Entreouvido na Vila Vudu:
A quem diga que 'isso aí não me interessa', responda:
"Interessa, sim senhor, e muito! Porque: (a) São notícias do mundo multipolar. E se é mundo multipolar interessa muito mais, em todos os casos, que os problemas do mundo unipolar dependente do dólar e de Wall Street. Porque: (b) Aí se trata de construir integração entre "regiões não adjacentes", quer dizer, construir integração necessária para finalidades POLÍTICO-ESTRATÉGICAS, não integração determinada por destino geográfico. E porque: (c) Em todos os casos, essa discussão sempre interessará muito mais que o opininionismo tosco e tendencioso do 'jornalismo' Br-17, q só repete baboseiras das redes norte-americanas sobre eleições na França, ou 'noticiário' suposto 'local' e elucubrações sobre o que algum golpista diz-que pensa sobre Constituição e Lei."
A quem diga que 'isso aí não me interessa', responda:
"Interessa, sim senhor, e muito! Porque: (a) São notícias do mundo multipolar. E se é mundo multipolar interessa muito mais, em todos os casos, que os problemas do mundo unipolar dependente do dólar e de Wall Street. Porque: (b) Aí se trata de construir integração entre "regiões não adjacentes", quer dizer, construir integração necessária para finalidades POLÍTICO-ESTRATÉGICAS, não integração determinada por destino geográfico. E porque: (c) Em todos os casos, essa discussão sempre interessará muito mais que o opininionismo tosco e tendencioso do 'jornalismo' Br-17, q só repete baboseiras das redes norte-americanas sobre eleições na França, ou 'noticiário' suposto 'local' e elucubrações sobre o que algum golpista diz-que pensa sobre Constituição e Lei."
Componente crucial da parceria estratégica abrangente russo-chinesa, a cooperação regional é ponto focal para os dois países e recebe o indispensável apoio das autoridades locais e da alta cúpula do governo dos dois países. Assim, a cooperação regional tem enorme potencial em termos do desenvolvimento de relações bilaterais.
A cooperação entre regiões não adjacentes nos dois países está gradualmente ganhando energia. Trata-se basicamente da interação entre a Região do Alto e Médio [rio] Yangtze da China e o Distrito Federal do [rio] Volga da Rússia. A cooperação no formato Volga-Yangtze começou a ser construída em maio de 2013. Em julho de 2016, aconteceu em Ulyanovsk a primeira reunião do Conselho para Cooperação Inter-Regional que pôs os processos de cooperação e desenvolvimento em novo nível. O Conselho terá sua segunda reunião em junho de 2017, na Província Anhui, China.
A cooperação entre essas duas regiões tem enorme potencial. Destaco aqui oito dos problemas que vários tipos de negócios chineses enfrentam para tornar efetiva a cooperação com negócios russos, nas respectivas áreas.
Principais problemas dos negócios da região do Alto Yangtze:
1. A cooperação comercial e econômica com a Rússia não apresenta vantagens estratégicas óbvias e está em posição inferior. Nem China, nem Rússia tomaram qualquer providência para criar condições favoráveis para o comércio regional e a cooperação econômica.
2. As leis e regulações russas mudam frequentemente, forçando as empresas e comerciantes a desperdiçar enormes recursos para adaptar-se à situação.
3. O procedimento administrativo russo não é eficiente, e o processo até produzirem-se indispensáveis autorizações administrativas é excessivamente lento.
4. A Rússia não dá sinais de ter interesse em oferecer garantias de estado a caros projetos de longo prazo, de infraestrutura.
5. O atual regime de vistos é extremamente restritivo, na Rússia e na China.
6. O potencial dos negócios chineses na Rússia continua disperso; não há entidades comerciais oficiais especializadas em proteger interesses empresariais.
7. Os riscos financeiros são comparativamente altos no mercado russo.
8. Os canais de troca de informações Rússia-China são insuficientemente desenvolvidos.
Falando em termos gerais, os problemas mais óbvios no contexto da cooperação inter-regional são a falta de entendimento e a inadequação dos canais de informação. O Centro para Estudos Russos da Universidade Pedagógica do Leste da China propôs que se estabelecesse em Xangai o Centro de Análise Conjunta Volga-Yangtze.
A iniciativa foi implementada com suporte e participação ativa do Ministério de Relações Exteriores da China e outras agências governamentais. 50 especialistas chineses participaram do primeiro fórum do novo Centro de Análise Conjunta. Os quatro principais objetivos do Centro são:
1) Submeter análises das questões da cooperação Volga-Yangtze aos escalões superiores e agências governamentais e diretamente a empresários e comerciantes das seis províncias .
2) Alcançar o desenvolvimento conjunto de orientações para investimento dirigidas aos empresários e comerciantes envolvidos nos programas; essas orientações devem incluir estudo das perspectivas futuras da cooperação e estimativas dos riscos dos investimentos.
3) A normalização do diálogo entre empresários que participam dos programas Volga-Yangtze mediante melhor troca de informações, pela criação de uma plataforma online e organização de fóruns comerciais.
4) Treinamento conjunto de especialistas cooperação inter-regional e provisão de mecanismos operacionais de troca.
A China está preparada para focar as seguintes três principais áreas ao longo dos próximos dois anos:
1) Generalizar a experiência de desenvolvimento das duas regiões e procurar oportunidades para estabelecer mecanismos de troca.
2) Conhecer mais profundamente os mercados de 14 entidades federadas russas, incluindo aspectos da legislação e gestão econômicas locais.
3) Estudar seis províncias da China e 14 entidades constituintes da Federação Russa, do ângulo de complementariedade mútua, na produção de padrões e capacidades industriais.
Esse é apenas o primeiro passo para resolver problemas da cooperação inter-regional China-Rússia, alguns dos quais são questões resistentes e de longo prazo, que não podem ser resolvidos da noite para o dia. Teremos de explicar as causas desses problemas e mapeá-los, para que possamos enfrentá-los. É bem claro que nada disso pode ser feito só pela China, e que é indispensável o ativo envolvimento da Rússia.*****
* WAN Qingsong é pesquisador associado no Centro para Estudos Russos, Universidade Pedagógica do Leste da China (Xanghai, China).
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