Com as notícias de que se intensifica a ação militar dos russos na Síria, com novos passos afirmativos em andamento, o resto do mundo vê-se colhido numa mistura complexa de emoções, que vão do pavor à gratidão, ansiedade, desapontamento, frustração e medo, com várias outras entre uma e outra dessas. Variem as emoções como variarem, todos os observadores manifestam o mesmo ar de incredulidade.
Já parece excesso de ousadia afirmar qual seria o principal ponto de vista de cada um dos grandes acionistas envolvidos, imagine falar de todos eles, de modo que faça sentido geral. Mesmo assim, se se consideram simultaneamente todas as linhas principais, o quadro fica muito mais claro.
Pode-se dizer, quase sem sombra de dúvida e conclusivamente, que os ataques russos, de uma semana, não mais que isso, foram muito mais efetivos que os da coalizão liderada pelos EUA ao longo de um ano inteiro, ou quase. As notícias sobre missões russas não são muito detalhadas. Vêm aos pedaços, sem o manto de purpurina e tecnicolor hollywwodiano ao qual nos habituamos desde 1991 e a Operação Tempestade no Deserto, no Iraque.
Mas o fato de que os inimigos do governo legítimo da Síria estão incomodados, para dizer o mínimo, é indicação clara de que os ataques russos estão alcançando seus objetivos.