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domingo, 11 de novembro de 2018

(B)RIC(S) depois de Bolsonaro, por Ghassan Kadi

8/11/2018, Ghassan Kadi, The Saker Blog

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



A sigla BRICS designa a ‘aliança’ que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Mas, e com todo o respeito por Brasil e África do Sul, BRICS resume-se efetivamente a RIC ou IRC ou CRI e outras fórmulas [(B)RIC(S)].

Com Rússia, Índia e China, não interessa em que ordem, aí está o futuro da Eurásia; setor praticamente nunca mapeado onde vive 1/3 de toda a população do planeta; vasta porção de massa terrestre, rica em recursos, não só recursos humanos, e só esperando o melhor momento para pôr sua marca na história.

sábado, 3 de março de 2018

Quem faz o que na Síria (2/2): Síria assume a iniciativa

26/2/2018, Ghassan Kadi, The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Ver também

Quem faz o que na Síria e por que (1/2)10/2/2018, Ghassan Kadi (traduzido em Blog do Alok)
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Em meu artigo anterior "Quem faz o que na Síria e por que", expressei minha visão de que é altamente improvável uma guerra total na Síria. De fato, essa tem sido minha visão, sem alterações, já há anos, contra as teorias belicistas pró-guerra total que sugeriam que os EUA estariam a um passo de bombardear a Síria e reduzir o país a ruínas.

Isso, porque sempre acreditei que a Síria é diferente de todos os demais países contra os quais os EUA inventaram guerras; a Síria tem foguetes que podem alcançar Israel, e basta isso, como fator de contenção que blinda a Síria, com que outros países não podem contar. Se essa realidade formou a base do que se tornou uma sólida aliança entre Síria e Rússia, nada aí deveria nos surpreender.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Quem faz o que na Síria e por que

10/2/2018, Ghassan Kadi, The Vineyard of the Saker


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu






Parece que cada vez que chega ao fim um capítulo na guerra contra a Síria, novo fator vem à tona. Como aconteceu antes na guerra civil 1975-1989 no Líbano, e que começou com um confronto entre a Organização de Libertação da Palestina, OLP, e a milícia falangista libanesa de direita, e acabou com o Líbano invadido por Israel, a guerra contra a Síria é hoje guerra completamente diferente da que começou há sete anos.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Erdogan, o previsível

26/10/2015, Ghassan Kadi, The Vineyard of the Saker





Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu






Devo agradecer ao meu querido amigo Andrew Korybko, pela inspiração para escrever esse artigo. Depois que Korybko entrevistou-me, há alguns dias, em seu programa Redline na Sputnik Radio, ficou claro para mim que muitos observadores veem Erdogan como personagem mercurial, o que ele é. Contudo, se se examinam sua ideologia e sua história, muitos se surpreenderão, provavelmente, ao descobrir que é homem muito mais previsível que muitos outros governantes.



Confessar que não visito a Turquia desde o final de 1983. Entre o início de 1982 e o final de 1983, fiz no mínimo dez viagens de trabalho à Turquia. Um dos truques que aprendi foi fazer minhas refeições no hotel e incluí-las na conta a ser paga na minha partida. Para pequenas despesas em dinheiro, também aprendi a nunca converter mais de 100 dólares norte-americanos, por causa da rápida depreciação da lira turca. Assim, cada vez que convertia 100 EUA-dólares, mais dinheiro turco eu recebia; e deixando para pagar a conta do hotel no último momento, era garantido que pagaria sempre o menor preço possível.

Muita coisa mudou desde então, e sem dúvida no front econômico. A Turquia hoje se orgulha de ser a 16ª economia do mundo. Tem-se de reconhecer os sucessos de Erdogan no front econômico. Em curto tempo, ele converteu a economia turca, de estado quase falido, em economia industrial viável e competitiva. Com economia mais rica, Erdogan desenvolveu melhor atenção à saúde e melhores serviços sociais em geral, com o que ganhou prestígio e apoio.

A Turquia também mudou, de nação com características, ares e trajes liberais à ocidental, para nação que tem governo islamista em espírito, ares, trajes e aspirações.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Putin – o incrível Abou Ali

07/10/2015, Ghassan Kadi, The Vineyard of the Saker



Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Com as notícias de que se intensifica a ação militar dos russos na Síria, com novos passos afirmativos em andamento, o resto do mundo vê-se colhido numa mistura complexa de emoções, que vão do pavor à gratidão, ansiedade, desapontamento, frustração e medo, com várias outras entre uma e outra dessas. Variem as emoções como variarem, todos os observadores manifestam o mesmo ar de incredulidade.


Já parece excesso de ousadia afirmar qual seria o principal ponto de vista de cada um dos grandes acionistas envolvidos, imagine falar de todos eles, de modo que faça sentido geral. Mesmo assim, se se consideram simultaneamente todas as linhas principais, o quadro fica muito mais claro.


Pode-se dizer, quase sem sombra de dúvida e conclusivamente, que os ataques russos, de uma semana, não mais que isso, foram muito mais efetivos que os da coalizão liderada pelos EUA ao longo de um ano inteiro, ou quase. As notícias sobre missões russas não são muito detalhadas. Vêm aos pedaços, sem o manto de purpurina e tecnicolor hollywwodiano ao qual nos habituamos desde 1991 e a Operação Tempestade no Deserto, no Iraque. 

Mas o fato de que os inimigos do governo legítimo da Síria estão incomodados, para dizer o mínimo, é indicação clara de que os ataques russos estão alcançando seus objetivos.