor que elejam Bush. Com Bush eles se afundam no Oriente Médio e deixam em paz a América Latina”. BINGO! 

Foi o tempo que governos democráticos aproveitaram muito bem na América Latina – embora pouco tenham feito para preparar o povo para a desgraça que fatalmente cairia sobre nós, e caiu. Agora, infelizmente, a ‘folga’ acabou. 

Não acabou por algum tipo de ‘mérito’ dos EUA e de Israel, mas EXCLUSIVAMENTE porque a Resistência Árabe (libanesa, síria, iraniana, palestina) fez a balança pender muito decisivamente contra EUA e Israel. Então o mal absoluto – que destruiu o Oriente Médio, mas, que, sim, pode já ter começado a ser derrotado lá mesmo –, chegou, afinal, ao Brasil. As camisetas dos dois facínoras traidores do Brasil não são acaso.

(Homenagem in memoriam do Embaixador Arnaldo Carrilho, amigo da Vila Mandinga, e primeiro representante diplomático do Brasil na Palestina, em Ramallah, nomeado pelo Chanceler Celso Amorim, orgulho do Brasil
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Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Nahum Barnea, conhecido colunista israelense, em coluna para o jornal Yedioth Ahronoth em maio (em hebraico), expôs com perfeita clareza o ‘negócio’ que há por trás da política de Trump para o Oriente Médio.

“Logo depois de os EUA saírem (saíram dia 8/5/2018) do Acordo Nuclear com o Irã [oficialmente Plano Conjunto de Ação, ing. Joint Comprehensive Plan of Action, JCPOA] e porque saíram, Trump” – escreveu Barnea – “ameaçará fazer chover ‘fogo e fúria’ sobre Teerã (...), na expectativa de que Putin impeça o Irã de atacar Israel a partir do território sírio, o que deixará Netanyahu livre para fixar ‘novas regras do jogo’, pelas quais Israel possa atacar e destruir forças iranianas em qualquer ponto na Síria (não só na área de fronteira, como antes acertado), quando bem entenda, sem temer retaliação”.

Foi o nível 1 da estratégica de Netanyahu: conter o Irã, plus os russos concordarem com operações aéreas israelenses coordenadas sobre a Síria.

“Só há uma coisa que não está clara [nesse negócio]”–, disse um alto oficial da Defesa israelense dos mais próximos de Netanyahu [Al Monitor, 9/5/2018, Ben Caspit], – e é “quem trabalha para quem? É Netanyahu a serviço de Trump ou é o presidente Trump a serviço de Netanyahu. (...) Vista a coisa pelo lado de fora (...) parece que os dois estão em perfeita sincronia. Vista pelo lado de dentro, parece ainda mais. É o tipo de cooperação (...) que às vezes faz crer que os dois trabalham num só grande gabinete”.

Desde o início também houve um nível 2:

Essa ‘pirâmide invertida’ da engenharia no Oriente Médio sempre teve, como único ponto de partida, o conhecido MbS (Mohammed bin Salman).

Foi serviço de Jared Kushner, noticia o Washington Post. O genro do presidente Trump “apresentou e inflou Mohammed como reformador posicionado para fazer a ultraconservadora monarquia do petróleo entrar na modernidade. Kushner insistiu e insistiu privadamente, por meses, ano passado, que MbS seria chave para construiu um plano de paz para o Oriente Médio, e que, com as bênçãos do príncipe, grande parte do mundo árabe acompanharia”. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A principal ameaça ao dólar como moeda dominante

12/11/2018, Irina Slav, Oil Price (San Francisco, EUA)

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Exportadores russos de petróleo estão pressionando exportadores ocidentais para que paguem em euros, não em dólares, as compras de petróleo russo, agora que Washington prepara mais sanções ainda por conta da reintegração da Crimeia à Federação Russa, a Agência Reuters noticiou com essas palavras (NTs)] semana passada, citando nada menos que sete fontes na indústria do petróleo.

EUA perderam o Afeganistão: A Índia e as transições afegãs, por MK Bhadrakumar

Os Talibã estão voltando legitimamente ao poder


12/11/2018, MK Bhadrakumar, Indian Punchline


Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga

Ver também
§   “EUA a um passo de ter de devolver o AfPaq aos Talibã, à al-Qaeda”31/10/2018, MK Bhadrakumar, Indian Punchline, traduzido em Blog do Alok
§   Talibã, 2018: “Em Moscou, falamos de paz. Ninguém aqui está ‘negociando’” 
9/11/2018, Dawn, Paquistão [traduzido e editado para excluir o viés pró-EUA e pró-guerrae inserir um viés pró-Rússia e pró-paz]


Transição política é traço recorrente na moderna história do Afeganistão. A cada 10-20 anos, houve transições – o golpe de Estado contra o Rei Zahir Xá em 1973; a violenta ascensão ao poder dos comunistas em 1978 (a “Revolução do [mês] Saur); o colapso do governo comunista e a substituição pelos Mujahideen Afegãos em 1992; a tomada de Cabul pelos Talibã em 1996; e a derrubada do regime dos Talibã em 2001.


Estamos agora no limiar de mais uma transição, com os Talibã andando na direção de Cabul. A comunidade internacional praticamente sem exceção reconhece a necessidade imperativa de uma reconciliação com os Talibã (que controla mais da metade do território afegão).



Deve-se prever que os Talibã estarão de volta ao poder em Cabul já em 2019. A Índia mais uma vez enfrenta o desafio de lidar com uma transição já iminente.

A curta guerra de Gaza-2018 expôs a fraqueza de Israel

13/11/2018, Moon of Alabama (Atualizado hoje, no final do postado)

Entreouvido na Vila Mandinga
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QUE FALTA DE SORTE! Bem quando os Bolsonaros inventam de lamber botas sionistas... o mundo é informado de que "Movimento Boicotar, Desinvestir e Sancionar  contra o autodeclarado estado de apartheid  conseguiu minar a imagem de Israel. lobby sionista está expostoO déficit no orçamento de Israel é alto demaisO ataque fracassado, a rápida retirada de Gaza e o conflito logo esgotado só confirmaram que Israel está debilitado." [do artigo abaixo]

Sim, sim, sim, claro! DEVEMOS AJUDAR Israel! Paulo Guedes deve mudar-se imediatamente para Telavive, Jerusalém, onde preferir, e lá ficar SANEANDO as contas públicas dos sionistas ATÉÉÉÉÉÉ O OSSO! Não seria maravilhoso para o OCIDENTE?!
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Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Semana passada foi decidido um cessar-fogo entre forças palestinas em Gaza e Israel:

O objetivo da mudança, em plano mediado pelo Egito e com dinheiro do Qatar, é dar o alívio de que Gaza muito precisa, restaurar a calma no lado israelense da fronteira e evitar nova guerra.


No domingo à noite forças especiais de Israel disfarçadas romperam o cessar-fogo e invadiram Gaza. Essas incursões acontecem muito frequentemente, mas em geral passam sem ser noticiadas. Os invasores usavam trajes civis e alguns usavam roupas de mulher. Chegaram em carros à casa de um comandante local das [Brigadas] Qassam, mas os guardas desconfiaram e os detiveram. Houve tiroteio e sete palestinos e um oficial israelense foram mortos. Ainda não se sabe qual a intenção do raid israelense. Um carro, que os israelenses em fuga deixaram para trás levava o que parecia ser equipamento de vigilância. As forças especiais de Israel fugiram de volta ao território de Israel.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Decodificando Putin, o hipersônico, em dia solene, por Pepe Escobar

13/11/2018, Pepe Escobar, Asia Times

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga




O protocolo do Palácio Eliseu era implacável. Ninguém em Paris tinha licença para roubar os holofotes, que teriam de ficar grudados no anfitrião, presidente Emmanuel Macron, durante o 100º aniversário do Dia do Armistício, que marcou o fim da 1ª Guerra Mundial.

Afinal de contas, Macron investia ali todo o seu capital político, ao visitar vários campos de batalha da 1ª Guerra Mundial, sempre alertando contra a ascensão do nacionalismo e uma arrancada do popularismo de direita em todo o ocidente. Mas tomou o cuidado de só destacar, nos elogios, a palavra “patriotismo.”

Hoje ruge violenta batalha de ideias em toda a Europa, personificada no embate entre o globalista Macron e o ícone popularista Matteo Salvini, ministro italiano do Interior. Salvini abomina o sistema de Bruxelas. Macron avança em sua defesa de uma “Europa soberana”.

E para horror do establishment nos EUA, Macron propõe que se constitua um verdadeiro “exército europeu” capaz de fazer autodefesa autônoma, lado a lado com um “verdadeiro diálogo de segurança com a Rússia.”

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Preparem-se para o Gaza-samba, por Pepe Escobar

9/11/2018, Pepe Escobar (do Gilgit-Baltistão, Paquistão, exclusivo para o The Saker Blog)


Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga


Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro - filhos do presidente eleito, Jair Bolsonaro – aparecem vestidos com camisetas das Forças de Defesa de Israel e do Mossad, serviço secreto israelense.

Estou num sobe e desce pela rodovia Karakoram no Gilgit-Baltistão, como num trapézio, entre o Grande Jogo – o original, entre Grã-Bretanha e Rússia imperiais – e o Novo Grande Jogo dos Excepcionalistas contra a integração da Eurásia.

Foi quando, cruzando as montanhas imponentes acariciadas pelo sol, chega um raio lançado por The Saker, na forma de matéria de RT que mostra ao mundo uma dupla de brasileiros fuleiros, fazendo pose de sionistas; e o Saker sugere que eu comente.

Talibã, 2018: “Em Moscou, falamos de paz. Ninguém aqui está ‘negociando’”

9/11/2018, Dawn, Paquistão [editado para excluir o viés pró-EUA e inserir viés pró-Rússia]




Ver também, para conhecer o contexto:
“EUA a um passo de ter de devolver o AfPaq aos Talibã, à al-Qaeda...” 
31/10/2018, MK Bhadrakumar, Indian Punchline, traduzido em Blog do Alok


Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Na 6ª-feira, em Moscou, aconteceram conversações internacionais sobre o Afeganistão, que deram a largada para contatos entre o governo de Cabul e os Talibã. Os dois lados enviaram delegações à capital russa.

A Rússia espera que “mediante esforços conjuntos, abra-se nova página na história do Afeganistão” – disse o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na abertura das conversações, num hotel em Moscou, nessa 6ª-feira pela manhã.

Lavrov disse que a participação de líderes afegãos e de líderes dos Talibã foi “importante contribuição”, que visa a criar “condições favoráveis para o início de conversações diretas”.

domingo, 11 de novembro de 2018

(B)RIC(S) depois de Bolsonaro, por Ghassan Kadi

8/11/2018, Ghassan Kadi, The Saker Blog

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



A sigla BRICS designa a ‘aliança’ que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Mas, e com todo o respeito por Brasil e África do Sul, BRICS resume-se efetivamente a RIC ou IRC ou CRI e outras fórmulas [(B)RIC(S)].

Com Rússia, Índia e China, não interessa em que ordem, aí está o futuro da Eurásia; setor praticamente nunca mapeado onde vive 1/3 de toda a população do planeta; vasta porção de massa terrestre, rica em recursos, não só recursos humanos, e só esperando o melhor momento para pôr sua marca na história.

O que pensamos das ‘sanções’ dos EUA, por Javad Zarif, Ministro das Relações Exteriores do Irã

6/11/2018, The Vineyard of the Saker (Vídeo, 2’57”, fala transcrita e traduzida)

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Bom-dia. Os EUA parecem crer que impor sanções ilegais e draconianas ao Irã causará tal sofrimento a nossa nação, que seremos forçados a nos submeter ao que querem os EUA, não importa o quanto as sanções contra nós sejam absurdas, ilegais ou fundamentalmente viciosas. Já passamos 40 anos como alvos da hostilidade dos EUA, vivendo exclusivamente dos nossos próprios recursos.

Abe reúne-se com Xi, depois com Modi: Nova ‘Esfera Asiática de Cooperação’? Por F. William Engdahl



Da série “EUA perderam”: 
Pra EUA sóssobrô BB&MoMo 
(Brasil de Bolsonaros e Moro&Morão)
(3/3) EUA perderam o Japão”

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Uma das consequências mais importantes da guerra comercial que o governo Trump faz contra China e também contra o Japão, é o recente encontro econômico-diplomático entre o primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe e o presidente da China Xi Jinping em Pequim. É não só porque é a primeira visita de qualquer primeiro-ministro japonês, em sete anos, desde o resfriamento das relações, por efeito de disputa por ilhas no Mar do Leste da China. Também é consequência importantíssima porque sugere que uma nova estratégia política e econômica pode estar emergindo na mais ampla esfera econômica da Ásia. Horas depois de ter deixado Pequim, Abe recebeu em Tóquio a visita do primeiro-ministro Narenda Modi em Tóquio. Significará, toda essa movimentação, que está emergindo um novo flanco no mundo multipolar? Ou tudo não passa de política esperta, de Abe ?

EUA a um passo de ter de devolver o Af-Paq aos Talibã, al-Qaeda, por MK Bhadrakumar

31/10/2018, MK Bhadrakumar, Indian Punchline

Da série “EUA perderam”: Pra EUA sóssobrô BB&MoMo (Brasil de Bolsonaros e Moro&Morão) (1/3)          EUA perderam o Af-Paq

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Segundo matérias traduzidas, os Talibã anunciaram na 3ª-feira que cinco homens, da alta direção do grupo, que estiveram presos em Guantánamo, apresentaram-se ao gabinete político do grupo, no Qatar. É desenvolvimento dramático, que assinala que as conversações entre os Talibã e os EUA avançam seriamente, em busca de um acordo para o Afeganistão.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Modi enterra a ‘servidão unipolar’ da Índia, por MK Bhadrakumar

3/11/2018, MK Bhadrakumar, Indian Punchline

Da série “EUA perderam”: 
Pra EUA sóssobrô BB&MoMo (Brasil de Bolsonaros e Moro&Morão)

(2/3) EUA perderam a Índia

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga




Essa semana trouxe surpresas em dois campos. De um lado, o espectro de Nova Guerra Fria EUA-China teve morte súbita, quando opresidente Trump, na 5ª-Feira, telefonou ao presidente Xi Jinping para atrasar o relógio de volta a tempos mais felizes. 



Sem meias palavras, Trump tentou encerrar de vez a guerra comercial e remendar todas as pontes com a China. Realista, Trump sabe que os EUA simplesmente não têm meios para impor seus desejos à China. Pequim está visivelmente satisfeitíssima.

À sombra do vulcão paquistanês, por Pepe Escobar

3/11/2018, Pepe Escobar, Asia Times

À Sombra do Vulcão
3/11/1938, Dia de los muertos, Cuernavaca, México
Malcolm Lowry (1947) (NTs)

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Enquanto Khan move suas pedras num complexo tabuleiro de xadrez geopolítico, a ajuda dos chineses pode ser uma tábua de salvação financeira, com Islamabad em luta contra um extremismo religioso mortífero.


Foi semana de quase nem respirar, colhido à sombra do vulcão político-religioso fumegante, borbulhante, que é o Paquistão de Imran Khan.[1]
E os desenvolvimentos multifacetados dessa semana podem estar sinalizando mudanças sísmicas nas relações internas e externas do Paquistão, para o futuro previsível.



Antes de entrar nos assuntos mais sangrentos, comecemos com o episódio “Mr. Khan Vai à China” – essencial para revisar todos os aspectos do que os dois lados descreveram entusiasticamente como a “parceria estratégica cooperativa para tudo, faça chuva, faça sol”.

O internacionalismo tem de ser distrital

24/10/2018, Costas Lapavitsas, Red Pepper, Reino Unido
(entrevista a Michael Calderbank, editor de Red Pepper)

“Os senhores das neonormalidades fazem de tudo para que todos esqueçam que os mecanismos da nova normalidade são gerados durante a crise e carregam as impressões digitais da crise” (3/11/2018, Costas Lapavitsas Blog, sobre a ‘nova normalidade’ grega.
Aplica-se à suposta nova normalidade do golpe no Brasil-2018).
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Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Costas Lapavitsas*  O livro é obviamente uma crítica da União Europeia (UE), como está hoje. É uma avaliação de onde está a UE, em que se converteu e seu rumo provável. É uma tentativa de dizer que o que sobrou hoje nada tem a ver com defender aquele conjunto de instituições. É preciso assumir posição crítica, de rejeição. Para mim, esse é o único modo pelo qual se pode desenvolver política radical na Europa e um programa econômico radical, internacionalista e social.