quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Síria - ‘País do Ano’, 2018

31/12/2018, Moon of Alabama

Traduzido pelo Coletivo Vila Mandinga



George Galloway acertou:

George Galloway @georgegalloway - 11:46 utc - 31 Dec 2018 A derrota dos exércitos imperialistas e seus assessores degoladores, na sopa de letras do extremismo islamista, infligida a eles pelo Exército Árabe Sírio e aliados foi o evento mais significativo do ano, desde a derrota dos EUA no Vietnã. É evento que mudará o mundo.


Mapa 1: Controle militar na Síria, janeiro de 2018 - veja ampliado


Mapa 2: Controle militar na Síria, dezembro de 2018 - veja ampliado


A consolidação do controle, pelo governo sírio, foi alcançada a preço relativamente barato.


O conflito na Síria, que já chega ao oitavo ano, teve, em 2018, o mais baixo número anual de mortos, com o governo de Bashar Al-Assal reestabelecendo a ordem e a autoridade sobre o território – disse um analista da guerra, na 2ª-feira.
Um total de 19.666 pessoas foram mortas esse ano, por efeito do conflito, que irrompeu em 2011, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
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“Muitos dos mortos na primeira parte do ano foram mortos nos bombardeios pelo regime e pelos russos, nas áreas dominadas pela oposição, inclusive em Ghouta Oriental” – disse Abdel Rahman.
“A maioria dos mortos na segunda metade do ano foram mortos em ataques aéreos da ‘coalizão’” – acrescentou.


O ataque contra o último território ainda ocupado pelo Estado Islâmico ao norte do Eufrates e perto da fronteira com o Iraque, foi intencionalmente adiado por quase um ano inteiro. Desde que Trump anunciou sua intenção de retirar da Síria os soldados dos EUA, o mais rapidamente possível, militares dos EUA e seus ‘agentes locais’ curdos obtiveram, repentinamente, avanços significativos contra remanescentes do ISIS.



Mapa 3 - Operação Jazira Storm 27/12/2018 - veja ampliado


Ontem, o governo sírio autorizou a força aérea do Iraque a atacar o ISIS dentro da Síria. Essa ação é planejada na Sala de Guerra em Bagdá, onde Síria, Iraque, Irã e Rússia trocam informações de inteligência e coordenam os combates. Hoje, jatos iraquianos atingiram o que se crê que fosse uma reunião de comando do ISIS em al-Susah, Síria. Essa informação reforça a ideia circulante, segundo a qual os EUA tornaram-se desnecessários para derrotar o Estado Islâmico.

Com os EUA já se apressando para dar o fora, o nordeste do país deve provavelmente voltar ao controle do governo Assad. Até o final do próximo ano, Idlib também será saneada e ficará livres de al-Qaeda e gangues islamistas similares.

Por sete anos o impérios e seus ‘agentes’ locais fizeram o diabo e mais, para ocupar a Síria. O país e o povo sírio derrotaram todos os ataques e sobreviveram. Estão machucados, mas muito vivos. Se houvesse um concurso para escolher “o país do ano de 2018”, não há dúvidas de que a taça iria para a Síria.*******

2 comentários:

Anônimo disse...

O que ocorreu com os S300 na Síria? Houve ataque por parte de Israel e nao houve qualquer retaliação.

Anônimo disse...

Até agora não veio nenhum texto explicando o acontecido. Será que desconhecem por que a SiriS nao realizou? A Síria disse que qualquer ataque por parte de Israel seria respondido a altura, mas não aconteceu.