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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Tradição da Coreia do Sul como pivô geopolítico mete mais medo nos EUA que a bomba atômica de Kim

15/12/2017, Adam Garrie, The Duran


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



O presidente Moon da Coreia do Sul acaba de se reunir com Xi Jinping, presidente da China. O encontro reafirmou que a Coreia do Sul é mais um tradicional aliado dos EUA na Ásia que quer mesmo se engajar na Iniciativa Cinturão e Estrada, ICE, da China. Mas a implicação ultrapassa as questões da economia da Coreia do Sul. O movimento pode levar a mais uma abertura para a paz na região – que os EUA só fazem tentar impedir ou retardar o mais possível.

Durante toda a Guerra Fria, a doutrina da destruição mútua assegurada [ing. mutually assured destruction], que atende pelo acrônimo muito adequado de MAD ["louco(a)"], assegurou que, por mais altas que fossem as tensões, nenhuma das potências nucleares jamais atacaria diretamente a outra.

Embora a Guerra Fria esteja acabada, a ideia de que seria loucura dois países se matarem mutuamente, contando os mortos aos milhões, ainda vale e mantém-se forte. Por essa razão, o presidente Putin da Rússia disse mais uma vez que o programa de armas da Coreia do Norte é movido por razão bem clara. As autoridades em Pyongyang não querem ver seu país e seu povo destruídos como Iraque e Líbia, simplesmente porque os países árabes não contavam com o fator ‘MAD’ de contensão.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Primeiros tiros numa guerra civil saudita

7/11/2017, Alexander Mercouris, The Duran


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O expurgo em andamento na Arábia Saudita pela primeira vez levanta uma questão jamais levantada desde o golpe de 1964, no qual o príncipe Faisal bin Abdul-Aziz derrubou o irmão, rei Saud, e tornou-se ele mesmo rei da Arábia Saudita no lugar de Saud: o quão estável é o Reino Saudita?


A resposta curta é que ninguém sabe. Mas a situação hoje parece muito mais séria do que era em 1964.

domingo, 1 de outubro de 2017

Referendum catalão: Governo catalão, em operação clássica de "fisgar-e-trocar"*

01/10/2017, Andrew Korybko, The Duran










A elite econômica em Barcelona quer meramente trocar Madrid por Bruxelas como patrão preferido, e investiu tudo em ações de demagogia, como o referendum, para induzir a opinião pública catalã a crer que estariam votando por alguma "independência".

Muitos já viram – o referendum catalão deixou à mostra a profunda hipocrisia da elite governante na Espanha e na União Europeia, especialmente no que tenha a ver com o apoio a causas separatistas também em outras partes do mundo, e a crítica dura que disparam regularmente cada vez que governos em todo o Sul Global usam ou são acusados de usar força contra os próprios cidadãos.

São pontos muito poderosos, questões nas quais a opinião pública posiciona-se quase instintivamente a favor do 'lado mais fraco'. Mas quando se tem de enfrentar a específica questão do separatismo catalão, nenhuma festa retórica ante a desgraça do 'mais forte' será jamais base sólida para qualquer análise aproveitável. Por um lado, é verdade que a Questão Catalã tem longa história conhecida; por outro lado, também é verdade que a Constituição Espanhola proíbe o separatismo, o que torna ilegal a 'solução' separatista, ainda que aprovada por maioria local.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Países europeus assinaram sete pactos e tratados de não agressão com a Alemanha nazista

24/8/2017, Adam Garrie, The Duran



O período entre as duas guerras mundiais não foi tempo de democracias versus ditaduras. Foi tempo de Europa oriental e Europa central – ambas de ultradireita e fascistas –, contra uma União Soviética isolada.













O período entre as duas guerras mundiais na Europa não foi tempo de democracias florescentes brotadas das cinzas da 1ª Grande Guerra, mas, isso sim, os países centrais eram marcadas ditaduras de extrema direita.

Listo aqui alguns exemplos:

HUNGRIA: Nos anos entre as duas grandes guerras, a Hungria teve governo ultrarreacionário, com destaque para o primeiro-ministro Gyula Gömbös. 

LETÔNIA: O ditador da Letônia Kārlis Ulmanis governou com mão de extrema direita férrea durante os anos entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial. 

LITUÂNIA: Antanas Smetona, líder lituano entre as guerras ajudou a empurrar o país sempre mais na direção de uma direita protofascista. 

ESTÔNIA: Konstantin Päts era um pouco menos violento, mas era ditador fortemente nacionalista, que matou a democracia em seu país.

TCHECOSLOVÁQUIA: Edvard Beneš foi o político tcheco mais influente entre as duas guerras mundiais, e embora menos radical que muitos de seus vizinhos, também deixou legado ambíguo de governo fortemente autoritário. 

E houve também a Polônia, país que, sob o governo militar de Józef Piłsudski, foi o primeiro país europeu que assinou um acordo de não agressão com a Alemanha de Adolf Hitler, quatro anos antes de Hitler unificar Alemanha e Áustria, a Anschluss(12/3/1938).

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Neoliberais e neoconservadores norte-americanos são muito, muito, muito mais perigosos que a extrema direita

13/8/2017, Adam Garrie, The Duran



Os que pregam guerra violenta, ilegal, imoral e cruel não têm em que se apoiar para criticar qualquer outra causa.










A mídia-empresa liberal norte-americana hegemônica acolheu uma história que começou em Al-Jazeera veículo estatal de propaganda do Qatar e que tenta associar a extrema direita norte-americana, às vezes chamada "Alt-right"[1], e o presidente sírio Bashar al-Assad e seu Partido Socialista Árabe Ba’ath.

Como escrevi ontem em The Duran,

"Para começar, Bashar al-Assad é socialista. É membro do partido governante na Síria, o Partido Socialista Árabe Ba’ath. Embora a chave esteja na denominação do partido, é útil compreender melhor as origens intelectuais do Ba’athismo.

Os três principais fundadores do Baa'thismo, Salah al-Din al-Bitar, Zaki al-Arsuzi e Michel Aflaq eram todos árabes sírios, Aflaq era árabe cristão com Salah, e al-Arsuzi era muçulmano. Na essência, o Ba’athismo combina valores culturais árabes tradicionais com o conceito anti-imperialista do nacionalismo árabe, acolhendo as ideias do socialismo tradicional como um escudo contra a agressão imperialista e como meio para permitir que povos pós-coloniais elevem com eficiência e rapidez a própria independência econômica.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Europa resiste às novas sanções dos EUA contra a Rússia, por Alexander Mercouris

24/7/2017, Alexander Mercouris, The Duran




Nota da União Europeia (UE) registrada pelo Financial Times fala de ação retaliatória contra os EUA se os EUA usarem as sanções para obstruir acordos de energia UE-Rússia, e apresenta planos para proteger as empresas europeias envolvidas naqueles acordos.

















Na discussão mais extensa do novo pacote de sanções contra a Rússia, que a Câmara de Representantes dos EUA deve aprovar amanhã, comentei que a UE se enfureceria ao receber o pacote de sanções dos EUA como fato consumado, sem qualquer consulta prévia, pacote que a UE sem dúvida veria o movimento como, no mínimo, a tentativa, por alguns grupos nos EUA, para forçar a UE a comprar o caro gás natural liquefeito dos EUA, em vez de comprar o gás barato do gasoduto russo.

Lá eu também disse que, dado que quase com certeza absoluta já é tarde demais para impedir que o novo pacote de sanções seja convertido em lei, a UE provavelmente responderia com ameaça de retaliação, no caso de os EUA tentarem multar empresas europeias que participem dos projetos de gasodutos russos, e tentaria negociar com o governo Trump algum acordo para proteger empresas europeias que participem desses projetos de serem multadas pelos EUA.

Segundo artigo publicado no Financial Times essa é a abordagem, exatamente, que a UE está adotando:

sexta-feira, 14 de julho de 2017

EUA fizeram em Mosul o que Rússia foi falsamente acusada de fazer em Aleppo

12/7/2018, Adam Garrie, The Duran













O ministro de Relações Exteriores da Rússia Sergey Lavrov criticou asperamente a falta de coordenação na evacuação de civis em Mosul – em tudo muito diferente dos organizados corredores humanitárias pelos quais a Rússia evacuou civis durante a Batalha de Aleppo na Síria no final de 2016. Os corredores humanitários em Aleppo Leste também foram usados para garantir alimentos e itens de primeira necessidade à população local, que os terroristas privaram completamente de comida e medicamentos.

Não se vê nenhum desses cuidados nas ações dos EUA ou Iraque no caso de Mosul. Em vez disso, transpiraram relatos de tortura, de fome em massa e de assassinatos de civis.

Na avaliação do ministro Lavrov:

sábado, 8 de julho de 2017

7 coisas que você precisa saber sobre os resultados do encontro Putin-Trump

7/7/2017, Adam Garrie, The Duran











Foi vitória política para ambos, Putin e Trump, com possíveis importantes implicações geopolíticas de curto prazo.

Adiante, os pontos principais.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Grandes avanços do Exército Árabe Sírio transformam a guerra na Síria

21/6/2017, Alexander Mercouris, The Duran











Um furacão de avanços do Exército Árabe Sírio desorientou completamente o ISIS e posicionou os sírios para recuperarem toda a Síria central e de leste, do Mediterrâneo até a fronteira do Iraque.

Embora a mídia-empresa ocidental nada noticie, as últimas semanas marcaram total transformação na guerra na Síria.

Até a libertação do leste de Aleppo em dezembro, a guerra síria estava sendo combatida principalmente no oeste da Síria, numa estreita faixa do litoral sírio mediterrâneo, guerra de atrito entre o Exército Sírio e vários turcos apoiados por grupos Jihadistas, todos, de fato, comandados pela Al-Qaeda.

A pressão intensa dessa guerra obrigou o Exército Sírio a deixar quase todas as regiões do leste da Síria, para proteger os principais centros populacionais do país e de poder ao longo da costa. O vácuo resultante no leste da Síria foi preenchido inicialmente por grupos Jihadistas, mas depois pelo ISIS, cujos terroristas ganharam em 2015 o importante controle dessa área, exceto a cidade isolada de Deir Ezzor.

A derrota da Al-Qaeda em dezembro em Aleppo, e o fracasso de sua ofensiva da província de Idlib para a província de Hama em abril, deixaram o governo sírio no controle de todas as grandes cidades sírias – Damascos, Aleppo, Hama e Homs –, com a província de Latakia e respectiva capital já então firmemente sob controle das forças oficiais. Embora ainda haja presença de Al-Qaeda em algumas áreas do país próximas de Damasco, e permaneça no controle da província de Idlib, são áreas para as quais Rússia e Turquia já construíram acordos em dezembro, suplementados por outros acordos firmados por Rússia, Irã e Turquia em maio, que implantaram as chamadas "áreas de desconflitação" nesses territórios.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Raid em Raqqa: Inteligência russa pode ter fontes dentro do ISIS

17/6/2017, Alexander Mercouris, The Duran














Presidente Putin da Rússia recebeu relatório do ministro da Defesa Shoigu ontem, durante reunião do Conselho de Segurança da Rússia, sobre informações segundo as quais um ataque aéreo russo pode ter matado o líder Abu Bakr Al-Baghdadi, do ISIS.


O relatório da reunião no website do Kremlin é extremamente cuidadoso e não repete aquelas informações nem menciona o nome de Al-Baghdadi.

O ministro da Defesa Sergei Shoigu atualizou os participantes da reunião sobre o ataque das Forças Aeroespaciais Russas próximo de Raqqa na Síria, no qual foram mortos muitos terroristas, entre os quais, possivelmente líderes do ISIS.

Os russos também distribuíram fotos dos prédios em Raqqa onde aconteceu a reunião de líderes do ISIS da qual se supõe que Al-Baghdadi tenha participado. Na imagem, veem-se fotos dos prédios, antes e depois do ataque aéreo.

domingo, 11 de junho de 2017

5 coisas que você tem de saber sobre o que acontece com o Qatar

5/6/2017, Adam Garrie, The Duran














Não é todo dia que dois estados com sociedades e alinhamentos internacionais similares metem-se numa guerra fria declarada. Pois é o que está acontecendo entre Qatar e Arábia Saudita.


Aí vai o que você tem de saber sobre o affair.

domingo, 16 de abril de 2017

China e Coreia do Norte: Cálculo errado de Trump pode desencadear a guerra. Veja porquê

15.04.2017, Alexander Mercouris, The Duran



O presidente pensa que pode blefar com os chineses e que um ataque contra a Coreia do Norte terá consequências limitadas. Está errado nas duas conclusões.



Tradução btpsilveira





Enquanto a marinha dos Estados Unidos se aproxima da península coreana, a Coreia do Norte (CN) ameaça contra-atacar as bases dos EUA e contra a Coreia do Sul (CS) e a China alerta para a possibilidade de guerra, a pergunta ainda sem resposta é: existe realmente uma estratégia por trás desses movimentos?

Dificilmente pode ser encarado como uma novidade ver um porta-aviões dos Estados Unidos nas proximidades da Península Coreana, e quando os EUA ameaçam tomar medidas unilaterais contra a CN estão apenas repetindo ameaças já feitas antes por várias vezes. É de conhecimento geral que as administrações de Clinton, George W. Bush e Obama consideraram seriamente bombardeios preventivos contra a CN, sendo certo que a administração Clinton chegou bem perto de realizar a façanha. Todas as três administrações, porém, desistiram da medida ao avaliar que a consequência poderia ser uma guerra que devastaria a Península Coreana.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Síria contra terroristas e EUA contra Síria

9/4/2017, Ziad Alzoghbi, The Duran













Já há mais de seis anos, a luta da Síria é luta pela vida. A história e a cultura sírias foram ameaçadas por potências exteriores e seus procuradores locais, que não fazem outra coisa além de tentar rasgar o tecido do Estado Sírio em todos os níveis e planos.

A libertação de Aleppo e depois de Palmyra pelo Exército Árabe Sírio veio como resultado da inabalável determinação do povo sírio, que se mantém unido e coeso e continua a repelir todas as tentativas imperialistas para se apossarem da Síria. 

Mas as potências ocidentais e seus aliados regionais encontraram fórmula muito efetiva para reagir contra os ganhos do Exército Árabe Sírio: acusar o governo sírio de usar armas químicas. Ninguém investiga coisa alguma e, de 'provas', só aparecem imagens de crianças em sofrimento socorridas pelos chamados White Helmets e outras fachadas da Frente Al-nusra/Al-Qaeda – esses sim os verdadeiros terroristas que os EUA e seus aliados servis fingem que combatem.

Hoje já é fato conhecido que os terroristas no Oriente Médio não apenas possuem armas químicas como, pior que isso, foram treinados para usá-las por seus apoiadores e patrocinadores reunidos na OTAN.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Troca da guarda: uma análise marxista de Donald Trump

29/8/2017, Haneul Na'avi,* The Duran












Qualquer caminhada à toa pelo asilo de doidos mostra que pela fé nada se prova.
 — Friedrich Nietzsche






posse na presidência do presidente dos EUA Donald J. Trump, dia 20 de janeiro, que acontece no ano do centenário da Revolução de Outubro, acontece depois de um século de crises socioeconômicas que se acrescentaram umas às outras.

O presidente Barack Obama que sai e seu governo de ignomínia abriram caminho para que sua antítese polar complementar chegasse à Casa Branca, o que separou os EUA em dois campos distintos.

Esses dois campos podem ser designados como social-chauvinismo [Lênin, Estado e Revolução (ER)] e social-democracia respectivamente, e são dois lados da mesma moeda na política burguesa, usados agora para encobrir a realidade do sistema norte-americano altamente disfuncional. Veículos da mídia ocidental, e também Russia Today, manobram os respectivos lados dessa dicotomia polarizada, que joga a classe trabalhadora debaixo do trem.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Eleição de Trump frustrou a missão Soros-Clintons

26/1/2017, Alex Christoforou, The Duran











Bilionário, globalista dedicado a mudar regimes pelo mundo, George Soros foi apoiador gigante de Hillary Clinton durante todo o ciclo eleitoral de 2016 nos EUA.

A família Soros & Clintons é mantida coesa por uma mesma força motriz, orientada para pôr o mundo sob controle de uma super-elite, ao mesmo tempo em que remove obstáculos à total submissão de povos e nações, como identidade nacional, fronteiras nacionais, religião e valores familiares tradicionais.

Para Soros e os Clintons, se as massas subalternas não encontrarem qualquer valor com os quais se identificar, torna-se muito mais fácil controlá-las.

É o que explica o ódio que Soros e os Clintons sentem contra a Rússia e o presidente russo, Vladimir Putin.

sábado, 12 de novembro de 2016

Reação de Clinton à derrota foi terrivelmente não presidencial

12/11/2016, Adam Garrie, The Duran, Nicosia, Chipre










The Queen is no more. Long live The Don.
"E prestenção Hollande e Merkel: os próximos são 
vocês.







A reação inicial de Donald Trump à vitória foi sóbria, digna e calma. A reação histérica de Hillary à derrota foi horrenda

As reações contrastantes de Donald Trump e Hillary Clinton aos resultados das eleições nos EUA oferecem instrutivo insight quanto ao estado de prontidão individual de cada um para ser presidente.

Há notícias de que Hillary Clinton pôs-se a chorar incontrolavelmente ao se dar conta de que sua carreira política acabara. Certamente a aflige também a probabilidade de um longo retiro na cadeia. Esse comportamento demonstra que a candidata jamais teve os atributos indispensáveis para liderar coisa alguma, não, com certeza, uma potência nuclear.