11/12/2015, Moon of Alabama
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu
Depois que os EUA invadiram o Iraque, o vice-cônsul dos EUA Paul Bremer tentou instalar lá um governo iraquiano escolhido por ele. O mais alto clérigo na hierarquia religiosa xiita no Iraque, o Grande Aiatolá Sistani, exigiu votação democrática. E a questão foi decidida. Não houve meio pelo qual os EUA conseguissem derrubar o édito de Sisitani, sem provocar revolta massiva dos 65% dos iraquianos, que são xiitas e seguem a orientação de Sistani. Bremer foi obrigado a curvar-se.
Agora, o mesmo Aiatolá Sistani tomou posição contra a invasão turca ao Iraque:
O mais alto clérigo dos xiitas iraquianos, o Grande Aiatolá Ali al-Sistani, ordenou ao governo do país, na 6ª-feira, que "não tenha qualquer tolerância" com agressões à soberania do país, depois que a Turquia infiltrou tropas pesadamente armadas no norte do Iraque.
O porta-voz de Sistani, Sheikh Abdul Mehdi Karbala'i, não nomeou explicitamente a Turquia, mas discussão sobre o deslocamento de tropas já azedou fortemente as relações entre Ancara e Bagdá, que nega ter concordado com qualquer ação dos turcos em território iraquiano.
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"O governo iraquiano é responsável por defender a soberania do Iraque, e não deve tolerar nem aceitar agressões a ela, sejam quais forem as justificativas e necessidades" – disse Karbalai'i num sermão semanal.
A questão portanto está resolvida: as tropas turcas têm de sair do Iraque ou terão de derrotar todos os xiitas do Iraque (e do Irã). Se Erdogan fosse esperto, ordenaria imediatamente que todas as tropas turcas estacionadas perto de Mosul saíssem do Iraque.
O presidente Vladimir Putin da Rússia também aumentou a pressão sobre a Turquia: