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domingo, 11 de novembro de 2018

Abe reúne-se com Xi, depois com Modi: Nova ‘Esfera Asiática de Cooperação’? Por F. William Engdahl



Da série “EUA perderam”: 
Pra EUA sóssobrô BB&MoMo 
(Brasil de Bolsonaros e Moro&Morão)
(3/3) EUA perderam o Japão”

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



Uma das consequências mais importantes da guerra comercial que o governo Trump faz contra China e também contra o Japão, é o recente encontro econômico-diplomático entre o primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe e o presidente da China Xi Jinping em Pequim. É não só porque é a primeira visita de qualquer primeiro-ministro japonês, em sete anos, desde o resfriamento das relações, por efeito de disputa por ilhas no Mar do Leste da China. Também é consequência importantíssima porque sugere que uma nova estratégia política e econômica pode estar emergindo na mais ampla esfera econômica da Ásia. Horas depois de ter deixado Pequim, Abe recebeu em Tóquio a visita do primeiro-ministro Narenda Modi em Tóquio. Significará, toda essa movimentação, que está emergindo um novo flanco no mundo multipolar? Ou tudo não passa de política esperta, de Abe ?

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Por trás da Guerra anglo-norte-americana contra a Rússia, por F. William Engdahl

11/9/2018, F. William Engdahl, New Eastern Outlook


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Talvez os EUA até tenham tido uma chance durante os tempos Obama, quando a secretária de Estado Hillary Clinton propôs aquele divertido "Reset" nas relações EUA-Rússia ao então novo governo de Medvedev, depois que Medvedev trocou de lugar com Putin no cargo de primeiro-ministro em março de 2009. Se Washington tivesse sido um pouco mais sensível e tivesse oferecido alternativas sérias a serem negociadas, é concebível que Washington estivesse hoje blindada, em termos geopolíticos, contra o segundo maior problema que enfrenta no Continente Eurasiano, a saber, a República Popular da China.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Guerras comerciais dos EUA contra a China: o que realmente está em disputa, por F. William Engdahl

3/9/2018, F. William Engdahl[1] (Website)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



A bizarra e em ininterrupta escalada "guerra comercial" que Washington move contra os chineses nada tem a ver com equilibrar superávits comerciais. E parece que, agora, os chineses já concluíram também nessa direção. Tudo ali tem a ver com assalto frontal contra a estratégia chinesa de se autoconverter em país líder, de economia avançada, autoconfiante, em pés de igualdade, no campo da tecnologia com o ocidente e, possivelmente, ainda mais avançada. Essa é basicamente a meta da estratégia nacional econômica de Xi Jinping, Made in China: 2025.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Silenciosa arma de Washington, para guerras nada silenciosas, por F. William Engdahl - Com atualização de Pepe Escobar

20/8/2018, F. William Engdahl, New Eastern Outlook, NEO

+ ATUALIZAÇÃO: 
Pepe Escobar, 22/8/2018, Facebook, 14h50 (hora BSB) (no final)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



Hoje, a mais mortal das armas de destruição em massa do arsenal de Washington não está no Pentágono nem é qualquer daquelas armas de matar tradicionais. É arma silenciosa: a capacidade que tem Washington para controlar a oferta global de dinheiro, de dólares, mediante ações do banco (privado) Federal Reserve coordenadas com o Tesouro dos EUA e seletos grupos financeiros ativos em Wall Street.

Desenvolvida ao longo de décadas, desde que dólar e ouro foram separados por ato de Nixon, em agosto de 1971, o controle sobre o dólar é arma financeira contra a qual poucas nações, talvez nenhuma, têm hoje condições de enfrentar, pelo menos ainda não, até esse momento.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

UE caiu na armadilha de Washington, para a guerra comercial anti-China, por F. William Engdahl

10/8/2018, F. William Engdahl, New Eastern Outlook, NEO


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Embora muitos na União Europeia (UE) tenham respirado aliviados ante o aparente sucesso das recentes conversações sobre tarifas comerciais entre Juncker, presidente da Comissão da UE, e o governo Trump, na realidade parece que Washington conseguiu arrastar ardilosamente a UE, especialmente a Alemanha, a fechar a porta contra qualquer possível colaboração com a China para o desenvolvimento comercial e econômico. Apesar de haver problemas com a política econômica da China, os recentes desenvolvimentos sugerem que se criou algum consenso na UE para dar as costas aos monumentais potenciais do espaço econômico eurasiano com centro na China, a favor de uma aliança com EUA e com o Japão – ambos países hostis ao desenvolvimento da China. É desdobramento que pode ferir gravemente o desenvolvimento da economia da UE.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Sobre 'Made in China: 2025’ (o que o ocidente teme), por F. William Engdahl

3/8/2018, William Engdahl, New Eastern Outlook, NEO


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




O governo Trump tomou a estratégia chinesa de transformação industrial "Made in China: 2025" ou, resumidamente, China 2025, como alvo explícito de sua atual guerra comercial contra a República Popular da China. Os principais países industrializados do ocidente, inclusive a Alemanha, estão compreensivelmente alarmados. Mas estão dez anos atrasados, e até agora se recusam tolamente a colaborar com a China em desenvolvimentos chaves, inclusive da nova iniciativa "Rota da Seda" ou "Iniciativa Cinturão e Estrada", ICE. Aqui quero indicar em rápidas pinceladas o que a China está fazendo. Em artigos adiante discutirei algumas falhas nos fundamentos dessa estratégia industrial chinesa. Aqui se trata de ajudar a compreender o que o projeto "China 2025" representa para o domínio da indústria ocidental.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

UE: Bancos salvam a crise e acabam com a Grécia, por F. William Engdahl

13/7/2018, F. William Engdahl, New Strategic Outlook


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu




Com fanfarras, no final de junho, os 19 ministros das finanças da zona do euro na UE anunciaram o fim da crise da dívida grega, que se arrasta por oito anos e levou toda a estrutura do euro à convulsão mais profunda que o sistema conheceu até hoje. Infelizmente, é nada. Só profunda, completa encenação. Os ministros da União Europeia recusaram-se a cancelar a dívida do estado grego. Em vez disso, encenaram uma capitalização destrutiva dos juros da dívida existente, semelhante ao que Washington fez à América Latina nos anos 1980s. É perfeitamente justificável que todos nos perguntemos o que está realmente acontecendo.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

EUA tentam manter a hegemonia do dólar: Única novidade nas guerras econômicas de Trump são os tuítos, por F. William Engdahl

30/6/2018, F. William Engdahl, Global Research, Canadá


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu



A única novidade na guerra econômica promovida pelo governo Trump, assalto calculado contra amigos e inimigos, de Rússia à China, ao Irã, à Venezuela e à União Europeia , a chamada 'guerra das tarifas', é que, dessa vez, há um presidente que se serve de tuítos como arma de guerra, para desequilibrar o planeta. Desde pelo menos o final dos anos 1970s, Washington serve-se rotineiramente de táticas similares de chantagem econômica e desestabilização, para forçar o que já se converteu em dominação global, não de bens produzidos pelos EUA, mas do dólar como moeda mundial de reserva.

Já por quase cinco décadas, desde 15/8/1971, Washington e Wall Street servem-se de sua posição dominante para forçar dólares papel-moeda inflados pelo mundo, provocar bolhas financeiras e, subsequentemente, empurrar a dívida para níveis impossíveis, até o colapso.



O ponto mais essencial a compreender sobre as ditas "guerras comerciais" de Trump é que nada têm a ver com comércio ou com corrigir o comércio ou algum desequilíbrio nas moedas com os parceiros de exportações dos EUA. Esse mundo foi descartado em 1971 por Nixon e conselheiros.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Europa na encruzilhada: Sistema atlântico cai aos pedaços, por F. William Engdahl

15/6/2018, F. William Engdahl, New Eastern Outlook, NEO


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu:

Inscreve-se nesse quadro o golpe no Brasil-2016 – quando a CIA, operando com políticos-empresários corruptos do 'agronegócio', das 'comunicações', da Bíblia e das finanças de São Paulo e Rio de Janeiro e do crime organizado estabelecido no Congresso-BR, derrubou governo democrático eleito; e em seguida meteu na cadeia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato preferido dos eleitores em todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições desse ano. Lula jamais cometeu qualquer crime, mas jamais desistiu de combater a brutal desigualdade social – desigualdade que, hoje
até o FMI está obrigado a dizer que combate!

Problema, aí, é o seguinte: 
CIA e seus políticos-empresários alugados têm muito mais medo de governos populares igualitaristas – que chamam em tom de desprezo de "populistas", como se ser popular fosse crime –, do que temem governos soberanistas.
O governo democrático do Brasil que a CIA derrubou sequer era soberanista no sentido bélico da disputa. No máximo, em matéria de soberanismo, era governo bolivariano, quer dizer, queria a integração latino-americana. Nosso governo Lula-Dilma não foi derrubado por ser bolivariano.

Nosso governo Lula-Dilma foi derrubado porque era igualitarista – simplesmente popular igualitarista; de fato, apenas muito docemente popular igualitarista, como Lula nunca negou, escreveu e assinou na "Carta ao povo brasileiro", em 2002.

Mas governos populares igualitaristas sejam como forem, até os mais doces, quando prosperam, estabelecem-se e criam condições objetivas efetivas para se manterem no poder. Se conseguem, pode acontecer de se tornarem cada vez mais igualitaristas e +homogeneamente bem-sucedidos e, por isso, cada vez mais elegíveis... O que pode ajudar a demonstrar – pelo menos no plano lógico-teórico libertário otimista – que democracia que realmente vise a se reproduzir democraticamente, com vistas sempre a mais ampla democratização, sempre tende ao igualitarismo.

Diferentes de governos soberanistas – que podem ser 'disciplinados' à bomba e à bala ou com Hollywood e televisão, universidades liberais e uma gangue de bispos de imbecilizamento por TV –, governos igualitaristas bem-sucedidos são praticamente invencíveis ou, no mínimo, não se deixam explorar tão facilmente, nem se deixam derrubar sem resistência.

Sem conhecer o estado terminal em que está hoje o 'sistema atlântico' que gravita em torno do EUA-dólar e do assalto às periferias do planeta, a favor 'do centro', não se pode compreender suficientemente:

(a) a ameaça existencial que as democracias nacionais igualitaristas impõem, em tese, a todo o sistema de exploração global atlanticista que gira em torno dos EUA; nem

(b) a ameaça existencial que 
um governo democrático igualitarista no Brasil (praticamente 'uma China' implantada no quintal dos EUA) impõe, muito concreta e diretamente, ao tal 'sistema atlântico'.

Em liquidação terminal, os EUA e seus financistas sionistas puseram-se a atirar para o lado da América Latina (depois, claro, de terem destruído parte considerável do Oriente Médio, mas não todo o Oriente Médio).

Os demais (B)RICS defenderam-se adequadamente. A Síria derrotou o 'ocidente' em armas, com luxuoso auxílio dos russos. A Venezuela bolivariana resiste, com auxílio luxuoso de russos e chineses. E os iranianos 
não são "liberais como Allende e Mossadegh, que a CIA derruba quando quer", como disse o aiatolá Ali Khamenei, hoje supremo líder do Irã, durante a crise dos reféns em 1979mas vale até hoje, 39 anos depois.

Nesse contexto sobraram Brasil, Argentina, Colômbia, cujos governos, mesmo quando aconteça de serem mais igualitaristas, ainda são liberais do tipo que "a CIA derruba quando quer". Então, hoje, o estado norte-americano e seus financistas sionistas dedicam-se a tentar destruir o Brasil, como destruíram a Palestina, a África, o Iraque, a Líbia, o Iêmen... 
E como também já destruíram, como se lê bem explicado, adiante, também os próprios EUA!

Afinal, os EUA foram país de imigrantes, potencialmente igualitarista, pelo menos em tese, na origem. Foram. Até serem desgraçados pelo soberanismo hegemonista ensandecido dos sionistas que ocuparam o bas-fond do fundo do poço do esgoto do estado profundo dos EUA, para onde trouxeram a grana  roubada de europeus brancos pobres (judeus, ciganos e outros pobres), grana que foi pra Wall Street e prôs cassinos e virou bancos e 'empresas de comunicação' os quais, juntos, partiram pra inventar Israel. Ao sistema assim criado e que começa agora a ruir, chama-se "Sistema Atlântico".

Nesse ponto estamos hoje. Segue a luta.
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Os eventos do mundo em dias recentes são muito mais significativos do que a divisão que todos veem no bloco das nações industrializadas, G7. Se imaginamos o planeta como um campo gigante de força elétrica, as linhas do fluxo estão em processo dramático de reordenação, com o sistema global pós-1945 baseado no dólar já entrado numa caótica fase final. As elites políticas da Europa estão hoje divididas entre a racionalidade e a irracionalidade. Os desenvolvimentos para o oriente contudo acumulam cada vez mais e mais força, e estamos assistindo às fases iniciais do que se pode descrever como uma reversão da polaridade geopolítica dentro da União Europeia, do Ocidente para o Oriente. Os desenvolvimentos mais recentes na Eurásia, incluindo Oriente Médio, Irã e principalmente entre Rússia e China estão ganhando importância – e Washington só oferece guerra, seja guerra comercial, guerra de sanções, guerra de terror ou guerra cinética.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Para entender o estupro do Brasil, em 2016: Estupro da Rússia, nos anos 1990s. Lars Schall entrevista F. William Engdahl (2/2)

Lars Schall (LS) entrevista F. William Engdahl (FWE), autor de Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante,* sem trad. ao português], transcrição, traduzido do inglês, de The Vineyard of the Saker, Introdução de Pepe Escobar (2/2)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


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Ver também


Para entender o estupro do Brasil, em 2016

Estupro da Rússia, nos anos 1990s 

Lars Schall (LS) entrevista F. William Engdahl (FWE), autor de Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [
Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante, sem trad. ao português], transcrição, traduzido do inglês, de The Vineyard of the Saker, Introdução de Pepe Escobar (1/2)______________________________




[continuação, a partir de 26"40']
LS: É. Vamos falar sobre isso. É o que se conhece como Terapia de Choque Jeffrey Sachs, ou Terapia de Choque de Harvard.


FWE: Bem, a Terapia de Choque Jeffrey Sachs, mas a Terapia de Harvard é... – Bem, o que aconteceu, a próxima fase dessa história incrível. É importante ter isso em mente e essa é uma das razões pelas quais escrevi o livro, por causa do que estava já claro depois do golpe de estado da CIA em 2014 na Ucrânia e todas as sanções contra a Rússia de Putin e tal.

Para entender o estupro do Brasil, em 2016: Estupro da Rússia, nos anos 1990s. Lars Schall entrevista F. William Engdahl (1/2)

Lars Schall (LS) entrevista F. William Engdahl (FWE), autor de Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante,* sem trad. ao português], transcrição, traduzido do inglês, de The Vineyard of the Saker (1/2)


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

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Ver também
Para entender o estupro do Brasil, em 2016Estupro da Rússia, nos anos 1990s 
Lars Schall (LS) entrevista F. William Engdahl (FWE), autor de Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante, sem trad. ao português], transcrição, traduzido do inglês, de The Vineyard of the Saker (2/2)______________________________


Introdução
Pepe Escobar


William F. Engdahl é um dos principais analistas geopolíticos do mundo. Seus livros – de Century of War a Full Spectrum Dominance – são absolutamente essenciais para compreender como a nação autodeclarada "excepcional" criou e expandiu seus tentáculos de hegemonia global.


Boa medida para aferir a influência de Engdahl é que por mais que a turma do Departamento de Estado o desqualifique, aqueles suspeitos de sempre leem tudo que ele escreve e não conseguem encontrar argumento que prove que Engdahl errou.


Essa longa entrevista, feita pelo jornalista especializado em finanças Lars Schall é em grande parte dedicada ao Capítulo 3 – "The Rape of Rússia" [O Estupro da Rússia] – do mais recente livro de Engdahl,Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance [port. Destino Manifesto: Democracia como cognição dissonante, sem tradução em português do Brasil (NTs)].


Aqui vocês encontrarão tudo que precisam saber sobre a gênese dos oligarcas russos nos anos 1990s; os negócios sujos da máfia de Yeltsin; tudo sobre o roubo do ouro dos soviéticos, até as operações sujíssimas do irmão mais velho de Bush-pai; a incrível história do ouro de Yamashita; a sujeira dos "cupons de privatização"; o modo como a máfia de Harvard controla a economia russa – até a luta tenaz, duríssima, que o presidente Putin iniciou e combateu ao longo dos anos 2000s para fazer da Rússia uma economia funcional, ao mesmo tempo em que a OTAN continuava a avançar na direção da Rússia.


Como Engdahl observa, se não compreendermos o que aconteceu na Rússia nos anos 1990s é absolutamente impossível contextualizar a incansável campanha de ódio que os neoconservadores e a Think-tank(e)lândia norte-americana movem contra o presidente da Rússia, 24 horas/dia, sete dias por semana.


ATENÇÃO: Em entrevista ao programa Duplo Expresso do dia 16/4/2018, Pepe Escobar comenta o mesmo livro de Engdahl, e o mesmo 3º Capítulo, para dizer o quanto é leitura importantíssima para que se compreenda... o estupro do Brasil, mais ativo a partir de 2016, mas em tudo semelhante ao que foi feito contra a Rússia. A entrevista de Pepe ao Duplo Expresso está aqui. O trecho em que Pepe Escobar fala das semelhanças entre o estupro da Rússia e o estupro do Brasil começa em 27'25" [NTs].


Assim sendo, sente-se, relaxe, curta essa corrida alucinada ladeira abaixo e conserve essa entrevista como referência essencial que você não encontrará em nenhum outro lugar.
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Estupro da Rússia, nos anos 1990s


Lars Schall: Alô, William.

F. William Engdahl: Alô, Lars. Bom estar com você outra vez.


LS: Ótimo tê-lo conosco. Para começar, permita que eu leia algo para você e nossos ouvintes, escrito pelo economista Dean Baker no início do mês.

terça-feira, 27 de março de 2018

"Destino manifesto": Democracia como dissonância cognitiva*


Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance
14/3/2018, F.W. Engdahl (em Greanville Post)





Caros leitores, 

É com muito prazer que informo que meu novo livro acaba de ser publicado e está à venda em Amazon. 

Para minha alegria, apenas em uns poucos dias, o livro já está chegando aos primeiros lugares entre os mais vendidos em algumas categorias.

Nesse livro – Manifest Destiny: Democracy as Cognitive Dissonance – exponho e comento o papel clandestino de ONGs mantidas por Washington para, sob uma fachada de democracia, avançar sobre e derrubar governos que não mostrem interesse por implantar a agenda de Washington. 

Ao longo dos últimos mais de 30 anos, agências de inteligência em Washington desenvolveram e refinaram técnicas para destruir praticamente qualquer governo que faça séria oposição às políticas dos EUA, servindo-se para tanto de Organizações Não Governamentais do tipo de NEDOpen Society FoundationsFreedom HouseAlbert Einstein Institution

O colapso da União Soviética e os devastadores 'anos Iéltsin', na década de 1990s, a guerra para destruir a Iugoslávia e o atentado fracassado na Praça Tiananmen na China em 1989 foram eventos, todos esses, orquestrados e comandados pela CIA e pelo Departamento de Estado dos EUA. Quem se interessar pelo cenário profundo de recentes eventos no mundo – 'primavera árabe', guerra na Síria, golpe norte-americano na Ucrânia [e golpe contra o governo eleito da presidenta Rousseff no Brasil], encontrará informação bastante útil nesse livro. 

Hoje partilho com vocês o Prefácio e um sumário detalhado, para que todos saibam o que há no livro. Tenho certeza de que ninguém não perderá tempo nem dinheiro, se ler meu livro. 




Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


Prefácio"Destino manifesto": Democracia como dissonância cognitiva
F.W. Engdahl, 2018, mine.Books, Wiesbaden, Alemanha (ing.)


Destruir nações, em nome da democracia

George Orwell (foto de Eric Blair) na BBC. Anarco-sindicalista desencantado, com simpatias trotskistas, em 1948 Orwell interpretou erradamente a URSS como a mais alta forma de totalitarismo. Não se pode saber se teria sido engolido também pela fraude de nossos dias, perpetrada pela maquinaria ocidental para desinformar.


Em 1945, o escritor e crítico da sociedade britânica George Orwell escreveu um livro intitulado 1984 sobre uma sociedade totalitária fictícia. O livro, um dos maiores sucessos editoriais da história, narra tempos pós guerra atômica, quando o mundo está dividido entre três estados. Um deles, Oceania, cuja capital é Londres, é governado por um Partido Socialista Inglês que tem controle total sobre todos os cidadãos, especialmente sobre a mente de cada um/uma. O programa central de controle sobre as mentes usado para manter os cidadãos em estado de abjeta obediência e servidão mentais é chamado, no livro de "duplipensar" [ing. doublethink]

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Nova Estratégia de Defesa de Washington: Sufocar Rússia e China

24/1/2018, F. William Engdahl,[1] New Strategic Culture


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


O tópico "Brasil" é discutido nos termos seguintes
em incontáveis grupos internacionais em todas as redes:


"Pergunto: Haverá em curso alguma estratégia [dos EUA] para balcanizar o Brasil? Para Rússia e China, já se sabe que há. Para o Brasil seria muito mais fácil. A quem interessa? O golpe em curso [hoje (24/1/2018), ainda não está decidido] pode ser um ponto de partida, pq acho que o sul do país seja mais anti-Lula, e o norte, mais pró-Lula. Maduro já disse que invade o Brasil, se Lula for preso... Fato é que nem Rússia, nem China, nem os EUA podem perder o Brasil. E o que Aluisio Nunes foi fazer em Washington no dia seguinte, depois de votado o impícho?...

Em matéria de 'revolução colorida', parece que a CIA está tentando provocar no Brasil a "revolução amarela-de-vergonha" e/ou a "revolução verde-de-inveja" e/ou a "revolução cor de burro quando foge" [pano rápido].

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Uma coisa já se pode dizer sobre a Nova Estratégia de Defesa Nacional do Pentágono (ing.), documento que acaba de ser distribuído pelo Secretário da Defesa Jim Mattis. O documento não mente sobre o alvo da política militar dos EUA à caça do qual os EUA sairão daqui em diante. Toda a política militar de Washington visa confessadamente a manter China e Rússia bem longe de poderem desenvolver qualquer contrapolo alternativo para desafiar a supremacia militar e política dos EUA. O documento o declara bem explicitamente. Há detalhes notáveis, que mostra a confusão e o desarranjo em que Washington debate-se hoje, enquanto se desintegra o poder que sempre teve e exerceu sobre o mundo.

O documento merece leitura cuidadosa. Na versão pública aberta ao público, lê-se já na introdução:

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Implicações monstro da Rota Marítima do Norte da Rússia, por F. William Engdahl

22/11/2017, F. William Engdahl, New Eastern Outlook, NEO


Eis como é que se fazem as coisas, quando o país é governado por cidadãos de bem, não por dinastias familiares de ladrões profissionais e pervertidos de todos os tipos, organizados em quintais de votos e acobertados por empresas de 'mídia' cuja sobrevivência depende de a bandidagem perdurar no poder com STF-com-tudo.


Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu


No que tenha a ver com sobreviver nas condições mais duras de clima do planeta nenhum país sequer se aproxima das competências dos russos. Agora, a Rússia definiu, como prioridade, desenvolver uma Rota Marítima do Norte, ao longo da costa russa do Ártico, como via para transporte de Gás Natural Liquefeito, GNL, e de contêineres embarcados, entre Ásia e Europa. A nova rota cortará pela metade o tempo de viagem e evitará o cada dia mais perigoso Canal de Suez. A China está integralmente engajada e já incorporou formalmente a nova rota na infraestrutura da nova Iniciativa Cinturão e Estrada, ICE.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Compensação China-rublo e o sistema EUA-dólar, por F. William Engdahl

20/10/2017, F. William Engdahl, New Eastern Outlook, NEO


O Banco do Povo da China acaba de anunciar um sistema de pagamento-versus-pagamento (PVP) para transações em rublos russos e yuan[1] chineses. O objetivo declarado é reduzir os riscos monetários no comércio entre aqueles países. O único risco concebível adviria do EUA-dólar e possíveis atos de guerra financeira movida pelo Tesouro dos EUA para agredir o comércio Rússia-China, que se está tornando muito significativo em volume e valor. Em dezembro deverá alcançar $80 bilhões, aumento de 30% na comparação com 2016. Mas há mais do que os olhos alcançam, nesse movimento aparentemente técnico em que se engajam China e Rússia.








O anúncio oficial, postado no website do Sistema de Comércio e Câmbio da China [ing. China Foreign Exchange Trade System (CFETS)] acrescenta uma nota, tremendamente significativa, segundo a qual a CFETS planeja introduzir sistemasPVPs para transações de yuan com outras moedas cujas bases são países incluídos na Iniciativa Cinturão e Estrada.

Assim se confirma o que discuti em artigo que postei em abril de 2016, a saber, que o grande projeto por trás da Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE) tem um componente essencial de moeda com lastro ouro que pode mudar o equilíbrio global de poder a favor das nações da Eurásia, da Rússia e das nações da União Econômica Eurasiana, até a China e por toda a Ásia.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

ISIS e 'Forças (curdas) de Defesa da Síria': duas monumentais mentiras dos EUA -- Curdistão e as Novas Guerras do Gás







Manchetes dos principais veículos da grande mídia-empresa ocidental comemoraram a captura dos maiores campos de gás natural em torno da província síria de Deir Ez Zor como se fosse vitória da Síria. Exemplo dessas manchetes: "FDS [Forças de Defesa da Síria e/ou Forças Democráticas Sírias; ing. SDF, Syrian Defense Forces (são curdos)], Recaptura do Controle pelo ISIS Campo de Gás na Síria." Atenção à palavra "recaptura" – que faz crer que o proprietário original dos campos de gás, o estado sírio, teria conseguido recuperar para si valiosos recursos econômicos roubados dele por terroristas do ISIS. A verdade é o contrário disso.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A interessante nova geopolítica russa do petróleo, por F. William Engdahl

19/9/2017, F. William Engdahl, New Eastern Outlook






Desde o Acordo Linha Vermelha de 1928 entre as gigantes britânicas, francesas e norte-americanas do petróleo para dividir as riquezas do Oriente Médio para o mundo do pós-1ª Guerra Mundial, o petróleo, ou mais precisamente, o controle sobre o petróleo passou a constituir a tênue linha vermelha da moderna geopolítica. Durante o período soviético, as exportações russas de petróleo visavam a maximizar a renda em dólares em todos os mercados possíveis. Hoje, com as ridículas sanções de EUA e União Europeia contra a Rússia, e as guerras instigadas por Washington no Oriente Médio, a Rússia está desenvolvendo novo quadro estratégico para sua geopolítica do petróleo.


Muito se disse sobre como a Rússia da era Putin usou a própria liderança como fornecedor de gás natural como parte vital da diplomacia geopolítica russa. Os gasodutos Nord Stream e em breve também Nord Stream II diretamente da Rússia, submarinos, contornando os campos minados da OTAN política na Ucrânia e na Polônia, tiveram o efeito benéfico de construir um lobby da indústria na União Europeia. Especialmente na Alemanha, que pensará duas vezes antes de entrar nas provocação russofóbicas lunáticas de Washington. Assim também o Ramo Turco (ing. Turkish Stream), que dá ao sudeste da Europa a possibilidade de acesso seguro ao gás natural russo para indústria e aquecimento, independente da Ucrânia, é desenvolvimento positivo, tanto para os Bálcãs como para a Rússia. Agora começa a emergir um novo elemento na estratégia das grandes petroleiras estatais russas, para desenvolver nova estratégia geopolítica, usando o petróleo russo e empresas russas de petróleo.