segunda-feira, 30 de julho de 2018

"(B)RICS+" conflitam com guerra econômica EUA vs Irã, por Pepe Escobar

28/7/2018, Pepe Escobar, Asia Times (de Johanesburgo, África do Sul)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


NOTA DOS TRADUTORES: Nessa tradução escreveremos "(B)RICS" (o Brasil entre parênteses), para fazer lembrar que desde 2/12/2015 o Brasil vive sob golpe. Ninguém deve pressupor que, por estarem presentes à reunião dos (B)RICS, as autoridades brasileiras que lá apareçam tenham qualquer legítima representação democrática.




A principal conclusão a extrair da reunião de cúpula dos (B)RICS em Johannesburgo é que (B), Rússia, Índia, China e África do Sul – importantes players do Sul Global – condenam fortemente o unilateralismo e o protecionismo.

A Declaração de Johannesburg é perfeitamente clara: "Reconhecemos que o sistema de comércio multilateral enfrenta desafios sem precedentes. Compreendemos a importância de uma economia mundial aberta."Exame mais minucioso do discurso do presidente chinês Xi Jinping expõe detalhes agudos.

Raios de Sol Nascente: Ciclos de 5 Anos dos (B)RICS

(mas não para o Brasil do golpe [NTs]) 


14/6/2018, Yaroslav Lissovolik, Valdai Club, "Dialogue for the Future"


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

NOTA DOS TRADUTORES: Nessa tradução escreveremos "(B)RICS" (o Brasil entre parênteses), para fazer lembrar que, desde 2/12/2015, o Brasil é governado por golpistas usurpadores, e que a ação deles nos BRICS não tem qualquer representatividade democrática.
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Sob a presidência da África do Sul nos (B)RICS esse ano, e com a 10ª Cúpula dos (B)RICS prevista para julho próximo [já aconteceu] os (B)RICS completam um ciclo de seus esforços na direção de outras economias em desenvolvimento. Nos idos de 2013, foi precisamente a África do Sul que marcou o primeiro exercício de expansão relacionado a seus parceiros regionais na África.

domingo, 29 de julho de 2018

Cúpula Putin-Trump, Helsinki: a ação está na reação

26/7/2018, The Saker, Unz Review The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Agora que já passou pouco mais de uma semana desde o muito aguardado encontro de cúpula Putin-Trump em Helsinki, tive tempo para ler muitas das reações e comentários que o encontro gerou. Estou chegando à conclusão paradoxal de que aquele encontro foi ao mesmo tempo um não evento e um momento histórico de vastíssima importância. Examinemos o evento propriamente dito; depois, as consequências.

FREE ASSANGE!!! Com as homenagens da Vila Vudu a Julian Assange. VENCEREMOS!

27/07/2018, Coletivo Vila Vudu





1. 16/4/2012, Assange entrevista No.1 – “Hassan Nasrallah (Hezbollah)”

2. 25/4/2012, Assange entrevista No.2 - “Esquerda e direita, no século 21: Zizek e Horowitz”

3. 5 /5/ 2012, Assange entrevista No. 3: - “Moncef Marzouki,

Presidente da Tunísia”

4. 8/5/2012, Assange entrevista No.4 - Nabeel Rajab e Alaa Abd El-Fattah (líderes populares da Primavera árabe)

5. 16/5/2012, Assange entrevista No. 5 - Moazzam Begg e Assim Qureshi (sobreviventes de Guantánamo)

6. 22/5/2012, Assange entrevista No. 6 – “Rafael Correa, presidente do Equador

7. 29/5/2012, Assange entrevista No. 7 – “Movimento Occupy London”

8. 5/6/2012, Assange entrevista n. 8 – “Cypherpunks” (Parte 1)

9. 12/6/2012, Assange entrevista No. 9: “Cypherpunks” (Parte 2)

10. 20/6/2012, Assange entrevista No. 10: Imran Khan Niazi (candidato à presidência do Paquistão em 2018)



sexta-feira, 27 de julho de 2018

Guerra dos EUA ao Irã: informe importante, por Pepe Escobar

27.07.2018, Pepe Escobar - Facebook





"Deixem-me dar um conselhinho aos meus amigos norte-americanos: 
a última coisa que vocês devem querer na vida é arrumar briga com ESSE cara" (Pepe Escobar, Facebook)

Teerã nega que os houthis tenham atacado navios petroleiros: só jatos de guerra sauditas. Está absolutamente correto. Confirmei com três fontes diferentes. Os palhaços da CIA no instituto Stratfor – ah, sim, sou obrigado a ler, por motivos profissionais, uma montanha de porcaria – estão dizendo que o ataque justifica ação internacional. Loucura. Os iranianos estão certos: foi encenação.

O cólera alastra-se pelo Iêmen como fogo em mato seco, com mais de um milhão de doentes; desastre humanitário de proporções absolutamente monumentais. O OCIDENTE ÉTICO DO BEM NÃO DÁ NEM BOLA. Tem de proteger MBS, seu fantoche.

Há consenso em todo o Irã: se o JCPOA [acordo nuclear iraniano] não se mantém, e os europeus destituídos de espinha dorsal acabarem por boicotar as exportações de petróleo do Irã, podemos esperar um choque do petróleo semelhante ao de 1973 – de fato pior, muito pior.

E há também o caso do sinuoso mercado negro de armas atômicas. Conversei com alguns pesos pesados no Golfo Persa.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Presidente Assad: "Israel esgotou nossa paciência. O Irã permanecerá na Síria pelo tempo necessário." E Putin? Conseguirá salvar Israel das "ideias aberrantes" de Netanyahu? Por Elijah J. Magnier



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O presidente Bashar al-Assad da Síria comunicou à liderança russa que "Israel esgotou nossa paciência" (...) "Os jatos de Israel passam a ser alvos legítimos para nossos sistemas de defesa, se Telavive não cessar as provocações e se não parar de alvejar nossas posições e jatos militares". Segundo funcionários, "Assad não tem intenção de pedir que o Irã e aliados deixem o Levante enquanto houver algum território sírio ocupado." Assad incluiu as Colinas do Golan, ao se referir a 'território sírio ocupado', e também o norte da Síria onde há forças turcas e dos EUA as quais, diferentes do Irã, lá estão sem o consentimento do governo sírio.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Forças dos EUA em Al-Tanf estão cercadas pelo lado sírio e pelo lado iraquiano. Teerã desafia Washington no Iraque. Abadi já não é candidato favorito de todos, por Elijah J. Magnier

24/7/2018, Elijah J. Magnier, Bagdá, Elijah J. Magnier Blog


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O fim da ocupação pelo 'Estado Islâmico' (ISIS) de um terço do Iraque, e a retomada do controle sobre todo o território pelas forças do governo não estão trazendo paz e estabilidade à Mesopotâmia.

Em várias províncias do sul a população tomou as ruas em protestos contra a falta de serviços básicos que o país sofre já há mais de uma década. Além disso, apesar do acordo de todos os partidos quanto aos resultados das recentes eleições parlamentares, não será fácil escolher um primeiro-ministro. E não é tudo: problemas continuam na Mesopotâmia, com o braço de ferro entre o Irã e os EUA, que se aprofunda. 

O atual primeiro-ministro Haidar Abadi já não é o candidato preferido do Irã, embora continue preferido dos EUA e de seus parceiros regionais no Oriente Médio. A grande questão é: no caso de ser eleito o candidato preferido de um ou outro, quem governará o Iraque, o Irã ou os EUA? Os dois lados estão empenhados em vencer e usando todos os meios disponíveis para promover a agenda do respectivo candidato.

Imã Khamenei: "Se as exportações de petróleo do Irã forem bloqueadas, nenhum outro país nessa região exportará petróleo."



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

"Na verdade, nada há de errôneo na diplomacia ideológica. Esforços para convencer a opinião pública de que haveria contradição entre ideologia [política ou religiosa] e interesses nacionais são errados e ilógicos. (...) O objetivo de termos criado a República Islâmica é salvaguardar os interesses nacionais, a independência, a liberdade, a justiça social, além do poder e da segurança nacionais. A ideologia da República Islâmica do Irã [ing. IRI] visa a promover e proteger os interesses nacionais e é definida como a identidade da nação".
[Aiatolá Khamenei, Teerã, 21/7/2018, aqui traduzido para finalidades didáticas, tradução de trabalho, não oficial]
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Principais mercados do petróleo iraniano


O ministro de Relações Exteriores do Irã, pessoal e altos funcionários, além de embaixadores do Irã e diplomatas que servem em outros países reuniram-se hoje pela manhã [sábado, 21/7/2018], com o líder da Revolução Islâmica, Aiatolá Khamenei.

Nessa reunião, o líder da Revolução Islâmica referiu-se ao pressuposto de que os problemas do Irã poderiam ser resolvidos por negociações ou relacionamento com os EUA como "erro evidente", e acrescentou: "Os EUA têm questões de base contra a essência do establishmentislâmico. Além disso, muitos países na África, Ásia e América Latina mantêm relações com os EUA e todos enfrentam muitos problemas."

Referindo-se à hostilidade profundamente enraizada nas práticas contra a República Islâmica, o Aiatolá Khamenei reiterou que "os funcionários norte-americanos anseiam por recuperar a posição e o status de que desfrutaram no Irã antes da Revolução Islâmica de 1979 e não se satisfarão com menos que aquilo."

A verdadeira razão pela qual os EUA precisam falar com a Rússia, por Pepe Escobar

21/7/2018, Pepe Escobar, Asia Times


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Historiadores do futuro bem poderão identificar o discurso do presidente Putin da Rússia, dia 1º de março de 2018, como um dos marcos que virou o jogo no Novo Grande Jogo no século 21 na Eurásia. Os motivos disso estão detalhados em minúcias em Losing Military Supremacy: The Myopia of American Strategic Planning, um novo livro do analista militar/naval russo Andrei Martyanov.


Martyanov é excepcionalmente qualificado para a tarefa. Nascido em Baku, no início dos anos 1960s, foi oficial da Marinha da URSS até 1990. Mudou-se para os EUA em meados dos anos 1990s e trabalha atualmente como diretor de laboratório numa empresa da indústria aeroespacial. É membro de grupo extremamente rarefeito de altos analistas militares/navais especializados na relação EUA-Rússia.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

A derrota do Sorosismo

17/7/2018, Vox Popoli, comenta STEINBERGER, Michael, "George Soros Bet Big on Liberal Democracy. Now He Fears He Is Losing" [George Soros apostou pesado na democracia liberal. Hoje teme estar perdendo], 17/7/2018, publicado em NYT Magazine.


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

ATENÇÃO: EXCLUÍRAM-SE do texto abaixo TODAS AS MUITO NUMEROSAS REFERÊNCIAS E TODOS OS COMENTÁRIOS CONTRA A RÚSSIA E CONTRA O PRESIDENTE PUTIN. Os tradutores tentam assim salvar uma leitura interessante, sem se deixar engambelar pelo asneirol anti-Rússia e anti-Putin do New York Times. 

Não se deve esquecer que em 2015 Putin expulsou da Rússia a ONG de Soros, classificada como organização estrangeira e ameaça à segurança nacional dos russos. Até ali, Soros havia gasto $250 milhões num primeiro programa 
para revisar os livros escolares russos e treinar professores russos para que promovessem "o pensamento liberal de Soros". Trump também fala mal de Soros sempre que pode, o que bastaria para fazer de Soros santo, aos olhos do NYT, da Folha de S.Paulo, de O Estado de S.Paulo e coisa e tal [NTs].
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"Em Londres nos anos 1950s, Soros era aluno do filósofo austríaco expatriado Karl Popper, que pregava a noção de uma "sociedade aberta", na qual a liberdade individual, o pluralismo e a pesquisa livre prevaleceriam. Esse conceito de Popper tornou-se a causa da vida de Soros.

Hoje é causa já praticamente derrotada. [...] Polônia e Hungria caminham na mesma direção [do autoritarismo]. Com a vitória eleitoral de Donald Trump nos EUA – onde Soros é dos principais doadores a favor de candidatos Democratas e grupos [supostos] progressistas, e com a força cada vez maior de grupos de direita na Europa Ocidental, a visão de Soros, de uma democracia liberal está ameaçada, nessas suas fortalezas que resistiram por décadas.

França à moda Macron: o caso Benalla

23/7/2018, Cole Stangler, Jacobin Magazine


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Um dos principais auxiliares de Emmanuel Macron foi flagrado fantasiado de policial da Polícia Antitumultos espancando manifestantes nas ruas de Paris. É escândalo que simboliza uma presidência.



Poucas horas depois da marcha anual do 1º de maio esse ano em Paris, centenas de estudantes que protestavam reuniram-se numa pequena praça no Quartier Latin, com planos para se manifestarem contra reformas na educação. Mas foram imediatamente atacados pela Polícia, com violência.

Num dos incidentes — filmado por um ativista do partido France Insoumise da esquerda francesa, e fartamente noticiado nos dias seguintes – um grupo de policiais da Polícia Antitumultos jogou um manifestante pacífico e desarmado ao chão, e puseram-se a espancá-lo repetidas vezes, com os cassetetes.

Sem novidades, não fosse o fato de que nem todos os espancadores eram policiais.

O árabe foi idioma oficial do Estado de Israel por 70 anos, dois meses e cinco dias. Dia 19/7/2018, deixou de ser.


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Polícia Israelense de Fronteira guarda a entrada da Porta de Damasco na Cidade Antiga de Jerusalém, 21/9/2016 (Yonatan Sindel/Flash90)

Não há razão prática para a mudança e, de fato, a “Lei do Estado Nacional Judeu,” que aboliu o árabe como idioma oficial, garante basicamente que o árabe conservará todas as vantagens de idioma oficial, apesar de o título ter-lhe sido usurpado.

Assim sendo, por que alterar o status quo do idioma árabe nos últimos mais de 70 anos? Porque, como muitas vezes acontece, o que a lei diz e o fato de ela dizer são mais importantes do que o que a lei faz.

Pode-se considerar a Lei do Estado Nacional Judeu a partir de dois pontos de vista. Há a mensagem que a lei envia aos judeus: uma afirmação positiva de Israel como o estado-nação judeu; como pátria dos judeus; como estado dos judeus; uma mensagem nacionalista de autoafirmação que diz 'esse país é de vocês, judeus, e só de vocês'.

Trump e o tique-taque da bomba-relógio



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O comentário adiante foi escolhido pelo moderador HS, entre os comentários ao postado “Is President Trump A Traitor Because He Wants Peace With Rússia?” [Presidente Trump seria traidor por querer paz com a Rússia?] (16/7/2018, Paul Craig Roberts Blog). O moderador achou interessante o comentário, com bons insights sobre a conferência de imprensa de Helsinki.


Comentário de Nonlinear equation
Alô, cá da Rússia.

Estou com a sensação de que ou as pessoas não ouvem o que Putin diz, ou não compreendem o que ele diz, ou as palavras dele são deliberadamente traduzidas pela metade ou erradamente, para os EUA.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

MoA: Israel declarou-se estado de apartheid

19/7/2018, Moon of Alabama


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Hoje, Israel declarou-se estado de apartheid:

"O Knesset [parlamento israelense] aprovou nessa 5ª-feira uma lei muito controversa que define Israel oficialmente como pátria nacional do povo judeu e afirma que "a realização do direito de autodeterminação em Israel é exclusivo para o povo judeu", com 62 deputados votando a favor da nova lei, e 55 contra.
...
A lei do estado-nação também inclui cláusulas pelas quais uma "Jerusalém unida" é a capital de Israel; e o hebraico é idioma oficial do país. Outra cláusula diz que "o estado vê o desenvolvimento de assentamentos [são colônias (NTs)] como valor nacional e agirá para encorajar e promover o estabelecimento e a consolidação [de mais colônias]."




"A lei, que tem status de lei básica (aproximadamente o mesmo de uma lei constitucional em países que têm Constituição escrita), foi aprovada na madrugada da 5ª-feira por 62 votos a favor e 55 contra, depois de horas de discussão e debates ferozes. Entrará em vigor logo que seja publicada no Diário Oficial do Knesset.
...
Numa cláusula que enfureceu os deputados árabes, a lei declara explicitamente que "o direito de exercer autodeterminação nacional no Estado de Israel é exclusivo do povo judeu."


A lei determina a segregação:


[parte da lei visa a promover o] "estabelecimento e a consolidação de assentamentos de judeus".


Israel jamais definiu as próprias fronteiras. Apossou-se ilegalmente de toda a terra pública na Cisjordânia ocupada. Essa terra passa agora a ser garantida com exclusividade a colonos judeus:


"Ao longo das cinco décadas de controle sobre a Cisjordânia, Israel demarcou como terra pública centenas de milhares de acres, e alocou quase metade disso para uso público.

Mas apenas 400 desses acres – 0,24% do total da terra alocada até agora – foi destinada a ser usada por palestinos, segundo dados obtidos por um grupo que se opõe às colônias em terra palestina, e que recebeu informações solicitadas nos termos da lei da liberdade de informação. Cerca de 80% da população da Cisjordânia são palestinos.
O grupo Peace Now disse que os demais 99,76% da terra foi entregue para uso de colonos israelenses."

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Conversações de Helsinki Trump tenta reequilibrar o triângulo global

17/7/2018, Moon of Alabama


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


"No futuro hoje previsível, o mundo terá três centros de poder. Uma Anglo-América atlanticista, Rússia e China. (A Europa, envelhecida e desunida, irá para onde os ventos a levem.) Esses centros de poder jamais farão guerra direta uns contra outros, mas não pararão de criar situações para desestabilizar as respectivas periferias. Coreia, Irã e Ucrânia estarão no centro desses conflitos. E interesses na Ásia Central, na América do Sul e na África também terão papel e peso."


As reações dos EUA polidos à conferência de imprensa dos presidentes Trump e Putin são engraçadíssimas. A 'mídia' está enlouquecendo. Parece que foi Pearl Harbor, Golfo de Tonkin e 11/9 tudo no mesmo dia. A guerra começa amanhã. Mas contra quem?

Por trás do pânico estão visões de Grande Estratégia que competem entre elas.

Agora, relendo a transcrição dos 45 minutos da conferência de imprensa (vídeo, ing.), pareceu-me tediosa. Trump nada disse que já não tivesse dito. Poucas referências ao que os dois presidentes realmente disseram, sobre o que realmente conversaram e em que pontos se acertaram. Mais tarde, Putin disse que a reunião foi mais substantiva do que havia previsto. Do que falaram a sós, haverá poucos vazamentos, se houver. Para compreender o que aconteceu, teremos de esperar para ver como se desenvolverão agora as situações nas várias áreas de conflito, na Síria, na Ucrânia e em outros pontos.

O lado 'liberal' dos EUA fez de tudo para impedir que o encontro acontecesse. A recente acusação encaminhada por Mueller foi cronometrada para sabotar o encontro. Antes da reunião em Helsinki, o New York Times retuitou uma charge homofóbica já publicada há três semanas, em que Trump e Putin são mostrados como amantes. 

É realmente uma desgraça para a "Grey Lady" [lit. "A Dama Grisalha", o New York Times[1]] publicar tal lixo, mas dá o tom que os demais repetirão incansavelmente. Depois da conferência de imprensa, os agentes de campo anti-Trump de sempre entraram em surto:

Rolê pelo lado selvagem. Trump encontra Putin na Estação Finlândia, por Pepe Escobar

17/7/2018, Pepe Escobar, Asia Times


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


"Todo mundo tinha de pagar e pagava
um michê aqui, um michê ali"
Rolê pelo lado selvagem (Lou Reed)

"O outro elemento do gênio de Marx é uma intuição psicológica peculiar: ninguém jamais enxergou com olhos tão implacáveis a infinita capacidade humana de não perceber ou de encarar com indiferença a dor que infligimos aos outros, quando temos oportunidade de tirar algum lucro, da dor infligida" (WILSON, Edmund, Rumo à Estação Finlândia. Escritores e Atores da História, trad. Paulo Henrique Brito. São Paulo: Companhia das Letras, 1972).*
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"A Guerra Fria é coisa do passado". Quando o presidente Putin disse tal coisa, nos comentários preliminares à conferência de imprensa que os dois presidentes, Trump e Putin deram em Helsinki, já era claro que não poderia durar. Não depois de tamanho investimento, dos conservadores norte-americanos, na Guerra Fria 2.0.

Russofobia é indústria que opera 24 horas/dia, 7 dias/semana, e inclui tudo e todos, também a mídia-empresa vassala, que permanece lívida de fúria ante a "amaldiçoada" conferência conjunta Trump-Putin. Trump está em "colusão" com a Rússia. Traidor. Como pode o presidente dos EUA promover a "equivalência moral" com um escroque de fama mundial"?

Não faltaram oportunidades para surto de indignação apoplética.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Sabotadores da paz correm para Helsinki - Agora, é Trump contra o Partido da Guerra

16/7/2018, Justin Raimondo, Antiwar.com


Traduzido (e comentado) pelo Coletivo Vila Vudu






Se ainda houvesse qualquer dúvida de que a boataria chamada "Russia-gate" [lá; cá no Brasil-do-golpe, a boataria chama-se "Lava-Jato"] é esquema inventado pelo Partido da Guerra [lá; aqui é inventado pela tucanaria e paulistada do PMDB kurruptos plus STF-com-tudo] para tentar salvar sua fracassada política exterior [lá; aqui é para salvar o autocu deles mesmos] e depor presidente democraticamente eleito [nos EUA, Trump; no Brasil, o presidente Lula], nesse caso a acusação formal feita por Robert Mueller [lá; e pelos Moros-Dalanhóis-STF-4 & STF-com-tudo, cá] de 12 supostos agentes do serviço secreto russo (GRU), acusados de "interferir" nas eleições de 2016 [lá; aqui todo mundo é formalmente acusado de corrupção, exceto os mais conhecidos, identificados, fotografados e premiados pela Globo corruptos do Brasil,], resolve a questão de uma vez por todas.

Querem que todos acreditemos que foi simples coincidência a acusação ter sido divulgada exatamente na véspera de Trump encontrar-se com o presidente da Rússia Vladimir Putin em Helsinki?

Acusação de 12 indivíduos que jamais contestarão as acusações, e que não terá de ser provada acima de qualquer dúvida razoável em tribunal legal – é distribuída para quem? Não para algum júri competente, mas para os jornais e televisões. Só propaganda. Pura propaganda para sabotar o encontro entre Trump e Putin – uma iniciativa Helsinki de paz –, antes mesmo de a reunião acontecer!

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Encontro Putin-Trump em Helsinki: Objetivos maiores que Síria e o Oriente Médio, por Elijah J. Magnier




Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Presidentes Vladimir Putin e Donald Trump (...) discutiram em Helsinki, Finlândia, questões muito mais importantes que eventos no Oriente Médio. Apesar da importância intrínseca, a situação na Síria não é tão urgente quanto esclarecer as intenções dos EUA em relação à Rússia e o desejo potencial de ambas as partes de desenvolver o relacionamento comercial-militar-de segurança entre os dois países.


Os EUA parecem não ter compreendido até hoje que a Rússia não tem qualquer intenção de engajar-se numa guerra nem numa corrida armamentista, cujos resultados seriam caríssimos para os dois lados. Ao contrário, Putin aspira a uma cooperação comercial com Trump e à abertura dos mercados mundiais, com benefício para a prosperidade econômica em todo o mundo.



Os EUA parecem viver ainda o complexo dos "vermelhos" (os partidos comunistas), apesar de a União Soviética comunista já não existir, nem o Partido Comunista da União Soviética. A realidade por trás da abordagem agressiva dos EUA contra a Rússia tem a ver com disputas pela dominação planetária ou (dito talvez mais claramente), só tem a ver com a "contribuição" dos russos para pôr fim à hegemonia mundial dos EUA.

EUA: "Sairemos de al-Tanf e do norte, se Irã sair da Síria." por Elijah J. Magnier

13/07/2018, Elijah J Magnier, Blog


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu






Alto funcionário do governo sírio informa que "EUA enviaram mensagem ao presidente Bashar al-Assad da Síria, para informar sobre o que deseja o establishment dos EUA. Segundo a mensagem, haveria um projeto de Israel compatível com o projeto de Donald Trump de retirarem as respectivas forças da Síria com o mínimo dano possível. Trump gostaria de evitar o destino dos soldados norte-americanos durante os anos de Georges Bush, quando milhares de soldados norte-americanos foram mortos em ação".

Segundo a mesma fonte envolvida em supervisionar toda a operação militar para os últimos anos de guerra na Síria, "o presidente Assad respondeu com absoluta clareza ao establishment norte-americano. "A Síria" – disse Assad – "está decidida a libertar todo o território sírio sejam quais forem as consequências. Todos sabemos que há um preço a pagar pela libertação do norte da Síria, ainda ocupada por EUA e Turquia, forças que não foram convidadas pelo governo sírio. É preço que pagaremos, se for preciso pagar."

A Cruzada Geopolítica de Trump

14/7/2018, Rostislav Ishchenko, uckraina.ru, in Stalkerzone [trad. ru.-ing. Ollie Richardson e Angelina Siard, in The Vineyard of the Sakerversão aqui retraduzida]


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Apesar de não concordar com inúmeros pontos trazidos no 
artigo, o Blog o publica para que o leitor faça seu julgamento.




Se se aborda essa questão com sensibilidade, sem excesso de emoções, logo se vê claramente que o "imprevisível Trump" é, na verdade, mais previsível que o "previsível Obama".


Ouvimos incontáveis vezes que Trump seria o empresário que não entende de política e age com ousadia e firmeza, mas atira para todos os lados, sem sistema, e estaria destruindo a ordem ocidental existente sem nada oferecer em troca. Será mesmo?