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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Uma nova era desponta e não será amigável

Livro sugere que, como resultado de nossas ações sobre o meio ambiente, estamos contemplando nossa própria extinção.



02.04.2017, Kieran Cooke - Climate News Network



Tradução de Ahut Wató





O livro de Clive Hamilton, “Defiant Earth – The Fate of Humans in the Anthropocene” (Terra desafiante – o destino dos humanos no antropoceno) não é para covardes. Basicamente, sua tese é que a Terra – e com ela, nós – está indo pro buraco.

Nosso exagerado e irracional uso do planeta e de seus recursos, nisso incluindo a exploração de combustíveis fósseis que transformam o clima, implica que estamos interferindo danosamente no funcionamento do sistema Terra que nos sustenta.

“Essa estranha situação, na qual nos tornamos poderosos o bastante para mudar o rumo da Terra embora pareçamos incapazes de mudar nosso próprio rumo, contradiz cada uma das crenças modernas sobre que tipo de criatura é o humano,” diz Clive Hamilton, professor de ética pública na Universidade Charles Sturt, na Austrália.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Um Ponto de Inflexão Ecorrevolucionário? Análises Marxistas da Crise Ambiental Mundial

Aquecimento Global, os Dois Negacionismos Climáticos e o Proletariado Ambiental


01.05.2017, Paul Burkett - Monthly Review



Tradução de Ahut Wató





No verão de 2016, a aceleração da mudança climática fez outra vez manchetes. Em julho, a Associação Meteorológica Mundial anunciava que os seis primeiros meses de 2016 haviam quebrado todos os recordes globais de temperatura, sendo junho o décimo-quarto mês numa série de recordes de calor tanto em terra quanto nos oceanos e o 378.º mês consecutivo de temperaturas mais elevadas que a média histórica. O aquecimento tem sido especialmente rápido nas regiões árticas, onde, por efeito do derretimento, grandes quantidades de metano e dióxido de carbono vêm sendo liberadas. Em 21 de julho de 2016, a temperatura em lugares como Kuwait e Iraque atingiu 129º F, a mais alta jamais registrada no hemisfério oriental. Os efeitos disruptivos do aquecimento bipolar ficaram evidentes com o cruzamento sem precedentes do equador pela corrente oceânica do hemisfério norte, onde esta se fundiu com aquela do hemisfério sul, ameaçando ainda mais a integridade das estações com impactos imprevisíveis nos extremos climáticos e em todo o sistema.1

domingo, 9 de abril de 2017

A Ecologia Soviética Tardia e a Crise Planetária

01.06.2015, John Bellamy Foster, Monthly Review




Tradução E. Silva






A ecologia soviética se nos apresenta com todo um conjunto de ironias históricas. Por um lado, a União Soviética dos anos 30 e 40 expurgou violentamente muitos de seus principais pensadores ecológicos e devastou seriamente o meio ambiente na busca de uma rápida expansão industrial. O resultado final da ecologia soviética tem sido amiúde descrito como uma espécie de “ecocídio”, simbolizado pelo acidente nuclear de Chernobyl, pela devastação do Lago Baikal e pelo ressecamento do Mar de Aral, bem como por níveis extremamente altos de poluição das águas. 1 Por outro lado, a União Soviética desenvolveu dialeticamente algumas das mais importantes contribuições à ecologia, revolucionando a ciência em campos como a climatologia e introduzindo concomitantemente formas pioneiras de conservacionismo.