Micah J Zenko, 23/10/2015, pelo Facebook (citado por Pepe Escobar, Facebook, 26/10/2015) https://www.facebook.com/ MicahJZenko/posts/ 1617865868474524?fref=nf& pnref=story
Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu
Na undécima hora da audiência do dia 22 da Comissão Especial da Câmara de Representantes dos EUA sobre Benghazi, a ex-secretária Hillary Clinton disse algo que não chamou a atenção nem dos membros da Comissão nem da mídia-empresa.
O Representante Peter Roskam (R-IL) perguntou a Hillary: "Será essa a Doutrina Clinton?", a propósito de um vídeo em que se lia "Fomos, vimos, ele morreu" [em que Hillary comemorava o assassinato do presidente da LíbiaMuammar al-Gaddafi].
Ela respondeu: "Não. Foi expressão de alívio, porque a missão militar que cabia à OTAN e a outros dos nossos parceiros havia alcançado o objetivo."
O que hoje já ninguém lembra é que a mudança de regime NUNCA FOI objetivo da missão militar de intervenção naLíbia em março de 2011. O que o presidente Barack Obama disse (atfp.co/1kyBt2i) em discurso à nação dia 28/3/2011 foi outra coisa: "A tarefa que determinei às nossas forças [é] proteger o povo líbio de perigo imediato, e estabelecer uma zona aérea de exclusão" – e Obama acrescentou explicitamente: "Ampliar nossa missão militar para incluir mudança de regime teria sido um erro."
Se aquela Comissão Especial sobre Benghazi estivesse realmente interessada em conduzir audiência ampla sobre a política do governo Obama para a Líbia, algum membro daquela comissão teria pressionado Hillary para que explicasse por que os objetivos dos EUA mudaram tanto, em relação ao que o presidente disse que determinara (de "proteger civis", para "assassinar Gaddafi".
E fica-se sem saber (i) o que, diabos Obama determinou MESMO; (ii) quem, conforme o caso, desobedeceu determinação do presidente; e (iii) se mudança de regime SEMPRE foi o objetivo da política de Obama-Clinton desde o início... por que o presidente Obama disse o que disse aos norte-americanos?
Mas infelizmente, essa não foi a linha das perguntas na audiência do dia 22, nem jamais será em outras sessões daquela Comissão. [Verdade é que, em-matéria-de-mudanças-de regime-pelo-mundo-quantas- mais-melhor, NÃO HÁ NENHUMA DIFERENÇA entre Obama, Bush-Dábliu & Bush-Jeb, Hilária & Hilário Clinton & Victoria Nuland & todas as respectivas canalhas adjuntas (NTs).]
Jornalista sério não deixaria de pergunta a Hillary sobre essa discrepância. Afinal, ela continuará a discursar à nação, em campanha ou depois, se for eleita, sobre, precisamente, os tais 'objetivos' das guerras que os EUA fazem pelo mundo.****
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